Seja um bom garoto Harry

By Etoile_Filant

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Harry não teve uma infância fácil, não teve uma família que lhe deu amor, mas ele vai aprender que família ne... More

1 - A quebra de uma alma
2 - A carta que mudou Tudo
3 - Primeira vez no beco diagonal
4 - Hogwarts
5 - Descobertas
6 - Conversas que ajudam
7 - Relações de pai e filho
8 - O espelho
9 - A pedra filosofal
10 - Tom Riddle
11 - Convivência
12 - O diário
13 - A câmara secreta foi aberta...
14 - Severus Snape
15 - Inimigos do herdeiro, cuidado
16 - Dementadores, hipogrifos e parentes
17 - Medos
18 - Momentos
19 - Prisioneiro de Azkaban
20 - Julgamentos
21 - Conhecendo novas pessoas
23 - Tratamentos
24 - Raiva, chá e dragões
25 - Baile de inverno, nova amizade e... dicas?
26 - Lago Negro
27 - O labirinto, a marca negra e a revelação
28 - Contato
29 - Um Black
30 - Passado Presente
31 - Pena de Sangue
32 - Um bom natal e chá com biscoitos
33 - Metamorfose
34 - Sensações
35 - Ostara e o ministério
36 - Orgulho
37 - Um ponto de verdade
38 - Aceitação forçada
39 - Segredos Revelados
40 - Piquenique de aniversário
41 - Reuniões
42 - Medo e Poções
43- Inicio dos segredos do passado
44 - Paixões
45 - Primeiras cartas na mesa

22 - O cálice de fogo

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By Etoile_Filant

Harry descobriu que odiava os meios de transporte bruxo, já havia se acostumado ao flú, mas não significa que gostava, aparatar era tão ruim quanto..., mas chaves de portal... essas ele descobriu que nunca mais queria usar. Eles chegaram ao estádio onde aconteceria a copa mundial de quadribol e logo o desgosto pela chave de portal foi esquecido.

Eles andavam pelo campo lotado de barracas e completamente animado. Harry se sentia animado, eufórico. Ao seu lado Draco mantinha um sorriso contido, gostava de ver seu irmãozinho feliz. Severus e Lucius acompanhavam os dois em passos mais contidos, não havia pressa alguma.

O estádio estava barulhento, várias pessoas pintadas de verde e branco, com chapéus gigantes e buzinas, ou então balançavam bandeiras vermelhas animados, o rosto cheio de letras...

– Hey Harry! – Rony gritou chamando atenção do menino que andava calmamente pelos corredores do estádio.

– Oh olá Rony – respondeu amigável e Draco se contentou com um aceno de reconhecimento para o ruivo.

– Depois se quiser teremos festas nas barracas – O Weasley ofereceu e recebeu um sorriso animado do Potter.

– Claro, se papai, tio Lucius e Dray puderem ir também... – ele disse ainda sorrindo e notou quando Arthur e Amos morderam o lábio para disfarçar o desgosto.

– Não há problema nenhum, todos são bem vindo – Cedric tomou a frente e lançou um sorriso para Harry, o menor corou... Cedric era... muito bonito.

Se despediram seguindo cada grupo ao seu lugar.

Os lugares que eles ficariam era o camarote do ministro que ofereceu a Harry como um pedido de desculpas pelo "não julgamento" passado de Black, e a Lucius como uma prova de amizade, assim como fez com alguns lordes. Boa parte estava ali, era um lugar espaçoso com uma vista perfeita para o campo, havia comida e bebida, e doces... a parte importante, havia doces.

Harry comia pipoca doce junto à Draco enquanto aguardavam o início do jogo.

A Irlanda entrou soltando fumaça verde e branca pelas vassouras, voando pelo campo em meio a aplausos e gritos animados dos torcedores. Os fogos deles montaram um leprechaun dançarino que infelizmente foi desfeito quando a Bulgária entrou. Os gritos dobraram de altura e Harry estava curioso para saber quem era o garoto que todos aclamavam.

– Aquele é Viktor Krum, o melhor apanhador do mundo... – Draco respondeu enquanto a multidão fazia um painel com a imagem do tal apanhador.

– Gostaria de dizer a todos, sejam bem vindos – A voz do ministro Fudge estava ampliada com magia para que todos pudessem ouvir. – Como ministro da magia eu decreto que se inicia a 422ª final da copa mundial da quadribol.

O jogo foi incrível, em nada se assemelhava as partidas de quadribol de Hogwarts, era um show maravilhoso. Os mais novos estavam eufóricos e até os mais velhos se permitiram festa. Irlanda ganhou, mas Krum deu um show aéreo.

