once upon a plug {l.s}

By infactIarry

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Na qual Harry e Louis transam e não se lembram de nada depois, Louis acorda com um plug e Harry tira uma foto... More

avisos
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Trailer OUAP!
OUAP is back!
Um Milhão de Pequenas Coisas
trilogia Um Milhão de Pequenas Coisas
capítulo extra final

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By infactIarry

LOUEH

Meu deus!

Chegamos.

Faltam apenas 10 caps para o final da fanfiction, e ainda assim, essa não é a coisa mais chocante desse cap.

Eu ouvi SURUBA?

Estão preparados?

Porque eu vou ser sincera, sempre tive receio de escrever algo assim, demorou mais de 3h pra digitar e quase 2h pra revisar, terminei sem nenhum neurônio funcionante na cabeça e uma garganta SECA.

Eu... fiquei chocada. E espero que fiquem também.

Deixo ainda aqui um disclaimer para quem não gosta de ler essas coisas (e eu super entendo e respeito!): podem ler normalmente que tem um aviso no cap pra saberem quando pular direto para as notas finais!

Foi tudo planejado, como sabem, desde o início, e eu queria que um marco como esse acontecesse em um cap de número redondinho. Agora toda vez que quiserem reler a suruba, sabem de cor que é o cap 90! hihi

MEU DEUS EU TO ANIMADA e olha que já li o que acontece

Bem, chega de enrolações, saibam que enquanto leem isso eu estou deitada na cama com uma fratura aberta nas costas por causa da minha cirurgia do cisto e não poderei escrever tão cedo o próximo cap, masssss, esperem por muuitas coisas boas.

A fic chegou nos dias de glória! (faltando 10 caps pra acabar, mds alguém me para)

Deixe aqui o seu amém:

Sem enrolações, sei que estão morrendo de ansiedade então: boa leitura!

cap tá...

falo com tranquilidade que esse é o cap mais ba ba dei ro da fic toda, fácil

amo ocês

boa suruba!

- Você não pode fazer isso comigo! - Zachary exclamou pelo que parecia a quinta vez, mas não havia muito para se lamentar, ao menos não quando os membros do Conselho da UAL estavam na porta do escritório do reitor, que permanecia atrás de sua própria mesa, os braços cruzados sendo a prova viva do quão irritado estava com aquela situação.

Irritado sim, surpreso não.

- Chega, sr. Jones. Guarde suas mentiras para o Conselho. - foi o que murmurou, dando a deixa para o rapaz de olhos castanhos arregalados ser, por fim, escoltado para fora de sua sala, e provavelmente levado para outra, dessa vez, para negociar os termos de sua punição.

A porta bateu com firmeza, restando apenas o reitor e Louis, que continuava sentado de boca aberta na cadeira nada confortável.

De tudo que pensou que fosse acontecer quando Zachary finalmente se ferrasse com seus atos inconsequentes, aquilo nunca cruzou sua mente como possibilidade.

Com um suspiro, chacoalhou a cabeça, esperando que assim pudesse soar ao menos consciente.

- Eu... eu nem sei o que dizer. - confessou, piscando sua confusão para longe enquanto desviava o olhar da madeira da porta para encontrar as íris rodeadas de rugas. - Quer dizer, eu sabia que era ele, e também sabia que estava cego demais pela vingança ou sei lá o que queria fazer pra sequer pensar mas, ele...superou minhas expectativas de idiotice quando simplesmente... - parando de gesticular tão drasticamente no ar, Louis bufou. - Jogou as fotos originais na mesa. Eu nem sabia que as fotos estavam com ele! Da última vez que checamos, estavam no dormitório com Harry.

O reitor riu, pelo que pareceu a primeira vez desde... sempre.

Era um som estranho, principalmente pela idade avançada e a garganta seca de tantos cigarros, mas ainda assim, uma risada.

- Se tem uma coisa que aprendi em mais de três décadas de reitoria, rapaz, - ergueu o dedo gordo, ainda rindo da expressão curiosa de Louis. - É que nunca se deve subestimar a idiotice alheia, principalmente a universitária.

- Ei! - fingiu ofensa, a tensão que segurava nos ombros gradualmente indo embora conforme ficava mais confortável dentro do escritório que antes costumava ser seu inferno pessoal. Em um piscar de olhos, estava rindo com o reitor.

Como poderia sequer reclamar?

O culpado por sua humilhação estava, naquele exato momento, sendo responsabilizado devidamente por suas ações.

Pela primeira vez desde que Louis podia se lembrar, em toda sua vida, alguém que lhe causou danos estava, por fim, sendo punido de acordo.

Podia não fazer muita diferença para muitos, mas fazia para ele.

Seu coração conhecia muito bem a frustração de ser ignorado, ser massacrado, ser negligenciado, e acima de tudo, ser humilhado.

Mas naquela noite, Louis dormiria sabendo que alguém acreditara em si - ou melhor ainda, confiara em sua história apenas o suficiente para ajudá-lo a pegar o culpado.

Muitos não detinham de tal privilégio - o da confiança.

Muitos eram condenadas por frases como está mentindo!, quer chamar atenção?, ou ainda vai mesmo insistir nisso?.

Muitos, assim como Louis, recebiam o rótulo de vítima pelas mesmas pessoas que se recusavam a procurar por um culpado.

Mas não naquele dia.

Não.

Naquele dia, Louis recolheu todo o respeito que vinha exigindo durante semanas, e por fim, observou Zachary colhendo as consequências de uma imprudência.

O mundo era injusto, mas naquele dia, Louis procurara a justiça para si mesmo.

Não esteve sozinho, é claro. Contou com a ajuda de amigos, professores, coordenadores, colegas e pessoas que nem mesmo conhecia direito, mas que fizeram o possível para que sua dignidade fosse mantida íntegra, ao menos dali em diante. E quando a porta abriu bruscamente, sequer precisou virar o olhar para saber quem era.

- Vimos ele sendo tirado da sala! - um sotaque irlandês gritou no mesmo instante em que madeira colidiu com a parede, e então, passos agitados e firmes tomaram o escritório.

- Pela expressão de desespero dele deu certo, né? - o tom controlado e polido denunciou Zayn, mas sob tais camadas, havia uma ansiedade atípica para sua postura.

- Agora eu posso quebrar a cara dele?

- Liam!

- O que? Ainda não? - pôde ouvir seu bico pidão e então, um eco de aww na voz de Zayn, entrecortando as próximas palavras de Niall, mais uma vez.

- Eu posso dar um soco? Só um, só um, só um!

- Oi, gatinho. - uma voz tão familiar quanto o calor do sol na pele soou, próxima o bastante de seu ouvido para fazê-lo acreditar que Harry estava inclinado sobre a cadeira onde estava sentado. Desviou o olhar de um reitor confuso por tantas presenças inusitadas e definitivamente não solicitadas em sua sala para fitar as íris verdes que brilhavam ao seu encontro. Não percebeu, mas estava sorrindo, seus reflexos sendo mais rápidos em acompanhar as covinhas que já estavam dando oi. - Lou? Temos boas notícias?

Assentiu, perdido na imensidão à frente, e pôde observar estático enquanto toda a expressão de Harry se transformava em alívio.

Sabia que aquilo estava sendo tão tortuoso para ele quanto para si. As fotos foram tiradas por suas mãos, afinal. Uma tentativa de eternizar o que seus olhos tinham o privilégio de ver, todos os dias. Privilégio esse que jamais era aceito de forma branda - Harry apreciava sua companhia, sua integridade, seu conforto, e acima de tudo, seus limites.

E sabia que a divulgação indevida de fotos que carregavam sentimentos tão pessoais fora a gota d'água para seu coração apaixonado.

Louis enfrentou uma onda de julgamentos e conclusões precipitadas, como um ferimento em seu peito que sangrava e doía constantemente. Mas Harry quem carregava o fardo de uma culpa que não era justa.

A arma tinha seu nome encravado no metal e Louis o dera a munição necessária pois sabia que jamais atiraria em sua direção.

De repente, uma terceira parte, sem avisos, puxou o gatilho.

Mas as semanas de angústia haviam acabado ali.

E como se, após dias esperando pelo melhor, seja ele um fim digno ou uma paz sufocante, o ferimento da bala estava curado e o sangue fora enxaguado para longe.

Estavam livres.

Dos julgamentos e da culpa.

Louis e Harry estavam livres.

A jornada foi de fato divertida no final, com planos mirabolantes, risadas compartilhadas, e até mesmo carinhos bem aceitos por quem ama, mas isso não apagava os passos anteriores.

Há ainda uma falsa percepção que precisava ser desconstruída - a de que reprimir sentimentos era sinal de força.

Força era depois de tantas quedas, tantas decepções, tantas perdas, saber reconhecer uma vitória, saber cultivar esperanças e saber confiar em sua verdade.

Parecia uma situação simples, tão simples que uma reação como aquela poderia soar melodramática, mas são esses pequenos eventos que culminam em um estereótipo de que a dor só é válida quando é imensa.

Não.

Toda dor é válida.

E tal julgamento só é possível de ser realizado quando a pessoa que sente a dor, define a dor.

Perguntar dói? pra alguém não é sinônimo de perguntar o quanto eu tenho que me preocupar com isso?.

Perguntar dói? pra alguém deveria ser sinônimo de perguntar o que eu posso fazer para amenizar?.

Independente do quanto, uma dor é uma dor.

E tendo Harry quase ajoelhado ao lado da cadeira em que estava, Louis pôde ver nas íris verdes à frente essa significação, porque ambos sabiam, na pele, o quanto doía. Doeu quando foi um abuso, doeu quando foi um adeus, doeu quando foi uma negligência, doeu quando foi um grito, doeu quando foi um tapa, doeu quando foi uma lágrima reprimida, doeu quando foi um apelido, doeu quando foi uma mentira, e definitivamente doeu quando foi uma manipulação.

Mas nada doía mais do que a sensação de impotência.

Quando Louis saiu de casa com o coração apertado por deixar sua família e depois descobriu que a única pessoa pela qual se importava de verdade, sua mãe, não compartilhava do mesmo sentimento, sentiu impotência.

Quando Louis descobriu que a única coisa na qual priorizou enquanto sacrificava todo o resto não passava de um relacionamento tóxico e abusivo que o marcara para a vida, sentiu impotência.

Quando Louis percebeu que uma parte de si havia sido levada quando rompeu laços ruins com alguém que pensava amar, e também quando tentou amar de novo e ousou repetir os mesmos atos com alguém inocente, sentiu impotência.

Quando Louis lutou por sua vida de volta e batalhou por um respeito que ele próprio havia negado, permitindo sonhar com um papel em um musical que era importante para si e em seguida lhe foi tomado, como tudo ao seu redor eventualmente é, sentiu impotência.

Quando Louis descobriu que poderia ter salvo alguém, que mais tarde se tornou a pessoa mais importante do mundo para si, de uma situação desumana, sentiu impotência.

Mas ali, olhando no fundo dos olhos dessa mesma pessoa, vendo toda sua dor, suas cicatrizes, suas histórias e seus receios, se permitiu sorrir. Porque pela primeira vez, depois de todas aquelas situações de impotência, ele sentia-se no controle da própria vida.

Sua família o deixou impotente.

Ryan o deixou impotente.

Mas Zachary só tentou, e ali, na sala do reitor, rodeado por amigos que o ajudaram a exigir sua dignidade de volta, soube que havia vencido uma batalha que sempre perdeu.

A má sorte havia acabado.

O ciclo não estava mais em andamento.

E sem se importar com formalidades na frente do reitor, se jogou no colo de Harry, sabendo que os braços fortes o pegariam de prontidão. O calor familiar que o acolhia, a sensação de leveza nos pés que não tocavam o chão, os ofegos na nuca que parecia ter sido feita sob medida para aquilo, reconfortante. E enquanto era rodado no ar, a risada divertida e rouca na base de sua orelha, reservou apenas um segundo para sussurrar para o universo.

Tinha um único pedido.

Simples, mas imensamente significativo.

Um único pedido restante.

E se soubesse que o coração pressionado no seu também estava desejando a mesma coisa, sorriria mais largo e suspiraria mais profundo. Porque tanto ele quanto Harry queriam um desfecho em especial.

Principalmente quando, nos próximos dias, uma certa festa de ex-jogadores se aproximava.

Justiça.

Tudo o que Louis, e Harry, desejavam para os próximos dias, é que a justiça seja feita.

Qua suas histórias de abuso, com suas especialidades, tivessem um desfecho justo.

Era pedir muito?

Esperou que não fosse, ao menos não aos olhos do universo.

Quando seus pés tocaram o chão de novo e seus olhos piscaram agradecidos para o verde à frente, conectado no seu, soube que o disparo em seu coração não era em vão. Podia sentir, disputando espaço com a adrenalina em suas veias, a esperança. Em uma quantidade que há muito não vinha sentido, e suspirou, uma, duas, três, quatro vezes até conseguir assimilar tudo aquilo.

- Você conseguiu. - Harry sussurrou, os cílios tremendo em uma emoção compartilhada e contida. Mas Louis assentiu, os lábios entredentes enquanto deixava tais sentimentos percorrer ambos os corpos.

- Nós conseguimos, - piscou um olho, feliz, divertido, livre. - Capitão.

- Eu não sou cap...

- Eu sei que querem comemorar mas eu preciso desocupar o escritório. - a voz do reitor cortou Harry, e como se caíssem na realidade de novo, seus olhos desviaram um do outro para notar que, de fato, ainda estavam na sala, e não estavam sozinhos. Niall brincava com o um globo de Mapa Múndi sobre uma estante, e a julgar por sua expressão desesperada, havia o quebrado. Zayn apontava para algumas fotos na parede, onde podia-se ver os Wolves de gerações anteriores recebendo as taças da vitória. A última do campeonato datava de 2003. Chad e Patrick cutucavam os papéis espalhados pela mesa, que eram evidências do ato cometido por Zachary. E no meio daquela bagunça, estavam Louis e Harry, abraçados. - O Conselho precisa que eu leve isso daqui, então...

Girando o corpo para que ainda ficasse contra o peitoral forte do cacheado, Louis ofegou, o olhar brilhante passeando pelas polaroids que exibiam Harry e Niall em óculos cor-de-rosa e também os cartazes novos em folha com sua foto íntima impressa.

Um bolo surgiu em sua garganta.

- O que vai acontecer com ele? - com essa pergunta, todos os olhares se voltaram para o reitor, desde Niall e o globo quebrado a um centímetro de cair da estrutura e rolar pelo chão, até Patrick segurando um rascunho que estava perdido entre a bagunça. - Com Zachary. O que vai acontecer com ele?

