Quando Um Conde Se Apaixona

By amorpelaescrita7

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#1 em Ficção Histórica - 17/05/2018 A casa de York está a beira da falência. Com o passar do tempo se tornou... More

Prólogo
Epígrafe
I
II
III
IV
V
VI
VII
VIII
IX
X
XI
XII
XIII
XIV
XV
XVI
XVII
XVIII
XIX
XX
XXI
XXII
XXIII
XXIV
XXV
XXVI
XXVII
XXIV
XXIX
XXX
XXXI
XXXII
XXXIII
XXXIV
XXXV
XXXVII
Epílogo
Agradecimentos

XXXVI

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By amorpelaescrita7

Tayla e Edmond se beijavam com a força de um grande exército, e uniam seus corpos com todo o desejo reprimido de vários meses separados. Tayla, estava cada vez mais recuperada das queimaduras e com a autoconfiança voltando a ser restaurada mediante a declaração apaixonada de seu marido, ela sabia que estava pronta para se entregar a ele novamente, largando sua armadura de lado como fez durante sua lua de mel, e como ansiava em fazer a muito tempo. 

Ela não era tola, sabia exatamente onde todos os carinhos que os envolviam poderia levá-la. Ela já estava bem madura para se considerar uma mulher mais velha, uma esposa ciente do que acontece na vida conjugal, e ainda que tivesse medo de engravidar e ser mãe, agora sabia que não tinha sido culpa dela perder sua criança, mas era culpa da tia de Edmond e Rose, com quem Tayla acertaria as contas mais tarde.

Agora ela tinha muitas saudades do marido, de seus toques e juras de amor, e não deixaria nada ficar entre os dois. Ela sabia que quando estivesse em seus braços esqueceria de tudo e de todos, e ansiava por esse momento.

Edmond não precisava sequer falar ou expressar seus sentimentos. Havia tomado os lábios da esposa com tanta urgência e afobação que Tayla quase caiu para trás, desequilibrada. Quando os lábios dos dois se tocaram, faíscas voaram por toda a parte, e Edmond sentiu sua pele de lobo a rigor queimar pela dama das chamas, arder em um desejo tão intenso e profundo, que era difícil até respirar.

Ele a amava, queria poder protege-la de todo o mal e garantir que ela não sofresse nunca mais. Também não queria que ela se sentisse mal ou se machucasse, então separou suas bocas e encarou Tayla fixamente, enquanto segurava seu rosto.

- O que foi? - Tayla riu, com um sorriso travesso e irresistível nos lábios, ela provocou-o mordendo seu lábio e Edmond achou impossível não perder o juízo no momento.

- Tayla... nós... - Edmond estava inseguro e gostava de conduzir as coisas da maneira mais correta possível. Queria ter certeza de que a esposa estava confortável com a situação e que ela não se arrependeria depois e nem ficaria triste ou incomodada.

- Sim. - Tayla respondeu, sem mesmo ouvir o que Edmond diria. Ela sabia exatamente o que ele ia falar, e a resposta era sim. Até o fim de suas vidas como marido e esposa, a resposta seria sim.

- Neste caso. - Edmond segurou a mão de Tayla. - Condessa Hughes. - Edmond falou bem perto do ouvido de Tayla fazendo sua pele queimar. Ela adorava ouvir o doce som de sua voz enquanto ele a chamava de condessa usando o sobrenome dele. - Vamos para casa. - Tayla estremeceu.

Tayla abriu um grande sorriso e concordou, seguindo o marido enquanto ele corria até os cavalos para irem em direção a sua residência. Os dois estavam extremamente feliz, sorridentes natos, e conduziam seus cavalos de maneira rápida até o centro da cidade, uma vez que era impossível cavalgar de Londres até Watford. Ambos deixaram os cavalos com o cocheiro que trouxe Tayla, enquanto entravam na carruagem que trouxe Edmond. Tayla se acomodou deitada nos ombros do marido, descansou tranquila e suspirou fundo, relaxando. 

