TEXT ME • jungkook

By taechanie_

2.3M 197K 219K

[CONCLUÍDA + bônus] Jungkook e seus amigos sempre tiveram o costume de fazerem desafios vergonhos em locais... More

01. Jungkook
02. Messages |JK|
03. Jungkook
04. Messages |DH|
05. Dahyun
06. Jungkook
07. Messages |JK|
08. Messages |DH|
09. Dahyun
10. Messages |JK|
11. Jungkook
12. Dahyun
13. Messages |DH|
14. Messages |JK|
15. Dahyun
16. Jungkook
17. Messages |DH|
18. Jungkook
19. Messages |DH|
20. Jungkook
21. Messages |JK|
22. Messages |JK|
23. Messages |DH|
24. Dahyun
25. Jungkook
26. Messages |DH|
27. Dahyun
28. Messages |JK|
29. Messages |DH|
30. Jungkook
31. Dahyun
➸ perguntas do Q&A!
32. Messages |JK|
33. Dahyun
34. Messages |DH|
35. Jungkook
➸ Q&A • part 1
36. Messages |JK|
➸ Q&A • part 2
37. Dahyun
38. Messages |DH|
39. Messages |JK|
40. Dahyun
41. Jungkook
42. Messages |DH|
43. Messages |JK|
44. Messages |JK|
45. Dahyun
46. Messages |DH|
47. Jungkook
48. Messages |JK|
49. Messages |DH|
50. Dahyun
51. Jungkook
52. Messages |DH|
53. Messages |JK|
54. Dahyun
55. Messages |DH|
56. Messages |JK|
57. Dahyun
58. Messages |JK|
59. Messages |JK|
60. Dahyun
61. Jungkook
62. Messages |DH|
63. Dahyun
64. Messages |DH|
65. Jungkook
66. Messages |JK|
67. Messages |DH|
68. Dahyun
➸ especial • 200K ✨
69. Messages |JK|
70. Messages |DH|
71. Messages |JK|
72. Dahyun
73. Jungkook
74. Messages |DH|
75. Messages |DH|
76. Jungkook
77. Dahyun
78. Messages |JK|
79. Messages |DH|
80. Jungkook
81. Dahyun
82. Messages |DH|
83. Messages |JK|
84. Dahyun
85. Messages |JK|
86. Jungkook
87. Jungkook
88. Dahyun [fim]
➸ agradecimentos + cloro e vidro de sobremesa 😭
+ BÔNUS ² +
+ BÔNUS ³ +
➸ de frente com lore! 🧃
+ BÔNUS ⁴ +
➸ SEGUNDA TEMPORADA!

+ BÔNUS ¹ +

19.5K 1K 3.2K
By taechanie_

• obs.: esse capítulo se passa no aniversário do jungkook (é um flashback), ou seja, não tinha rolado a primeira vez dos dahkook ainda. esqueci de avisar antes e muita gente se confundiu, então não estranhem quando eles conversarem sobre a dah não estar pronta e afins.

♡︎

DAHYUN,
01 de setembro,
Octagon Club.

Jungkook sempre comentou sobre seu aniversário ser "a data mais importante do ano". Chega a ser engraçado o tamanho do ego desse menino...

Nas últimas exatas duas semanas, alguns dias depois de começarmos a namorar, foi apenas disso que ele falou; a festa que convenceria seu pai a bancar e a Lista de Vingança que colocaria todos que não levassem presente. Não sei como, mas conseguiu amolecer o coração de gelo do sogrão Jeon.

Além de exigente, mimado. Enfim, meu namorado.

O "Bailão de 18" foi planejado por Jungkook, Taehyung, Hoseok e Yoongi. Dá para imaginar o caos desses quatro juntos, não é? Pensei que fariam algo na casa do Yoon e errei feio: eles alugaram um andar inteiro VIP num clube. Não qualquer clube, e sim, Octagon Club — um dos mais famosos e caros em Seul. Meus rins doem só de tentar chutar o preço dessa brincadeira.

