Haunted Jaded Eyes [H.P]

By IsabelliBlack

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OLHOS CANSADOS E ASSOMBRADOS As proteções ao redor da Rua dos Alfeneiros caem e Harry é levado. Ele é resgata... More

HAUNTED JADED EYES
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67

Capítulo 26

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By IsabelliBlack

Capítulo 26

– Você foi extremamente bem hoje. - Salazar comentou do retrato, enquanto Harry abria a porta do quarto. – Na verdade, em mais algumas semanas eu diria que você está pronto para o nível de Maestria. - O Fundador observou Harry mancar em direção ao sofá e se sentar, estremecendo quando seus músculos estremeceram quando ele se jogou no chão. Quando eles desceram para a câmara, ele só poderia manter um duelo por apenas vinte minutos antes de começar a se cansar... sem mencionar que ficou sem feitiços que conhecia. O mesmo não poderia ser dito mais; ele e Severus estavam duelando há mais de duas horas.

– Isso não me conforta agora. - disse Harry, olhando para o retrato antes de afundar ainda mais no sofá, exausto além da resistência.

– Não era para acontecer. - Salazar disse a ele sem rodeios.

Harry apenas sorriu em diversão relutante com a conversa direta e direta de Salazar. Ele não era nada senão honesto, e Harry tinha que admirar isso. O banho que ele havia tomado não tinha diminuído sua exaustão, esperançosamente apenas ficar sentado aqui pelo resto do dia ao lado da lareira ajudaria.

– Você deveria ter ouvido Helga. - disse Rowena, olhando para Harry divertida. Ela não sentia nenhuma simpatia por suas dores e sofrimentos, não quando ele rejeitou seus conselhos sobre o que fazer. Eles viveram em uma época em que as pessoas faziam quase tudo a pé, e mesmo andar a cavalo não era fácil. As pessoas aqui e agora tinham muito mais facilidade, mas não era esse o ponto.

– Eu faço, FAÇO exercício! - Harry rugiu em reclamação.

– Não no horário que sugeri. - Helga apontou, sorrindo docemente.

– Pelo menos você parou de lançar o feitiço desarmante primeiro. - Salazar disse asperamente, mudando de assunto. Essa foi uma das primeiras coisas que ele notou quando Harry estava duelando; Severus também sabia, mas ele já conhecia aquela pequena informação. Na verdade, Harry raramente lançava aquele feitiço agora, já que tanto ele quanto Severus o haviam pego sobre isso. Era como colocar um alvo nas costas; se aqueles que lutam contra você podem antecipar seus movimentos, você também é um alvo fácil.

– Isso ele fez. - Severus comentou enquanto entrava pelo quarto, seu cabelo também molhado do banho.

Harry revirou os olhos; o feitiço salvou sua vida, então ele tinha gostado bastante dele - e daí? Além disso, foi o único feitiço que ele realmente conhecia, o único feitiço defensivo real. Esse não era mais o caso, então ele não ficou tentado a usá-lo o tempo todo quando estava duelando. Ele havia aprendido muito aqui embaixo, e estava tão feliz por ter pensado em barganhar com Severus para ensiná-lo o que ele sabia sobre componentes de feitiços. Pois se ele não tivesse usado o basilisco como isca, ele não teria encontrado este pequeno pedaço do céu. Ele também duvidava que ele e Sev teriam o relacionamento que tinham. Aqui embaixo a escola, Voldemort e tudo o mais não importava... ele tinha notado como as coisas mudaram quando eles voltaram. É por isso que ele nunca quis que isso acabasse; ele queria ficar aqui para sempre, manter Severus para si mesmo.

– Eu posso sentir o cheiro do seu cérebro queimando; tente não pensar muito. - Severus disse a Harry enquanto se sentava.

– Har, har, har. - Harry bufou, sorrindo divertido apesar de sua dor.

– Eu presumo que você não visitará os Weasleys no seu ''aniversário''. - Sarcasmo envolveu as palavras, já que tecnicamente não era o aniversário de Harry - aquela data tinha ido e vindo. Inferno, estava mais perto do aniversário de dezoito anos de Harry do que voltar aos dezessete.