Edmond estava aliviado, em ter Tayla tão próxima de si, confiando nele para descansar pelas horas que se seguiam até chegar na residência deles. Nada poderia atrapalhar o que sentiam, e mesmo que fossem obrigados a manter o respeito dentro da carruagem, eles sabiam que retornariam a unir seus corpos quando chegassem na mansão Hughes, e assim o fizeram. 

Edmond ajudou Tayla a sair da carruagem e passaram correndo tão rápido pela porta principal que Tayla quase tropeçou no rodapé ao estilo venezziano que completava a construção da casa. Ela mal teve tempo de cumprimentar os criados, que estavam radiantes com a volta da condessa a sua residência oficial, e felizes por eles terem feito as pazes, pois admiravam muito Edmond como empregador e chefe, e sabiam que o pobre conde merecia ser feliz depois de tudo o que passou.

Tayla e Edmond sobem as escadas desesperados mas param quando chegam ao topo da escada. Tayla no degrau mais alto e Edmond no degrau abaixo. Ele agarra o corpo da esposa com toda a força de vontade que possuía enquanto Tayla acaricia os cabelos do conde.

- Então, condessa Hughes, acha que ainda pode resistir aos meus encantos? - Edmond questiona, brincalhão, ainda abraçado a esposa no topo da escada.

- Como eu disse, certa vez, em um baile, talvez você nunca tenha se esforçado para suas conquistas o chamarem de ideal. - Tayla disse, com um olhar atrevido e brincalhão. Edmond soltou uma gargalhada e rebateu, como uma criança.

- Esteja certa de que... - Edmond fala, a encarando profundamente. - Tornarei essa noite tão perfeita que você sequer terá coragem de dizer que foi apenas ideal.

- Sua teoria... - Tayla disse, tocando os cabelos de Edmond com uma mão e abrindo os lábios dele com outra. - Não tem fundamento algum. Mulheres não querem se casar com o homem perfeito, mas sim ideal. Elas querem se casar com Edmond Hughes. - ela disse, sorrateira.

Edmond abriu um sorriso largo carregado de desejo.

- Nesse caso, é uma pena para elas, por eu jamais vou tirar minhas mãos de você. - ele afirma, segurando a esposa no colo e terminando de subir as escadas. Ele abre a porta com uma mão e rapidamente a fecha atrás de si. 

Edmond se permite observar o quarto, deixando Tayla de pé no chão. A noite estava quase chegando, e uma luz fraca iluminava o quarto que era de Edmond. Ele ainda enxergava com certa dificuldade, uma vez que cada dia que passava sua cirurgia se tornava um acontecimento muito necessário.  Mas ele jamais confundiria ou perderia de vista s silhueta da esposa, parada a sua frente de maneira tímida, esperando que ele avançasse.

Ele passa então a encarar a esposa. Com a respiração pesada, ela parecia ansiosa por beijá-lo e dormir ao seu lado, e isso era tudo que ele mais queria no mundo. Não sabia ao certo quando começou a sentir tanto amor por ela, mas sabia que era um sentimento verdadeiro e crescente, que foi gradual com o passar do tempo. Precisava dela, todos os dias, e sabia que queria envelhecer o lado dela também.

Ele vai até ela e Tayla solta um longo suspiro quando ele desamarra lentamente, enquanto encara seus lábios, o vestido dela de maneira muito ágil, deixando a peça cair, revelando sua camisola. Ele lentamente a puxa para si segurando sua cintura, e Tayla segura em seu tronco forte.

- Físico trabalhado no críquete e no box? - Tayla ironizou e Edmond riu, lembrando da primeira manhã logo após ter se casado, quando ele fez piada e apareceu no quarto dela sem camisa. Edmond assentiu, concordando. - Não consigo vê-lo. - Tayla fez uma carinha triste e ao mesmo tempo brincalhona. - Você poderia...- ela iria questionar, mas Edmond interrompeu.

- Não. Você poderia. - sua voz firme e baixa fez Tayla estremecer. Ela ajudou Edmond a desabotoar seu casaco e camisa branca de linho por baixo, podendo encarar seu tronco, motivo da piada de alguns segundos atrás. 