Pelo menos, com essa informação, confirmei minhas suspeitas... Se nós nos casarmos e Jungkook bater as botas primeiro, vou herdar metade da fortuna! Puro lucro.

— Não vai beber mais nada, amor? — o ricaço senta ao meu lado no sofá, bebericando um drink.

Cá estamos, aproveitando o resto de longas três horas de festa, com direito à música de camarote, comida grátis e open bar.

O que você disse? Que eu já critiquei os meninos por fazerem besteira? Nunquinha! Eles têm meu respeito e admiração.

Somos os únicos no segundo andar — com exceção das garçonetes. Yerim, Taehyung e Jin estão debruçados na barra, curtindo a banda tocando e Yoongi e Jimin enchem a cara num canto, rindo feito dois palhaços.

— Por enquanto, vou ficar no refrigerante — balanço o copo. — Não quero passar dos limites e ouvir reclamações do Nam.

Ele bufa e arruma o chapéu de aniversário cafona na cabeça.

Namjoon está de olho em mim depois da festa que saí andando bêbada pela rua sozinha. Aquela linda madrugada em que Jungkook e eu brigamos feio e quase beijei Jimin. Com certeza, entrou na lista de piores noites da minha vida. Me dá calafrios lembrar de toda a confusão e do tapa que dei nele de graça.

Parando para pensar, foi meio engraçado...

— Mas hoje é um dia especial! Seu irmão está doidão, nem irá perceber — aponta para o mesmo, que pula fora do ritmo da música com Hoseok. — Vou pegar uma bebida para você, já volto.

Avisa e retira-se para o balcão do bar. Fico observando de longe a atendente se inclinar para escutar seu pedido, pois a música alta tocando atrapalha a comunicação. Jungkook vai na onda, praticamente encostando a boca no ouvido da garota — que ri fraco de alguma besteira que ele fala.

Essa coisa de "ciúmes", não é normal. Odeio me sentir assim e odeio mil vezes mais, partir para ação. Estou pegando as manias dele...

Largo a bolsa no mini sofá e me aproximo do menino. A mulher está de costas, preparando a bebida. Ele se surpreende quando passo meu braço ao redor de seu corpo e o abraço por trás. Com a ajuda do salto alto, consigo apoiar a cabeça em seu ombro.

— Que susto, Dah! — beijo sua bochecha, deixando uma marca de batom.

— Se assustou, por quê? Estava fazendo algo errado? — ele vira para frente, rindo.

— Achei que o cargo de "ciumento paranóico" da relação, era meu — solta uma risada e eu o acompanho. Jungkook é, de fato, muito inseguro. — Tontinha, não vou largar do seu pé, prepare-se para aguentar! Prometo de beijinho.

Dou-lhe um selinho rápido no biquinho fofo que fez para validar nossa promessa.

— O seu pedido está pronto, Senhor Jeon... — a barista declara, se curvando em seguida. Isso é novidade, gostei.

Meu namorado pega o copo da bandeja e me entrega. O líquido é rosado e há uma fatia de morango enfeitando a borda. Semicerro os olhos, sentindo o cheiro  meio forte da bebida.

— Tentando me embebedar... Quais são exatamente as suas intenções, Senhor Jeon?

Jungkook acaba com o pequeno espaço que existia entre nós. Sua mão sobe pela lateral do meu vestido tubinho, apertando minha cintura. O nariz roça no meu pescoço, até alcançar a orelha. Sussurra rouco:

Não me chame de Senhor Jeon  ou não vou conseguir me controlar, amor...

Ele suspira e um frio percorre minha barriga.

A luz baixa do clube, num tom escuro de vermelho, fica em contraste com a feição maliciosa e o sorrisinho de canto que escondem muitos desejos. Acabo não evitando sorrir em resposta para sua possível proposta.

— É difícil não poder te tocar, então não provoque ou vai se arrepender — diz, sério. Me assusto com a dualidade.