– Não, mas acho que Ron está vindo para Hogwarts... Remus também. - Harry disse pensativo. Embora fosse bom vê-los, ele odiava a ideia de subir. Ele estava achando mais fácil controlar seu temperamento enquanto se tornava ainda mais focado e passava pelos estágios iniciais de Oclumência. Severus sugeriu que ele sempre seria fácil de se irritar devido à sua magia. Ele não era tão poderoso quanto Severus, então não achava que isso fosse verdade, mas tudo o que podiam fazer era esperar para ver.

– De fato. - Severus respondeu. Ele já sabia da vinda de Lupin, era quando ele seria convidado a descer para a câmara. Seria uma semana muito estranha, isso era certo. Ele nunca seria amigo de Lupin; na verdade, ele o odiava e pensava nele como um covarde e sempre o odiaria. Mas ele o toleraria pelo tempo que precisasse e então lhe diria para onde ir. A única razão pela qual ele estava fazendo isso era porque ele queria ver se a poção realmente funcionaria... não que ele duvidasse de Salazar Slytherin, de todas as pessoas. Ele queria ver seus efeitos pessoalmente, e então seria publicado sob os nomes de ambos ― Slytherin-Snape ― para que todos pudessem se beneficiar dele.

– Você vai ficar bem com ele aqui? - Harry perguntou, mordendo o interior do lábio; ele sabia sobre a história entre eles, entre todos eles - seu pai, Sirius, Remus e até Pettigrew. Era como se ele se imaginasse forçado a dividir o quarto com Draco Malfoy; o pensamento era horrível tanto agora quanto era aos onze anos. Era parte do motivo pelo qual ele se recusou a deixar o chapéu colocá-lo na Sonserina.

– Eu vou sobreviver. - Severus afirmou, ele só esperava que o bruxo ficasse fora de seu caminho.

– Você tem certeza? - Harry perguntou, um olhar conhecedor em seu rosto.

Severus assentiu secamente.

– Você já tomou um relaxante muscular? - ele perguntou, mudando de assunto e dando a Harry um olhar que deixava claro que ele NÃO queria mais falar sobre o maldito Lupin de Remus. Se ele não fosse o único lobisomem que conhecia... bem, lobisomem acessível, já que conhecia Fenrir Greyback. Não que Greyback fosse sequer considerar a ideia; o homem gostava de ser um lobisomem, talvez um dos poucos que realmente gostava.

– Não. - Harry gemeu, – Eu não aguentava mais.

– Magia. - Severus murmurou, exasperado com Harry. Honestamente, ele ainda pensava muito como um nascido trouxa.

– A varinha está no quarto. - respondeu Harry. Ele confiava em Severus completamente, então não tinha medo de deixar sua varinha em lugar nenhum. Ele o jogou na cama enquanto mancava para o banheiro e para o quarto e tomava um banho rápido para tirar todo o suor de seu corpo.

Severus parou surpreso, chocado demais até para repreender Harry por ser tolo o suficiente para deixar sua varinha em qualquer lugar.

 – Accio! - Severus exigiu, pensando claramente sobre o que ele queria e deixando a magia fazer o resto. A porta do laboratório estava se abrindo, permitindo um fácil acesso e a poção veio voando direto para a palma de sua mão. – Aqui. - Ele passou a poção, sorrindo quando Harry a tirou dele apressadamente e bebeu em um grande gole.

– Oh, isso é bom. - Harry gemeu enquanto seus músculos derreteram como se ele fosse uma poça de gosma. Honestamente, apesar do fato de ele não ter sido capaz de preparar tão bem até recentemente... poções foram a melhor invenção de SEMPRE.

Severus se mexeu, imaginando por quanto tempo seria capaz de manter as mãos para si - especialmente vendo que Harry fazia todo o toque. Algumas semanas depois de ler os livros, ele se transformou em um pequeno... monstro. Na verdade, não havia outra palavra para definir isso, e sua determinação estava se esgotando a cada dia. Harry estava muito mais confortável com seu próprio corpo agora, mas Severus ainda era capaz de fazê-lo corar como se não houvesse amanhã de vez em quando. Era como se o menino aperfeiçoasse a arte da sedução. Tempos como agora, porém, quando fazia isso sem perceber o efeito que estava causando nele, eram muito piores. No momento em que Snape se forçou a sair de seus pensamentos, ele viu Harry o observando, um sorriso reprimido em seu rosto. Seus olhos verdes estavam brilhando de uma forma que gritava com satisfação presunçosa.

