Thimoty

By Tyrelly

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Peculiar, incomparável e um tanto quanto excêntrico. Talvez essas palavras consigam definir Thimoty Baker. L... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Epílogo

Capítulo 6

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By Tyrelly

- Estou preparado. - Thimoty diz depois de lavar suas mãos.

Já ajustei a tábua de carne e uma bacia para colocar a carne picada. Abro o armário pego outra bacia e vou para perto de Thimoty, pego a alface e explico o que ele precisa fazer.

- É bem simples, pegue uma folha por vez e coloque embaixo d'água corrente, passe os dedos na folha e verifique se há alguma sujeita, em seguida coloque as folhas na bacia. Vou encher a bacia com água e colocar o produto para higienizar, então deixamos as folhas de molho por uns minutos e depois é só escorrer e montar a salada. - Explico e encho a bacia d'água.

Pego o produto no armário e pingo umas gotas na água, então vou cortar a carne.

Thimoty começa a lavar umas folhas de alface e vou cortando a carne.

- Eu gosto de filmes, e o Senhor? - Pergunto puxando assunto.

- Eu aprecio o cinema, mas gosto mais de ler livros. - Ele diz e não me surpreendo.

- Eu leio livros online, mas não leio tanto quanto eu deveria, eu gosto de ver TV e vídeos na internet, assisto series também, acho que sou um pouco preguiçosa nesse sentido, mas gosto de ficar quietinha vendo TV, e comendo alguma besteira. - Digo pensando na minha vida.

- Os livros sempre foram meus melhores amigos, meu papai era meu melhor amigo, mas ele foi para o céu e só os livros me restaram, eu sou um homem muito sozinho. - Ele diz e entendo seu lado, eu tenho o Diego de amigo e sempre nos falamos, mas as vezes da solidão.

- O Senhor deveria arrumar uma namorada. - Digo para ver o que ele fala.

- Quero uma esposa. - Ele diz e o olho de rabo de olho.

- Mas pra casar precisa conhecer primeiro, aí tem o tempo de namoro e se tudo der certo vem o casamento. - Ninguém se conhece e já se casa.

- Eu não gosto de fornicação. - Ele diz e abro um sorriso.

- Dentro de um namoro, conversar, trocas de carinho e ter intimidade é algo natural. Não há fornicação nem nada de errado nisso. Casar-se sem conhecer a pessoa é ruim, pode dar muitos problemas e ambos os lados viveriam uma vida infeliz. - Será que ele não pensou nisso?

- As Senhoritas que conheci até hoje só me desprezaram e fugiram de mim, algumas me chamaram de louco sem nem me conhecer. Já outras eram fáceis demais, eu não gosto de tanta facilitação. - Ele diz e não me surpreendo.

- Se o Senhor não ficasse berrando na frente dessas moças, talvez elas não achariam que o Senhor é um doido. - Falo de uma vez.

- Eu sou assim, se quiser casar comigo vai ter que aceitar o meu jeito. - Ele diz e nego com a cabeça.

- Aham, vai achando que a vida é assim. Se você fosse meu namorado eu ia te dar um beliscão a cada grito seu, aí queria ver, se você ia continuar com essa mania de ficar fazendo teatro para assustar as pessoas! Respeito se adquiri tratando as pessoas com igualdade e educação. Medo não é respeito. - Falo olhando para Thimoty que me olha pensativo.

- Você é muito espertinha, não é, Srta. Luíza? - Ele diz e assinto.

- Sim, e tenho orgulho disso. Vovó sempre disse que não devemos deixar homem nenhum montar na gente, se não eles se acham nossos donos e quando vemos estamos em uma prisão. - Vovó era muito sabia.

- Então a sua intenção é me agredir? - Ele pergunta e estamos um olhando para o outro.

- Não. Se supostamente fossemos namorados eu ia te beliscar, e isso nem é tanta agressão. Sem falar que se você tomasse uns beliscões ia parar com a gritaria. O seu pai aprovava a sua gritaria? - Se aprovava era sem noção.

- Não, mas beliscar é agressão. - Ele diz cerrando os olhos.

- Gritar sem parar e amedrontar pessoas também. - Digo de cabeça erguida.

- Você desperta sentimentos em mim, Srta. Luíza. Sentimentos perturbadores. - Ele diz e acho engraçado.

- Quais sentimentos? Está querendo me beijar? - Pergunto mordendo os lábios e ele arregala os olhos.

Dou risada e Timothy parece mortificada, mas sincera eu o beijaria.

Thimoty vai lavando a alface e resolvo saber sobre a vida dele.

- Thimoty você já foi preso? - Pergunto curiosa.