São raras as vezes que  realmente consigo provocá-lo. Ou, melhor, são raras as vezes que ele deixa transparecer estar funcionando. Não posso perder essas chances.

— Jungkook, vem cá! — Taehyung nos interrompe, indicando animado uma fileira de copos que, por sinal, são enormes. Devem ter dois litros de bebida ali. — O primeiro a terminar se salva, o resto leva tapão na cara do Yoongi, topa?

Os olhinhos praticamente brilham pela aposta e ele me olha manhoso, pedindo permissão para participar. Assinto, sem dar importância, e o garoto saltita feliz em direção ao amigo.

Sento em um dos banquinhos do bar e experimento o drink; tem mais gosto de suco de limão com morango do que álcool. Jin e Yerim se juntam a mim para assistir o bando de bobões que gostam de apanhar.

— Aposto que o Jimin ganha — Jin fala confiante e eu concordo.

Desculpa Jeon, mas ele consegue beber uma garrafinha de água inteira em menos de dez segundos.

Os meninos ficam à postos, aguardando Yoongi dar a ordem. Ele faz uma rápida contagem regressiva e, quando solta um "Agora!", os cinco viram as bebidas goela abaixo. Como previmos, Jimin é o primeiro a completar o desafio, seguido por Jungkook, Taehyung, Namjoon e Hoseok.

Quase morremos de rir vendo os perdedores levando lindos tapas no meio da fuça, com exceção de J Hope — Yoon recusa machucá-lo.

— Injustiça! — Tae expressa sua indignação. — Perdeu tem que apanhar, é assim que a banda toca! Deixa que eu bat...

— Se não quiser tomar um soco, melhor não encostar no meu namorado, Kim! — o branquelo empurra seu ombro.

O que era para ser uma brincadeira, se torna uma baderna sem fim. Enquanto de um lado Taehyung e Yoongi se estapeiam, do outro, meu irmão, Jungoo e J Hope tentam separar a brigar. E num canto, perdido e flertando com a parede, temos Park Jimin.

Jin pega o celular do bolso e grava a guerra. Nossas risadas soando no fundo deixam o vídeo ainda melhor.

Eles são malucos...

ᴛ ᴇ x ᴛ  ᴍ ᴇ

Não sei o que há de errado comigo hoje, o clima de festa não veio para mim em nenhum momento. Fiquei a maior parte do tempo observando o pessoal dançando e se divertindo e não tive vontade de participar.

Apesar de adorar uma festa, sempre vou optar por passar a noite comendo pipoca e sorvete e sofrendo por casais de séries. Isso sim, é maravilhoso.

A hora do parabéns também não escapou das piadinhas dos meninos. Jungkook levou bolo na cara e eles ficaram enfiando o dedo na cobertura de chocolate para experimentar, igual um bando de crianças. Porém, valeu a pena ver o sorriso gigante que o moreno abriu após assoprar as velinhas na forma do número 18.

Recebi o primeiro pedaço e Jungkook debochou da minha "falta de consideração por ele", no dia do meu aniversário — que ignorei seu pedido de ser o primeiro e peguei para mim.

Evitei uma Terceira Guerra Mundial, ele deveria agradecer.

Agora alcançamos aquela fase da festa em que somente uma pessoa ainda está sóbria e tenta ajudar as outras. Essa pessoa, vulgo Kim Dahyun.

— Não liga para o que ela diz, Nini! Você é real, sim! — o menino beija a parede e eu reviro os olhos. — Jiminie te acha linda por dentro e por fora.

— Desisto — levanto e abandono o loiro com a tal da namorada imaginária.

Música alta, luzes piscando, risadas escandalosas. São quase duas da manhã, quando vai acabar? Eu quero dormir...

Yoongi já capotou, Taehyung e Yerim devem estar se comendo em algum banheiro e Jungkook, Namjoon, Hoseok e Jin estão conversando no sofá. Me aproximo dos quatro e sento no colo do meu namorado.

— Jungoo, vamos embora? — os interrompo. — Estou cansada para caralho.

