Haunted Jaded Eyes [H.P]

By IsabelliBlack

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OLHOS CANSADOS E ASSOMBRADOS As proteções ao redor da Rua dos Alfeneiros caem e Harry é levado. Ele é resgata... More

HAUNTED JADED EYES
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67

Capítulo 22

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By IsabelliBlack

Capítulo 22 - Dumbledore está em Gringotes e Harry está conversando com Ron.

Albus Dumbledore caminhou em direção a Gringotes. Era cedo, então quase não havia ninguém lá, apenas alguns bruxos e bruxas por ali. Ele não lhes deu atenção; em vez disso, ele caminhou em direção a um caixa, tentando evitar explodir violentamente. Ele não conseguia acreditar no ultimato que Arthur Weasley havia lhe dado. Depois de tudo que ele fez por aquela família: dar dinheiro a eles para que seus filhos pudessem frequentar Hogwarts, garantindo que eles recebessem bolsas para comprar coisas de Hogwarts... E era assim que eles iriam retribuí-lo? Cortando todos os laços com ele como se ele fosse alguém tão facilmente dispensado? Oh não, se Arthur e Molly fizessem isso, bem, suas vidas se tornariam cada vez mais complicadas nos próximos anos.

Ninguém o dispensou sem consequências, Albus pensou selvagemente, quando finalmente se aproximou do caixa.

– Eu preciso falar com Griphook, imediatamente! - Albus falou laconicamente, sem humor para brincadeiras, especialmente com goblins. Em sua opinião, ele se sentia como se fosse culpa deles, aquelas criaturas estúpidas. Ele não podia perder os Weasleys; sem eles, ele sabia que os outros na Ordem começariam a vacilar do seu lado. Ele precisava deles, do seu lado; com sorte, eles renegariam a garota e certamente sabiam que era a coisa certa a fazer? Ele tinha muito que fazer, sem se casar com a garota. Ele certamente não queria pagar a mensalidade de Hogwarts dela, e as coisas que ela precisava para Hogwarts este ano. Ele tinha uma Ordem para administrar, o que exigia dinheiro, algo que ele não conseguia mais receber de Potter. Ele odiava ter que investir em seu próprio dinheiro; maldito Black para o inferno, se ele tivesse sobrevivido, ele ainda estaria recebendo a fortuna de Black e Potter.

– Espere aí. - grunhiu o caixa, gritando em gobbledegook para o goblin da segurança, que por sua vez assentiu severamente e se afastou. O outro goblin da segurança permaneceu onde estava, seus olhos negros e redondos vagando em busca de qualquer problema.

– Siga-me. - disse Griphook, aparecendo após alguns minutos com o goblin da segurança, que assumiu seu posto mais uma vez. Griphook não esperou por Dumbledore, apenas deu meia-volta e se dirigiu ao escritório novamente. Só depois que ele virou as costas, ele deixou o sorriso malicioso aparecer em seu rosto durante toda a curta caminhada até seu escritório. No momento em que ele estava de frente para Dumbledore novamente, ele parecia em branco como sempre quando permitiu que o velho entrasse na sala. Na qual ele entrou como se fosse o dono do lugar, fazendo com que Griphook rosnasse silenciosamente em suas costas.

– O que posso fazer para você? - Griphook perguntou enquanto tentava conter sua fúria pelo desrespeito de Dumbledore. Nem mesmo o conhecimento de que ele havia impedido o velho mago de arruinar a vida de um menino poderia tornar a raiva menos potente.

– O contrato entre eu e Ginny Weasley, quero que pare imediatamente. - Dumbledore disse ao goblin gravemente; ele não iria embora até que fosse resolvido.

– Receio que todos os contratos sejam inviáveis; mesmo nós não temos o poder de rescindi-los. - disse Griphook, deliciado com a perda da compostura do velho tolo. Não tinha medo do velho, se tentasse qualquer coisa seria barrado de Gringotes, e nada lhe daria maior prazer do que ser ele quem mandava.

– Você deve fazer alguma coisa! - disse Albus, incapaz de se conter. Seus olhos azuis gelados encararam o goblin; ele precisava sair daquele maldito contrato.

– Não há nada que possa ser feito. - respondeu Griphook mais uma vez, com a calma de sempre.

– Então encontre um jeito. - rosnou Albus, sua magia brilhando em advertência.