- Não, nunca entrei em uma delegacia. - Ele diz e acho ótimo.

Ele nunca foi preso, não fuma, não bebê, temos as mesmas ideias sobre política, e ele não parece ser um esnobe fresco, pois está cozinhando comigo no meu pequeno apartamento.

Ele é um gato e tirando a gritaria é ótimo. Dou uma espiada na bunda dele e sinto um friozinho no estômago.

- Que número o Senhor calça? - Pergunto observando o pé dele.

O homem tem um pesão e mãos grandes, até onde sei isso quer dizer que ele pode ter um pau grande.

- 44. - Ele diz e sinto até medo.

- Nossa, tudo isso? - Ele deve ter um pau enorme.

- Sim, Senhorita. Quanto a Senhorita calça? - Ele pergunta e respondo.

- 35, tenho pés pequenos. - Falo cortando minha carne, estou quase acabando e Thimoty já lavou alface suficiente.

- Chega de alface, essa quantidade está perfeita. Agora você vai abrir a terceira gaveta ali, pegar um saquinho e colocar a alface que restou dentro, então vai fechar o saquinho e colocar dentro da minha geladeira, aproveite e pegue uma cenoura lá dentro. - Peço e Thimoty o faz.

Ele pode ser bonzinho e obediente. Sei que tem muito homem que não faria nada, e ainda ia me mandar a merda. Sinceramente eu é que não quero isso pra mim.

Cresci vendo o meu pai fazendo de tudo dentro de casa. Vovó ensinou meu pai a passar, cozinha, limpar e entender que ela não era empregada dele, ela era mãe, mas isso não significava que tinha que ficar como uma escrava.

Se espero um homem faz tudo? Não, mas espero alguém que me ajude, afinal se não serve pra lavar uma alface é complicado.

Não saber cozinhar é uma coisa, Thimoty mesmo disse que não sabe, mas fazer corpo mole e não querer seguir instruções simples é ridículo, afinal a comida não se faz sozinha.

- Na primeira gaveta tem o descascador de legumes, basicamente você vai tirar uma camada da cenoura. - Digo vendo Thimoty segurar uma cenoura.

- Qual ferramenta é o descascador? - Ele pergunta abrindo a gaveta e acho graça.

- Aquela ali. - Digo parando ao lado dele e apontando.

- Como eu uso esse objeto? - Ele pergunta pegando o descascador.

- Só um minuto, deixa eu terminar esse pedaço, e te mostro. - Digo e vou rapidamente finalizar o corte da carne, só faltava um pedaço pequeno e termino.

- Pronto, deixa eu lavar as mãos. - Digo e lavo as mãos, as seco no pano de prato e mostro para Thimoty o que ele deve fazer.

- Engenhoso. - Ele diz se referindo ao descascador.

Pego a panela e tenho um orgulhinho das minhas panelas, elas são novas e lindas, eu comprei recentemente um jogo, elas são de cor azul por fora e dentro são de um tom bege. Paguei bem caro no jogo de panelas, mas valeu a pena, pois elas são ótimas.

Pego um alho e uma cebola pequena e estou ali preparando o meu tempero quando observo que Thimoty finalizou a cenoura.

- Está feito. - Ele diz olhando para a cenoura.

- Agora coloque na água com a alface. Por favor, jogue as cascas na lixeira e depois seria bom lavar os tomatinhos na água corrente e colocar de molho também. - Digo pensando em tudo.

- Eu faço isso. Estou surpreso comigo mesmo, nunca imaginei que poderia ser um chef de cozinha. - Ele diz e acho graça.

Thimoty lavou uma alface e descascou uma cenoura, e já se acha um chef, mas tudo bem, pelo menos está ajudando.

- Você está sendo ótimo. - Falo sincera, afinal tenho que estimular que ele continue.

Thimoty faz como eu peço, e coloco a carne no fogo, então falo pra ele pegar o vidro de palmito e o abrir.

Pego outra panela para fazer o arroz e Thimoty abre o vidro.

Pego um garfo, pesco um palmito e dou uma mordida.

- Prova, é gostoso. - Digo dando o palmito mordido pra ele.

Thimoty pega o palmito e morde, então ele parece avaliar o sabor.

- Saboroso. - Ele diz e assinto.

Começo a preparar o arroz enquanto Thimoty vai comento seu palmito. Pego as coisas no armário e logo estou com tudo encaminhado.

- O arroz só precisa cozinhar, e a carne também. Vou lavar essas louças e depois ajeitar a salada, então faço um suco. - Falo dos meus planos.

- Eu posso degustar outro palmilho, por favor? - Ele pede e acho fofo ele falar palmilho.