— Claro — o cheiro de álcool saindo de sua boca me causa enjoo. — Você pode dormir lá em casa, amor — o encaro desconfiada. — Meu pai vai passar a noite na empresa e a Haneul está com a minha vizinha. Se quiser...

Nós estaremos sozinhos a noite toda. Mordo o lábio, pensando se é uma boa ideia.

Ao mesmo tempo que quero, também não gostaria de alimentar falsas esperanças. Sempre sinto que ele está impaciente ou desistindo de esperar e isso me deixa paranoica. Melhor ir para a minha casa?

Se bem que da última vez que cochilamos juntos, eu caí no sono com seu carinho no meu cabelo e foi tão bom... Dormir na mesma cama, não significa necessariamente que temos que fazer algo, certo? Eu espero que ele pense assim ou o clima vai ficar estranho.

Deus, que indecisão...

— Hyunie! — meu irmão estala os dedos, chamando minha atenção. — Pode ir, eu aviso a mamãe. O Jungkook já havia falado comigo antes.

Ninguém vai se importar com o fato de termos bebido, e dirigir não é uma opção recomendável? Joon deve estar quase desmaiando para ter aceitado.

Esses dois amiguinhos novamente, é um perigo.

O moreno junta as mãos, num pedido silencioso para que eu aceite. Desvio o olhar para Hoseok e Jin que estão fazendo sinais inapropriados com os dedos. Palhaços.

Sou uma menina doce e recatada do lar, mas apoio aquela história de "só se vive uma vez". Rezemos para que ele não bata o carro num poste.

— Está bem, pode ser.

ᴛ ᴇ x ᴛ ᴍ ᴇ

Puta que pariu, Dahyun... — Jungkook se joga na cama e resmunga com a cara enfiada no meio das cobertas. — Você me cansou, estou sem ar...

Ok, não interprete a situação fora do contexto.

Obriguei-o a me carregar nas costas depois que saímos do carro e o lindinho obedeceu sem refutar. Fiquei com uma dózinha por uns segundos ao ver que ele teria que levar minha bolsa e as sacolas de presentes também. A escada foi a pior parte.

— Para de ser dramático — dou um tapinha em sua perna e ele senta, emburrado.

Meus pés agradecem quando, finalmente, tiro os saltos e deixo na borda da cama. Prefiro meu bom e velho amigo, tênis.

Jungkook levanta tonto e anda em direção ao closet. Ele retorna com uma camiseta e me guia até a porta do banheiro. O chapéu feio de aniversário ainda está em sua cabeça e a boca está borrada de batom.

— Toma um banho para relaxar, tem toalha ali — aponta para a pia. — E, por mais que esteja linda nesse vestido, é desconfortável — me entrega sua roupa. — Não tenho uma parte de baixo que caiba em você, juro vou evitar olhar. Homem de respeito, lembra?

Se lembro das diversas vezes que disse isso e agiu pior e mais abusado que o normal? Lembro, sim. É cada furada que eu me meto...

— Obrigada, Jungoo — ele assente e fecha a porta.

Me livro do aperto do vestido com muito prazer. Yerim foi quem recomendou que eu o colocasse, dizendo que combinaria com o clima de festa e "ressaltaria minhas curvas". De fato, deu certo, mas não lembrava de ele ter diminuído de tamanho. Ou, provavelmente, ganhei uns quilinhos.

Giro a válvula do chuveiro e deixo esquentar, largando as roupas pelo chão. Prendo o cabelo num coque e tiro o colar para não molhar. Noto no espelho que há somente um brinco na minha orelha.

O da esquerda, caiu. Que ótimo, Dahyun.

O vapor subindo sinaliza que a temperatura já está boa. Entro no box e permito que a água quente corra pelo meu corpo. Sinto como se um peso fosse tirado dos meus ombros — a festa foi cansativa. Embora eu quisesse demorar bastante, seria falta de educação. Me ensaboo e enxaguo rápido, desligando o chuveiro em 15 minutos.