Tayla passou suas mãos por ele até chegar em seu pescoço e Edmond sentia que estava beirando a loucura com cada toque. Tayla puxou o marido para si e colou suas testas, apenas aproveitando o quão bom era ter o marido por perto. Eles se olham fixamente e dizem no mesmo instante.

- Eu amo você. - e riram alegres, por terem pensado na mesma coisa e ao mesmo tempo.

Tayla  andou para trás  juntamente ao marido que não se permitia soltá-la, até bater com os calcanhares na madeira da cama. Tayla se dirigiu até a cama e se deitou. Viu Edmond se deitar ao seu lado e ela se virou para ficar frente a frente com ele, apoiando-se nos ombros. Edmond fez o mesmo, encarando-a profundamente.

- Este momento... estar aqui com você... - ela passou a mão pela barba do marido enquanto ele abriu os botões da camisola e abaixou delicadamente uma alça.

Edmond olha ao redor do quarto e não deixa de notar que, quando se separaram, Tayla tinha optado por dormir sozinha, mas suas malas estavam lá agora.

- Estou percebendo que... - Edmond falou em voz baixa, beijando o ombro de Tayla de forma suave. - Seus baús voltaram para cá. - Agora ele percorria seu pescoço com beijos gentis. Tayla sentia a pele queimar e Edmond também sabia que seu corpo pegava fogo aos toques de sua esposa, a dama das chamas. - Para o meu quarto.

- Para o nosso quarto. - Tayla encarava o corpo de Edmond de uma maneira que ele mal a reconhecia. Ela levantou o olhar para seus olhos e sorriu, um pouco tímida. 

Edmond afundou as mãos nos cabelos longos de Tayla, soltando-os do penteado, enquanto a puxou para um beijo calmo e suave.

- Não vamos mais nos separar. Minha armadura está no chão novamente, como em nossa lua de mel. Mas dessa vez, eu tenho certeza de que não a usarei nunca mais contra você.- Tayla disse quando Edmond pousou suas mãos sobre seu quadril, fazendo com que a camisola subisse um pouco. Ela se deitou de maneira instintiva enquanto observava o marido acima dela, a fitando de maneira serena. Ele permaneceu apoiado nos ombros, com uma mão em cada lado do corpo dela. 

- Nunca mais? - ele questiona, mordiscando a orelha dela e afundando o nariz em sua nuca, para sentir o cheiro de lavanda que ele tanto esperava e ansiava por sentir novamente.

- Nunca mais. - Tayla suspira e segura o queixo do marido, encarando seus lábios, enquanto ele não tirou os olhos da imensidão verde esmeralda que eram os olhos de sua esposa, tão arregalados e aflitos por aquele momento como os dele certamente estavam. 

O casal se beija de forma apaixonada e ardente e muito rapidamente se envolvem de maneira única e especial, já sem nada que separasse seus corpos. Eles haviam esperado muito, e agora estariam irrevogavelmente unidos pelas próximas horas.

Depois de uma longa e extasiante noite de amor e carinho, o amanhecer chegou. O casal pouco dormiu, pois usaram de todo o tempo que podiam para garantirem um ao outro de que não desejavam estar em nenhum outro lugar. 

Tayla, despida e deitada no tronco de Edmond, se agarra as cobertas como quem se recusa a levantar mesmo que  a manhã esteja destoando pela janela. Edmond ouve Tayla reclamar de ter que se levantar e abre seus olhos, encontrando Tayla cada vez mais agarrada a seus braços, uma vez que dormiram abraçados e tranquilos.

Nada poderia atrapalhar aquele momento, nada poderia sequer ser comparado as emoçoes que ambos sentiam naquele momento. Um nos braços do outro, transmitindo em seus poros uma sensação de proteção jamais experimentada.

- Bom dia. - Edmond disse, tirando as mechas de cabelo bagunçadas do rosto da esposa.

