— Ainda não acredito que você convenceu Snape a ir na festa de Halloween. — Falou Lyra ao meu lado em sua própria versão de rainha de copas, com uma coroa parecia com a da festa de Slugorn no ano letivo anterior, um vestido justo com naipes de baralho em um fundo de um vermelho quase preto de tão escuro, uma pedrinha de coração em baixo dos olhos.
Miracle estava aéreo a abraçando por trás escorado na parede enquanto a Lestrange se escorava nele. Tinha adotado um visual mais reservado esse ano, cabelos e olhos negros, pele branca. Ficavam muito bem nele, mas ele andava muito distante desde que voltou, em compensação era visto mais com Lyra. Tentei perguntar se ele estava bem no início, ele dissera que sim e não prolongara o assim. Lestrange deixou escapar algo a umas semanas atrás sobre os pais dele serem malditos cretinos e relacionamentos serem uma merda, então se calara subtamente e não falara mais desde então.
— Nem eu. — confecei.
— Pelas marcas no pobre garoto, au acredito. — disse Richard.
Fiquei vermelha, nem vinhamos fazendo nada nem remotamente perto do que faziamos no apartamento para não arriscarmos ser pegos, o máximo que fizemos foram beijos, e minhas mãos por baixo de sua camisa.
Falei para Severo que eu devia cortar as unhas, mas ele protesta ruidosamente toda a vez! Tenho a esperança de só Richard ter visto.
— Epaa. Que marcas? Onde isso? — perguntou Lyra virando um pouco a cabeça para olhar para o sonserino. Ele só sorriu e eles trocaram um olhar que mais parecia uma conversa telepatica. — Mintiraaaaa...— bradou animada e depois baixou a voz vendo que falara alto, e continuou olhando para mim. — sério? Onde? Nas costas? Naquele tanquinho maravilhoso?
— Do que estão falando? — Snape apareceu em sua negra e longa capa de dementador.
Régulos atrás dele com o rosto pintado de esqueleto e Mulciber e Philipa com seus jalecos de medibruxo.
— Nada não. — a malícia em sua voz dizia o contrário, ela o avaliou com os olhos da cabeças aos pés e fez um joinha com a mão em minha direção.
Cobri o rosto com as mãos morrendo de vergonha.
— Lyra. Deixe a fadinha em paz. — ouvi Miracle.
Retirei as mãos dos olhos e vi meu amor do meu lado. Peguei sua mão.
— Vamos? — perguntou Mulciber. — Não quero me sentir uma vela por mais tempo.
Régulos revirou os olhos e Philipa ficou sem jeito. Hummm. Ai tem.
Sorri. De início pensei que ela tivesse vindo com Mulciber, por causa das fantasias combinando, mas não, devia ser coincidência.
Aurora estava superando a atração pelo Black por um rapaz grifano que não conheço, então tudo bem eu achar que Régulos e Lipa combinavam.
Richard desencostou da parede empurrando um pouco a sonserina antes de passar seu braço pelos ombros da garota. Estava vestido de rei, se a coroa dourada em sua cabeça serve de indicação, a roupa era mais um terno negro bem cortado.
— Eu ja estava entediado mesmo. — falou.
Lyra virou o rosto alguns centímetros e sussurrou algo no ouvido dele, que concordou sem parecer mas animado ou empolgado que antes, apenas um leve balançar de cabeça.
Saimos andando para o salão principal, as asas de fada da fantasia eram um pouco incômodas, mais tudo bem, eu imaginei que podiam ser quando as escolhi. Acontece que todo mundo levava muito a sério essa coisa de fada, e quando eu criei coragem para contar, do jeito mais casual possivel, que eu tinha mesmo um poquinho de sangue de fada nas veias, e eles tendo aceitado isso sem problemas ou estranhamento, pensei que seria uma boa idéia para a fantasia, e tinha gostado do resultado. An tinha me ajudado a encanta-las para que imitassem mesmo o movimento de assas, e era estranho sentir algo se movendo em minhas costas.
Na festa Lyra e Miracle sumiram de vista rápido, embora eu tenha encotrado eles bem mais tarde na noite quando sai para ir ao banheiro.
Estavam com um garoto loiro e alto, com uma mascara simples, todos os três entrando num armário de vassouras do corredor vazio, não quis nem pensar no que eles fariam, se a boca de Miracle ja estava no pescoço dele , os dedos nos cabelos dourados enquanto as mãos da Lestrange ja passeavam pelo corpo do menino, uma em baixo da camisa e outra lhe apertando a bunda, antes mesmos de fechar a porta do pobre armário, só dava para pensar que o coitado ia ser comido vivo.
Olhei de um lado para o outro para ver se mais alguem tinha visto a cena, mas não, só eu ali. Me apressei para o banheiro.
E eu pensando que Sev e eu nos excediamos, eramos quase castos comparados aquela dupla.
Quando estava voltando esbarrei com um rapaz com uma mascara de leão, uma camisa dourada e jeans.
— Desculpe. — pegando a rosa vermelha que havia caido do bolso de sua camisa e ofereço a ele.
Ele a olha como se nunca a tivesse visto, me olha, empurra devagar minha mão com a rosa para mais perto de mim, fica mais uns dois segundos com seus olhos escuros nos meus e depois sai dali rápido, passando por mim como se eu fosse contagiosa.
Cara estranho.
Deixo a rosa em um vaso de planta e volto para o salão, pelo menos tento, Snape me encontra no meio do caminho, pega minha mão e quase me sequestra para algum corredor que não reconheço, me perco fácil porque alguns corredores são muito iguais.
Sabia que ele não estava confortável na festa, fora da sua zona de conforto. Fiquei feliz que ele fisseza por mim, eu queria ir com ele a festa, gosto do Halloween. Mas imaginei que ele não ficaria por muito tempo, embora ele tenha aguentado firme.
Entramos em uma sala meio escura, só percebi que era a sala de troféus porque alguns destes reluziram quando a luz refletiu através da porta momentâneamente aberta, e logo fechada, Severo apontou a varinha para a fechadura e ouvi a tranca. Ele tinha nos trancado na sala.
O vidro da janelinha era fosco, e era quase impossível de enxergar através dele.
Ele não acendeu a varinha quando veio até mim, apenas lançou um abafiato. Estremeço de antecipação, só o vi lançar esse feitiço em uma situação.
— Minha compensação, Amor. — o ouvi embora não o visse direito naquela escuridão ele parecia sem duvidas predatório.
Quando ele aprendeu a ser Sexy assim? Falar as coisas desse jeito e com essa voz. Com certeza ele não fazia o tipo sedutor quando nos conhecemos, mas até onde eu lembro, eu tambem não era pervertida quando nos conhecemos, acho que depois que se esfrega em alguem desavergonhadament se perde grande parte de qualquer pudor.
Ele me puxou para ele com brusquidão.
— Você quer fazer aquilo aqui? — perguntei hesitante, mas eu queria. Merlim me ajude.
Quando "negociamos" que ele iria a todas as festas, jantares e qualquer coisa animada que eu quisesse ir sem reclamar ou perguntar que horas acabaria, nesse e no outro ano, se eu deixasse ele colocar a mão nua .... Eu tinha praticamente engasgado quando ele disse isso, e ele estava completamente inexpressivo quando disse isso. Meu amango revirou e eu pensei nisso por três dias, de tanto pensar nisso passei de incrédula para curiosa, e então ansiosa. Perguntei para ele como é que ele pretendida me tocar daquele jeito sem ninguém ver, ele disse que no Halloween nenhum dos monitores ou professores faziam ronda, era folga deles.
— se não gostar me mande parar. — dito isso começou a baixar a alça do meu vestido. Não protestei, Merlim sabe que isso nem passou pela minha cabeça.
Ouvimos um barulho do outro lado da porta e passos se afastando apressados, Snape parou imediatamente e correu para a porta a abrindo e olhando lá fora, para soltar um impróprio.
— Um professor?
Ele respirou fundo e olhou para mim pela penumbra da sala.
— Era, só a...... Lilian.
Empalideci.
— Acha que ela vio algo?
Ele pareceu começar a negar,mas se deteve e só disse.
— Não sei. É melhor voltarmos para a festa. — falou já andando, sem me esperar, o que me deixou chateada.
Restou a mim ir atrás dele_como sempre_mortificada.
Sera que ele ainda gosta dela?