Do lado e fora a agitação era gritante, fogos, gritos, música... tudo parecia festeiro. Até gritos e explosões serem ouvidos, a fumaça cobriu o lugar, barracas e mais barracas em chamas... e quando tudo estava em pânico. Severus pegou Harry, Lucius segurou Draco e eles se foram. Era planejado, mas não deixava de ser aterrorizante. Nos jornais do dia seguinte a marca negra estampada nos céus seria a notícia principal.

******

Havia algo no ar desde o primeiro dia de aula, uma animação de todos os professores e do diretor, os alunos sentiam isso. O professor de Defesa contra as artes das trevas ainda não havia aparecido, mas muitos especulavam quem ele era nesse ano. Muitos alunos ainda sentiam falta de Lupin, Harry entendia, professor Lupin era muito legal e o chamou para um sorvete antes das aulas começarem, eles conversaram sobre Sirius e prometeram visitá-lo assim que fosse permitido.

Era segunda semana de aula e o jantar era regado de conversas e fofocas quandoo diretor subiu ao palanque e pediu silêncio. A voz grave reverberou e todos os alunos o olhavam com expectativa.

– Esse ano este castelo não será apenas o lar de vocês, mas também o lar de convidados muito especiais, Hogwarts foi escolhida para sediar um evento de grande importância e receberemos duas escolas amigas para uma excelente e amigável competição... eles chegarão em Outubro e todos os detalhes serão discutidos em sua chegada, aproveitem a animação... – Dumbledore tinha um sorriso largo e olhos brilhantes de animação. – E mais um aviso antes que animação tome conta, tenho o prazer de apresentar... seu novo professor de Defesa contra as artes das trevas...

A porta se abriu com um estrondo e uma figura, molhada da cabeça aos pés pela chuva torrencial do lado de fora, entrou. Ele mancava e o som da bengala de madeira ecoava no salão vazio, o olho mágico do ruivo que entrou rodava na orbita atento a tudo e em sussurros todos já imaginavam o quem ele era: Alastor Moody.

– Alastor Moody – Alvo cumprimentou e os sussurros logo ficaram mais incontroláveis, afinal Moody era um Auror que prendeu inúmeros bruxos das trevas, mas que sofreu muito por isso... uma perna protética, o olho, cicatrizes... físicas e mentais com certeza.

O mês de setembro passou como uma flecha e Moody não deu aulas, mas mandou que lessem os capítulos dos livros, ele só se apresentou no primeiro dia de aula e depois simplesmente teve coisas a fazer... só voltou no início de outubro onde era possível ver ele sentado entre os professores e bebendo de seu misterioso cantil.

Mais cedo naquele dia os alunos viram os convidados chegando, Beauxbatons chegou em uma linda carruagem adornada e elegante, puxada por Pegasus brancos muito bonitos e delicados, Durmstrang chegou em um navio que por magia simplesmente emergiu do lago negro.

– Hogwarts foi escolhida para sediar o torneio tribruxo! Para aqueles que não sabem o torneio tribruxo reúne três escolas de magia para uma série de competições mágicas. De cada escola um único aluno é selecionado, e que fique claro, o escolhido estará sozinho. E acreditem quando eu digo que essas competições não são para covardes.

Filch passou correndo pelas mesas e falou algo no ouvido de Dumbledore que sorriu e se posicionou no palanque continuando a falar.

– Falaremos mais sobre isso depois... agora Vamos das as boas-vindas as adoráveis moças da academia de magia Beauxbatons e sua diretora Maxime.

As portas se abriram e moças de uniformes azuis entraram, era um vestido que parecia seda, sapatos muito bem limpos, chapéus perfeitamente colocados na cabeça e sorrisos encantadores. Elas pararam soltando um suspiro "apaixonado" e repetindo no meio do caminho, deram um pequena corrida balançando seu vestidos delicados e com mais um suspiro borboletas azuis voaram delas... aumentando o encanto. A última delas era loira e rodopiava a frente das mesas enquanto uma mais baixa e com roupa diferente fazia acrobacias muito delicadas e com certeza difíceis. Atrás delas estava a maior mulher que Harry viu na vida, ela chegava a ser mais alta que Hagrid e fazia todos se sentirem muito pequenos, mas carregava uma delicadeza elegante. Dumbledore beijou-lhe a mão e a guiou a mesa dos professores enquanto se posicionava e encerrava os aplausos.

– E agora nossos amigos do norte, por favor recebam a delegação de Durmstrang e seu diretor Igor Karkaroff.