– Você pode tentar encontrar um, mas como muitas pessoas no passado, você falhará; você se casa ou perde sua magia, é tão simples quanto isso. - disse Griphook, observando enquanto Dumbledore ficava cada vez mais vermelho com o rosto. Se houvesse um momento em que ele desejasse usar a invenção de um mago, seria uma penseira, para que ele pudesse mostrar isso a todos.

As narinas de Albus dilataram-se antes que ele se levantasse abruptamente e saísse do escritório, a porta batendo forte quando ele saiu. Albus ergueu seus escudos mentais, tentando se acalmar. Ele precisaria se passar por vergonhoso e arrependido se tivesse alguma esperança de sair dessa com sua reputação intacta. Ele precisaria verificar se o contrato seria cancelado, mas sabia, mesmo enquanto planejava tentar, que era uma causa perdida. Não havia como escapar dos contratos mágicos, a menos que você quisesse perder sua magia. Isso não era algo que ele queria que acontecesse tão cedo, ele preferia se casar com a garota, e sua reputação que se danasse. Ele não podia perder sua magia no meio de uma guerra, era o mesmo que colocar as mãos para cima e se permitir ser morto.

Ele caminhou calmamente desde o saguão principal, ignorando os olhares que sentia em seu crânio. Sua mente paranoica já se perguntava se eles sabiam... O que ele poderia fazer para evitar que isso se tornasse conhecimento comum? Como ele manteve as pessoas do seu lado? Sem a compreensão dos Weasleys, o público iria crucificá-lo. A poção obviamente não estava funcionando, Arthur estava agindo muito contra o que ele estava sugerindo para ainda ser influenciado por ela.

O Ministério teria uma cópia, ele precisava entrar lá e tirar; quanto mais ele ficava sem que as pessoas descobrissem... melhor para ele. Maldito Potter para o inferno, ele de alguma forma sempre estragou seus planos, pensou Albus amargamente. Ele deveria precisar de sua ajuda durante seu primeiro ano, então ele poderia salvar o dia; em vez disso, Potter já havia se salvado. Então, tudo continuou a ficar em forma de pêra a partir daí; este ano estava se revelando o pior da história. Ele teria encontrado uma maneira de se livrar do menino se pensasse que não estaria enviando todo o mundo mágico à servidão sob Tom Riddle. Se ao menos ele tivesse tido a premeditação para cuidar do menino; infelizmente ele não esperava que ele ficasse tão poderoso. Foi o começo de seus erros - muitos erros quando se tratou de lidar com pessoas poderosas. Mesmo que seu estômago revirasse até mesmo pensar neles como tais. Ninguém era mais poderoso do que ele, e ele provaria isso a todos.

– Accio pergaminho em branco, tinteiro e pena! - chamou Harry, uma vez que ele estava na metade do caminho de volta para o Salão Principal, esperando pacientemente que os itens chegassem até ele. Já que ele não estipulou quais itens viriam, a magia simplesmente pegaria os itens que estivessem mais próximos dele. Portanto, não foi uma surpresa quando, poucos segundos depois, os itens necessários chegaram até ele. Provavelmente da sala de Transfiguração, se ele quisesse adivinhar, não que ele realmente se importasse no momento. Ele só queria que Remus escrevesse uma carta para encontrá-lo em Hogwarts em duas semanas, talvez seu aniversário - ou melhor, seu aniversário oficial. Ele estava achando cada vez mais difícil acompanhá-lo; ele tinha, em sua mente, dezessete anos, idade avançada. Inferno, no momento em que ele terminou com a câmara, ele poderia realmente ter de dezoito a dezenove anos de idade, dependendo de quanto tempo eles permaneceram lá embaixo. Pegando os itens convocados do ar, ele fez seu caminho para o Salão Principal, sua mente se perguntando o que Ron havia dito para sua família. Aqueceu seu coração que Ron estava crescendo e realmente fazendo a coisa certa, ao invés do que era mais fácil, e livre de uma raiva e ciúme constantes.

– Harry. - chamou Ron ao ver seu amigo entrar novamente; seu pai não tinha voltado. – Onde está meu pai? - ele perguntou confuso.

– Não tenho ideia. - disse Harry, – Ele saiu antes de mim, então presumi que ele estava voltando para cá. - Com sorte, Arthur não estava prestes a fazer nada incrivelmente estúpido.