Por um momento, Louis jurou ter visto rugas novas aparecerem no rosto do reitor. A sala estava com um ar pesado, tenso, e as respirações curtas comprovavam tal.

Qual seria a punição adequada pelo que fez?

- Provavelmente suspensão. - uma onda de suspiros tomou o escritório ao que a voz do reitor ecoou, mas Harry ainda podia sentir rigidez no corpo pequeno contra o seu. - Algumas semanas, com certeza.

Trocando uma lufada de ar pelas palavras presas na garganta, Louis encolheu os ombros.

- Se ele for suspenso, vai perder as provas finais.

- Louis? - Niall não pôde evitar em murmurar, pêgo de surpresa pelo tom simpatizante do amigo em relação a alguém que lhe causou mal, propositalmente. Mas o olhar do reitor não era de nada surpreso.

Na verdade, era de orgulho, que imediatamente tratou de esconder sobre um limpar de garganta contido.

- Bom, sr. Tomlinson, esse é o procedimento padrão da universidade. O sr. Jones cometeu um delito e sua punição, prevista no manual, é a de suspensão.

Mas os olhos azuis não estavam satisfeitos, e antes mesmo de ouvi-lo dizer as próximas palavras, Harry já sorria.

- Mas se ele perder as provas finais, vai reprovar o ano. O último ano!

No canto, Zayn esfregava a nuca, ansioso para que aquela situação acabe logo. Àquela altura ninguém mais estava surpreso pela atitude de Louis, afinal, não era de espanto a bondade que carregava no coração que antes já foi tão machucado. Mas ainda assim, algumas pessoas simplesmente precisavam assumir as consequências de seus próprios atos, quer o coração bom de Louis queira ou não.

O reitor pareceu ponderar a respeito, e após longos segundos, suspirou.

- Sinto muito, rapaz. Regras são regras. O manual é bem claro, suspensão.

E então, os olhos azuis piscaram arregalados.

- Suspensão?

A testa da única figura de autoridade presente foi preenchida por linhas de confusão.

- Foi o que eu disse, rapaz.

- Qualquer tipo de suspensão?

E então, o homem de meia idade compreendeu as intenções dos olhos azuis à frente, e bastou um sorriso ladino compartilhado para confirmar o que já sabia.

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- O que está acontecendo? - Liam resmungou dois minutos após Niall ter dito as exatas mesmas palavras para Louis.

Ainda estavam no escritório, e fazendo mais de quinze minutos desde que o reitor havia saído porta afora, os rapazes caminhavam de um lado para o outro em ansiedade e antecipação, principalmente por Louis ter mantido sua boca fechada, recusando responder qualquer coisa antes do homem retornar. E quando sua silhueta finalmente apareceu, todos pararam o que estavam fazendo para fitá-lo, ainda com a mão na maçaneta.

- E ai? - Louis mordia o lábio inferior, os dedos firmes ao redor do tecido do moletom de Harry, que estava ao seu lado, próximo o bastante para respirarem o mesmo ar. - O que o Conselho disse?

- Disse sobre o que? Pra que? Onde? - Zayn coçou a cabeça, atordoado por diversas perguntas, todas sem resposta.

O reitor suspirou, erguendo as mãos no ar.

- Eles aceitaram.

Só Louis comemorou, afinal era o único dos rapazes que realmente sabia o que o Conselho havia aceitado, de fato, e soltando-se de Harry, inconsequentemente correu em direção ao reitor para o tomar em um abraço que surpreendeu a todos.

- Obrigado, obrigado, obrigado, obrigado, Jerry!

- Jerry? - Chad ecoou, confuso pela frase do menor. Ao seu lado, Patrick ergueu a plaquinha de metal que ficava repousada na mesa do reitor. Sr. Dr. Jerry Fitzman. Piscando em conclusão, apontou para o homem de meia idade ainda na porta, tomado pelos braços de Louis. - Jerry!

- O que está acontecendo? - Niall resmungou, batendo os pés no chão em birra. - Eu não aguento mais ficar confuso. Fizemos tudo aquilo pro idiota do Zachary se fuder e agora estamos nesse escritório há mais de meia hora e nada. Então eu peço, imploro: Será que alguém aqui pode, por obséquio, me falar o que está acontecendo? - terminando seu surto com um puxão de cabelos que deixou os fios loiros espetados como uma crista ao redor de sua cabeça, bufou.

Louis soltou o reitor para fitar o amigo, atônito.

- Sim, Niall. Eu posso te falar o que está acontecendo.

Isso pareceu acalmar os nervos do irlandês, que suspirando enquanto jogava o corpo dramaticamente para o lado, a tempo de Chad o agarrar, relaxou os ombros.

- Obrigado!

- Na verdade, - os olhos azuis cintlitaram, animados por finalmente revelar seu plano completo para os rapazes que o fitavam como se fosse louco, ou só muito bom em guardar segredos. - Vou falar tudo que aconteceu e vem acontecendo nas últimas semanas.

- Semanas? - Zayn exclamou, quase ofendido por não ter percebido nada de estranho.

Louis sorriu.

- Não posso pegar todo crédito, tive ajuda. E muita. - dando alguns tapinhas no ombro do reitor, que ainda estava abraçado a lateral de seu corpo, piscou agradecido. - Tiana e Travis também me ajudaram, assim como as garotas.

- A Els e a Bar? - Liam arqueou a sobrancelha, espantado por estarem envolvidas já que não as via faziam semanas.

- Bebe também. - acrescentando com orgulho, Louis encolheu os ombros. - Sempre tivemos um pé atrás com Zachary, desde o momento em que fomos na fraternidade negociar os termos do acordo, então não foi uma surpresa quando as fotos foram divulgadas e o nome dele estava no topo da lista de suspeitos.

- Mas o reitor... - Patrick apontou para o homem, confuso. - Como..?

- Louis tentou me contar sobre o sr. Jones antes, mas eu pensei que fosse só mais uma rixa idiota entre universitários. Acontece muito, principalmente em fraternidades. - Jerry sorriu para a expressão amena do rapaz ao seu lado, de repente tímido por ter todas as atenções em si. - Tiana e Travis quem me convenceram de que haviam segundas intenções no que Zachary estava fazendo.

- Vocês estavam trabalhando juntos esse tempo todo? - Zayn apontou para a dupla na porta ainda aberta com olhos incrédulos, e antes que Louis tivesse a oportunidade de responder, Niall exclamou, extasiado como sempre.

- Mas e a expulsão do musical? As broncas? A implicação?

- Eu até vi você chorando uma vez, - Harry ecoou pela primeira vez desde que o reitor havia retornado para a sala, os olhos verdes fixos nos azuis enquanto relembrava do dia em que observou de longe Zachary o confortando. Deixou de fora da história o ciúmes que sentiu, é claro, mas Liam o olhava como se soubesse que omitia tal detalhe. Estava lá para assistir, afinal. - Do lado de fora do prédio da coordenação. Você estava chorando!

Louis sorriu ladino.

- Eu estava com Zachary, não estava? - Harry assentiu, as bochechas ardendo quase que de imediato. - Eu queria que ele pensasse que eu e o reitor estávamos em lados opostos.

- Por que? - Patrick tinha sobrancelhas arqueadas.

Jerry quem respondeu, se divertindo com a confusão dos rapazes.

- Porque só assim ele pensaria em vir até mim quando quisesse colocar a culpa em outro pelas fotos. Se eu agisse como o maior inimigo de Louis, seria a primeira pessoa que tentaria convencer.

- E-eu... - Zayn começou, sentando na cadeira enquanto sua expressão continuava contorcida em puro êxtase ao descobrir tantas coisas em um curto período de tempo. - Vocês, srta. McGregor, até Travis. - encostou a bochecha na madeira fria da mesa, amassando alguns papéis que ali estavam, ainda evidências de Zachary. E isso o fez lembrar de algo. - Mas... - quando ergueu o rosto novamente, a polaroid de Harry e Niall estava grudada em sua bochecha, Liam ousando esticar a mão para tirá-la. - Por que você saiu da sala naquela hora? E por que demorou tanto? O que foi aceito? Por que Louis comemorou? Eu...

Sucumbindo a um ofego confuso, Zayn deixou que sua cabeça caísse na mesa de novo, sequer tendo forças para mantê-la erguida quando todos seus neurônios estavam trabalhando com força total para compreender os fatos ali expressos.

Com um sorriso largo, o reitor virou o olhar para Louis, que já ria divertido pela situação de seus amigos.

Desde o momento em que edificou aquele plano, pensava em qual seria suas reações quando descobrissem tudo - e tinha que admitir, não estava decepcionado por suas expressões atônitas e olhares perdidos.

- Vai contar para eles, sr. Tomlinson? - o reitor enfiou as mãos nos bolsos da calça social, contido, mas Louis podia ver em seus olhos o quão ansioso estava. Por isso, deu de ombros.

- Faça as honras, Jerry.

O homem de meia idade então, sorriu largo, satisfeito por concluir uma situação que por muito atordoou todos ali presentes, principalmente o rapaz pequeno e agitado ao seu lado, com olhos azuis brilhantes e um futuro incrível a frente.

Sentia que seu papel como reitor estava sendo concluído, ao menos com aquele aluno em especial.

- O manual diz, claramente, que a punição para o delito cometido por sr. Jones seja a suspensão. Só não especifica qual, ou melhor, de onde. - mais rugas apareceram ao redor de seus olhos quando sorriu para Louis, as palavras saindo de sua boca como cantos. - A pedido do sr. Tomlinson, ao invés de ser suspenso temporariamente e perder as provas finais, ocasionando na reprovação automática, o sr. Jones será suspenso de forma definitiva da liderança da fraternidade Alpha Phi Omega.

Por alguns segundos, a imensidão que aquelas palavras juntas e ordenadas representam passou batido pelos ouvidos ansiosos dos rapazes espalhados pela sala, e então, pouco a pouco, começaram a gradualmente processar o que estava acontecendo.

- Ele foi demitido? - o primeiro a compreender, Chad desencostou da parede em êxtase enquanto falava. Ao seu lado, Niall tinha a boca aberta em um perfeito o.

- A fraternidade vai ficar sem dono então? - Liam cruzou os braços, confuso.

- Zachary tem algum substituto? - o moreno murmurou, a cabeça ainda pressionada na mesa, sem forças para ser erguida.

O reitor, com os lábios esticados em um sorriso satisfeito e as mãos escondidas no bolso, suspirou.

- O Conselho concordou que essa posição ficaria sobre o encargo do sr. Tomlinson.

Os rapazes reagiram de forma imediata, em contraste com a lentidão das demais revelações que aquele dia reservou, naquela exata mesma sala, Zayn sendo o primeiro a, finalmente, levantar da cadeira e carregar consigo algumas folhas de papel enquanto erguia os braços no ar em comemoração.

- Então o Tommo é o novo chefe da fraternidade? - Niall quase tropeçou no carpete ao sair do apoio de Patrick para pular alguns passos à frente.

Adiante, Liam cogitava bater palmas ou gritar animado, acabando por não fazer nenhuma das duas simplesmente pela quantidade de choque que percorria suas veias no momento.

E na porta, Louis tinha olhos apenas o verde intenso fixo em sua direção. Conversavam silenciosamente, mesmo a passos de distância. Seus corpos compreendiam um ao outro, falavam a mesma língua, sentiam as mesmas emoções. Mas nem mesmo o coração e a mente de Harry podiam adivinhar o que Louis falaria a seguir.

- Eu renuncio e indico o sr. Styles para a liderança da fraternidade Alpha Phi Omega.

- Louis! - como um reflexo atônito, Harry acordou do choque, os pés tomando alguns passos tortos na direção do menor, que sorria ameno, como se nada que pudesse falar fosse mudar sua decisão. - Nã...

- Reitor, - chamando o homem de meia idade mesmo que continuasse com os olhos fixos no jogador a no máximo dois passos de distância, Louis encolheu os ombros. - Eu renuncio e indico o sr. Styles para a liderança da fraternidade Alpha Phi Omega. - repetiu, ainda mais confiante e firme do que antes, o sorriso atrapalhando a clareza de suas palavras, mas em nenhuma maneira sua intensidade. - Estamos de acordo?

Jerry sorriu para o chão, as rugas ao redor de seus olhos denunciando o quão orgulhoso estava do rapaz que fazia de tudo para que as pessoas que ama tivessem o que mereciam. E por mais que Harry também soubesse disso, seria relembrado em apenas alguns instantes. Primeiro, tentaria insistir.

- Não pode fazer isso, Lou. V-você mereceu, Zachary fez tudo aquilo pra te prejudicar e nada mais justo que esse posto seja se...

- Você não entende, né? - Louis interrompeu, sorrindo tão apaixonado que se perguntou por um momento se estava tão óbvio para os outros quanto estava para seu coração. Dando um passo para frente enquanto falava, encurtando a distância que agora era consideravelmente mínima, manteve seu olhar preso nas íris verdes, suplicantes. - Esse é o seu sonho, Harry.

- E a UAL é o seu!

O canto dos lábios de Louis curvou diante da postura urgente de Harry.

Bobão.

- Sim, Hazz, a UAL é o meu sonho. E sabe o que faria o meu sonho ser infinitas vezes melhor? - deu mais um passo, seus peitorais colidindo breve mas intensamente, o bastante para um suspiro deixar seus lábios. - Você.

- Lou...

- Será que poderia, só por hoje, - franziu o nariz, a risada de Niall ecoando no fundo enquanto erguia um dedo e apontava divertidamente no rosto de Harry. -, calar a boca e aceitar o que eu estou propondo?

A expressão surpresa do cacheado se transformou em uma risonha, provocativa até.

- Isso não é um pedido de namoro, Louis.

Levando aquela deixa como um desafio, Louis suspirou, já caindo sobre um joelho enquanto, ao fundo, Zayn e Patrick murmuravam sintonias de matrimônio, como se fossem trompetes. Erguendo os olhos azuis cintilantes para os verdes, as bochechas ardendo por estar fazendo aquilo diante do reitor, negou para a expressão satisfeita do maior, de pé à sua frente.

Idiota.

- Harry Styles, - começou, fingindo certo nervosismo para acrescentar ao momento que estava, sorrateiramente, sendo gravado por Liam. - Você aceita ser o novo chefe da fraternidade Alpha Phi Omega?

Segurando um sorriso ao morder o lábio, o cacheado riu, falhando em conter o gesto em sua garganta, e revirando os olhos em puro divertimento, fingiu jogar seu cabelo que outrora já foi longo o bastante para tal.

- Hm... deixa eu pensar.