- Ótimo dia, de fato. - ela sorriu, ainda abrindo os olhos e lembrando da noite anterior. Ela encara o marido com seus olhos verdes vivos a luz da manhã e Edmond quase perde o folego mediante a tanta beleza.

- Nós precisamos conversar... - Edmond disse, virando-se de lado para a esposa.

- Não consegue pensar em nada melhor para fazer? - Tayla retruca com um sorriso preguiçoso nos lábios, enquanto passeia suas mãos pelos ombros fortes do marido.

- Tayla! - Edmond se surpreende e Tayla cora de modo instantâneo. 

- Você imaginou coisas, eu estava apenas sugerindo voltar a dormir, estou com muito sono. - Tayla desviou a conversa, enquanto puxava as cobertas e se encolhia na cama.

- Eu falo sério! - Edmond disse, assertivo mas, ao mesmo tempo delicado, enquanto sorria para a esposa. - Quero muito conversar com você, sobre muitas coisas. Minha cirurgia, nosso casamento, sua visita a Itália... a lista é grande. - Tayla concordou e Edmond iniciou a conversa.

Ele discorreu mais uma vez sobre suas complicações de saúde, o que estava em jogo e sua possível perda de visão. Tayla estava resoluta quanto a permanecer ao lado de Edmond o máximo que pudesse, e sobre não abandoná-lo jamais. Ela o tranquilizou dizendo para que não se desesperasse, pois não importava o resultado da cirurgia, eles iriam passar por tudo juntos. Passado este tópico, foi a vez de Tayla contar sobre como foi a viagem a Itália, e ela ficou feliz ao dizer como estavam as irmãs, sua avó e mãe, e sobre como tentou estudar e se dedicar a remédios, biologia e anatomia, para poder ser médica de verdade.

Edmond ouve com orgulho e carinho, uma vez que previamente deixou planejado um tutor e professor particular para que Tayla pudesse se formar em medicina, uma vez que se fosse para a faculdade seria muito discriminada e sofreria por isso, Edmond deu um jeito de garantir que ela terminasse os estudos em um ambiente agradável, pois não há nada pior do que tentar seguir seu sonho mas ser desmotivado pelas circunstancias do meio. Edmond anunciou que o tutor estaria a disposição dela e que teriam aulas todos os dias e a condessa entrou em um estado de extase e animação contagiantes. Tayla agradeceu ao marido pelo gesto, abraçando-o apertado e logo em seguida levantou-se da cama, vestiu a camisola que estava no chão e começou a dançar de felicidade, fazendo Edmond rir, pois ela dançava muito mal.

- Eu não sei como agradecer! - Tayla estava radiante e voltou a se sentar na cama, ao lado do marido.

- Pois eu sei muito bem. - Edmond disse, alcançando a alça da camisola dela e puxando-a para si, reiniciando todos os momentos vividos na noite passada.

Ainda era cedo quando, depois de trocarem mais uma vez carícias e beijos, Tayla se levantou e afirmou.

- Agora, senhor Lobo a rigor. - disse vestindo-se novamente e se dirigindo até um espelho para pentear os longos cabelos castanhos. - Ficarei vestida para o café e você não irá mudar essa circunstancia! -disse, entre risos.

- Adoraria ver você lutar contra seu desejo de ficar, tentando me fazer parar. - Edmond disse, levantando-se da cama, colocando uma calça de linho e uma camisa branca. - Mas agora nós precisamos realmente descer para tomar café. - Edmond foi até o espelho e abraçou a esposa por trás.

Ele encostou seu queixo no topo da cabeça de sua esposa e encarou-a no espelho. Tayla juntou suas mãos com as dele na frente de seu corpo.

- Tayla. - Edmond disse sério. - Por que... depois de tudo e tantas coisas, você voltou?

- Por que eu te amo, e quando você me interceptou na porta da frente indo embora pra Itália eu mal consegui deixá-lo lá. Eu não tinha sequer ido e já queria voltar. - Ela disse, descansando a cabeça no tronco do marido. - E sei que não fez as coisas que acha que fez.