– Algo incomodando você? - Severus perguntou; ele raramente via Harry olhando para baixo ultimamente. Afinal, ele não tinha nada com que se preocupar. Um dia antes de subir ele ficou apreensivo, mas ainda demorou uma semana para que eles fossem embora. Ou do lado de fora, um dia; ele ficou surpreso que nenhum dos professores perguntou sobre eles e por que eles não estavam lá para todas as refeições. Embora fosse raro durante o verão, eles tinham um convidado e era a coisa certa a fazer.

– Vai ser diferente com Remus aqui, não é? - Harry afirmou com conhecimento de causa. Ele não ficaria surpreso se Severus realmente começasse a dormir no sofá durante a visita de Remus. O pensamento o deixou tremendo de suor frio; ele não queria dormir sozinho... e ter os pesadelos voltando.

– Sim. - Severus respondeu, não deixando Harry a falta de educação de mentir para ele, não que ele mentisse.

Harry acenou com a cabeça, irritado, mas não disse nada; simplesmente não havia sentido nisso. Esperançosamente ele seria capaz de mudar de ideia, mas ele conhecia Severus bem o suficiente para saber que seria uma tentativa inútil. Embora os olhares que ele estava vendo fossem jogados em seu caminho... ele poderia ter uma chance maior. Ele queria Severus, mas o bruxo estava determinado a nada acontecer! Era irritante; agora que ele percebeu o que queria, Sev não estava se mexendo.

Ele considerou isso seu próprio desafio pessoal; um pequeno sorriso apareceu em seu rosto.

Salazar, é claro, viu e riu baixinho; Severus não saberia o que o atingiu. Oh, ele estava muito familiarizado com aquele olhar, era um que sua esposa usava quando estava determinada a fazer com que ele prestasse atenção nela. Normalmente depois que ele acabava ficando muito tempo em seu laboratório, fermentando, assim como ensinando. Uma pontada emanou de seu coração... ele sentia muita falta dela e desejava que ela estivesse com ele.

– Você acha que ele vai gostar? - Ron perguntou, usando sua varinha para tirar as cinzas de suas roupas com um sorriso perfeito. Ele agora tinha permissão para usar magia... bem, ele tinha sido capaz de usar magia por cinco meses, mas não estava envelhecendo. Ele, ao contrário de Fred e Jorge, não tinha enlouquecido por ser capaz de usar magia. Ele raramente aparatava de um lugar para outro, apesar de ter sua licença de aparatação. Embora, isso possa ter algo a ver com as coisas serem tão tensas na casa; sua mãe estava reclamando com eles por cada pequena coisa, e seu pai estava incomumente solene e desaprovava o comportamento de sua mãe. Seu pai o havia levado para fazer um teste de habilitação na semana passada, e ele teve sucesso na primeira vez, o que o deixou extremamente satisfeito consigo mesmo. Seu pai tinha orgulho dele.

– Claro que ele vai. - Hermione disse, revirando os olhos ao ver o quão constrangido Ron ainda estava sobre os presentes que ele conseguiu dar a Harry. Ele tinha sido assim por anos, apesar do fato de que Harry sempre estava feliz com tudo o que recebia. Eles entendiam melhor agora que Harry não tinha a melhor situação de vida, mas aos onze anos eles estavam completamente sem noção. – É a intenção que conta. - continuou ela. Não tendo muito dinheiro, ele não foi capaz de dar a Harry, ou a ela, os presentes que ele sentia que eles mereciam.

– Oh bom, você está de volta! - Arthur disse. – Como foi? - ele perguntou com pavor. Pelo menos no Ministério ele não estava sendo perseguido, mas os olhares que estava recebendo o faziam se perguntar se ele teria seu trabalho por muito mais tempo. Ele odiava a maneira como isso afetou todos os seus filhos. Ele tinha ouvido seus filhos mais velhos; eles queriam voltar para seus respectivos países para fazer seus trabalhos: Egito e Romênia. A única razão pela qual não o fizeram foi a lealdade que ele instilou neles e o medo de que algo pudesse acontecer à família. Ele ficou muito tentado a dizer-lhes que fossem; pelo menos ele saberia que eles estavam seguros.