- Vai se fuder. - Louis exclamou, sorrindo tanto que seus olhos eram apenas pontinhos azuis dentre tantas ruguinhas. E então, sendo surpreendido, Harry estendeu a mão sobre a sua, que fingia abrir uma caixa de alianças imaginária no ar. - O q...

- Louis Tomlinson, - a voz rouca ecoou, séria em contraste com o olhar intenso. Por um momento, o menor ficou completamente sem reação, atônito. - Você tem certeza que quer abdicar do seu sonho por causa do meu?

Os olhos azuis piscaram apaixonados, aceitando a mão estendida para levantar do chão onde estava ajoelhado. Em um instante, tinha seu peitoral contra o de Harry e os corações sincronizados em uma só batida.

- Eu quero compartilhar o meu sonho com você, Harry. - suas testas tocaram, e então os narizes, e quando faltava milímetros para seus lábios tocarem também, sussurrou, longe dos ouvidos dos rapazes e do reitor. - Na verdade, eu quero compartilhar todos os meus sonhos com você.

Quando o cacheado tomou todos os esforços para colar seus lábios e sanar seus desejos, a voz do reitor ecoou pela sala silenciosa, palavras significativas o bastante para que cessassem o beijo que sequer havia começado, as bocas encaixadas como tal.

- É agora que eu falo que o papel principal do musical continua sendo de Louis e que tem uma festa na fraternidade os esperando?

De olhos fechados, Louis pôde ouvir risonho quando os gritos animados de Niall tomaram a sala, e em seguida os de Zayn, Liam e Chad, Patrick provavelmente acanhado demais para exclamar sua agitação, como os outros.

- Como assim já tem festa? - racional como sempre, Liam ressoou. - Acabamos de descobrir sobre a nova liderança da casa.

Batendo as pálpebras abertas, Louis ergueu os olhos azuis para os verdes que já estavam à sua espera, e sorriu contra seus lábios colados. Os dedinhos ao redor da nuca do cacheado ficaram mais firmes ao que intensificava a pressão em seus peitorais.

Foi Harry quem sussurrou.

- Els?

- E provavelmente teve ajuda da Bar e da Bebe. - revirou os olhos, divertido. - Sabe como elas são.

- E isso não tem nada a ver com a mensagem que eu vi você enviando quando o reitor saiu da sala pra falar com o Conselho, né? - pegando-o na mentira, Harry piscou um olho para os azuis arregalados. - Estou ficando bom em desvendar seus planos, hein, gatinho?

- Estou vendo. - resmungando em falsa frustração, Louis deslizou seus narizes juntos, a algazarra dos rapazes ainda ecoando no fundo, algo como álcool e putaria, vadias!, ou ainda já posso tirar a roupa?, ambas coincidentemente vindo de Niall. Contendo uma risada, piscou apaixonado para o jogador em seus braços. - É uma festa de comemoração à punição de Zachary, mas também pode ser uma festa de comemoração à nova liderança da casa, - sorriu bajulador, com todos os dentes expostos para os olhos divertidos de Harry. - Se quiser, é claro.

Houve um momento em que todos fitaram o cacheado, até mesmo o reitor, que tinha braços cruzados na porta. A tensão e expectativa era construída rapidamente, ansiosos pela resposta do pedido que estava no ar há diversos minutos.

Por fim, Harry deslizou as mãos pela cintura de Louis, firmando os dedos dentro dos passadores de seu jeans enquanto sorria contra seus lábios e sussurrava:

- Espero que esteja pronto para comemorar, gatinho.

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Toda festa era boa.

Música alta, quantidades exorbitantes de álcool e drogas, salgadinhos de qualidade questionável, corpos suados e dançantes ora movendo com a batida ora amontoados em cantos escuros, cantos claros, cantos privados, cantos públicos, qualquer canto realmente, atrelados um ao outro em beijos, pegações, mãos nada bobas e paixão efervescente.

E por mais que o cérebro de Louis tentasse o convencer de que eram apenas sentimentos nublando seu julgamento, nada podia mudar sua opinião de que aquela festa era a melhor que já tiveram até aquele presente momento.

Como poderia não ser?

Além da bagunça usual, baldes e mais baldes de tinta estavam espalhados pela casa, tornando a pista de dança, que sempre era iluminada pelo globo no teto e os lasers psicodélicos nas paredes, um mar de mãos verde, laranja, rosa e amarelo neon, quebrando o breu proposital. Pegadas, escorregões, peitorais espalmados, beijos brilhantes, roupas manchadas, dentes azuis - tudo na fraternidade apagada cintilava em neon.

Tudo.

Inclusive o piercing no mamilo de Louis enquanto Eleanor rodeava o bico com o indicador encharcado de tinta rosa, desenhando um círculo perfeito para destacar ainda mais a região que já chamava atenção por si só. Quando terminou, sorriu bêbada.

- Bem melhor.

Assim que Louis abriu a boca para responder, mãos firmes foram para sua cintura, um peitoral definido pressionando suas costas enquanto puxava-o para trás. Sorriu antes mesmo de ouvir a voz rouca ecoar sobre a música eletrônica.

- Eu concordo com a Els.

- É claro que concorda. - revirando os olhos, divertido, Louis virou o rosto apenas o bastante para fitar detrás do ombro, as íris azuis erguendo até encontrar as verdes.

Harry ainda estava totalmente vestido, em contraste com quase todo mundo na fraternidade, que bêbados, aéreos ou simplesmente felizes, apresentavam o mínimo de peças de roupa possível e o máximo de tinta corporal neon que seus corpos podiam aguentar. Por isso, fazendo um bico para a camiseta de flanela do jogador, acompanhada da calça jeans azul clara ligeiramente folgada, Louis desaprovou.

- Está vestido demais pra essa festa, capitão.

- Eu não sou o capitão, Louis. - provocou porque sabia o quanto gostava de ser refutado nisso, e observou satisfeito quando os olhos azuis reviraram mais uma vez.

Era sempre um bom sinal.

- Sabe o que também não é? Um cabide. - murmurou enrolado, indicando sinais de embriaguez, como se os olhos caídos não fossem o bastante. - Vamos, Styles, saia do armário e tire as roupas.

Ao lado, Eleanor gargalhou pelo trocadilho, chamando suas atenções para poder trocar um hi-5 com um Louis bem animado pela piada que manejou de elaborar em sua mente entorpecida. Negando divertido para os amigos, Harry bufou derrotado, e teria desabotado sua camiseta, de fato, mas foi interrompido pela presença gritante - literalmente - de Niall.

Vestia apenas uma cueca branca, que sob a luz negra, brilhava em azul, assim como seus dentes. Além disso, mãos verde e laranja neon espalmavam seu peitoral nu, perigosamente próximo da bainha do único tecido fino que usava.

Os olhos azuis piscaram bêbados, e Harry riu ao perceber que os ao seu lado, vindos dos corpo pequeno, estavam da mesma maneira.

- Vocês tem que ver Zayn na mangueira de cerveja! - foi o que o loiro exclamou, sua língua enrolada denunciando outro fato importante.

- Deixa eu adivinhar... - Bar gritou de volta, risonha ao ter os braços ao redor da namorada. Niall piscou atento para as duas, analisando seus gestos carinhosos e também seus olhares apaixonados. Estava tão bêbado que mal conseguia disfarçar. - Você também estava na mangueira de cerveja, né?

Forçando um sorriso que, mesmo igualmente bêbado, Louis conseguiu identificar como um falso, Niall assentiu.

- Como descobriu? - murmurou baixo, já cambaleando para longe do casal que um dia fizera parte, e antes de manejar ir muito longe, mãos puxaram seus braços. - Ei!

Era Louis, rodeando os braços em seu ombro e o aninhando em um abraço afetuoso. Harry, àquela altura ainda vestido, estava próximo o bastante para participar indiretamente do abraço, Louis de costas para seu peitoral.

- Não faça isso consigo mesmo. - olho no olho, a imensidão azul transbordando para a outra imensidão azul, como dois oceanos de tonalidades diferentes mas igualmente profundas, Louis colou a testa com Niall, sussurrando palavras que sabia que precisava ouvir. - Está feliz com Chad e Patrick, não está? - recebeu um aceno afirmativo como resposta, e movendo as mãos pelas costas do amigo, suspirou. - Então não se crucifique com a Els e a Bar, ok?

- M-mas... - fechando os olhos, incapaz de prosseguir com aquilo diante do foco intenso, Niall mergulhou ainda mais no abraço. - Eu sinto falta, Tommo.

Um sorriso cresceu no canto dos lábios de Louis ao sentir Harry se inclinando sobre seu ombro, o suficiente para colocar a cabeça ali e adentrar o gesto carinhoso que cultivavam.

Notando que havia uma presença inusitada no abraço, Niall abriu os olhos novamente, ofegando surpreso por ver Harry diante de si.

- Falta eu sinto até de casa, Niall, mas não significa que eu queira voltar pra lá, sim? - mesmo embriagado, Louis sentiu a intensidade de tais palavras, desviando dos olhos azuis claros à sua frente para encontrar os verdes brilhantes. Harry sorria, contudo, ameno para os amigos. - Tudo bem sentir falta de algumas coisas, desde que saiba o que é mais importante, o presente ou o passado.

Por fim, dando a atenção que Louis pedia tão descaradamente, Harry desviou de Niall no mesmo instante em que o loiro procurou por Barbara e Eleanor na pista de dança onde estavam, vendo ambas dançando juntas, mais próximo do DJ. Alguns instantes de ponderação lhe deram um sorriso aliviado nos lábios, e dando de ombros, murmurou algo na linha de tenho que procurar uma pessoa, ou melhor, duas, e saiu multidão a fora.

Não precisaram de muito para saber que iria de encontro a Chad e Patrick.

Harry, com os olhos devaneando pela casa - que agora era sua - notando como a massa de universitários cintilantes dançava, pulava e se movia na pista, nos corredores, nas sacadas do segundo andar, na área da piscina e do jardim, em qualquer lugar que conseguia alcançar com a visão, na verdade - todos emanavam felicidade.

Mesmo momentânea, que seja.

O que importava era que ali, agora, cortando a escuridão da noite enquanto seus ouvidos captavam apenas a batida ensurdecedora, alguma parte de seus corpos brilhava em cores neon e o mar que eram pulsava em alegria.

Tomado por sensações no peito, Harry sequer percebeu as mãos percorrendo seu torso, e quando bateu os cílios de volta para a realidade, notou que Louis agora estava de frente para si, as mãos espalmadas em seu peitoral coberto pela camiseta de flanela.

- Eu conheço esse olhar. - murmurou sobre a música, os olhos azuis não ousando erguer para os seus.

Os dedinhos passeavam pela fileira de botões, lentamente.

- Então deve saber exatamente o que quero fazer agora, certo?

Harry arqueou uma sobrancelha, o coração acelerado no peito.

- Eu sei o que quer, mas será que você tem coragem de fazer?

Levando isso como um desafio, Louis agarrou ambos os lados da camiseta de flanela de Harry e puxou, bruscamente, os botões estourando e caindo no chão espelhado da pista de dança como pingos de chuva estridentes atingindo o telhado de uma casa.

Pêgo pela surpresa, os olhos verdes arregalaram diante dos azuis que finalmente subiram para vê-los. Tudo ao seu redor movia, corpos pulando e dançando, mas à frente, estava a silhueta estática de Louis, vestindo apenas uma calça jeans apertada e um sorriso provocativo em proporções insanamente instigadoras.

Ofegou para o contato de seus peitorais, agora ambos nus.

- Vem. - um dos olhos azuis piscou em sua direção. - Precisamos pintar o seu corpo.

- Precisamos? - ecoando atônito, Harry sequer resistiu quando os dedos pequenos que rasgaram sua camiseta agora agarravam a bainha de seu jeans, puxando-o por ali em direção ao que parecia baldes de tinta neon.

- Precisamos. - foi o que Louis respondeu, risonho.

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O piano sutil ecoava com a batida pelos alto falantes, denunciando uma música que Harry sabia ser uma das favoritas de Louis, e observou de cima enquanto o corpo pequeno e curvilíneo perambulava pelos diversos baldes de tinta a procura da cor ideal para manchar seu torso.

No instante em que a voz melodiosa tomou a pista de dança, o DJ comandando na mesa de som, teve os olhos azuis virados em sua direção, atentos, fervorosos e famintos.

- Está pronto? - ouviu dizer sobre a música, o pincel balançando em seus dedos provocativamente.

Um sorriso tomou o canto de seus lábios, trazendo a covinha consigo.

- Eu tenho escolha?

- Sempre tem uma escolha, Styles. - seriamente ecoando, deu os passos necessários para unir seus torsos, absortos em seu próprio mundo enquanto os universitários ao seu redor faziam exatamente a mesma coisa. Hipnotizado pela expressão intensa do cacheado, Louis suspirou, o queixo encostado na pele quente e definida enquanto piscava os longos cílios para cima. - Sempre.

Harry engoliu o bolo formado na garganta, tomado por sensações desencadeadas pela imagem de Louis tão próximo e entregue a si como naquele momento. Faziam semanas que estavam publicamente dando um tempo, e ali, no lugar mais lotado da UAL naquela noite, sentiu a necessidade de pontuar:

- Lembre-se que ainda estamos dando um tempo, Louis. - arqueou uma sobrancelha, ponderativo. - Na verdade, se considerar a briga e o término de ontem, sequer namoramos mais.

Os olhos azuis reviraram divertidos e, desencostando o queixo do peitoral para recuar alguns passos, Louis passeou com os dedos ágeis pelos ombros definidos de jogador.

- Quer discutir sobre relacionamentos ou quer que eu pinte o seu corpo?

Batendo os cílios inocentemente, colocou o pincel entre os dentes enquanto dedilhava o tecido fino que cobria os ombros de Harry, ousando movê-lo apenas o bastante para que caísse livre por seus braços fortes.

Quando o que restara da camiseta de flanela atingiu o chão, os olhos azuis conectados aos verdes surpresos, tirou o pincel da boca, chacoalhando-o no ar.

Era um convite, afinal.

- Quero que pinte o meu corpo. - a voz rouca ecoou em resposta, Louis imediatamente sorrindo com o farol verde que havia recebido.

E a partir dali, não houve mais volta.

Não queriam voltar.

Não queriam mais nada que não fosse seus corpos seminus juntos, gradualmente cintilando em neon conforme a tinta deslizava na pele quente, quebrando o breu da pista de dança, assim como todos os outros universitários ali.

Louis fechou os olhos por apenas um segundo enquanto mergulhava o pincel no balde de tinta laranja e então piscava hipnotizado para o peitoral forte à frente, ousando manchar a pele clara com tiras que instantaneamente brilhavam diante de suas íris. Subiu, gominho por gominho até o meio de seu torso, percorrendo a lateral da nuca até chegar no maxilar marcado, onde delineou cautelosamente um dos lados.