Edmond arregalou os olhos.

- Do que está falando? - ele questiona, um tanto surpreso e assustado. William não tinha contado nada a ele.

- Não posso lhe contar agora. - Tayla mordeu os lábios de nervosismo e se virou para o marido. - Você vai precisar confiar em mim. Sua cirurgia está chegando e você precisa se concentrar no procedimento e na recuperação. Me deixe fazer as coisas do meu jeito, tenho certeza de que não irá se arrepender.

Edmond arqueia a sobrancelha preocupado. Não deixaria Tayla se colocar em situação de perigo ou confusão, mas sabia que não poderia pará-la e ela tinha razão quanto a cirurgia.

- Eu só queria fazer um pedido. - Tayla disse, encarando ele fixamente.

- Qualquer coisa. - Edmond beijou o topo da cabeça dela.

- Quero que me ensine alguns golpes de box. - Tayla dispara e Edmond não consegue conter a expressão de felicidade e surpresa. - Sei que, com a cirurgia talvez você não possa mais lutar e abriu mão de muitos prêmios por que se casou comigo, mas o box era sua paixão desde que se tornou uma válvula de escape pela morte de seu pai. Não deve deixar este talento se acabar. Eu inclusive acredito que você deveria abrir uma escola de box. - Tayla declarou e ele ficou cada vez mais surpreso pela criatividade da esposa. - Li em alguns livros sobre vida saudável que as crianças precisam de incentivos a atividades físicas e só o críquete não ajuda muito. E se você ensinasse alguns pequenos adultos a arte do box, sem intenção de violência, mas para a prática de atividades no dia a dia? É uma ideia que tenho pensado e...

- É a ideia perfeita! - Edmond sorriu, deixando algumas lágrimas rolarem por seu rosto iluminado de felicidade. - Não sei como pensou nisso, mas estou ansioso por colocar em prática logo após a cirurgia! - Edmond estava tão feliz pela sugestão da esposa que poderia levantar ela pelos ares e pular de felicidade. 

Ele se preocupou muito sobre deixar o box, a luta que o ajudou durante tanto tempo, mas saber que poderia passar seu amor a luta para crianças, seria a ideia perfeita para passar o tempo.

- Mas se eu bem te conheço... - Edmond disse, desconfiado. - Você tem outro motivo para me pedir que eu lhe ensine box... - ele a encarou, mais e mais perto, até que Tayla foi obrigada a falar.

- Tudo bem! Tudo bem! Eu admito! - Tayla disse, se sentindo pressionada. - Queria distribuir alguns socos no rosto de algumas pessoas. Tem algo de errado com isso? 

- Eu não sei dizer... me diga você! Eu deveria me preocupar? - Edmond disse, sorrindo.

Tayla balançou a cabeça negativamente e riu. 

Logo, Edmond passou cerca de uma hora ensinando golpes básicos para ela, o que foi extremamente eficaz, visto que Edmond saiu do quarto com alguns arranhões, por que Tayla aprendia rápido. Ela ficou preocupada por machucar o marido e começou a distribuir beijinhos de "curar machucado" que as mães dão quando a criança se machuca, mas Edmond já estava muito melhor, embora ainda se fizesse de vítima. Tayla percebeu e parou o que fazia, rindo junto do marido. Ambos, ainda de camisola, calça de linho e camisa branca, desceram para o café da manhã, onde encontraram Isabelle e Olívia aflitas. Quando olharam os arranhões de Edmond, elas chegarem a se assustar.

- Tayla. - Isabelle engoliu em seco. - É muito bom ter você aqui de volta mas... o que aconteceu? Por que Edmond está machucado? Os criados comentaram que vocês subiram animados e prontos para acertarem as coisas, mas não achei que acertariam dessa maneira. 

- Minha querida sogra! - Tayla correu para abraçar Isabelle. - lady Olívia! - agora ela abraçava a avó de Edmond. - Senti muito a falta de vocês. Mas não é nada disso que estão pensando... Edmond estava me ensinando golpes de box e digamos que sou muito rápida.