– Você está bravo comigo? - ele perguntou, enquanto se aproximava de Harry; ele sabia como Harry ficava quando estava com raiva, e certamente não queria que isso acontecesse com ele. A ideia de explodir como um balão era francamente aterrorizante até para ele, que sabia que poderia ser consertado em um instante com magia. Embora na época ele se divertisse muito com a história quando tinha treze anos; o que quer que Marge tenha feito... ela provavelmente merecia.

– Você não fez nada. - disse Harry, sorrindo ironicamente com a hesitação do amigo. – Na verdade, eu ouvi que você está com muita raiva de seus pais... você sabia antes de tudo acontecer?

– NÃO! - gritou Ron indignado, ignorando os olhares que recebeu dos professores. – Eu não tinha ideia! Não até que eles recebessem aquela carta de Gringotes e nos contassem. Eu teria contado a eles sobre Ginny! Papai está furioso com ela por mentir.

– Disse a eles o que aconteceu com Ginny? - Harry perguntou em tom pensativo.

– Que ela está completamente delirando, ela pensa que você a ama, Harry e você está apenas esperando até que vocês dois tenham idade suficiente. É assustador e perturbador, e eu não tinha ideia do que fazer. Eu pensei que fosse apenas paixão, e desvanece-se com o tempo e eu pensei que tinha até ontem. Ela sabe agora que você nunca a amará, ou qualquer outra mulher. - disse Ron.

Harry ficou vermelho,

– Você sabe? - ele resmungou, completamente surpreso.

– Claro, você é como Charlie; havia semelhanças entre vocês dois. Pela maneira como você reagia a um beijo, e eu percebi que você parecia estar no sétimo ano... até Cedrico quando estávamos no quarto ano. - sussurrou Ron, seu rosto cheio de simpatia. – Eu sabia que você não tinha ideia de como se sentia, ou mesmo entendia que era gay. Se eu te contasse, você teria entrado em modo de negação; pensei que seria melhor você descobrir isso sozinho. Estava me deixando louco quando você levou uma garota para o baile de natal e depois beijou Cho! Eu tive que parar de gritar com você por algo que não foi sua culpa.

– Você sabia? Mas por que você não disse nada quando nós brigamos? - perguntou Harry, suas sobrancelhas franzindo enquanto tentava entender Ron. Este era um novo lado de seu melhor amigo que ele ainda não tinha visto e, francamente, um lado que ele nunca pensou que veria. Não deveria tê-lo surpreendido, Ron era brilhante no xadrez, vendo passos à frente... movimentos estratégicos.

– Harry, eu sei que era imaturo... mas eu nunca faria realmente nada para te machucar... você sabe disso, não é? - disse Rony, angustiado com a ideia de Harry pensar tão pouco nele.

– Você me machucou. - Harry apontou confuso. Seu melhor amigo lhe deu as costas quando ele mais precisava. Inferno, ele não tinha realmente Hermione naquela época também, já que Hermione basicamente tentara ficar fora do conflito.

– Eu sei, eu era estúpido e imaturo, mas eu superei isso. - disse Ron. Claro, demorou alguns meses para ver além da névoa de ciúme. Ele tinha sido um idiota por acreditar nisso em primeiro lugar. Harry foi perseguido por um dragão sangrento para fazê-lo perceber que não havia nenhuma maneira de seu melhor amigo entrar em um torneio Tribruxo. Parte dele sabia disso o tempo todo, mas infelizmente os adolescentes lideravam com suas emoções, não com o bom senso.

– Você fez. - concordou Harry, movendo-se para se sentar à mesa da Grifinória, que estava vazia de qualquer coisa, já que eram as férias de verão. Ron o seguiu e sentou-se à sua frente, seu rosto sardento cheio de alívio por Harry não estar culpando-o. Colocando o tinteiro sobre a mesa, ele o abriu e mergulhou a pena nele.

– Papai te contou o que estava acontecendo? - perguntou Ron, sua voz baixa novamente; todos os professores estavam se esforçando para ouvir sua conversa.

– Que sua família estava se reunindo para uma reunião? Sim. - disse Harry, olhando para Ron com curiosidade, sua carta momentaneamente abandonada.

– Não, Harry, sempre há consequências para tentar fechar um contrato de casamento... se houver uma estipulação adicionada em algum lugar impedindo guardiões mágicos de casar o herdeiro. Tem sido assim por décadas, desde que um guardião mágico forçou seu filha e aquele que ele procurava, o herdeiro de uma grande família, para se casar. Ele pôs as mãos na fortuna, mas se esqueceu de perceber que quando se casaram o menino se tornou o chefe de sua família; ele não ganhou nada, e ele ficou furioso com isso. Ele tentou segurar sua filha e seu filho não nascido contra seu filho por casamento, mas ele acabou de arranjar uma cela aconchegante em Azkaban. - explicou Ron.

– Que tipo de consequências? - perguntou Harry franzindo a testa em preocupação. Ele pode não gostar muito de Ginny, mas Azkaban? Deve ter sido sobre isso que Arthur estava falando, como ela não se safaria... e isso mancharia a reputação dos Weasley. – E por que algo assim afeta a família inteira? Não deveria ser apenas aquele que o causou? - Às vezes, as leis bruxas o confundiam como o inferno.

– Qualquer coisa, desde reembolso, multa ou até mesmo forçado a provar o seu próprio remédio; a magia tem sua maneira de garantir que aconteça. - explicou Ron. – Não, a família inteira tem que lidar com as consequências. Como meu pai gosta de todas as coisas trouxas, então minha mãe aguenta isso; pelos padrões do sangue puro, não é a maneira correta de se comportar. Somos todos considerados traidores do sangue pelos sociedade puro-sangue escuro. É assim que as coisas são, embora não seja tão ruim quanto costumava ser. Nós ainda deveríamos ser capazes de conseguir empregos... naquela época não haveria nem mesmo o menor vislumbre de uma chance.

– Então o que aconteceu? Uma multa? - perguntou Harry.

– Não. - disse Rony fazendo uma careta; ele podia estar zangado com a irmã, mas não tinha certeza se ela merecia o que iria acontecer. Aproximando-se, ele sussurrou no ouvido de Harry, incapaz de dizer isso mais alto do que o menor sussurro. – O contrato removeu o seu nome e o substituiu pelo de Dumbledore... eles têm que se casar ou perder a magia. Se isso acontecer, eles serão completamente rejeitados pela sociedade mágica; nem mesmo a família pode ajudá-los ou eles sofrerão o mesmo destino e em que quantidade ao banimento. ‐ Inclinando-se para trás, ele deu uma boa olhada no rosto de Harry; Ron tinha muita vontade de rir disso, mas não era hora de se divertir.

– Isso não é ilegal? - Harry conseguiu engasgar, ele literalmente queria vomitar agora e ser obliviado. A imagem que lhe veio à mente era uma que ele não queria ver de novo, NUNCA.

– Não, dependendo do que ele teve no contato para você, eles podem até precisar de um filho juntos. - disse Ron, seu rosto agora pálido, fazendo suas sardas se destacarem contra sua pele pálida. A ideia de ter uma sobrinha ou sobrinho com Dumbledore como pai era perturbadora o suficiente; o velho mago tinha idade suficiente para ser seu tataravô.

– É mesmo possível? - perguntou Harry torcendo o nariz, engasgando dolorosamente, fazendo uma careta com o gosto rançoso de bile subindo por sua garganta.

– Sim, seus avós eram muito velhos quando tiveram seu pai. - Ron apontou, sem pensar.

– Hmm, acho que há uma grande diferença entre meus... avós e, claro, Dumbledore e Ginny. - disse Harry, sentindo-se muito estranho ao dizer a palavra ''avós''; certamente não era uma palavra comum em seu vocabulário. Ele não conhecia nenhum dos conjuntos, nem os pais de seu pai ou os pais de sua mãe. Na verdade, ele nem sabia o que diabos havia acontecido com eles. Ele gostava de pensar que eles haviam morrido antes de ele nascer, não durante sua infância - a ideia de eles estarem vivos e nunca mais visitarem teria deixado um buraco frio em seu coração.

– Existe. - concordou Ron. – É melhor eu ir, meus irmãos já devem estar aqui. Vou usar o Flú para casa; se você ver meu pai, vai avisá-lo? Mas acho que ele já voltou para casa.

– Tudo bem. - murmurou Harry, acenando com a cabeça, mas ele não se moveu de seu lugar.

– Harry, se eu perguntasse, você gostaria que eu visitasse no seu aniversário? - perguntou Ron, ainda meio sentado, meio de pé.

– Eu gostaria disso. - sorriu Harry, mas não era pelo pedido de visita, era por sua vida secreta na câmara e pelo fato de que ele já tinha dezessete anos.

– Estou feliz que você não foi pego no contrato, Harry. - disse Rony honestamente, se levantando agora.

– Eu também. - Harry adicionou honestamente.

– Vou mandar uma coruja para você. - disse Ron se movendo em direção a Minerva McGonagall. Ron provavelmente queria usar a Antecâmara para usar o Flu para casa. Já fazia um tempo que ele estava lá, desde o dia em que seu nome foi chamado durante o torneio. Isso infelizmente não seria um ano que Harry esqueceria rapidamente.

Olhando para o pergaminho em branco, ele suspirou antes de escrever para Remus - ele provavelmente o assustou com suas cartas anteriores. Dizendo que ele estava saindo por duas semanas, pode ter sido esse tempo para ele, mas felizmente não era para Remus. Ele rapidamente rabiscou uma carta para Remus, certificando-se de apontar o quão importante era vê-lo em seu aniversário, para ele vir para Hogwarts. Ele gostava de pensar que Remus queria vê-lo em seu aniversário de dezessete anos, mesmo que ele não pudesse pagar algum presente extravagante. Ele não queria nenhum presente para ser honesto, ele gostaria apenas que alguém reconhecesse seu dia especial, ainda mais porque era seu décimo sétimo aniversário, o que era uma ocasião importante no mundo mágico. Mais ou menos como fazer dezoito anos no mundo trouxa, ou seriam vinte e um? Não importava.

– Eu presumo que você está quase terminando? -  perguntou Severus, observando enquanto Harry calmamente se virava para encará-lo. Ele estava começando a usar sua magia para sentir ao redor dele em vez de seus ouvidos. O que era bom, a maioria das pessoas não fazia isso. Na verdade, havia apenas alguns bruxos que ele conhecia: Remus Lupin - mas isso tinha mais a ver com suas tendências lupinas - e Alvo Dumbledore.

– Quase, eu só tenho que mandar embora. - disse Harry, dobrando a carta.

– Você comeu? - exigiu Severus com uma carranca no rosto, puramente para o benefício dos professores excessivamente curiosos.

– Ainda não, não tenho estômago para nada aqui. - admitiu Harry, ele podia sentir os olhares que os professores estavam lhe lançando. Olhares de piedade, curiosidade e tristeza, como se fosse um fantasma sangrento.

– Muito bem, vá enviá-lo. Estarei com você em cinco minutos. - afirmou Severus, antes de se virar e marchar pelo Salão Principal em direção aos professores, revirando os olhos por dentro enquanto eles começavam a comer apressadamente o café da manhã e conversar um com o outro como se não estivessem tentando escutar. Eles pensaram que ele nasceu ontem? Evidentemente, já que nem mesmo tiveram a graça de parecer envergonhados.

– Como ele está, Severus? - perguntou Minerva, dando a Harry outro olhar, seus olhos cheios de preocupação; ele estava tão diferente que foi quase um choque para seu sistema ver isso. Só para vê-lo se levantando e saindo do Salão Principal sem comer. – Ele precisa comer, ele é tão magro.

Severus teve que suprimir o sorriso malicioso, realmente magro; eles não faziam ideia, como sempre. Eles só viram o que queriam ver, ou ver Harry apenas quando lhes convinha. Claro, ele estava sendo um pouco hipócrita, já que ele só tinha visto Harry como seu pai, mas ele sempre, enfatiza sempre, cuidou dele. Ele salvou Harry mais vezes do que ele gostaria de se lembrar, especialmente conforme seus sentimentos progrediam. Ele estava indo devagar, extremamente devagar; Harry nunca tinha estado em um relacionamento antes, então ele tinha que se certificar de que não iria investir em algo e acabar apenas por um pensamento passageiro. Ele interiormente sabia que Harry não era assim, mas ele estava muito protegido da dor do passado para se deixar levar. Não, Harry não era magro; ele estava se tornando um homem lindo com exercícios regulares e alimentação. Na verdade, quando eles estavam na câmara.

– Vou me certificar de que ele coma e esteja se recuperando tão bem quanto o esperado. - afirmou Severus, como se seu interesse na conversa caísse abaixo de zero. Ele colocou uma grande porção de comida de café da manhã em seu prato e rapidamente começou a comer. Ele não tinha interesse em ficar neste salão mais do que o necessário; ele tinha um livro muito bom que queria voltar e a poção para Lupin.

– Você sabe o que está acontecendo com Albus e os Weasleys? - perguntou Minerva em voz baixa, enquanto comia distraidamente o café da manhã.

– O que você quer dizer? - perguntou Severus brincando de sem noção, comendo sua comida mais rápido; ele realmente queria ficar longe deles. Ele mal tinha sido capaz de tolerá-los antes de entrar na câmara.... mas agora... ele gostava da privacidade e solidão que a câmara oferecia a ele. Ele sempre odiou ensinar, mas ser capaz de preparar poções, mesmo tendo tempo para inventar as suas próprias, o fazia odiar a ideia de retornar a Hogwarts em tempo integral. Ele sentiria falta, com certeza, infelizmente ele sabia que não poderia se tornar muito dependente da câmara - nem ele nem Harry podiam se dar ao luxo.

– Albus está agindo de forma estranha, eu o vi praticamente correndo em direção à rede de Flu depois de receber uma carta. Ele não voltou desde então, já faz três horas. - disse Minerva, muito preocupada com ele. – Arthur então apareceu, querendo falar com Harry... algo estava gravemente errado.

– Entendo. - disse Severus, permitindo que uma carranca filtrasse suas feições por alguns segundos antes de seu rosto ficar branco. Ele achou difícil conter o riso. Os esquemas de Dumbledore falharam e o velho idiota estava obviamente tentando salvar a situação. Ele teria adorado estar em Gringotes quando Dumbledore soubesse como o contrato foi anulado. Que ele não tinha absolutamente nenhum controle sobre Harry, e isso era graças aos Goblins. O que era estranhamente estranho para eles, eles deviam odiar Dumbledore muito para envolvê-los em assuntos ''humanos''.

Os pios repentinos de cerca de seis ou sete corujas o fizeram erguer os olhos. Ele teve que admitir: estar na câmara, era isso que demorava a se acostumar. Sem papel, sem forma de saber quais eram as notícias, mas ironicamente não era necessário, já que nada havia acontecido. Ele estava acostumado a ler o jornal enquanto tomava seu café da manhã. Agora parecia estranho para ele estar realmente indo para lá. Afastando seus pensamentos, ele removeu o papel e o estendeu enquanto tomava um gole de seu café frio apenas para cuspi-lo, tossindo e tossindo para manter sua respiração sob controle.

ALBUS DUMBLEDORE TENTOU CASAR HARRY POTTER COM GINEVRA WEASLEY.

Contrato nulo e sem efeito; em vez disso, Alvo Dumbledore se casará com a Srta. Weasley.

Felizmente, sua reação passou despercebida, pois todos eles estavam em um estado de descrença suspensa e, como ele, Minerva engasgou com o próprio café.

– Parece que você tem sua resposta, Minerva. - disse Severus, sua voz um pouco fora do ar devido ao fato de que ele quase cortou um pulmão momentos atrás.

– Isso é impossível. - disse Minerva, não acreditando em seus olhos. Não, o Profeta Diário tinha que estar errado. Infelizmente ela não podia dizer isso, a cópia em preto e branco do contrato de casamento estava literalmente na cara dela. A criança tinha dezesseis anos! Estava errado em muitos níveis; O estômago de Minerva se rebelou perigosamente contra a comida que ela havia comido.

– Infelizmente não. - murmurou Severus. Todo o contrato estava em exibição, as estipulações que ele tentou forçar Harry agora amarradas a si mesmo.

– Uma criança! - gritou Minerva, – Com licença! - ela acrescentou, com a mão fechada sobre a boca enquanto ela rapidamente deixava o Salão Principal tentando chegar a seus aposentos antes que sua comida fosse expelida de seu estômago.

– O que ele estava pensando? - disse Filius chocado.

– Fazendo o que quer, como sempre. - disse Severus, deixando o que sobrou de seu café da manhã ao sair do Salão Principal. Deve ter sido disso que Rowena estava falando; ele nunca duvidaria dela novamente. A principal questão em seus pensamentos era ''Harry sabia?''Ele o faria em breve, já que trouxera o jornal para que pudesse lê-lo mais devagar.