Uso a toalha que Jungkook indicou para me secar e, felizmente, trouxe minha bolsa comigo. Quando passo tempo demais fora de casa, guardo uma calcinha reserva por precaução. Acidentes e imprevistos acontecem, é bom prevenir.

Visto a peça e depois a camisa larga cinza. Mesmo o espelho estando embaçado pelo vapor, consigo ver como fiquei. Ela vai até o meio das minhas coxas e as mangas estão no cotovelo.  Não é curto, nem longo...

Guardo meu vestido e os acessórios e saio do cômodo. O ar fresco vem direto em meu rosto. Jungkook está jogado na cama, digitando no celular. Assim que me vê pendurando a bolsa no cabideiro, seu queixo cai. O garoto não diz nada e não desprende os olhos de mim.

Congelo no lugar sem saber como agir.

Merda! — repreende a si próprio. — E-Eu vou... tomar banho. Já volto.

Fecha a porta, apressado. Respiro fundo, tentando manter a calma.

Não tem motivo para você estar nervosa, Kim Dahyun. Quantas vezes Jimin, Jin e Hoseok dormiram na sua casa? É apenas o Jungkook, seu namorado de cabelos longos, uma boquinha desejável, corpo esculpido pelos deuses e um charme único que faz qualquer um se apaixonar.

O barulho de água e música vindo do banheiro, torna-se presente no quarto. Meu celular apita, notificando uma mensagem, e eu o procuro na zona que está a escrivaninha. Esse quarto precisa de uma faxina.

Encontro-o ao lado do quadro que dei de presente para Jungkook um dia antes da festa. Ele amou a caricatura. E pensar que quase queimei o rascunho de tanta raiva naquela noite...

Pego o celular e vou para a cama ler as mensagens. Yerim conta que tirar o Jimin do clube foi muito difícil. O loiro vomitou no carro dos pais do Tae e apagou. Tiveram que levá-lo para a casa do Hoseok.

Eu tenho que arranjar urgentemente alguém para ele se ocupar e parar de afogar as mágoas com bebida... Trocou os papéis com Jungkook.

Mudamos de assunto e continuamos conversando, nem percebo os minutos correndo. A porta do banheiro é aberta. Jungkook sai cantando uma música baixo. A mão direita terminando de descer a camisa pelo tronco malhado, e a outra esfregando os cabelos molhados com a toalha. Perco o controle das minhas emoções ao receber um sorriso de canto junto de uma piscadinha.

Maldito garoto gostoso.

— Gatinha, senta aqui — ocupa o espaço ao meu lado e dá um tapinha em sua perna. Arregalo os olhos. — É para secar meu cabelo, tonta! Que mente impura, com quem aprendeu? Não ensinei isso para o meu bebezinho.

Com você, é óbvio.

— Cala a boca, chatonildo.

Arranco a toalha de sua mão e me acomodo em seu colo. Jungkook ajeita a postura e engole em seco pela minha rapidez. Começo a enxugar as mexas e ele suspira relaxado.

— Estou feliz de estar comigo, amor — diz, de repente. — Não gostaria de ficar sozinho no meu aniversário... Lembro da minha mãe.

— Por quê?

Ele me encara fixamente, decidindo se deve continuar.

— Ela morreu no acidente uma semana antes de eu completar dez anos. Nessa época, meu pai estava arrasado, nem saía do quarto... O Tae foi o único que lembrou durante três anos, até eu virar amigo do seu irmão e do Yoongi.

Desde que nos conhecemos, notei o quão grudados esses dois são. Independente de serem bobões que tiram sarro de qualquer coisa e transformam tudo em apostas, sempre estão ali apoiando e ajudando um ao outro. Admiro a amizade deles.

— Nunca mais precisará se sentir sozinho de novo, porque não vou te deixar. Você é chatinho, mas eu te amo demais, bebê.

O garoto sorri tímido e abaixa a cabeça para esconder as bochechas levemente rosadas. Mantenho-o nesta posição para secar a parte de trás de seu cabelo. Ele reclama de eu estar sendo indelicada.