Isabelle e Olívia suspiraram aliviadas. 

- Voces dois estão com olheiras profundas. Ou passaram a noite chorando ou passaram a noite acordados. - Olívia reparou e só então, pensou no que tinha acabado de dizer.

- Passamos a noite acordados, se me permite o atrevimento, mas certamente não desocupados. - Edmond disse, enquanto conduzia a esposa para se sentar na cadeira e tomar o desjejum, Tayla sentiu as bochechas queimarem.

- Isso é ótimo! - Isabelle admitiu feliz, certa de que finalmente as coisas entre seu filho e Tayla iriam melhorar. - De coração Tayla, eu e Olívia estamos muito felizes com sua chegada. Estamos aguardando a semanas sabendo que quando você chegasse, tudo mudaria. - dito isso, Isabelle piscou para Tayla, e a condessa entendeu o recado.

Elas já sabiam, talvez William tivesse contado. O fato era que Tayla tinha plena consciência de que podia contar com as duas para destruir Isla e conquistar de volta os direitos de Edmond. A justiça finalmente seria feita por ela, pelas mãos da pessoa certa e a única capaz disso tudo.

O café da manhã foi animado, amistoso e cheio de histórias sobre a Itália. O resto do dia foi tranquilo para o casal, que não se desgrudaram nem por um segundo, mesmo Tayla afirmando que precisava estudar em seus livros, Edmond fazia questão de acompanha-la. A verdade é que ele tinha medo. Estava com o coração aflito pela cirurgia e queria passar o máximo de tempo que podia na companhia da esposa.

Nos dias que se passaram, tudo ocorreu de forma levemente pacata e tranquila. Tayla começara as aulas com seu tutor e não podia estar mais feliz. Estava aprendendo muito sobre anatomia e fisiologia, mas também aprendia como ser humana, acima de tudo, na área da saúde. Como tratar o paciente com dignidade, respeito e oferece-lo o melhor de si. 

As notícias logo correram pela cidade, de que Tayla York, agora a implacável condessa Hughes estava de volta e estudava para ser médica. Foi um total escândalo por uma semana, e boa parte de Watford alegou não querer se consultar com ela, pois era um absurdo que Edmond permitisse a esposa em um trabalho, quando os afazeres das mulheres da época eram "gerir a residência". Edmond ignorou todos os comentários, rebateu os que julgou necessário e só não agiu com violência pela honra da esposa pois a cirurgia estava se aproximando.

Depois de uma semana caótica as pessoas arranjaram outras fofocas para se ocupar e Tayla deixou de ser o centro das atenções. Ainda sim, muitos afirmavam que não seriam atendidos por ela, e Tayla soube que não seria fácil vencer a descriminação. Algumas pessoas chegaram a orientar Edmond sobre denunciá-la ao tribunal da época por "mal comportamento". 

Tayla não se importava, ela estava disposta a lutar por seu lugar como médica e auxiliadora da saúde, e quando um médico de Watford, amigo antigo do pai de Edmond e compadecido da situação, decidiu contratá-la quando terminasse os estudos para ajudá-lo em seu consultório, Tayla soube que seu sonho estava muito perto de se realizar.

Edmond e Tayla se amavam como nunca antes, e com o passar dos dias dormiam sempre juntos e sempre eram vistos em momentos de grande paixão. Edmond sabia que enquanto segurasse a esposa nos braços, teria tudo que sempre precisou.

O dia da cirurgia de Edmond havia chegado, e ele não podia estar mais nervoso e preocupado. Era um misto de sentimentos que rondavam seu corpo, e o medo era o maior deles. Poderia viver sem poder ver os olhos de Tayla? Teria  cheiro dela de lavanda para sempre, mas talvez nunca mais enxergaria o tom esmeralda de seus olhos. Como viveria sua vida depois do procedimento? Como seria se tivessem filhos? Como faria para dar as aulas de box que Tayla sugeriu? Eram tantos questionamentos que ele podia jurar sentir a cabeça explodir.