O piano ecoou de novo, dessa vez para ficar, e conforme a música que simplesmente desencadeava sensações em seu corpo tomava conta, Louis deixou-se levar pelo desejo.

O pincel parou, seus lábios assumindo a função, provocativamente deslizando pelo outro lado do maxilar, onde não havia tinta, mas sim saliva, mordiscando, beijando e ofegando contra a região que parecia ser o ponto fraco de Harry.

E o seu.

Sua mão livre espalmava um lado do peitoral musculoso, deixando uma marca cor-de-rosa que também cintilava no escuro, e revirando os próprios olhos azuis em prazer, sentiu uma pressão em sua bunda que só podia ser causada por uma pessoa em especial.

(Coloquem a música Closer de Lemaitre e Jennie A. para tocar agora! As letras são apenas para guiar a leitura, assim sabem qual parágrafo conversa com qual estrofe. Aproveitem hihi)

Conforme a batida da música se tornava mais agressiva, piscou os cílios abertos até encontrar o verde que não brilhava em neon, mas sim em luxúria. Subiu o foco pelos lábios partidos em ofegos, o nariz delicado e as bochechas avermelhadas pelo calor que sentiam, mesmo seminus, e por fim, encontrou a floresta vívida.

I feel the shadows hanging over

Tomava cuidado para não pressionar seus peitorais, o que tornava tudo ainda mais divertido e quente, como se sua língua deslizando pelo contorno dos lábios de Harry não fosse o suficiente. Mãos fortes tomavam sua bunda, coxas, costas, nuca, até que agarraram seu maxilar, erguendo-o para o alto em uma tentativa de parar as provocações.

They're waiting to come closer

To come and take me away

Mas não queriam realmente isso.

I can feel my heart skip

Everytime that I slip

Cara a cara, Harry intensificou o aperto, observando conforme o ar lhe era encurtado e suas íris se tornavam mais escuras em luxúria. Com o lábio inferior entre os dentes, deixou que um suspiro escapasse, para a insanidade do jogador, e então, a batida estourou.

I wanna run away

Os alto falantes espalhados pela pista de dança elevavam a experiência a outro nível, e mantendo os peitorais afastados por milímetros, Louis encaixou sua coxa entre as de Harry, movendo seus corpos juntos da cintura para baixo - o que foi a gota d'água para sua mente, que àquela altura, estava embriagada pelo desejo.

Deixando que seu coração guiasse, portanto, os pensamentos nublados pela falta de ar já que Harry mantinha o aperto em seu pescoço na mesma proporção que a outra mão fazia em sua bunda, ofegou.

Sem pudores.

Ofegou como se sua vida dependesse disso, e só sentiu o pulmão enchendo de novo quando jogou a cabeça para trás em luxúria, lábios quentes tomando a região que ainda ardia e pulsava pelos dedos firmes que antes estiveram ali. Harry deslizava a língua exatamente na junção de sua nuca e ombro, umedecendo a clavícula até ouvi-lo gemer baixo contra seu corpo.

Podia sentir o sorriso provocativo em sua pele, entre beijos e mordidas.

Mas não se importava. Não quando a batida tomara conta de seus ouvidos e tudo que podia raciocinar era as coxas fartas esfregando contra as suas em um rebolado nada casto.

Perdido em sensações, deixou que seus peitorais tocassem, finalmente, aliviado pelas tintas estarem secas àquela altura e não borrarem. Mas o choque espalhado pelo contato fez com que a força em suas pernas estilhaçassem de instantâneo, e se não fosse pelas mãos firmes de Harry, teria ido ao chão em delírios insanos.

Talvez fosse o ambiente completamente escuro e coberto por névoa falsa, ou vai ver era o peitoral cintilante à frente, contrastando com o seu que também brilhava na luz negra. Seja qual for o motivo que estava deixando todos os seus sentidos nublados, era sua mais nova sensação.

A de embriaguez pelo desejo.

Seus membros estavam moles e a pressão na nuca denunciava entrega total, mas de alguma maneira, ainda manejava de rebolar contra Harry na mesma intensidade em que recebia chupões no pescoço e ouvia sussurros maliciosos na base de sua orelha.

Ninguém os encarava, absortos em seus próprios mundos eróticos para sequer ligar se estavam em uma pausa, haviam terminado ou reatado.

Ninguém ligava.

E Louis também não.

Por isso, conforme a batida estrondava mais uma vez, suas coxas interligadas e os peitorais pressionados com firmeza, ousou colidir seus lábios contra os de Harry, tomando-lhe o fôlego para lhe dar vida em troca.

I wanna run away

Não sabia se os gemidos eram seus ou de Harry, ou vai era de ambos, mas suas línguas juntas tornavam o trabalho de abafá-los mais fácil do que podiam imaginar. A nudez de seus torsos levava o contato à níveis quase imprudentes, e de olhos fechados ou outrora revirados em prazer, Louis quase se imaginava deitado na cama com o corpo forte sobre o seu e dedos ágeis brincando com seu piercing demarcado por um maldito círculo rosa neon.

Mas não.

Ainda estavam na pista de dança, e cada vez que recolhia forças para piscar de volta à realidade, encontrava Harry atiçando-o de uma maneira diferente, seja mãos em sua bunda, provocando abrir o botão de seu jeans, murmurando luxúrias contra seus lábios, puxando seus cabelos ou ainda chupando sua língua.

Estava tão entorpecido por seus toques que quando se deu conta, tinha uma ereção formada, um pescoço dolorido e lábios inchados.

Mas a batida ainda continuava, e isso significava que permaneceriam ali, suando sua embriaguez para fora enquanto permitiam que os sentimentos penetrassem em suas peles.

A noite ainda não havia acabado, e Louis tinha planos para Harry.

Muitos planos.

%%%

- Ei! - Liam gritou, chamando a atenção de todos que estavam na pista de dança àquela altura da festa, beirando o ápice da madrugada mas de maneira alguma o ápice da diversão. Parado ao lado do DJ, as mãos em concha ao redor da boca para alcançar o máximo de pessoas possíveis ao que a batida era interrompida no meio, sorriu bêbado. - Temos uma coisa para contar pra vocês.

Niall, com o torso coberto por todas as cores de tinta neon disponíveis, ergueu os braços para o ar em comemoração antecipada, o que só instigou ainda mais os universitários fora de si a prestarem atenção no que acontecia no stand do DJ.

Louis estava no meio da pista também, dividindo espaço com os amigos enquanto se divertiam dançando um remix eletrizante de The Weeknd, e tendo a algazarra interrompida por Payne, observou ao que Harry deixava o lugar que ocupava em suas costas, já que movia seus corpos juntos a apenas segundos atrás, e por fim caminhava envergonhado até o palco elevado.

Aquela festa de comemoração estava ótima, mas as pessoas precisavam saber o real motivo, certo?

Quando Harry subiu no stand e tomou o lugar ao lado de Liam, ambos com peitorais nus cobertos em tinta neon, assim como literalmente todo outro universitário ali presente, os olhares já assumiram um caráter curioso. E é claro, de desejo.

Não é todo dia que os dois jogadores com maior potencial de capitão e co-capitão do time sobem em um palco vestindo apenas calças jeans e pintura corporal que brilhava no escuro.

Mas para Zayn e Louis, lado a lado na pista de dança, aquilo podia sim, de fato, acontecer todo dia.

Por isso, repousando o cotovelo no ombro do menor, o moreno gritou animado dentre a multidão, causando bochechas ardentes em Liam. Recebeu, contudo, uma piscadinha como resposta.

Tomando iniciativa, sabendo que quanto mais enrolasse para anunciar aquilo mais impaciente as pessoas ficariam, afinal, estavam em uma festa e a música tinha que continuar, Harry enfiou as mãos nos bolsos frontais dos jeans, delineando ainda mais os músculos de seus braços fortes.

Louis revirou os olhos na pista de dança.

Exibido.

- Hm, acho que a maioria de vocês não sabe, então... - ergueu um dos braços para coçar a nuca, o que também flexionou os músculos que possuía, e àquela altura, os olhares estavam mais fervorosos do que atentos. - Zachary não é mais o chefe da fraternidade. - mesmo diante de toda a embriaguez e julgamentos nublados, aquela frase foi clara o bastante para que todo e qualquer universitário presente ali reagisse com choque. Os chefes das fraternidades eram escolhidos pelos membros no começo de cada ciclo letivo, e Zachary havia chefiado a Alpha Phi Omega pelos últimos três anos. Aparentemente, não mais. Desiludido pela reação adversa, Harry suspirou, acanhado. - Então, hm, e-eu... er...

Incapaz de observar aquilo sem fazer nada, Niall abriu caminho pela multidão até se ver subindo no stand, também, e rápido o bastante para Harry não poder recuar, pegou-o pelo pulso e ergueu seu braço em comemoração.

- Senhoras e senhores, o novo chefe da Alpha Phi Omega!

De olhos arregalados, por um milésimo de segundo, Harry pensou que passaria a maior vergonha de toda sua vida, e então, a pista de dança estourou em gritos comemorativos, palmas e diversão, já que a música voltara a ecoar pelos alto falantes e o DJ assumiu seu posto novamente. Embaixo da onde estava, conseguia ver Louis com as mãos ao redor dos lábios gritando avidamente um coro de Harry Styles! com Zayn, Bar, Els, Chad, Bebe e Patrick.

Em instantes, todos ecoavam a mesma coisa.

A questão é que, para todos os universitários ali, a liderança de uma casa universitária era apenas uma formalidade, porque as festas continuariam as mesmas, a diversão continuaria a mesma e suas vidas, realmente, continuariam as mesmas.

Para todos os universitários, exceto um.

Harry Styles.

O nome que todos ecoavam naquele instante - contrastando com a música alta, a névoa de gelo seco e os corpos brilhando em neon - era de uma pessoa real, com sentimentos reais e sonhos reais.

E enquanto a maior parte do mundo o via como apenas mais um detalhe em uma pequena porção de suas atividades diárias - a fraternidade da uni em que frequentavam e que frequentariam por apenas mais alguns meses - havia uma outra pessoa ali na pista de dança que o via como muito além disso.

O via como um parceiro.

Como um amigo.

Como um amante.

Como um ser humano.

Real.

Com sentimentos.

E sonhos.

E por mais que quase todos ali não compreendessem a magnitude daquela constatação - o novo chefe da fraternidade Alpha Phi Omega - Louis podia ver nos olhos de Harry sua satisfação por ter realizado um desejo antigo.

Um desejo profundo.

Um desejo pessoal.

A comemoração verdadeira não estava ali na festa, não estava nos diversos parabéns, cara! que recebia.

Não.

A comemoração verdadeira estava em seu coração, que agora, diante de toda a algazarra do exterior, ecoava um sussurro poderoso de eu consegui!.

Sonhos têm o poder de nos encorajar mais do que qualquer outra coisa no mundo.

Eles partem de nosso íntimo, nosso intelecto mais profundo e honesto.

Não se forja um sonho.

São genuínos.

E quando os realizamos, uma onda de inspiração percorre cada célula de nosso corpo, que grita se conseguimos realizar esse, talvez consigamos realizar os outros!.

E era isso que Louis queria.

Que sempre quis.

Desde o primeiro momento em que decidiu dedicar esforços para dar à Harry aquele posto.

Queria que soubesse, dentro de si, assim como sabe em seu próprio coração, que não há nada no mundo que não possa alcançar.

Mesmo que alguém de fora o diga o contrário.

Harry já havia ouvido muitas vezes ao longo de sua vida.

Não vai conseguir isso.

Principalmente de sua mãe, que não queria que cursasse fotografia e o ameaçou de fracasso - como descobriu há alguns meses atrás.

Por isso, observando conforme Harry caminhava pela multidão em sua direção, Louis só pôde suspirar aliviado.

Ele havia conseguido - e esse ele era referente à Harry, é claro.

Quando braços tomaram sua cintura e beijos quentes e agradecidos percorreram seus lábios, bochechas, pescoço e clavícula, prometeu sussurrar a mesma coisa até que os olhos verdes enxergassem o que via.

Esperança.

Potencial.

E amor.

%%%

- Louis, o que está fazendo? - Harry ecoou, confuso e ligeiramente bêbado após os membros da fraternidade o fazerem ficar de ponta cabeça na mangueira de cerveja por quase vinte segundos completos.

Estava sendo puxado fervorosamente pelo cós da calça jeans, tropeçando nos degraus da escada enquanto Louis guiava o caminho por diante dos universitários amontoados enquanto se pegavam.

- Vai ver quando chegarmos lá, apressadinho. - foi o que resmungou, xingando em seguida ao que o jogador tropeçou de novo na escada, mais pela velocidade pela qual subiam do que pela embriaguez em si. - Harry! Se cair e me levar junto, eu juro que quebro a sua cara em cinco.

- Por que especificamente em cinco? - tinha as sobrancelhas franzidas em provocações intencionais, e quando finalmente alcançaram o topo da escada, os pés agora firmes e livres para caminhar sem tropeços no corredor, é que virou para os olhos azuis brilhantes. - Por que estamos no segundo andar? A festa é lá embaixo... - apontou brevemente para trás do ombro, onde a escada estava, e quando retornou o olhar para frente, Louis já o puxava pela calça jeans mais uma vez. - Ok, se você lacear a minha calça favorita...

- Vai fazer o que? - o menor provocou na mesma proporção, sequer olhando para trás enquanto avançavam no corredor menos povoado.

Harry sorriu.

- Vou quebrar a sua cara em cinco.

- Pff, por favor. - Louis caçoou descaradamente, só não recebendo uma resposta à altura porque parou de puxá-lo, por fim, soltando as mãos para poder empurrar a porta do banheiro e os colocar para dentro em um piscar de olhos. Em instantes, Harry estava pressionado na pia do banheiro, enquanto o menor ocupava a parede oposta, cara a cara no pequeno cômodo. - Chegamos.

Harry abriu a boca e fechou, e então abriu de novo, sem saber exatamente como reagir àquilo.

Por que diabos Louis o tiraria da área externa da fraternidade - onde estavam curtindo as mangueiras de cerveja, os jogos de bebidas e pegações e conversando com os rapazes e garotas, bem no momento em que Bebe decidiu participar de um beijo triplo com Bar e Els, à incentivo de Zayn, que aparentemente gostou do que compartilhou na festa anterior com os dois melhores amigos - apenas para arrastá-lo escada acima até um banheiro pequeno e abafado?

Os instantes de espera não foram preenchidos com a resposta dessa pergunta, como gostaria que fossem, e suspirando, Harry revirou os olhos.