— Está doendo! — joga a toalha longe e eu bufo irritada. Que criancice. — Ei, sabe o que pensei? A minha mãe com certeza iria te amar! — comenta, animado. — E me daria uma bela bronca, falando para cuidar bem de você.

Sorrio ao idealizar a cena. Seria incrível.

— Eu também amaria conhecê-la.

Jungkook me puxa para um abraço. Os braços fortes rodeiam minha cintura e ele sussurra um "obrigado". Apoia a cabeça no meu ombro; os fios úmidos encostando fazem cócegas. Fecho os olhos, desfrutando de seu perfume doce.

Permanecemos assim por longos minutos e este simples ato esquentou meu coração.

E então, ele nos afasta minimamente, e segura meu queixo com firmeza, intercalando a atenção entre minha boca e olhos. Me inclino e junto nossos lábios suavemente, mas não o satisfaz. Jungkook aprofunda o beijo, sua língua adentra com desespero, enroscando-se com a minha.

Esqueço de tudo e concentro-me apenas em meu namorado. Ele faz um caminho de beijos pelo meu pescoço, mordiscando o local e tirando suspiros curtos de mim — o que claramente o motiva, pois antes de voltar a me beijar, morde o lábio e sorri malicioso.

Envolvo meus braços ao redor de sua nuca, sem nos separar em nenhum momento. Suas mãos deslizam devagar pela minha cintura, apertando-a e descendo para a coxa descoberta. Ele mexe o quadril em círculos e os movimentos causam um arrepio. Sinto um formigamento entre minhas pernas e o empurro para trás com medo do que viria a seguir.

Nossas respirações estão ofegantes e meu coração bate num ritmo descontrolado. O moreno retira as mãos da minha cintura e eu sento na cama, envergonhada.

Um clima pesado preenche o quarto. Não é um silêncio normal, e sim, dos estranhos e desconfortáveis — o pior tipo.

— E-Eu te machuquei ou...

— Não! — respondo de imediato para que não entenda errado. — Você sabe que sou eu o problema. Desculpa, Jungoo.

Não creio que ele compreenda exatamente o que me impede de deixar as coisas rolarem. É como se o meu cérebro barrasse automaticamente minhas ações. Ele já provou muitas vezes que não é mais aquele menino sem noção de anos atrás, mas eu desenvolvi algum tipo de trauma depois do último namoro.

Medo de me arrepender, talvez?

— Você não precisa pedir desculpas, Dahyun! O corpo é seu, tem que estar confortável e bem para acontecer. Eu entendo, baixinha.

— Confio em você — desvio o olhar para um ponto aleatório do quarto —, só que entro em pânico quando está perto de rolar... Tenho medo de te irritar.

Jungkook se aproxima e senta de frente para mim. Ele acaricia meu rosto gentilmente e molha os lábios rosados, pensando no que dizer.

— Está tudo bem, meu amor. Não se preocupe, eu não vou fugir — pega minha mão e a beija. — Na hora certa, seja você mesma e eu farei o possível para ser perfeito, ok?

Apenas assinto, querendo acabar logo com o assunto.

Parando para observar agora, não havia dado a devida importância ao quanto Jungkook amadureceu nesses últimos meses. O jeito que passou a tratar conversas como essa tão a sério... Confesso que estou orgulhosa.

— Vamos descansar, linda. Já são quatro horas — o garoto levanta para apagar as luzes. O único fio de luz entrando pela fresta da cortina, é o do poste na rua.

Me ajeito na cama, deitando virada para o lado da janela. Jungkook nos cobre direito com o cobertor e deita atrás de mim. Consigo senti-lo hesitar um pouco antes de abraçar minha cintura. Seguro sua mão e a entrelaço com a minha, dando-o permissão para que chegue mais perto.

— Realizei meu desejo de dormir uma noite inteirinha com o seu cheirinho de flores — declara rouco. Imagino o sorriso fofo que está em seu rosto.