- Claro que pode, enquanto eu não faço suco vamos dividir uma latinha de Guaraná, é refrigerante do Brasil. - Pego dois copos, a latinha e Thimoty pega outro palmito.

Sirvo a nós dois e dou o copo dele.

- Veja se você gosta, aposto que nunca provou nada igual. - Thimoty agradece e prova o refrigerante.

- Muito saboroso. Hoje está sendo um dia atípico e diferente de todos, estou tendo muitas novidades para um só dia. - Ele fala e eu também.

- Estamos no mesmo barco. Hoje quando acordei nunca iria pensar que terminaria o meu dia cozinhando com o meu chefe excêntrico. - Falo e dou um gole no meu refrigerante.

Thimoty vai comendo seu palmito e vou fazendo minhas coisas.

- A Senhorita me acha excêntrico? - Ele pergunta encostado no balcão.

- Sim. Não é todo dia que encontramos um homem com um terno estiloso, de bengala e cartola, sem falar que o seu vocabulário é vasto. Você obviamente não é um homem comum. - Ele é diferente.

- A Senhorita também é excêntrica. - Ele diz e não sei aonde ele viu diferença em mim.

- Eu? Quer dizer, eu me visto de forma comum, não falo palavras difíceis, nem saio gritando por aí. Sou é bem comum, não tenho nada de excêntrico. - Digo mexendo a carne.

- Para mim a Senhorita tem tudo de excêntrica. Além de me despertar pensamentos perturbadores, não me chamou de louco e saiu correndo. Normalmente as Senhoritas gritam comigo, me ofendem e dizem que eu sou doido, então elas correm e me olham feio. - Ele diz não surpreendendo ninguém.

- Thimoty você não fala, nem se comporta como alguém dos tempos atuais, sem falar que pode ser exagerado, dramático e escandaloso. - Digo sincera.

- E mesmo assim a Senhorita não correu de mim. - Ele diz pensativo.

- É, acho que sou doida. - Digo e dou risada.

Thimoty abre um sorriso bonito e depois disso só fica ali me observando.

Ele usou o banheiro e tudo está indo bem.

Faço o strogonoff, o arroz, preparo a salada e pego a batata palha, então ele me ajuda com o suco.

- Só duas eu acho que são o suficiente. Eu não gosto de suco melecado. - Falo enquanto Thimoty despeja duas colheres de açúcar no liquidificador.

Batemos o suco e finamente tudo fica pronto.

- Thimoty, você se importa se nos servimos direto das panelas? Eu tenho um jogo de refratários bonitos, mas só estamos nós dois e ficaria tanta louça pra lavar. - Falo sincera, só uso os refratários no Natal, afinal sempre estou sozinha.

- Tudo bem, o que a Senhorita preferir. - Ele diz e assinto.

Arrumo a minha pequena mesa com uma toalha bonitona, então pego copos e a jarra de suco colocando na mesa.

- Vou temperar a salada e podemos comer. - Tempero a salada e a coloco na mesa.

- Está com um cheiro agradável. - Thimoty diz espiando as panelas.

Pego os pratos e me aproximo dele.

- Aqui, vamos provar, quer que eu te sirva? - Pergunto e Thimoty assente.

- Por favor. - Ele diz e sirvo a ambos.

Monto nossos pratos e vamos nos sentar para comer.

- Espero que você goste, eu tenho certeza que ficou uma delícia. - Digo me ajeitando na cadeira e percebo que esqueci os guardanapos. - Guardanapos, um momento. - Digo e me levanto rapidamente pegando o meu porta-guardanapos que fica dentro do armário.

- Prontinho. - Digo colocando o mesmo na mesa. Sirvo suco para nós dois e dou um gole no meu.

- Tá bem gelado e gostoso. - Amo suco extremamente gelado.

Thimoty leva uma garfada de comida a boca e faço o mesmo, ficou ótimo.

- Eu aprecio os seus dotes, acho que podemos dar o próximo passo. - Thimoty diz de maneira formal.

- Que passo? - Pergunto enfiando mais comida na boca.

- Eu estou pronto para ser cortejado. - Ele diz e até paro de mastigar.

- O... oi? - Falo depois de engolir a comida.

Eu ouvi direito? Ele falou cortejar?

- Senhorita Luíza, eu permito que você me corteje. Se meu papai estivesse vivo você teria que ir pedir permissão para ele, mas como ele foi para o céu e a minha irmã Emily me acha doido, eu mesmo autorizo que você me galanteie e demonstre todas as suas intenções. - PUTA QUE PARIU.

Olho para Thimoty até um pouco assustada, o que eu faço?

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