Me olho no espelho de novo e passo perfume por fim.
Pego minha bolsa e meu celular, documentos, carteira gloss e uma laço de cabelo, abri o pacotinho de uma bala de morango e taquei na boca, saí de casa e chamei um táxi o caminho inteiro fiquei chupando-a até sumir na minha boca. Chegando na residência dos Bakugo, paguei o moço e saí do carro. Toquei a campainha e ele que abriu a porta.
― Oi amor ― sorri o vendo
― S/...
― Aaaaah ela chegou, saí da frente peste!! ― a senhora Bakugo empurra o filho pra trás e me puxa para dentro com um enorme sorriso na cara ― Ah então você é a garota que o Katsuki vive falando. E com razão em. Fecha a porta peste ― ela me puxou pra dentro sorrindo enquanto meu namorada rangia os dentes
― Velha idiota...
― Venha venha me conte, ― me fez sentar no sofá ― Como é que vocês se conheceram? Por que eu pergunto pra essa criatura ― olhou pro Katsu ― E ele só responde "morra sua velha" e se tranca no quarto como uma criancinha birrenta
― Olha os biscoitoooos ― o pai do Katsu vem da cozinha com um tigela cheia de biscoitos de chocolate
― Cala boca você também, deixa a S/n-chan contar como conheceu aquela peste ali
Katsuki cruza os braços com o ódio nos olhos e seu pai se senta do lado dele, no outro sofá o que esta à nossa frente.
― Bom, ele estava com o Kirishima e a Ashido quando entraram na cafeteria que eu trabalho. A gente se conheceu lá. Eu fui levar os pedidos deles na mesa, mas o cadarço do meu tênis tava solto então eu acabei tropeçando e derrubando tudo nele.
― Sorte que estavam gelados se não eu ia me queimar
― Viraria um segundo Todoroki ― resmungo pra mim mesmo e deu pra ver que ele segurou o riso, ta isso foi pesado, mas foi engraçado.
― Ele surtou não foi?
― Sim, eu pedi mil desculpas e ele me ameaçou explodir. Mas aí eu fiquei brava por ele ter sido sem educação e toquei na cara dele. ― os mais velhos me olharam sem entender e o Bakugo só revira os olhos com a lembrança ― O Katsuki foi parar do outro lado da rua com minha explosão.
― Sua individualidade são explosões?
― Sim, eu posso explodir qualquer coisa com apenas um toque, seja a mão, o braço ou até o corpo, vai explodir. E eu sou imune, não me atinge.
― Finalmente uma namorada perfeita pro meu filho.
― Cala a boca velhota
― Mitsuki, Katsuki, não briguem por favor...
― CALA A BOCA VOCÊ SEU IMPRESTÁVEL!!! DEIXA EU CONVERSAR COM A MINHA NORA
― MAS É MINHA NAMORADA!! ME DEVOLVE ― bate o pé na mesinha central
― VAI VER... ― ela tira seu sapato e taca na cabeça dele ― SE EU TÔ NA ESQUINA SEU BOSTINHA!!!
― Arrgh!!!! ISSO DÓI PORRA!!!
― É PRA DOER MESMO PORRA!! VAI COMPRAR ALGUMA COISA PRA BEBER AGORA
― NÃO VOU!!!
Ela tira o outro sapato e ameaça, Katsuki faz bico e levanta do sofá.
― Cadê a porra do dinheiro?
― Masaru vai com ele!
― Mas eu queria conhecer a S/n-san também... ― mamãe Bakugo da o olhar mortal e ele treme dos pés a cabeça ― V-Vamos de carro filho ― os dois saíram
― Agora estamos sozinhas. Me conta o resto, o que ele fez depois? ― me olhou sorrindo
― Ele acabou desmaiando mas eu perdi meu emprego.
― Pufff hahaha meu Deus, e depois? Vocês começaram a se encontrar né?
― Pro meu azar ou sorte, ele me procurou e ficou falando que seria o herói número um e vários blablas, eu simplesmente disse "foda-se", ele começou a gritar "eu vou te explodir sua baranga" aí eu só olhei com um sorriso mas ele insistiu em perguntar em que escola de heróis eu estudava. ― respiro ― Respondi que eu não queria ser heroína.
― De primeira eu achei que você também estudava na U.A.
― Eu estudo em uma escola normal ― sorri dando de ombros
― Você é uma garota incrível ― seus olhos brilharam ― Escuta, se o Katsuki te magoar ou te fazer alguma coisa ruim me avisa que eu mato ele ok?
― Pode deixar senhora Bakugo
― Aaah que isso querida pode me chamar de Mitsuki, ou de sogra se quiser hihihi ― sorriu
― Oh, certo. Bem, eu posso fazer um pedido?
― Claro que pode!
― Pode me mostrar as fotos de quando o Katsuki era pequeno? Eu vou usar a meu favor sempre que quiser
― Ohoho você é malvada. Adorei você querida!! Eu vou pegar
Alguns minutinhos depois e ela desce com um álbum de foto nas mãos. O resultado disso foi que ela me deu um monte, guardei tudo na bolsa e algumas outras eu tirei foto. Ela guardou o álbum. Ficamos conversando mais um pouco enquanto ela terminava de fazer o almoço e eu colocava a mesa para comermos.
Logo meu namorado chegou com a cara embirrada ainda e o pai dele do mesmo jeito só que com medo, eu acho. Olhei pra senhora Mitsuki e ela tava emanando aura maligna e assassina. Eles não trouxeram nada para beber, mas o dinheiro não estava com eles.
― Que foi que aconteceu?
― A gente bebeu no caminho porque deu sede ― seu tom era brincadeira mas acho que a mãe dele não notou isso
― Mitsuki, eu posso ir comprar se quiser, onde é o mercado mais próximo?
― Que? Nem pensar você é a visita. Vai Katsuki vai buscar o suco pra sua namorada quer que ela morra engasgada com a comida??
― ORA SUA...
― Não se preocupe Mitsuki ― entrei na frente do loirinho ― Eu posso ir comprar, vou levar o Katsu junto ta bom? ― sorri gentilmente, puxo o biribinha pela mão saindo da casa e só solto na esquina.
― Graças a deus estamos sozinhos ― ele respira e olha pra mim ― O que tanto conversaram quando eu tava fora?
― Coisas de garotas. Não se preocupe. É aqui né?
― É
Atravesso a rua com ele do meu lado.
― Você ta bonita com esse vestidinho.
― Obrigado. ― sorri e o abraço de lado ― eu te amo sabia?
Ele cora e desvia o olhar um pouco.
― Credo como você é melosa, porra.
― Mas você gosta que eu sei.
― É, eu gosto ― segurou minha cintura me puxando pra perto dele ― E eu também te amo. Idiota.