Suspiro aliviada por poder dormir após um dia tão agitado. Seus dedos escorregam carinhosamente pelos fios do meu cabelo e um beijo é deixado em minha bochecha.

Eu te amo — falo com a voz já carregada de sono.

— E eu também te amo, pequena.

ᴛ ᴇ x ᴛ  ᴍ ᴇ

O cheiro bom e doce de panquecas viajando por cada canto da cozinha, é hipnotizante. Meu namorado está de costas, concentrado em preparar o café da manhã, enquanto eu o assisto sentada sobre a bancada de mármore.

O sol quente entra pela janela do cômodo. Um lindo dia de uma manhã de domingo. É como um sonho interminável.

— Até quando vai continuar encarando? — ele atrapalha a minha brisa. — Sei que sou gostoso, mas você tem que se controlar, amor.

Bicho convencido.

— Por acaso, você tem olhos na parte de trás da sua cabeça oca?

Jungkook larga a espátula na pia e encaixa-se no meio das minhas pernas. Seu rosto ainda está com a marca do travesseiro. Ele sela meus lábios rápido e ri.

— Você que não sabe disfarçar, bobinha.

Nisto ele tem razão.

O som da porta abrindo e fechando em seguida, assusta nós dois. Nos entreolhamos confusos e Jungkook solta um "Acho que meu pai chegou". Abro a boca em choque e desço da bancada.

Tecnicamente, é a primeira vez que o vejo desde que começamos a namorar. E a bela impressão que terá, é de uma garota aleatória usando só a camisa do filho dele, com o cabelo bagunçado e resquícios de maquiagem. Que maravilha.

Dou a volta na ilha e sento no banquinho alto, onde meus pés quase não alcançam o chão. O homem de cabelos grisalhos entra e atravessa a cozinha na direção da geladeira, abrindo a mesma.

— Bom dia — cumprimenta e pega um jarro de água. Jungoo e eu o respondemos juntos.

O moreno passas as panquecas da frigideira para um prato em cima da bancada e faz uma mini torre. Meu estômago ronca de fome o vendo despejar a calda de caramelo.

— Esta é a famosa Dahyun, correto? — o Jeon mais velho questiona, tomando água. A encarada penetrante é idêntica à de Jungkook. — Ouvi bastante de você.

Troco olhares com meu namorado que solta uma risada, terminando de encher dois copos com suco de laranja. Eu estou morrendo de nervosismo e ele nem tenta ajudar...

— Ele fala muito do senhor também. É um prazer conhecê-lo! — faço uma breve reverência e o homem parece satisfeito.

Jungkook pergunta se o pai quer comer com a gente e ele recusa, alegando que está cansado e vai dormir. Pede para não esquecermos de buscar Hanuel na casa da vizinha.

Depois que escuto seus passos subindo a escada, volto a respirar normalmente. Em comparação com o modo que me tratou na porta naquela noite que vim aqui, não foi tão ruim, foi?

— Seu pai é legalzinho — espeto uma panqueca e coloco no meu prato.

O menino puxa um banquinho e senta do meu lado, rindo.

— Somente acordou de bom humor, gatinha. Duvido convencê-lo, sem brigar, a me permitir cursar fotografia.

Isso vem sendo um grande problema agora que está perto de se formar. Seu pai insiste que não é uma carreira de verdade, que ele precisa "liderar e assumir a responsabilidade de herdeiro da empresa". Sinceramente, eu acho que Jungkook tem o dom para as duas coisas.

— Por que não dá uma chance para administração? Pode tentar os dois — ele faz uma careta. — Você criou um padrão na sua mente de trabalho chato e cansativo, por causa do seu pai. Não significa que será assim! Basta você organizar sua vida pessoal e profissional.

Um ótimo exemplo sou eu e minha mãe. Não suporto nem a ideia de estudar medicina ou enfermagem, por ter acompanhado durante anos a rotina lotada dela. Porém, não invalida que é uma profissão chata, afinal ela está salvando vidas.

Ele só saberá para qual caminho ir, se escolher com calma.