Edmond, Tayla, Isabelle e Olívia se dirigem a Londres para o consultório do médico.  Assim que chegam até o local, o doutor os cumprimenta com uma expressão séria e reflexiva. Ele sinaliza que a partir daquele momento, as acompanhantes do paciente tinham que permanecer do lado de fora da saleta de procedimento. As três Hughes aceitam as ordens do médico e aguardam, nervosas, o final de tudo. Naquela época, as cirurgias eram realizadas sob o efeito de álcool para suportar a dor, então logo após se certificar de que a sala estava limpa, higienizada (na medida do possível para a época) e que Edmond vestia uma roupa cirúrgica como uma camisola especial para procedimentos, o médico dá a ele uma bebida forte, deita-o na maca e a operação tem início.

Tayla não saberia dizer quanto tempo o procedimento durou, pois estava tão preocupada com o marido que cada mísero minuto era agonizante demais para ela. 

Já Edmond, que acabou dormindo durante a cirurgia, sonhou com Tayla. O rosto da esposa foi o último que ele viu antes de entrar na sala e o primeiro que ele gostaria de ver, quando saísse. Mas ele saiu dormindo, cansado pelo processo exaustivo o qual havia acabado de passar. 

Tayla se levanta, ansiosa para saber o que aconteceu durante a cirurgia. O médico explicou as complicações, o que foi feito e como foi feito na maior calma e tranquilidade já vistas. Ele com toda a certeza era um dos médicos mais dedicados de Londres. Ele também garantiu que, só poderia dizer se Edmond voltaria a enxergar depois da recuperação. Antes disso, Edmond teria algodão e uma faixa nos olhos, durante um bom tempo, que deveriam ser trocados e limpos quatro vezes ao dia para evitar infecção. Um remédio caseiro foi recomendado para uma possível sepsia, e ocorrências como dores de cabeça, febre e outras dores poderiam ser cuidados com outros remédios caseiros que o doutor tinha certeza que Tayla sabia. Ele sorri, ao saber que podia confiar na condessa para cuidar bem de seu paciente. 

Nos primeiros dias o doutor achou prudente que Edmond permanecesse na maca, parado, mas depois ele passou a caminhar na companhia de Tayla e sua família, que tinham alugado uma pequena casa em Londres por um período. As atenções da condessa estavam todas voltadas para o marido, mas ela sabia que Isla logo voltaria a cidade e ela deveria colocar seu plano em ação, se quisesse garantir a justiça em seu nome e no nome de toda a sua família. Conforme os dias passaram, Tayla planejou lentamente sua vingança e Will só estava esperando um sinal da condessa Hughes para entrar em cena e desmascarar de vez os culpados.

ESTAMOS CAMINHANDO PARA PARA O FINAL DA LINDA HISTÓRIA DE AMOR DE TAYLA E EDMOND, E EU PRECISO ANUNCIAR QUE O LIVRO DE HELENA JÁ FOI INICIADO! VOCES PODEM LER O PRÓLOGO DELE JÁ!! CORRAM PARA CONTINUAR ESSA SAGA MARAVILHOSA DAS IRMÃS YORK EM SUA BUSCA PELO AMOR! O LIVRO DE HELENA VAI SE CHAMAR: "QUANDO UM MARQUES QUER VINGANÇA" SERÁ QUE MATTEO VICCENZA QUER VINGANÇA?????? POR QUE ELE IRIA QUERER SE VINGAR DE ALGUÉM? SERÁ QUE ELE DESEJA SE VINGAR DE HELENA? FIQUEM LIGADOS!

O PRÓLOGO DO LIVRO DE HELENA JÁ ESTÁ DISPONÍVEL! A SEGUNDA IRMÃ DE TAYLA JÁ TEM UMA HISTÓRIA

LEIAAAAAAAAAAM

LINK AQUI, MAS PODEM PROCURAR NO MEU PERFIL TAMBÉM, SE CHAMA "QUANDO UM MARQUÊS QUER VINGANÇA"

https://my.w.tt/v7ijQEZoNbb






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