É claro que Louis o faria perguntar.

- Por que, gatinho?

- Hm? - fingindo de desentendido, os olhos azuis piscaram inocentes. - Por quê o que, Hazz?

Rindo daquela situação, Harry deu de ombros.

- Por que estamos aqui? Agora? Quando tem uma festa rolando lá embaixo?

Louis fez um bico ponderativo, quase teatral.

- Da última vez em que estivemos em uma situação como essa, não lembro de você ter feito essa pergunta.

Harry abriu a boca, pronto para retrucar, e então, hesitou, sua mente embriagada levando um pouco mais de tempo para ligar os pontos.

- Da última vez em que... - os olhos azuis estavam ansiosos. - V-você quer dizer na festa das Rockets? - Louis mordeu o lábio, assentindo brevemente. De súbito, ambos os seus corpos reagiram àquela constatação. Quando a voz de Harry ecoou de novo, estava dez vezes mais profunda e rouca. - Foi a festa em que brigamos, em que Niall...

- Defendeu a Bar. - Louis completou, engolindo o bolo na garganta enquanto mantinha seus olhos conectados em intensidade. - Aquele dia foi o começo do que eu pensei ser o fim para nós.

- Você saiu da UAL por meses depois daquela festa.

Louis mordeu o lábio, abaixando o olhar em vergonha. Porém, quando ousou falar de novo, quebrando o silêncio do banheiro, soava confiante.

- Eu voltei para o campus porque você me convenceu de que ainda havia tempo para realizar o meu sonho. - piscando atônito até o verde novamente, suspirou. - E hoje, meses depois, você quem realizou o seu.

Harry ofegou, tomado por pensamentos, sensações e memórias. Queria dar passos para frente e abraçar Louis, beijar Louis, consolar Louis de qualquer coisa que pudesse o chatear, mas não conseguiu desgrudar da pia, não importasse o quanto tentava se mover. Por isso, sussurrou:

- Lou, por que me trouxe aqui?

Os olhos azuis sorriram antes de seus lábios.

- Aquele dia foi o começo do que eu pensei ser o fim para nós. - repetiu, incapaz de ignorar aquela constatação. - Estávamos no banheiro quando ouvimos a briga no andar de baixo, lembra? - a expressão de Harry foi tomada por intensidade enquanto assentia. - Mas o que você ouve agora?

Por um momento, ficaram em silêncio total, suas respirações sendo abafadas pelo estrondo da batida que ecoava no andar de baixo, assim como conversas animadas, gritos comemorativos e palmas esporádicas.

Uma festa.

- Nada. - foi o que Harry disse, os olhos verdes piscando para os azuis. - Não ouço nada, gatinho.

Louis assentiu, aliviado.

- Exatamente. - deu de ombros, quase envergonhado, nem mesmo os níveis de álcool em seu sistema sobrepondo a importância daquele momento para os dois. - Estávamos fazendo uma coisa no banheiro, naquele dia, quando fomos interrompidos. Lembra? - simples assim, toda a expressão de Harry foi transformada em surpresa, beirando um sorriso malicioso, o que já fez com que o ar no banheiro se tornasse mais leve, e Louis, assim, suspirou. - Lembra, Styles?

Os olhos verdes brilharam.

- Eu lembro de tudo, Tomlinson. Tudo.

Com o lábio entredentes, Louis piscou um dos olhos em sua direção.

- Aquele dia foi o começo do que eu pensei ser o fim para nós. - repetiu pela terceira vez, destemido, azul no verde e corações batendo sincronizados, mesmo que distantes. - Quando eu saí do consultório de Olivia no outro dia e te fiz recriar o nosso primeiro encontro, eu queria dar uma segunda chance para a história que começou errada. Mas a verdade é que não importa como ela começou, contanto que nunca termine. - Harry abriu a boca mas não conseguiu falar, absorto por sentimentos, e enquanto Louis continuava, ousou acabar com a distância entre seus corpos, pressionando seus peitorais juntos. - Agora, vamos terminar o que naquele dia foi interrompido, e tudo o que aconteceu no meio, eu sair da uni, as brigas, os desencontros, as lágrimas, tudo, - ergueu os dedos delicados para tocar o maxilar definido de Harry, cutucando a tinta seca que delimitava um dos lados. - Tudo aquilo vai ficar para trás. Eu quero... eu preciso que feche os olhos e imagine que, naquele dia, quando eu estava de joelhos, prestes a te dar o melhor boquete de todos, ao invés de uma batida na porta e uma briga para nos interromper, quando você piscou de novo, tudo o que viu diante de si foi eu, de joelhos. - batendo os cílios inocentemente para Harry, que tinha lábios e bochechas rubras, Louis ofegou, as mãos empurrando-o até a pia, novamente, para poder se ajoelhar no chão, à sua mercê. - Consegue fazer isso, Styles?

O intervalo de minutos que Harry precisou para processar o rosto de Louis perigosa e propositalmente próximo de sua calça, a única peça de roupa que vestia naquele banheiro pequeno e abafado, foi preenchido por respirações entrecortadas, olhares intensos e expectativas altas, e então, com o seu aceno afirmativo, veio a quebra da barreira, satisfatoriamente agradecendo aos céus por estar apoiado contra algo ao invés de cair ao chão em espasmos surpresos.

Se antes ouvia o barulho distante da música que ecoava no andar debaixo, assim como passos vagos no corredor e falatórios aleatórios, agora, tudo que conseguia focalizar eram os dedos delicados mas firmes de Louis deslizando por seu quadril, em um piscar de olhos desabotoando seus jeans para poder puxá-los coxas abaixo, os lábios percorrendo uma de suas pernas enquanto o tecido a deixava.

Sua língua aparecia ocasionalmente entre os chupões, e firmando os dedos na borda da pia, ergueu o queixo para o teto em busca de ar, que lhe foi tomado quando Louis alcançou a barra de sua cueca, ousando puxá-la da mesma forma que fez com sua calça.

Faziam semanas que não se tocavam daquele jeito, ou de qualquer outro jeito, realmente.

Mas ali, sentindo o vento atingir seu corpo e lhe dando assim a certeza de que não vestia mais sua cueca, Harry só pôde visualizar uma coisa.

Aquele dia.

Na festa das Rockets.

Os Wolves também haviam ganhado um jogo, ainda nas etapas preliminares do campeonato.

Ele e Louis estavam nas primeiras semanas de seu "relacionamento" - que sequer rotulavam assim ainda.

Haviam escapado da festa para curtir um ao outro no andar de cima, em um banheiro como aquele, em um contexto semelhante.

E ali, conforme Louis havia sugerido, de olhos fechados enquanto mantinha o queixo erguido e as mãos cegamente segurando fios de cabelo aleatórios de sua cabeça que movia como se estivesse prestes a começar um carinho que seu próprio estômago esfriava em ansiedade, era nisso que Harry estava pensando.

Naquele dia.

E em como tudo que aconteceu no meio não significava coisa alguma.

Não mais.

Por isso, suspirou, deixando seu corpo acostumar com a ideia de que haviam pulado no tempo, seja para trás, dando o final digno para aquele dia, ou para frente, onde estavam agora, como se a interrupção, a briga, o afastamento, não tivessem acontecido.

Harry piscou, conforme Louis disse, e quando abriu os olhos, se imaginou naquele dia.

Se imaginou recebendo o que deveria ter acontecido antes do universo mudar seus caminhos.

E para sua - nem tão grande - surpresa, não precisava mais imaginar.

Estava, de fato, acontecendo.

Louis parecia aguardar sua conclusão, e sorriu, instantes antes de esticar as mãos e a língua. Os dedos rodearam a base de seu pau já ereto em ansiedade, e batendo os cílios em um contato visual ininterrupto, fez o que desejava fazer naquele dia.

E em todos os outros, realmente.

Bombeou sua extensão algumas vezes, instigando pré-gozo para que quando esticasse a língua, pudesse saborear um pouco de si ainda na glande, e quando o fez, Harry percebeu que manter os olhos abertos seria uma tarefa tão difícil quanto manter-se de pé.

Inabalado, Louis pressionou a garganta para sugar a glande ao máximo, mais pré-gozo caindo em sua língua conforme alinhava tais movimentos com os de sua mão, ora massageando as bolas - que sabia fazer Harry gemer - ora apertando gentilmente sua extensão grossa.

Muito grossa.

Segurando um gemido incentivador, só deixou que ele fosse liberado quando seus lábios começaram a deslizar por seu pau, centímetro após centímetro, as vibrações causando ofegos sôfregos no maior, que àquela altura já tremia as coxas em sinal de prazer.

Louis amava quando ele começava a tremer.

Com olhos azuis cintilantes, tanto por orgulho quanto por lágrimas eminentes devido ao quão fundo estava indo, sem parar, em um movimento de vai e vem, deixou que suas orbes revirassem conforme a sinfonia de gemidos ecoavam entre as quatro paredes.

Incapaz de manter-se parado, Harry firmou os dedos no couro cabeludo de Louis, firmou mesmo, e sentindo um grunhido ser disparado contra seu próprio pau, prosseguiu, guiando os lábios que faziam um ótimo trabalho em acomodá-lo. Mas o que realmente estava causando-o pensamentos insanos era a língua quente deslizando em sua extensão, dentro da boca de Louis.

Como manejava de tomar toda sua extensão e ainda pressionar a garganta a ponto de sugar sua glande ali pressionada, era um mistério para o coração alarmado de Harry, que àquela altura vazava quantidades maiores de pré-gozo e tensionava o abdômen pelos espasmos.

Louis queria gritar, xingar até, porque como se não bastasse a imagem de um Harry escorado na pia como se sua vida dependesse disso enquanto gemia seu nome e outras obscenidades, empurrando sua cabeça contra seu pau grosso e delicioso, ainda tinha que lidar com os gominhos praticamente sendo esfregados em sua cara.

Determinado a tirá-lo de órbita, como estava se sentindo naquele momento, Louis se ajeitou sobre os joelhos, sentando nos calcanhares, e direcionou as mãos, que antes bombeavam sua extensão e massageavam suas bolas, para detrás de suas costas, atadas uma na outra.

Por um momento, Harry estagnou, tomado por aquela imagem enlouquecedora.

E então, sendo puxado de volta à realidade - ou ainda estaria sonhando? - aproveitou para firmar ambas as mãos na nuca de Louis, mantendo-o parado enquanto investia o quadril com intensidade, diretamente em sua boca.

O banheiro era preenchido por gemidos de ambas as partes, assim como barulhos de engasgo e sucção, que só contribuíam para a insanidade do cacheado, que fitava os olhos azuis úmidos de lágrimas. As íris estavam pretas, dilatadas, e gritavam continue. Então foi o que Harry fez, a posição submissa em que Louis se encontrava só elevando sua imaginação para êxtases absurdos.

Estava abafado, suor escorria por sua testa, braços e torso nus, sentia-se cada vez mais próximo, o queixo de Louis escorrendo saliva na mesma proporção que seu próprio pau vazava dentro da boca, e atônito, sentiu o gelo no estômago, arrematador.

Sua visão ficou preta e sentiu a estrutura da pia apoiando suas costas. Foi o que o manteve de pé enquanto tremia em espasmos pelo orgasmo que explodia dentro dos lábios macios de Louis, que continuava com os movimentos de sucção mesmo que seu quadril não investisse mais, as mãos antes atadas atrás das costas agora firmes nas coxas do jogador, mantendo sua extensão acolhida até o final.

A última coisa que ouviu antes de suspirar foi um ploc.

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[DISCLAIMER DA NATH: A próxima parte do cap é... bem, vocês sabem hihi. Quem não gostar de ler coisas do tipo, pode pular direto para as notas finais! Boa leitura desde já porque sei que vão sumir dos comentários rs. Aproveitem!]

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- Onde está indo, idiota? - Louis resmungou risonho, efeito do orgasmo que havia tido há apenas alguns minutos atrás, logo após dar o mesmo para Harry. Estavam no corredor, a porta do banheiro havia sido fechada atrás de suas costas pouco antes, e mesmo que estivesse quase no primeiro degrau da escada, prestes a descer e retornar para a festa, se deu conta que o cacheado ainda estava do outro lado. - A festa é pra cá!

- Eu sei. - foi o que murmurou, confuso.

Bufando impaciente, Louis, àquela altura já tendo queimado cada gota de álcool em seu organismo, caminhou de volta para onde o cacheado estava, abraçando seu torso por trás.

- Vamos logo. - resmungou manhoso, repousando a cabeça em suas costas nuas. - Eu quero dançar.

- Um segundo, gatinho. - soava distante, e curioso demais para sequer aguardar por respostas, Louis enfiou a cabeça no espaço entre o braço forte e o torso definido de Harry, fitando o que estava à sua frente.

Era a sala de Zachary - quer dizer, sua ex sala.

Estava com a porta aberta.

Trocou um olhar breve com o verde intenso, e antes mesmo de ouvir o que tinha para dizer, provavelmente um singelo não, Louis já estava caminhando até o escritório, Harry ao seu encalço. Quando atravessou a moldura de madeira, estagnou, um passo para dentro do escritório.

- Ei. - Harry resmungou ao colidir com suas costas. - Por que parou do nada?

Quando piscou os cílios à frente, compreendeu.

A sala estava exatamente como antes - um escritório comum para a chefia da casa. Exceto que agora tinha um Liam e um Zayn carregando juntos um quadro pesado que outrora esteve pendurado na parede atrás da grande mesa de madeira, essa, que também tinha consideravelmente menos decorações, papéis e acessórios.

Os rapazes pareceram não perceber de imediato sua presença na porta aberta, e continuando com o trabalho de mover o quadro para longe, na direção do sofá, conversavam despreocupadamente, alheios ao que acontecia no andar debaixo.

- Será que os livros da estante também são dele?

- Zachary não me parece do tipo que lê muitos livros, Zee.

- Zachary me parece do tipo que divulga fotos íntimas sem a permissão dos donos, isso sim, Liam.

- Tem um nome pra esse tipo.

- Filho da puta?

- Quase, Zee. Estava pensando em algo mais próximo de desgraçado.

- Eu voto em mentiroso. - Louis ecoou da porta, risonho. Os rapazes se assustaram com a voz eminente e inusitada, a ponto de derrubar o quadro que antes carregavam com toda a cautela possível.

Dando um pulo para trás a tempo de não quebrar um dedinho do pé, Zayn ofegou, atônito.

- Louis!

- Zayn! - os olhos azuis brilhavam em diversão, àquela altura escorado na madeira da porta enquanto Harry tomava o outro lado da abertura, os braços fortes de jogador cruzados na frente do peitoral nu.

Liam esfregou a testa, confuso.

- Por que não assustam a mãe de vocês, porra?

- Vai por mim. - Louis ecoou, contido. - Não vai querer ouvir a resposta dessa pergunta.

Evitando que o clima fique muito tenso para ser suportado, Harry se adiantou, limpando a garganta.

- O que vocês estão fazendo no escritório de Zachary? - assim que as palavras deixaram sua boca, antes de sua mente processar o que significavam, suspirou.

Foi Zayn quem respondeu, dando de ombros.

- É o seu escritório agora.

- Queríamos tirar as coisas daquele imbecil antes de você tomar posse, amanhã cedo. - Liam complementou, os dedos deslizando pela moldura do quadro que estava escorado em suas pernas.

- Era pra ser uma surpresa, na verdade. - o moreno pressionou os olhos para Louis, irritadiço. - Por que vieram aqui?

- Eu não sabia! - erguendo os braços em rendição, o menor se defendeu. - Ninguém me contou.

- Essa é a definição de surpresa, gênio.

- Chega vocês dois. - Liam interrompeu, embora sorrisse. - Surpresa arruinada ou não, vamos. Já que estão aqui, podem nos ajudar a terminar isso logo.

Harry se adiantou, desencostando da porta para ir até o amigo jogador, e juntos, ergueram o quadro extremamente pesado para o repousar sobre a parede oposta, onde não corria o risco de ser danificado. No canto, perto da sacada, caixas de papelão estavam cheias de materiais de escritório, fotos de Zachary e pastas e mais pastas repletas de papéis e rascunhos.

Imóvel na porta, Louis bufou.

- Estão fazendo o trabalho dele, sabiam? - recebendo todos os olhares de uma só vez, deu de ombros, inabalado. Amava receber atenção, afinal. - Zachary teria que tirar tudo isso de qualquer jeito amanhã cedo. Só estão facilitando pra ele.

Zayn deixou um porta retrato cair de seus dedos, estridente no chão de carpete.

- E o que sugere que fazemos então?

Louis sorriu malicioso, as sobrancelhas arqueadas em provocação. Antes que sua mente pudesse mensurar o significado das próximas palavras, sua boca já estava proferindo-as, inconsequentemente.

- Podíamos... brincar. Sabe? Sobre as coisas dele. Depois de tudo o que fez e causou para todos nós, nada mais justo.

Por um momento, a sala inteira ficou em silêncio, estática. Podiam sentir o ar sendo edificado de uma maneira mais tensa, sufocante, e então, ofegos e suspiros ecoaram em sintonia, suas mentes trabalhando arduamente em busca de uma resposta para aquele convite.

Mas quanto mais tentavam, mais sims ecoavam.

Por fim, Liam limpou a garganta, os olhos castanhos adiantando sua afirmação.

- A-acho uma boa ideia. - cortando a tensão como uma bala de fogo, endireitou a postura, seu torso nu cintilando na sala iluminada pela lâmpada no teto. Louis piscou atônito para seu tanquinho tão definido quanto o de Harry, até mais.

Não que fosse dizer isso em voz alta.

Perto da mesa, Zayn coçou a nuca, incentivado pelo namorado.

- Por mim tudo bem.

Antes que Louis pudesse reagir a sua constatação, outra voz, rouca, captou sua atenção, do outro lado da sala.

- O que acha, gatinho?

- Eu acho uma ót...

- O que está acontecendo aqui? - uma quinta voz se fez presente, e em instantes, todos os olhares estavam na porta, onde um Niall confuso arqueava as sobrancelhas. Precisou de dois segundos para raciocinar os olhares desconfortáveis e as posturas rígidas demais para denunciar outra coisa, e sendo o entusiasta de ménages que era, reconheceria aquelas expressões em qualquer lugar. - Vocês iam transar sem mim!

Soou no limite de uma ofensa misturada com bronca, os olhos azuis irritados como nunca antes visto. Louis, que estava mais perto da porta, se adiantou para acalmá-lo.

- N-não é isso, Ni...

- Toda vez. - estourou de novo, as bochechas se tornando avermelhadas. - Toda porra de vez vocês fazem isso.

- Não é verdade. - Liam apontou em sua direção, tentando os defender.

Niall arregalou os olhos, incrédulo por estar sendo contestado.

- Lógico que é. E aquela vez que Zayn e Louis se beijaram? Lembra? O showzinho particular que fizeram pra vocês dois? - gesticulou nervosamente para os dois jogadores, que desviavam o olhar de seu argumento válido. - Eu fui convidado? Nãããão. Niall nunca é convidado pra diversão. Nunca!

- E naquela festa! - Zayn contrapôs, escorado na mesa. - Eu e Louis beijamos você.

- 'Tá vendo. - Louis deu de ombros, aliviado por terem um argumento forte para se defenderem, mesmo diante dos olhos azuis que começavam se acalmar. - Não só te convidamos naquele dia como você também nos guiou.

- Você é o que tem mais experiência aqui, Nialler. - prosseguindo com a bajulação, que parecia estar funcionando em amenizar a irritação, Zayn suspirou. - Não poderíamos fazer nada sem você.

- Nem se quiséssemos. - o menor completou, satisfeito.

Niall, então, suspirou gradualmente mais calmo - o ego inflado, é claro.

- Nós não reclamamos quando vocês se beijaram e não nos convidaram, então... - acrescentando mais um elemento na discussão quase dada por acabada, Liam firmou os braços cruzados na frente do peitoral, o que só aumentava sua postura enciumada.

Como mágica, a chama voltou a ser acesa.

- Isso é verdade. - Harry ajudou o amigo, as mãos dentro dos bolsos do jeans. - Vocês estão sempre fazendo esses showzinhos e nunca perguntam se queremos assistir ou participar.

Nos dois segundos seguintes, Niall, Zayn e Louis trocaram um olhar curioso, até mesmo malicioso, e Harry e Liam só puderam observar ao que o loiro e o menor caminhavam em direção à mesa, no centro da sala, sentando na madeira ao lado do moreno, de prontidão.

Com olhos atentos nos dois rapazes acanhados do outro lado do escritório, suspiraram em uníssono, quase como se tivessem combinado.

Foi Niall quem ecoou, desafiador.

- Já que estão reclamando tanto, por favor, sintam-se à vontade.

Liam piscou confuso, a boca aberta em choque.

- P-pra quê?

Zayn inclinou a cabeça, inocente.

- Não falaram que nós sempre estamos fazendo os showzinhos e nunca convidamos vocês? Agora é a sua chance.

Louis ergueu os ombros, animado, ao que cruzava as pernas sobre a mesa.

- Estamos esperando.

- P-or um..?

- Show! - Niall exclamou, ansioso, respondendo à pergunta de um Harry surpreso.

A tensão de antes não chegava aos pés dessa e tendo a atenção dos outros rapazes, Harry não teve outra reação senão desviar os olhos para Liam, que estava na parede oposta da sala, o fitando na mesma intensidade.

Suas írias perguntavam a mesma coisa.

Fazemos?

Mas considerando que os olhinhos ansiosos que estavam fixos em si naquele momento já tiveram, antes, seu próprio momento de beijo entre amigos, souberam a resposta antes mesmo de agir.

Mas para a platéia, recolhida na mesa de madeira, foi uma incógnita até o instante em que Liam começou a andar, passo após passo, até estar à dois de distância de Harry. Houve uma pausa, dramática o suficiente para fazer Louis fincar as unhas na própria coxa, em antecipação, e então, como um ato impulsivo, Liam continuou, só parando quando seu peitoral havia colidido com o de Harry em um baque.

Zayn tapou a boca de Niall, evitando que um potencial grito escapasse, e com olhos vidrados no que estava desenrolando diante de suas presenças, observaram conforme Harry deslizava as mãos firmemente pelo torso musculoso do amigo e tinha a nuca entrelaçada por seus dedos ágeis, seus corpos conversando uma língua que só eles entendiam.

Quando parou de tatear, na barra da calça jeans de Liam, provocando apenas o bastante para que seus lábios desencaixassem e risadinhas maliciosas ecoassem, pôde sentir as bochechas ardendo e o coração acelerado. Era uma adrenalina e tanto, principalmente ao saber que estavam sendo vigiados, e incentivado por tal, dedilhou os limites do jeans até descer em seu quadril, apalpando a bunda sobre o tecido grosso.

Liam inclinou o corpo para frente, instigando suas ereções crescentes juntas, e isso foi a gota d'água para que seus gemidos ecoassem livres. Na mesa, Louis ofegava pesado, a mão disfarçadamente sobre a própria sobressaliência nos jeans, o que não desviou do olhar atento de Zayn, que agora o fitava no mínimo curioso.

Niall estava entre ambos, mas seus olhos azuis estavam na agitação dos dois jogadores um pouco mais a frente, e sequer percebeu como o moreno mordia os lábios e o menor ofegava em desejos. Mas, de fato, percebeu quando Harry e Liam começaram a desacelerar o beijo que começou agitado e agora prosseguia de forma mais hesitante.

Não podia permitir que acabasse, estava se divertindo demais para ser uma experiência tão curta como aquela. Por isso, levantou, mal prestando atenção ao seu redor, e caminhando cegamente até onde os dois amigos estavam, se intrometeu no contato que já estava perdendo sua chama.

Assim que abriu os lábios, contudo, Harry o interrompeu, tão rouco que arrepios tomaram seu corpo.

- Olha só que espertinhos.

- Estão mais para danadinhos. - Liam riu nervosamente, quase envergonhado.

Niall, se vendo entre os jogadores, cercado por peitorais suados e definidos, forçou seus olhos a procurarem pelo que estavam comentando, e quando piscou sobre a mesa, descobriu.

Louis e Zayn se beijavam, tão avidamente que o menor se encontrava sentado no colo do moreno, os braços ao redor de sua nuca enquanto suas coxas circundavam o quadril esguio. Com as pernas para fora dos limites da mesa, Malik conseguia mais estabilidade enquanto dedicava todos os seus esforços em chupar a língua do outro. Podiam ouvir os murmúrios, suspiros e estalos, algumas palavras desconexas indicando o quão excitados estavam após ver a cena que agora havia, infelizmente, cessado.

Piscando de volta para onde estava, igualmente animado entre as pernas, Niall fez um bico emburrado ao perceber que Harry e Liam só tinham olhos para os outros, e bufou, chamando suas atenções.

Foi Harry quem disse, as sobrancelhas arqueadas e um sorriso ladino nos lábios.

- O que foi, Nialler?

- Não acredito que eu estou aqui e vocês ainda desperdiçam tempo olhan...

- Você vai fazer ele calar a boca ou eu..?

- Que tal nós dois? - Liam respondeu a pergunta de Harry, e antes que Niall pudesse processar o que estava acontecendo de verdade, mãos percorreram sua cintura, torso e coxas na mesma velocidade em que lábios colidiam com os seus em um beijo triplo confuso.

Não por muito tempo.

Assim como fez quando beijou Zayn e Louis, tratou de guiar os jogadores da melhor maneira para que todos recebessem a devida atenção, e gemeu satisfeito quando chupões, mordidas e ofegos começaram a acontecer.

Era muita coisa para acompanhar, e estava começando a se sentir sobrecarregado, tinha que admitir.

E mesmo estando acostumado com ménages e outras atividades à três, nunca havia participado de algo em grupo.

Se ele estava sentindo isso, imagina os outros, que não detinham de sua experiência vasta naquele departamento?

Por isso, sentindo a tensão sob a ponta de seus dedos ao que acariciava as costas de Liam e respirava contra o peitoral de Harry, forçou seus olhos abertos, cessando o ato que estava começando a esquentar mais do que seus sistemas rotulavam como beijo. Se vendo, mais uma vez entre peitorais sarados e sufocantes, desviou o olhar para a mesa, como de costume, aparentemente.

Louis continuava sentado sobre o colo de Zayn, e investindo o quadril conforme mantinham o beijo acontecendo, indicava com clareza o quão interessado estava em prosseguir com aquilo. Os olhos azuis claro, então, piscaram para os verdes e castanhos ao seu lado, a grande pergunta ecoando silenciosa mais uma vez.

Fazemos?

Pôde perceber a confusão mental de Harry e Liam, e compreendia, afinal, não podiam responder por todos, mas antes de conseguir tomar uma decisão, ou descartar muitas outras, os estalos de beijos cessaram, do outro lado da sala. Os ouvidos que estavam atentos a qualquer estímulo dentro das quatro paredes rapidamente, então, captaram o silêncio ensurdecedor.

Louis girou o olhar em sua direção, tinha lábios inchados e olhos brilhantes em luxúria. Mas até mesmo Zayn, debaixo de seu corpo, exibia a mesma expressão de indecisão.

Fazemos?

Os cinco.

Fazemos?

Portanto, em um impulso guiado, Niall saiu do aperto de Liam e Harry para caminhar destemido até a porta, tratando de fechá-la e trancar, é claro. Quando girou nos calcanhares, encontrando vários pares de olhares assustados, a única coisa que manejou de fazer foi apagar a luz.

Nada mais reconfortante do que olhos que não enxergavam a vergonha e o receio. E em seus casos, a tinta neon espalhada por seus corpos iluminava apenas o bastante para que pudessem ver os movimentos gerais que estavam fazendo.

Os segundos seguintes foram estáticos, hesitantes, até que um longo e profundo suspiro ecoou e então, um som oco.

Vinha da mesa, e pelo contorno azul e verde neon que emanava dali, Zayn estava deitado contra a madeira, Louis ainda sentado sobre seu colo, já se inclinando para viabilizar outro beijo quente.

Parecia que os dois haviam tomado uma decisão.

Processando aos poucos o que estava acontecendo, Niall virou o olhar para o lado oposto da sala, onde o torso delineado em laranja neon de Harry se movia, para sua surpresa, em sua direção. Teve tempo de piscar confuso antes de sentir mãos em suas coxas nuas - afinal, usava apenas um cueca - e então foi carregado até o que parecia ser um acolchoado.

É claro, a sala tinha um sofá de couro.

Sempre teve.

E sendo jogado ali é que Niall se deu conta de que, de fato, fariam aquilo.

Quando coisas assim acontecem, uma linha tênue é ultrapassada.

A linha entre o constrangedor e o instinto.

Niall estava esparramado em um sofá de couro, seu corpo quase nu coberto pelo corpo forte de Harry, que chupava avidamente sua língua enquanto investia o quadril contra o seu, já que suas coxas estavam erguidas ao redor de sua cintura.

Instinto.

Não havia neurônios restantes naquele momento para processar alguma coisa que não fosse o contato físico sufocante.

Não havia neurônios sequer para processar um corar de bochechas.

