VII

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Três ladys alteradas pelo uísque se dirigiam até o chá da duquesa. Tayla e Daisy conseguiam se controlar um pouco, já estavam acostumadas. Maria por outro lado, ia cambaleando pela estrada e apontava para os chapéis estranhos que via, fazendo Tayla e Daisy esconderem seus rostos de vergonha.

Maria, sem precedentes, parou. Virou-se para Daisy e Tayla e começou a rir descontroladamente. Ela ria, e ria. Sem motivo algum. Tayla assustada se aproxima, olha nos olhos de Maria e diz:

- Ei, recomponha-se. Vai entrar em um chá de uma duquesa em breve. Tudo bem, eu não ligo muito para esses eventos, mas não posso arruinar a sua reputação também, não seria justo com você.

- Olhe, tem uma abelhinha em seu queixo. - Maria diz, apontando no queixo de Tayla. Ela se curva para olhar e Maria sobe sua mão para a testa dela, batendo lá. Tayla a solta e ela volta a rir.

Tayla se vira e vê Daisy morrendo de rir também.

- Qual é a graça nisso tudo? Daisy, temos que decidir o que faremos com Maria.

- Por quê todo esse estresse? Estamos nos divertindo com a garota dessa forma.

- Precisamos chegar à esse chá.

- Você odeia esses eventos...

- Quero provar dos biscoitos de café da condessa Fhiten. - Tayla responde, xomo quem conta uma mentira.

- Biscoitos, Tayla York? Você está me insultando? Sou sua amiga. Você não está indo lá por causa dos biscoitos, está indo lá por causa de alguém. Edmond talvez?

- Eu pareço ter perdido o juízo? Talvez... Só talvez... Eu esteja indo por causa de Oscar.

- O marquês? Está querendo se mudar e separar-se de mim? Esposas de diplomatas vivem viajando.

- Não faça drama que não estou com paciência para isso, Daisy. Agora, vamos... - Tayla se vira e percebe que Maria sumiu.

- Onde está Maria? - Daisy grita.

- O dia pode ficar pior? - Tayla reclama. - Vamos andar por aí, procurando-a. Talvez ela tenha ido sozinha para a casa da duquesa.

Daisy concorda e as amigas seguem seu caminho. Elas olham de um lado para outro, nem sinal de Maria. A menina simplesmente sumiu, sem rastros. Daisy vai a frente e Tayla pensativa, olha para as árvores do parque onde estavam.

Daisy se aproxima de uma árvore gigantesca, de tronco grosso e boa raiz, parecia uma árvore milenar. Observando-a concentrada. Tão concentrada que levou um grande susto, pois Maria resolveu aparecer por trás.

- Surpresa! - Maria grita às risadas e leva um tapa em suas maçãs do rosto.

- Daisy! - Tayla corre antes que a amiga dê outro tapa na pobre jovem.

- Eu odeio levar sustos. - Daisy pôs a mão no coração.

- Desculpe, não sabia. - Maria disse, com a mão sobre a bochecha. - Vamos então para o chá?

- Como se sente? - Daisy questiona. Maria tinha acabado de levar um tapa e estava em um minuto bem.

- Isso não interessa. Ela vai se recuperar. Apenas pare de rir e de provocar sustos, louca. - Tayla diz e puxa a mão das duas.

Depois de poucos minutos, elas chegam e avistam por uma das janelas perfeitamente limpas, Rose e Lisa sentandas em uma mesma mesa. Rose animada habitualmente, já Lisa se concentra em sua xícara de chá, evitando falar.

Elas são recebidas pelos criados, passam pelo jardim, a porta principal e o salão com uma grande escadaria. Em vez de subir, um criado as acompanha para a salinha da esquerda, onde uma enorme porta branca é aberta.

Quando Um Conde Se ApaixonaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora