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LOUEH

ei, sorry pela demora, só tenho uma coisa pra dizer que vai explicar o porquê do sumiço: estagiário é escravo (me socorre)

mas esse cap ta tipo gigante e tem outra att hj, será? rs

cap ta...

boa leitura e...

bom, vão descobrir hihi

Foi em um dia chuvoso, cinza e monótono.

O céu de Londres estava imitando os pensamentos de Harry, tão cinza que chegava a ser poético, uma dor poeticamente agonizante. Como se o céu só estivesse cinza porque todo seu azul estava nos olhos de Louis – ainda desaparecido.

Desaparecido do coração de Harry, pelo menos.

Quase três meses após vê-lo pela última vez, Harry andava pela universidade de forma vazia. Mas já não era um vazio tão vazio assim. Eventualmente ele voltara a rir verdadeiramente, mesmo que no fundo de seu inconsciente ele ainda desejasse que Louis estivesse ali (não necessariamente ali consigo, mas apenas em seu campo de visão, assim teria certeza absoluta que ele estava bem), estava saindo com os rapazes de forma mais animada, estava até mesmo jogando com mais ânimo, focalizando toda a sua saudade e preocupação durante o dia em seus treinos, jogos e exercícios físicos (Liam disse que se começasse a malhar, talvez isso ajudasse a aliviar o estresse e a angústia, e de fato ajudava), porém, durante a noite, lágrimas silenciosas desciam por suas bochechas ao que pressionava enviar e junto com a foto e a frase, os últimos resquícios de esperança eram esvaídos, dia após dia.

Harry voltara lentamente a viver sua vida – mesmo que todo o sentido dela estivesse com Louis, aonde ele estiver. Ele escondia sua esperança unilateral de que Louis volte algum dia, magicamente, e peça desculpas e o beije e o abrace e o faça esquecer de tudo, pois sabia que isso machucava seus amigos. Eles não tinham a conexão que Harry tinha com Louis, então, o mínimo que o cacheado podia fazer era canalizar toda sua saudade e esperança em seus pensamentos, mascarando sua dor para aliviar a dos outros que não escolheram sofrê-la.

Mas Louis valia a pena. Valia a pena cada gota de dor que sentia – Harry tinha esperanças, Louis merecia esperança.

E com o passar dos meses, as coisas foram se ajeitando sem ele. Liam e Zayn estavam namorando, eles se tornaram o casal mais grudento e carinhoso que Harry jamais havia visto na vida. Niall e a garota loira (do dia da briga generalizada – somente a lembrança daquele dia causava calafrios em Harry) estavam ficando relativamente sério, embora um ménage ou outro aconteça de vez em quando, tanto com rapazes quanto com garotas. Niall era versátil. E o fato de que tudo isso acontecia no quarto que antes acolhia Louis enjoava Harry em níveis extraordinários.

E Harry.

Ele ficou com um cara uma vez. Ele estava muito bêbado – muito – e a mistura de nicotina, maconha e essência que utilizara horas antes não ajudou muito. Ele chorou a noite inteira, mandando uma foto relativamente sem sentido para Louis com uma frase relativamente melancólica.

Claro que nenhuma resposta veio – como sempre.

Mas teve uma vez.

Uma única vez. Em uma sexta-feira tão chuvosa quanto o dia de hoje, na qual Harry ligara para Louis, como o usual, e ele atendeu.

Louis o atendeu.

Era madrugada e talvez ele estivesse dormindo e de forma sonolenta, não viu quem era no visor e apenas atendeu, mas o que realmente importa é que Louis permaneceu na linha após Harry sussurrar seu nome, como um grito silencioso e desesperado no meio do escuro, e Louis permaneceu. Harry podia ouvir sua respiração acelerada e falha pela linha, ouviu até mesmo um fungar de nariz e um soluço engasgado.

once upon a plug {l.s}Where stories live. Discover now