A única coisa que o cérebro de Niall processava era Harry Liam Harry Liam Harry Liam.

Instinto.

E seu instinto estava lhe dizendo para erguer as mãos e agarrar os cachos soltos contra seu rosto, mas no meio do caminho, uma mão externa teve uma ideia diferente. Ocupado demais com os lábios de Harry contra os seus para sequer olhar, Niall apenas foi guiado pelo tato enquanto seus dedos eram colocados no que parecia um tanquinho.

De fato era, e a julgar pela definição dos músculos ali, pertenciam à Liam.

Extasiado pelo rebolar provocador de Harry contra seu baixo ventre, despercebidamente desceu os dedos pelo abdômen ao lado, perdendo o fôlego quando continuou tateando até sentir, sob seus dígitos, o que parecia ser o pau de Liam. Gemeu surpreso contra os lábios do cacheado, tão excitado pelo membro quente que agora tinha em mãos que instintivamente pressionou as coxas fechadas, impulsionando o torso para cima.

Harry soltou uma espécie de grunhido manhoso, contorcendo o próprio corpo ao ter seus membros instigados ao mesmo tempo devido aos reflexos de Niall. Liam, observando tudo de cima conforme permanecia de pé ao lado da cabeça do loiro, guiou sua mão para que agarrasse propriamente seu pau, e sem avisos, se curvou sobre o sofá, apoiando no encosto enquanto era bombeado avidamente.

Eram uma bagunça de gemidos alternados, Harry entretido demais em simular investidas contra o quadril de Niall, que apenas sabia ofegar e sentir enquanto vazava dentro da cueca e chupava a língua que era pressionada em sua boca enquanto masturbava o pau de Liam, que projetava o corpo para frente na pretensão de foder sua mão.

Mas do outro lado do escritório, sobre a mesa, Zayn ecoava mais alto que todos, perdido em carícias, desejos e estímulos causados por Louis, que rebolava sobre seu quadril, os tecidos dos jeans apenas contribuindo para que suas ereções avançadas ficassem ainda mais sensíveis. Àquela altura o beijo já não era mais viável, e com as mãos pressionadas no peitoral do moreno, Louis se apoiava daquela maneira enquanto suas coxas moviam para frente e para trás.

No breu do escritório, seu mamilo cintilava pelo círculo cor-de-rosa, que acentuava ainda mais o piercing, e foi para lá que os dedos ansiosos de Zayn instigaram, brincando com a pele sensível conforme seu pau pulsava cada vez mais dentro dos jeans.

No sofá, Niall suava, mesmo vestindo apenas uma cueca - mas não por muito tempo.

Descendo os beijos por seu maxilar, e então pescoço, lambendo a clavícula até poder chupar os mamilos eriçados do loiro, Harry foi pego de surpresa quando mãos firmes tocaram seu quadril.

Liam cutucava a barra de seu jeans, e estando praticamente em uma posição de quatro no pequeno sofá de três lugares para poder atiçar Niall com sua língua, Harry logo compreendeu o que o amigo queria que fizesse. Endireitou o torso, ficando de joelhos no acolchoado, e desabotoando rapidamente os jeans, ergueu os olhos para a figura esparramada sob si.

Os olhos azuis de Niall estavam pequenos, sôfregos para abrir diante de tantas carícias intensas. Seus cabelos estavam bagunçados e seus lábios tão rubros quanto suas bochechas, combinando com seus mamilos e pescoço marcado. Harry sorriu ladino em sua direção, orgulhoso de seu trabalho que estava longe de terminar. Deslizando os jeans pelas pernas a tempo de voltar a deitar sobre o amigo, continuou com os chupões em seus mamilos deliciosos, Liam aproveitando a deixa para ir para detrás de seu corpo posicionado no sofá.

Acariciou as coxas fortes de Harry, sentindo a pele quente sob seus dígitos, e suspirou quando direcionou as carícias para o meio da bunda do cacheado, coberta pela cueca preta. Esfregou os dedos ali, o bastante para ouvi-lo gemer contra o peitoral de Niall, e sorridente, desceu a pressão mais um pouco, exatamente na região entre sua entrada e suas bolas.

Sabia que o prazer reservado ali era imenso, e massageou o bastante para atacar sua sensibilidade, Harry curvando as costas pelo prazer repentino. Guardando um pouco para cada momento, Liam subiu a mão para esfregar o torso do cacheado, a tempo para vê-lo descer as carícias até o cós da cueca de Niall, que àquela altura já estava encharcada.

Houve um segundo de hesitação, e então, puxou o tecido fino para baixo, revelando o pau extremamente necessitado do loiro.

Da mesa, Louis virou o olhar para onde os outros estavam, tendo sua atenção captada pelo gemido alto de Niall.

Alto o bastante para indicar apenas uma coisa.

Deslizando mais no sofá, Harry abaixou a cabeça para lamber apenas a glande, recolhendo o pré-gozo delicioso que ali acumulava. Com uma das mãos, puxou a extensão para baixo, aumentando a sensibilidade da ponta enquanto a abocanhava. Sugou com tamanha força que Niall gemeu alto de novo, causando arrepios em Liam, que tentava se concentrar em bombear o próprio pau e acariciar a bunda do cacheado.

Incapaz de ficar imóvel, o loiro esticou a mão para agarrar Harry pelos cabelos, incentivando-o de imediato para que o chupasse por completo, e foi o que aconteceu, seu próprio torso arqueando no sofá enquanto as mãos firmes do maior seguravam suas coxas abertas, possibilitando o movimento. Queria gritar, queria esfregar, queria arranhar, e Liam pareceu ler sua mente, pois indo para o seu lado do sofá, tratou de posicionar o pau exatamente onde sua boca estava.

Uma das posições que Niall mais gostava nos ménages era quando ganhava um boquete enquanto fazia outro.

Em segundos, Liam iria aprender a apreciar aquela posição da mesma maneira.

Os lábios gentis do loiro acomodaram seu pau com dificuldade, por seu tamanho, mas isso não significava que pegaria leve na sucção que apenas incentivou mais e mais pré-gozo, como se o que estava ali não fosse o bastante. Apoiando um cotovelo no sofá para que pudesse se movimentar com mais facilidade, Niall girou o ombro em sua direção, abrindo a boca ao máximo para que entendesse o que deveria fazer.

Liam apoiou os braços no encosto do sofá enquanto surrava a garganta apertada, gemendo alto ao que suas bolas recebiam a devida atenção pelos dedos delicados do loiro. Vibrações logo chegaram, causadas pelas carícias de Harry, e em poucos instantes, um ploc ecoou ao que o jogador segurava a extensão de Niall para cima e descia os lábios para sua entrada, provocando apenas o bastante para que grunhisse contra Liam.

Niall se viu com uma das pernas sobre o ombro de Harry ao que beijos e chupões eram dedicados à sua entrada, a garganta dormente e o queixo úmido conforme mantinha a boca aberta ao máximo para que Liam a surrasse. Como se não fosse o bastante, nunca era, esfregou o próprio mamilo, convencido de as lágrimas que saíam de seus olhos eram por pura luxúria.

Zayn começou a ficar impaciente, se sentindo sufocado pela quantidade de roupas que ainda vestia. Deslizando o corpo de Louis para o lado, saiu da mesa, apenas por tempo o suficiente para que pudesse tirar os jeans. Ao menos era o que pensava, pois assim que se viu sem contato físico, o menor esticou os braços e o puxou de volta pela barra da calça.

Agora sentado na beira da mesa, Zayn entre suas coxas, Louis tratou de fazer o que era sua intenção desde o início. Seus dedos foram ágeis em desabotoar os jeans do moreno, e enfiando a mão imediatamente dentro dos dois tecidos, ofegou quando sentiu seu pau pulsante sob os dígitos.

Tratando de voltar a unir seus lábios em um beijo tão erótico que acontecia do lado de fora, Zayn se distraiu com os fios de cabelo do menor e também seu piercing, ao passo que seu pau era colocado para fora e lentamente acariciado. Louis usou do pré-gozo acumulado na glande para umedecer sua extensão, e esfregando o polegar na fenda, o fez gemer manhoso contra seus lábios.

Gostou tanto do som que fez de novo, e de novo, e de novo. Quantas vezes possível até que Zayn começasse a ofegar e a tremer dentro do seu aperto, e então, tão impaciente quanto antes, o moreno empurrou o outro pelo peitoral, até que estivesse deitado na mesa. Àquela altura, se ainda houvessem papéis ou decorações sobre a madeira, ou estavam quebrados, ou amassados. Senão, estariam espalhados pelo chão.

Observando a silhueta curvilínea esparramada à sua frente, Zayn sorriu satisfeito no mesmo instante em que puxou Louis pelas coxas, seus quadris se chocando tortuosos, principalmente por seu pau estar descoberto. Ergueu os dedos decididos até o cós do jeans do menor, e desabotoando-o, puxou o tecido grosso para baixo, desnudando as coxas fartas até que estivesse vestindo apenas a cueca preta.

Louis não deixou que fizesse mais muita coisa, ágil em sair da mesa para ajoelhar no chão diante de Zayn, e em um piscar de olhos, já deslizava a língua pela extensão de seu pau, praticamente colocando a cabeça entre suas coxas para abocanhar uma das bolas fervorosamente, tomando-a por completo na boca.

Zayn sentiu o gemido edificando em sua garganta, mas estava sem fôlego para sequer liberá-lo.

Segurou Louis pelos cabelos, mesmo que fosse o único prestes a cair no chão, e quase choramingando em luxúria, deixou que os sentimentos percorressem seu corpo ao que sua glande recebia atenção redobrada por sua língua e garganta. Era quente, apertado e intenso, o bastante para fazer seu abdômen contrair. Empurrando bruscamente, fez com que o menor o acomodasse por completo, assumindo uma postura surpresa pela habilidade de o fazer.

Louis era bom.

E sabia disso.

Indo e voltando com a cabeça para que apenas a glande pressionasse sua garganta, sons de engasgo ecoando em seus ouvidos, piscou os cílios para Zayn, que diante da escuridão, via pouco pelos rabiscos iluminados de tinta neon em seus peitorais e pescoços.

Por fim, sentindo-se perigosamente próximo do ápice, ergueu Louis pelos ombros, e em um único movimento, o pressionou contra a mesa novamente. Perdeu o fôlego pela imagem do menor escorado na beirada, a bunda empinada coberta pela cueca - mas não por muito tempo.

Avançou alguns passos, suas coxas tocando as de Louis conforme puxava o único que tecido que vestia para baixo, e então, com os dedos ao redor do pescoço do menor, puxou-o para que suas costas batessem contra seu peitoral. Era o único que ainda vestia os jeans, mas com o pau para fora, foi mais que o bastante para que o contato irradiasse por seus membros.

O menor jurou ter ouvido um sussurro de seu nome, talvez um pedido de permissão vindo de Zayn, mas no instante seguinte, a pressão em suas costas cessou, apenas para retornar, agora em sua bunda.

Louis instintivamente ergueu uma das pernas sobre a mesa, apoiando o joelho na beirada para que Zayn pudesse ter mais espaço, e assim sendo, ofegou quando beijos e chupões tomaram a região da sua entrada.

Quando Harry julgou já ter preparado Niall o bastante, ergueu o torso para poder esfregar seu pau provocativamente na região, instigando a penetração apenas para ouvi-lo resmungar frustrado. Estava tão duro que ousou bombear sua própria extensão algumas vezes para que pré-gozo caísse ali, lubrificando ainda mais o que já estava bom.

Não queria machucá-lo, afinal.

Liam, de pé enquanto recebia um boquete digno de fazer suas pernas tremerem, pareceu notar a preparação ao lado e afastou gentilmente seu pau da boca do loiro, que por um momento, divagou confuso. Em um instante tinha diversos estímulos vindos de diversos lugares, e no outro, está apenas deixado no sofá. Mas então, tudo mudou. Harry pegou sua cintura e o virou no sofá, bunda para cima e peitoral contra o estofado.

Impaciente, Niall se ergueu nos cotovelos a tempo de sua entrada ser quase penetrada pelo pau do cacheado. Quase. Apenas a pontinha, o que já fez com que um revertério começassem em seu estômago e um gemido crescesse em sua garganta. Subitamente nervoso, fechou os olhos quando Liam acariciou suas costas, gentil, e então, pôde sentir, centímetro após centímetro, o pau de Harry o adentrando.

Não soube ao certo quanto tempo demorou até que toda a extensão estivesse acomodada dentro de si, mas gemeu durante todo esse percurso, tomado pelos espasmos e sensações, tão alheio que sequer notou quando Liam os deixou.

Com a bochecha pressionada na madeira, Louis ofegava manhoso, a língua de Zayn fazendo um ótimo trabalho em sua entrada enquanto ousava rebolar o quadril contra sua boca, a coxa erguida na mesa facilitando o processo. E então, pegando-o de surpresa, uma mão delicada ergueu seu queixo até que estivesse com as palmas da mão pressionadas na superfície e o torso esticado.

As orbes castanhas eram intensas, mas não pôde apreciá-las por muito tempo já que Liam uniu seus lábios em um beijo urgente, delicioso e alto. Qualquer um na sala podia ouvir os estalos de suas línguas esfregando, sendo chupadas e também mordiscadas. Zayn aproveitou da distração para levantar do chão e alinhar seu pau na entrada de Louis, e sem avisos, o invadiu, por completo, de uma só vez.

Harry, segurando Niall pela cintura enquanto investia contra sua bunda, não pôde evitar em virar o rosto para a outra extremidade do cômodo, atento pelo grito de prazer ecoado na voz de Louis. Sorriu, em instinto, e voltando mais motivado ainda, deslizou os dedos pelo torso do loiro até chegar em seus ombros, e ali segurou com ambas as mãos enquanto mantinha quase toda sua extensão dentro, apenas pressionando a glande no que tinha certeza ser a próstata.

Conforme Louis se acostumava com Zayn, o ardor contrastando com o pau pulsante dentro de si, apenas deixou-se ser acariciado por Liam, que deslizava a língua ao redor de seu mamilo, mordiscando o piercing como se sua vida dependesse disso. Os braços que usava de apoio contra a mesa tremiam pela força que precisava fazer para se manter naquela posição, e incapaz de segurar por muito tempo, caiu contra a madeira mais uma vez, empinando a bunda de maneira que o moreno pudesse, enfim, se mover melhor.

Liam foi incentivado pela cena de Louis estirado na mesa enquanto Zayn o fodia lenta e tortuosamente, e cegamente caminhando em direção ao namorado, o pegou pelo maxilar enquanto unia seus lábios em um beijo digno. O moreno soltou uma das mãos do quadril de Louis para poder bombear o pau de seu parceiro, familiarizado, e gemeu contra seus lábios enquanto o menor tratava de rebolar.