– É muito cedo; muitas pessoas não saíram. - Ron disse honestamente. E seu pai não deveria ter ficado surpreso com o retorno deles; ele estava olhando para o relógio esperando que eles voltassem. Embora ele soubesse que teria que cuidar de si por aquele besouro maldito que era Rita Skeeters.

– Bom; sua mãe vai preparar o café da manhã em breve. - Arthur disse, percebendo que Hermione não o encarava. Ela evidentemente tinha algo que queria muito tirar de seu peito... mas como uma convidada ela conhecia melhor. Ele não poderia ter escolhido melhor para seu filho mal-humorado e esperava que esse escândalo não mudasse a opinião dela sobre Ron.

– Ok. - Ron disse, – Ainda temos papel de embrulho?

– Sim, meu escritório, segunda gaveta; vou buscá-lo... - Arthur disse, levantando-se e caminhando para seu escritório. Talvez ele devesse ter uma pequena conversa com Hermione, ver se ele poderia colocar um fim nessa quietude e evitação. Pegando o papel de embrulho, ele voltou e o entregou ao filho. – Hermione... se você tiver um minuto, eu gostaria de falar com você em particular...

– Sim, senhor. - Hermione disse, olhando para Ron em uma indagação silenciosa.

Ron encolheu os ombros, apertando a mão dela antes de se sentar em uma das cadeiras da cozinha e começar a embrulhar a seleção de doces que comprara para seu melhor amigo: Berty Botts, penas de açúcar e uma caixa de sapos de chocolate. Já fazia muito tempo desde que ele ouviu falar de Harry, e ele esperava que estivesse bem. Harry estava em Hogwarts; Ron sabia que não estava sendo atacado ou morrendo de fome... mas ter sido sequestrado e forçado a assistir os Dursley serem mortos teria deixado sua marca. Não que Harry ficasse indevidamente chateado com a morte deles, mas ele estaria se culpando - ele conhecia Harry bem o suficiente agora. Inferno, Harry se culparia pela morte de Lucius Malfoy e pelo que Draco Malfoy estava passando, se algo acontecesse com aquele homem nojento. Infelizmente, a loira foi capaz de escapar das circunstâncias mais contundentes.

– Feche a porta. - disse Arthur. – Por favor. - acrescentou ele, sentando-se em sua cadeira e observando o jovem de dezessete anos. Ela era muito protetora com aqueles de quem gostava; Ron tinha falado sobre como ela socou Draco Malfoy na cara alguns anos atrás. Ron estava positivamente pasmo por ela, e Arthur tinha visto o início da atração, mesmo que seu filho não tivesse percebido ainda. – Sente-se. - acrescentou ele, uma vez que ela fechou a porta atrás dela.

Hermione se sentou no sofá puído, imaginando o que ele queria. Ela não queria falar com os pais Weasley, mas não podia ignorá-los completamente, afinal ela estava na casa deles. Ela estava tão animada em ver Harry no aniversário dele que não estava tão zangada hoje quanto estava desde que descobriu o que estava acontecendo.

– Eu sei que você não aprova o que aconteceu. - Arthur disse calmamente, observando-a de perto. – Só espero que isso não tenha refletido mal em toda a minha família... ou tenha azedado sua opinião sobre Ron.

– Claro que não, isso não foi culpa ou culpa de Ron. - Hermione disse amargamente. Ron e Harry, assim como seus pais, eram tudo o que ela tinha, e ela os protegeria mesmo ao custo de sua própria vida. Eles eram tudo para ela; ela estava tão feliz que o contrato dos Weasleys havia azedado, mesmo às custas de sua família, já que ela sabia que Harry ficaria totalmente infeliz pelo resto da vida.