O Jeon enfia um pedaço da panqueca na boca e franze as sobrancelhas, refletindo o meu argumento.

— Está certa — fala com a boca cheia. — Vou pensar, amor — sorrio vitoriosa. — Ah, sabe o que o desgraçado do Yoongi me deu de aniversário? A porra de um cupom de desconto do Burger King usado! — grita nervoso.

Escondo a risada. A sugestão foi minha.

— Vai colocá-lo na sua "Lista de Vingança"?

— Já coloquei, óbvio. Aquele loiro azedo do Park está em primeiro lugar, porque nem se esforçou para levar presente! — rio do afronte.

Os meninos comentaram comigo que fariam brincadeiras com os presentes. Sabia que ele reclamaria assim que visse. As expectativas foram direto para o lixo, coitadinho.

— E o Taehyung, outro idiota que deu uma caixa de camisinha... — bebo um gole do suco. — Esse é útil, pelo menos. Vou guardar para nós.

Engasgo e cuspo o líquido dentro do copo novamente. Jungkook ri da minha reação e estica um guardanapo para eu me limpar.

— No-Nossa, o dia está bonito hoje! — disfarço, apontando para a janela da cozinha.

— Você é tão fofa, baixinha — belisca minha bochecha —, mas não me engana com esse jeitinho inocente — bato em seu braço. Abusado.

Corto mais uma fatia da panqueca e a calda transborda no prato. O tipo de gordice que eu amo e não deveria.

O moreno acabou de comer e me esperou para arrumarmos a cozinha. Quer dizer, o termo certo seria "jogar água um no outro". Nossa guerra durou pouco, porém o tempo que gastamos limpando tudo foi enorme. Convenci Jungkook a levar-me para a minha casa e vesti uma roupa mais fresquinha.

Buscamos Haneul na vizinha depois e ela surtou de felicidade ao me ver. Pediu que nós a levássemos para brincar no parquinho e eu convenci seu irmão rabugento, que reclamou sem parar. O engraçado é ele ter se divertido mais do que a própria garotinha. Parecia um bebê descendo no escorregador.

Vê-lo todo felizinho, trouxe uma paz para o meu coração. Jeon Jungkook aparenta ser uma pessoa durona e ignorante. Ao quebrar as barreiras que ele criou, você descobre que o que tem ali, é um garotinho triste e traumatizado. Um garotinho que apenas deseja ser amado por alguém.

E, enquanto eu estiver ao seu lado, vou sempre deixar claro que amo cada pedacinho seu.

♡︎

oi, saudades do que a gente já viveu KKSHKJparei. desculpa a demora! cap grandão pra compensar <3 vocês estão bem, meus amores? se cuidando direitinho?

pediram bônus do bailão de 18 anos do jeikei e lá fui eu fazer, nékkkkk sei que foi só por causa da parte que eles se pegam, vcs precisam de uma bença viu

aviso: geral recebeu notificação do "especial de 200K", queria esclarecer q eu reescrevi várias partes pq tava me incomodando pra cacete- então, fiquem a vontade para reler o cap se quiserem

hoje não tem spoiler do bônus 2, clã ((: tomem água pra hidratar e nao monster, esse dá câncer 😼

Continue Reading

You'll Also Like

1.2M 69.5K 85
Grego é dono do morro do Vidigal que vê sua vida mudar quando conhece Manuela. Uma única noite faz tudo mudar. ⚠️Todos os créditos pela capa são da t...
1.8K 219 25
Nessa história vamos descobrir como uma atriz fracassada curou o coração do líder do BTS e como ele se tornou o porto seguro dela. Namjoon e Sn Park...
172K 16.5K 72
[ 1° LIVRO ] (REPOSTANDO) A vida de Jeon Jungkook começa a mudar a partir do momento que as coisas ao seu redor ficam estranhas. Ele descobre fatos q...
1.2K 137 5
Junto com os novos(as) ovos(crianças) após o purgatório,entre elas havia um bebê. Ela já chegou na ilha conquistando corações!