O aperto ao redor de seu pau era tanto que não sabia como não havia gozado ainda, os ecos de suas coxas colidindo com a bunda de Louis tomando seus ouvidos e entorpecendo seus sentidos. E então, aproveitando a deixa, saiu de dentro do amigo apenas por um instante enquanto Liam tomava seu lugar e alinhava o pau na região.

A diferença entre a grossura e tamanho de seus paus era razoavelmente pequena, mas Louis ainda assim percebeu a troca, e gemendo contra a madeira, deixou sua entrada ser surrada pela velocidade com que Liam investia, em contraste com o moreno. Zayn, àquela altura, estava próximo do sofá, e observando Niall de quatro sendo fodido por Harry, se posicionou na frente do loiro, que sabia exatamente o que fazer.

Niall, de imediato, tomou seu pau dentro da boca, a língua esticada sendo o convite perfeito para um boquete que almejava fazer. Harry o fodia tão forte que o impulso de seu corpo para frente o fez abocanhar grande parte da extensão do moreno, que tinha os braços atrás da nuca enquanto movia o quadril contra a boca do amigo. Engasgos ecoavam, sintonizados com o barulho de seus corpos colidindo e também os tapas que provavelmente vinham de Liam e sua mão contra a bunda de Louis.

Era uma bagunça quase coordenada, e quando não estavam focados um no outro, estavam delirando pelos estímulos.

Mudava rápido, todos querendo aproveitar ao máximo o ímpeto de coragem que percorria suas veias, por isso, Niall afastou Harry de seu corpo para poder levantar, enfim. Zayn quem assumiu o lugar do cacheado no sofá, retirando sua calça jeans e cueca no processo, e sem perder mais um segundo sequer, o loiro sentou sobre seu colo, alinhando a entrada à sua extensão enquanto deslizava para baixo em gemidos compartilhados.

Harry, captando o exato momento em que Liam puxou os cabelos de Louis para trás, fazendo-o empinar ainda mais a bunda ao que estava apoiado contra a mesa, soube exatamente para onde iria.

Os olhos azuis piscavam turvos, atônitos por tanto prazer, mas conseguiram processar o movimento de Harry ao puxar Liam para seus lábios, ecoando estalos de um beijo erótico enquanto as mãos desciam pelo peitoral definido e então seguravam o pau que penetrava a entrada de Louis pela base.

Ciente de que detinha da atenção de ambos os jogadores, voltou a rebolar a bunda, expondo sua entrada para os olhos brilhantes enquanto sentia a boca do estômago pesar. Sua garganta estava dormente, não sabia se eram os gemidos ou os boquetes. Mas gostava da sensação.

Quando percebeu estar perigosamente próximo do orgasmo, deixou que Liam cessasse os movimentos.

Louis desceu da mesa, cambaleando até Zayn e Niall no sofá, e sorriu satisfeito ao ver o loiro cavalgando. Sem hesitar, sentou sobre o encosto de couro, na altura ideal para que Niall estivesse próximo de seu pau. Em instantes, estava recebendo um boquete, com vista privilegiada da mesa onde acabara de sair.

Coisas interessantes aconteciam por ali.

Harry tinha as coxas de Liam ao redor de sua cintura, e caminhando até pressioná-lo na parede onde o quadro que mais cedo carregavam para longe estava, enfiou a cabeça em sua nuca para distribuir o máximo de chupões que podia, distraindo-o do que acontecia em seu baixo ventre.

Sabia que Liam era levemente receoso em inverter as posições, e gradualmente alinhando seu pau em sua entrada, aguardou por um sinal verde antes de, enfim, começar a penetrá-lo. Zayn sentiu arrepios pelo corpo quando um grito estridente ecoou, proveniente da boca do namorado, e segurando Niall pelas coxas enquanto investia o quadril para cima, colidindo com sua bunda audivelmente, gemeu satisfeito.

Louis estava insano, tomado por sons, tatos e ecos que apenas contribuíam para sua ereção avantajada. Empurrando Niall para longe de seu pau, também o tirou de cima de Zayn, que resmungou brevemente em discordância. Egoísta, pensou, mas não gastou muito mais tempo com isso ao que jogava o loiro no sofá, dessa vez, de joelhos e com o peitoral pressionado contra o encosto. Daquela posição, bombeou seu pau rígido e vazando algumas vezes antes de penetrá-lo.

Niall gemia estridente, àquela altura incapaz de formular uma frase coesa por tanto prazer sendo depositado em seu corpo.

Zayn tratou de ir em direção à Harry e Liam, e tinha planos em mente. Queria agir, queria sentir, queria mais. Hipnotizado pela imagem de seu namorado sendo fodido, entretanto, tocou o ombro de Harry, como um convite, e isso bastou para que as investidas parassem e Liam fosse colocado no chão de novo.

Em um piscar de olhos, Harry havia o agarrado pela cintura, caminhando com seu corpo entre os braços até estar na mesa. Da mesma forma que fodeu Louis, lá estava Zayn, as bochechas pressionadas na madeira e a bunda exposta para o pau grosso de Harry, que entrava e saía como se seu único objetivo fosse quebrá-lo no meio. Mas aquilo ainda não estava finalizado.

Liam aproveitou a oportunidade para empurrar o torso de Harry sobre o do namorado, ambos sobre a mesa, e com a coxa erguida sobre a superfície ao lado do quadril do moreno para continuar tomando seu interior, o cacheado sentiu cada centímetro do amigo jogador penetrar sua entrada ao que utilizava da posição para tal.

Gritou no mesmo momento em que Louis, desviando assim sua atenção para o sofá apenas para perceber que o menor não estava mais lá, em contrapartida, sentado sobre o corpo de Niall na mesa de centro, rebolava em uma velocidade capaz de fazer o loiro perder a sanidade. Não ficava para trás, entretanto, nas investidas, arrancando altos gemidos do menor, que suava parte da tinta neon para fora da pele.

Zayn tremeu sob o corpo de Harry, um sinal de que estava próximo, e aumentando os movimentos - consequentemente intensificando as investidas de Liam em sua própria entrada, o cacheado se viu em um emaranhado de coxas e ofegos. Nenhum dos três parecia reagir coerentemente, e sentindo a pressão em suas costas desaparecer, teve o corpo carregado por Liam enquanto ambos deixavam o moreno respirar sobre a mesa.

Não por muito tempo.

Enquanto houvesse sangue sendo bombeado para seus paus e ar saindo de seus pulmões, continuariam, e Harry teve a prova disso quando Zayn levantou e puxou o namorado pelos braços musculosos, urgentemente buscando por mais contato e satisfação. Se vendo alheio naquele momento, foi para o outro canto do escritório, os olhos azuis de Niall o alcançando como alvos.

Suas intenções estavam claras como o céu.

Louis ergueu de seu colo, ajudando o loiro a levantar apenas para observá-lo empurrar Harry pelo peitoral até que estivesse deitado no sofá, exposto. Niall, determinado, ergueu as coxas do cacheado e, de uma só vez, tomou sua entrada em investidas urgentes. A cabeça de Harry foi jogada para trás, atingindo o encosto de couro, e gemendo sem parar enquanto tinha a próstata surrada, deixou que seu corpo respondesse de acordo.

Chamando a atenção de quase todos no recinto, Liam gritou, a tempo de Louis captar a investida certeira de Zayn no namorado, impiedoso e fervoroso, como se soubesse exatamente como e onde acertar. Deitado sobre a mesa, o jogador tinha as coxas rodeando a cintura do moreno, e Louis ousou tentar o que viu anteriormente acontecer por ali.

Andou cambaleante até se posicionar atrás de Zayn, e riu de sua expressão animada. Parece que todos tiveram a mesma ideia. Em um movimento estratégico após ver o moreno deitar sobre o corpo do namorado, os lábios unindo em um beijo romântico, Louis tratou de alinhar seu pau na entrada do amigo, e então, estragou o que deveria ser um momento a dois.

Três era bem melhor, sim?

Gemidos altos ecoavam de ambos os lados da sala, principalmente vindo de Harry, que tinha a próstata massageada por um Niall fervoroso, e Liam, que tinha o pescoço marcado pelo namorado, que também recebia investidas fortes em sua entrada.

Estavam exaustos, combatendo o orgasmo com puxões e respirações controladas, temendo que quando os efeitos das doses de adrenalina e serotonina passassem, tudo culminaria em vergonha e desconforto. Por isso, almejando o máximo de satisfação possível, se viram trocando de posições mais uma vez, e mais outra, e outra, até que todos tivessem provado um ao outro.

Nada mais justo, certo?

E Louis nunca iria se cansar de estar entre os corpos suados e fortes de Liam e Harry, os olhares famintos dos jogadores sobre si. Mas seu alvo naquele momento era, em específico, um par de olhos castanhos e, puxando-o para tomar seus lábios em um beijo ofegante, mal pôde reclamar quando Harry colou em suas costas e ousou penetrá-lo.

A sensação de familiaridade tomava seu ser quase que instantaneamente, como se fosse impossível desassociar aquele carinho daquela pessoa em especial. Era até de estranhar quando parava para perceber que após horas de sexo selvagem e desinibido, aquela era a primeira vez da noite, e em semanas, realmente, que Harry estava dentro de si.

Gostou tanto de como se sentiu que pensou ser egoísmo manter apenas para si, então, parando de beijar Liam para virá-lo de costas para si, também o penetrou, se encontrando em um sanduíche de jogadores musculosos e gostosos. Harry gemia com a cabeça enfiada em seu ombro, ora ou outra mordendo a pele sensível enquanto apertava com força a carne de sua bunda, a abrindo para que seu pau entrasse mais fácil e saísse mais rápido.

Do outro lado do escritório, Zayn estava contra a estante de livros, as mãos firmes nas prateleiras enquanto Niall segurava uma de suas pernas para cima e investia contra sua bunda, estalos ecoando junto com seus gemidos. Liam pareceu gostar da cena, e se desvinculando de Louis, deixou-o com Harry para acompanhar os outros amigos.

Niall mal se surpreendeu ao tê-lo em suas costas, massageando sua entrada e a preparando para os movimentos rápidos e firmes que pretendia direcionar ali. Louis, então, afastou o corpo de Harry para poder girar nos calcanhares e fitar as íris verdes, sozinhos enfim. Com braços ao redor de sua nuca e lábios colidindo em um beijo ofegante e apaixonado, deixou-o se enganar sobre o desfecho daquele contato.

Caminhou empurrando seu corpo até que suas costas fortes batessem na parede, e com uma piscadinha sorrateira quando separou seus lábios, o virou de uma só vez, bochechas pressionadas e bunda empinada. Já que, depois de semanas sem transar, haviam o feito há alguns minutos atrás, nada mais justo do que inverterem as posições agora também.

Certo?

Isso pareceu valer para o outro lado do escritório também, e em contraste do que antes viram, agora Liam estava inclinado sobre a parte de trás do sofá, Niall segurando-o pela cintura enquanto desferia tapas seguido de tapas em sua bunda aberta para receber seu pau. Zayn estava ao lado, compartilhando um beijo quente com o loiro enquanto seu namorado bombeava sua extensão.

Àquela altura, o cansaço havia os pegado e não havia muito restante a se fazer para atrasar o orgasmo que estava insanamente torturando-os para vir. Ciente de que estavam próximos do final, Harry girou nos calcanhares, tomando Louis em seu colo, as coxas fartas circulando sua cintura, para assim caminhar até o sofá de couro, livre já que os outros três rapazes estavam usando a parte de trás do mesmo. Deitou-o ali, penetrando de uma só vem antes de tomar seu pau grande nas mãos em uma masturbação lenta.

Liam, ali inclinado conforme tinha o pau de Zayn entre os dedos ágeis, gritou ao que Niall também direcionou uma das mãos para bombear seu pau vazando, e enquanto continuava recebendo movimentos firmes em sua bunda, beijando o moreno, teve a certeza de que não aguentaria muito. Harry, atento aos gritos urgentes de Louis, já que esfregava o polegar em sua fenda úmida, virou o rosto apenas um pouco para encontrar os lábios de Liam, e foi o beijando que sentiu o orgasmo chegando, enchendo o interior do menor enquanto o mesmo vinha em seus dedos.

Gemendo contra os lábios de Niall, Zayn quase caiu pelos espasmos, e desmanchou na mão de Liam, que cessara o beijo com Harry para choramingar pelo ápice que havia o deixado mais apertado do que nunca, o que restava para fazer Niall explodir em seu interior.

Enfim, estavam satisfeitos.

Alguém sobreviveu? Estão satisfeitos também? A mão de alguém caiu?

Eu não tenho palavras para explicar como me senti depois de escrever então nem posso imaginar como estão, mas... espero que tenha sido pelo menos decente!

E eu ainda coloquei um boquete Larry pra matar a saudade, vai. Eu sou boazinha!

A cena mais importante desse cap não é, contudo, a suruba! A cena mais marcante é a do banheiro, onde o Lou fala com Harry sobre terminarem o que antes não puderam. E é verdade, se pularem do cap da briga direto para esse, ignorando todos os outros no meio, é como se a história fosse apenas um romance límpido e suave.

Como se tivessem tido a chance de se amarem sem os demônios do passado os atormentarem.

Mas o importante é que, mesmo após tudo que aconteceu no meio, ainda estão aqui, no cap 90, juntos!

Aos poucos, os ciclos estão se fechando e as pontas soltas estão sendo amarradas. Deixo aqui ainda alguns spoilers sobre o que está por vir, só para terem o que pensar enquanto eu me recupero da cirurgia:

Lembram do aparecimento da Gemma em uma das festas de comemoração dos jogos, em uma uni diferente da UAL? Ela e Louis se conheceram, recordam?

E a Fizzy? Louis ligou para ela mas não avançaram muito no assunto, né? O que será que vem por ai?

E a festa de ex-jogadores com a presença de Ryan?

O que será que Louis está tramando com o reitor, Tiana e Travis? Além das garotas? E será que o plano dos outros quatro rapazes vai acabar interferindo?

Será que estão guardando o mesmo segredo?

Bem, isso só saberemos nos próximos caps hehe

Espero que tenham gostado e espero estar de volta o mais rápido possível.

Obrigada por me acompanharem nessa jornada por 90 caps já!

90!!!!!!!!!!!!

Eu queria terminar a fic antes do natal, mas são apenas 5 semanas e 10 caps, e não sei se consigo fazer duas atts por semana então... talvez OUAP continue em 2021.

E espero que continuem aqui comigo!

Amo ocês

tt as always no ohnanathalie

insta as always no nathaliemach_

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