– Não somos pessoas más, Hermione; apenas tomamos uma decisão ruim... - Arthur continuou, seu olhar solene encontrando o de Hermione. – Se eu pudesse voltar... Eu não faria tudo de novo. Dói que eu mudei para sempre a opinião de Harry sobre esta família... até a sua também.

Os próprios olhos de Hermione suavizaram ao ver a tortura e auto-repulsa naqueles olhos tão semelhantes aos de Ron. 

– Eu sei que você ama, infelizmente não significa que está tudo bem. Harry é o menino mais doce e carinhoso que eu já conheci; tudo o que ele sempre desejou foi uma família para amar, e ele tinha isso com você. Ele se importava com você profundamente, e ele arriscou a vida, quase ao custo da própria para ajudar sua família... para piorar as coisas, ele provavelmente está se culpando por suas próprias ações!

– Eu sei. - disse Arthur, suspirando suavemente.

– Ele quase morreu salvando sua filha! Ele foi mordido por um basilisco, e tudo o que importava até então era salvar Ginny para que você nunca conhecesse a dor da perda! Morrendo, ele apunhalou o diário e disse a Ginny como sair onde Ron estava esperando! Ele não se importava consigo mesmo, e foi só por causa de Fawkes que ele saiu de lá intacto! - Hermione estava gritando agora, deixando tudo exposto para o bruxo.

– Mordido? - Arthur repetiu, encolhendo-se ainda mais; isso era novidade. Albus disse que fez isso para impedir que Hogwarts fechasse, assim como para salvar sua filha... ele não disse a ele que Harry quase morrera... apenas que ele arriscou sua vida.

– Surpreso que Dumbledore não tenha te contado tudo? - Hermione afirmou astutamente. – Ele nunca conta toda a história. - Isso foi algo que ela percebeu logo durante seus primeiros anos em Hogwarts. Ele concedeu-lhes pontos por bravura e tal, mas ocultou a informação de que Harry havia arriscado sua vida e que a causa era Voldemort. Ninguém em Hogwarts percebeu até hoje que um Basilisco estivera perambulando pelos corredores; o velho mago tentou manter todas as informações que conseguiu. Algum Veritaserum teria provado que Sirius Black era inocente, mas não, ele tinha acabado de mandar Sirius se esconder.

– Não, não quer. - Arthur concordou, esfregando a testa enquanto digeria tudo o que acabara de aprender. Isso foi algo que ele só percebeu quando Harry lhes contou sobre o abuso. Albus fez parecer que Harry estava exagerando tudo; que Harry só havia sido colocado em seu armário como punição, e apanhado apenas nas ocasiões em que era necessário. Todos os outros acreditaram nas mentiras; Molly e ele mesmo não, mas eles ainda deixaram Dumbledore ditar suas vidas. Para piorar as coisas, ele teria que entregar sua filha ao velho réprobo... e se tentasse manipulá-los ainda mais, ele, Arthur, não seria responsável por seus atos. – Você se sente melhor com tudo isso fora do seu peito?

– Não completamente; eu só queria que você tivesse um motivo real para quase destruir a vida do meu melhor amigo! - Hermione respondeu. Harry era mais parecido com seu irmão, na verdade.

– Não foi minha intenção, você deve acreditar nisso. - disse Arthur, escondendo seu desespero.

– Eu sei que não foi; não muda o que aconteceu. - Hermione concordou.

– De fato. - Arthur afirmou, sabendo que ela estava certa; ela não era a garota mais inteligente em seu ano à toa.

– Posso ir agora? Tenho que embrulhar o presente de Harry. - disse Hermione, usando qualquer desculpa para sair da sala. Ela se sentiu tão mal por ele; ele parecia tão abatido e cansado que ela quase quis dizer que estava tudo bem. Infelizmente não cabia a ela, como ela continuaria a se sentir em relação a eles dependeria de como Harry estava quando ela o viu.

– Claro. - Arthur concordou; – Eu já vou sair. - Ele tentou sorrir, mas saiu parecendo frágil.


[0.0] Oie pessoas! Como estão?

[0.1] Eai, o que acharam do capítulo?

[0.2] Não esqueçam de comentar e deixar seu voto!

[0.3] Volto na quinta com mais um capítulo... ou talvez dois...

Até breve!!


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