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demorei mas vortei, queria ter att no dia do birthday do haz mas não deu aaaa e eu fui pros bloquinho esse final de semana e morri mas ainda deu tempo de finalizar esse cap (gigante, se me permitem dizer, vulgo 7mil palavras) e em breve mais okay?

também queria agradecer a paciência e compreensão que tiveram comigo no último cap, amo ocês demais

boa leituraaa

ah

cap tá...

hihi, saudades


- Ei.

Louis ergueu os olhos do caderno pequeno em que estava escrevendo e fitou a pessoa a sua frente, o rosto empalidecendo e o coração disparando antes mesmo de seu cérebro processar a presença repentina. Harry sorria abertamente e carregava uma pasta grossa, a câmera pendurada no pescoço e protegida por camadas de casacos, amontoados em seu tronco esguio e forte. Louis sentiu-se tonto ao ver os cabelos longos presos em um coque masculino tão bem executado que parecia um modelo da Vogue, o frio amenizado pelas paredes da cafeteria fazia seus lábios ficarem ainda mais rosados.

Sem esperar uma resposta, Harry sustentou o contato visual e se sentou na banqueta ao lado de Louis, que tinha os pés suspensos no ar de forma fofa, parecendo ainda menor do que o normal. Automaticamente, o de olhos azuis arrastou sua banqueta para o lado, a vidraça à sua frente que dava visão a rua ficando embaçada pelo calor que emanava das xícaras de café e chá na bancada em que estavam.

- C-como me achou aqui? – a felicidade que inundou Harry ao ouvir a vozinha melodiosa e hesitante de Louis foi tanta que mal pode ser disfarçada, mesmo que o outro soasse amedrontado com sua presença e tivesse os pelos do braço arrepiados e as bochechas pálidas e os olhos azuis arregalados.

Aquele azul vazio, sem sentido, morto, sem esperanças, desesperadamente doloroso.

- Eu sempre te vejo nessa área, sabe, a floricultura, o mercado... e realmente queria uma bebida então... – Harry observou Louis fechar disfarçadamente o caderno em sua frente e se remexer desconfortável na mesa, o corpo inclinando para longe do seu em medo. Ele queria perguntar sobre o caderno mas, se tratando de um Louis amedrontado, não achou a melhor das ideias.

- Tem cafés na uni. – foi um sussurro e se Harry não estivesse muito concentrado em tudo relacionado ao pequeno ser ao seu lado provavelmente não teria ouvido mas suspirou ao notar o receio no tom de Louis. Pelo menos ele estava falando come ele, era um avanço.

- Eu queria te entregar uma coisa.

Louis não se mexeu e sem desanimar, Harry puxou o livro pesado de sua bolsa e o deslizou pela superfície da bancada. Louis só encarou o objeto quando Harry recuou sua mão e gastando bons segundos analisando a capa do livro de atuação de Laurence Wayne Irkin, finalmente o agarrou com os dedinhos escapando do moletom e o trouxe para o peito.

Lembranças do dia em que se viram pela primeira vez após meses passaram pela mente de Louis, como ele ficou aterrorizado em ver Harry, sem reação, envergonhado, desesperado, triste, feliz, aliviado, confuso, arrependido, de como correu para fora da biblioteca debaixo de chuva e sentiu como se nada na sua vida fizesse mais sentido ou subitamente tudo não passasse de um jogo e ele havia chego ao fim do último nível e aquele era seu prêmio, não Harry em si, mas sua presença, a bagagem que trazia consigo de tudo que ele havia feito durante os níveis e todos os erros que havia cometido e todos os desafios que havia encarado, tudo caiu nos ombros de Louis e subitamente era demais, um peso que ele não aguentava e não queria aguentar.

once upon a plug {l.s}Where stories live. Discover now