– Ah, Severus, como está Harry? - perguntou Dumbledore, acidentalmente falando o nome do garoto, mas felizmente Severus parecia muito distraído para notar... ou assim ele presumiu.

– Tudo bem. - disse Severus, uma máscara de tédio no rosto. O que sugeria que ele estava cansado de ser importunado por causa do menino, especialmente durante as férias de verão. – Você viu o jornal esta manhã, Albus?

– Não, por que? - perguntou Dumbledore, um sentimento de afundamento passando por ele.

– Receio que não haja... boas notícias nisso. - disse Severus, suas máscaras totalmente levantadas, mas seus olhos observavam Albus atentamente para cada reação.

– Com licença. - disse Dumbledore, dando meia-volta e praticamente correndo em direção às escadas; Ele foi subindo cada vez mais até Severus não poder mais vê-lo. Evidentemente, ele estava indo para seu escritório; sem dúvida uma coruja esperava com o jornal por ele. Ele quase sentiu pena da coruja que estava lá em cima; com sorte, Fawkes poderia acalmar o velho idiota antes que ele removesse a perna da coruja com o papel.

Sorrindo livremente, ele subiu as escadas também, seu passo rápido, mas sem pressa. Harry teve que ir até o topo de Hogwarts até o corujal, afinal. Embora ele tivesse passado mais tempo do que pretendia no Salão Principal, sem dúvida Harry iria saborear as memórias que ele poderia mostrar a ele. Verificando o corredor em busca de fantasmas e professores, quando teve certeza de que ninguém estava lá, ele deslizou para dentro do banheiro feminino; ele estava ficando mais acostumado a entrar lá. Ele duvidava que faria isso se a escola estivesse em funcionamento, apenas no caso; os alunos às vezes usavam o banheiro. O pensamento era ridículo, com um fantasma feminino sangrento cacarejando e subindo e descendo os canos. A única razão pela qual ele podia ver alguém usando era por desespero, ignorância do que o esperava lá ou um desafio.

– Você sabe as consequências de Dumbledore tentar casar você com Weasley? - perguntou Severus. Assistindo Harry ficar verde, ele percebeu que sim, ele sabia.

– Sim, Ron me disse. - disse Harry, uma pequena piada saindo de sua boca. –  Abra! - Harry sibilou, enquanto a entrada secreta se expandia e se abria para eles.

Severus não hesitou, acostumado com a única maneira de entrar na Câmara Secreta agora. Ele gostaria que houvesse uma maneira alternativa, mas infelizmente não havia. Ele não fez mais caretas para os ossos que rangeram sob seus pés; ele apenas sacudiu a varinha e se livrou do nojento material viscoso de suas roupas antes de seguir em frente, para longe da entrada do cano.

Abra. - sibilou Severus, sorrindo em triunfo (como sempre fazia) quando as portas se abriram. Ele estava aprendendo; ele conhecia algumas palavras na linguagem da cobra, até mesmo escrevendo como eram ditas, o que não era tão fácil quanto parecia. Todas as línguas podiam ser aprendidas, mesmo uma tão estranha quanto a Língua de Cobra. A língua de cobra sempre foi um desejo dele, como qualquer sonserino de verdade, e se ele conseguisse entendê-la, poderia descobrir mais informações sobre o que Voldemort estava fazendo. Ele passou muito tempo conversando com aquela cobra maldita.

Harry o observou, seus olhos brilhando maliciosamente na escuridão da câmara. Ele não sabia por que, mas ouvir Severus sibilando o excitou. Era por isso que ele não tinha nenhum problema, qualquer que fosse, em ensiná-lo, apesar do fato de ser exaustivo. Ele teve que se concentrar em objetos cobra, sem saber se ele estava mesmo falando Língua de Cobra. Bem, parecia que ele voltaria à sua leitura de Hogwarts: uma história .

[0.0] Oiee pessoas!

[0.1] E agr todo o mundo bruxo sabe o que Dumbledore tentou fazer. Como ele vai reagir?

[0.2] Espero que tenham gostado do capítulo!

[0.3] Não esqueçam de comentar e deixar seu voto!

Volto mais tarde com o próximo capítulo!

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