Os meninos entraram batendo bastões no chão que soltavam faíscas, era bonito de ver... eles pareciam brutos, poderosos... e suas vozes ecoavam, soltaram os bastões mágicos e correram a frente, era um show e tanto... mortais muito habilidosos. O último que entrou junto ao diretor carregava uma aura d poder gigante, rosto sério e olhos afiados. Harry ouviu Rony falar o nome junto a um suspiro..., mas sua atenção voltou a frente quando os garotos ajoelhados fizeram uma serpente de fogo... Igor andou até Dumbledore e trocaram um abraço amigável.

As meninas de Beauxbatons sentaram na mesa da Corvinal na ponta enquanto os meninos de Durmstrang sentaram na Sonserina. Harry estava distraído demais para notar que Viktor Krum sentou ao seu lado e que algumas meninas o olhavam com inveja, assim como alguns meninos também. Nas mesa dos professores Igor e Severo pareciam sérios um ao lado do outro, Harry diria que seu pai olhava Igor com quase desprezo, Madame Maxime conversava com alvo sobre seus cavalos voadores e Hagrid se ofereceu para cuidar deles se distraindo e enfiando o garfo na mão de Filius que gemeu e o chamou de idiota. Enquanto Minerva conversava com alguém que Harry não sabia quem era.

Uma grande estrutura foi trazida para a frente do grande salão, era bem adornada em dourado e joias... Alvo voltou a tomar a palavra depois do jantar.

– Atenção por favor, gostaria de dizer algumas palavras. – ele deu uma pausa enquanto pousava a mão na estrutura dourada. – A glória eterna é o que espera o aluno que vencer o torneio tribruxo. Mas, para isto, este aluno tem que sobreviver a três tarefas... três tarefas extremamente perigosas. Por esta razão o ministério decidiu impor uma nova regra. Para explicar a vocês, eis aqui o chefe do departamento de cooperação internacional em magia, senhor Bartolomeu Crouch.

O homem usava roupas finas e escuras, trazia um bigodinho acima do nariz e alguns cabelos já grisalhos pelo tempo.

– Após as devidas considerações, o ministério concluiu que por questões de segurança, nenhum aluno com menos de 17 anos de idade terá permissão para se candidatar ao torneio tribruxo, esta decisão é final.

Nem mesmo esperaram o fim do discurso e a maioria dos alunos já estavam reclamando, protestando e gritando o quão injusto era. Só voltaram a se calar com a voz de Dumbledore ecoando pelo salão pedindo silencio. O mago com a varinha desfez a estrutura que escondia o cálice de fogo.

– O cálice de fogo! – Chama azul brilhou em cima da taça de metal. – Quem quiser se candidatar ao torneio só precisa escrever seu nome em um pedaço de pergaminho e depositar nas chamas antes desta mesma hora na noite de quinta-feira. Não se inscreva levianamente, uma vez escolhido... não poderá desistir. A partir de agora o troneio tribruxo começou.


*****


E o caos se instaurou... entre discussões sobre a injustiça cometida pelo ministério e planos mirabolante para se inscrever ilegalmente no torneio a escola se tornou um caos. Harry não se importava com isso, achava besteira a pessoa querer se arriscar só por um prêmio idiota... sua mente estava muito mais preocupada com sua primeira aula de DCAT.

A sala estava mais escura do que quando Remus ensinava, fazia tornar real que o melhor professor que tiveram não mais os ensinaria. Alastor entrando batendo a bengala no chão, causando desconforto pelo som. Ele parecia desconfortável pela atenção dos alunos, mas ainda assim fez sua voz ser ouvida.

– Alastor Moody. – ele falou antes de se virar e começar a escrever seu sobrenome no quadro negro, sua letra era desleixada e bruta, e Harry imaginou o quão difícil seria copiar um texto que ele escrevesse. – Ex-Auror, um insatisfeito do ministério e seu novo professor de defesa contra as artes das trevas. Estou aqui porque Dumbledore me pediu, é só isso, fim da história e ponto final.

O Potter achou que ele pretendia acabar com os murmúrios e rumores irritantes que o cercavam a dias, mas não teve lá muito sucesso, apenas os aumentando.

– Alguma pergunta? – o olho mágico dele rodava pela órbita procurando mãos que levantaria para as perguntas, mas nenhuma veio e ele pareceu gostar disso, alunos assustados por ele – Quando se trata das artes das trevas... eu acredito numa abordagem prática..., mas antes... quem pode me dizer quantas maldições imperdoáveis existem?

Hermione levantou a mão e Alastor sorriu e a deixou falar. A voz da menina sempre era muito segura e direta, ela gostava de saber mais que seus colegas.

– Três senhor.

– E por que se chamam assim? – Moody aumentou a pergunta escrevendo o número três desleixado no quadro negro, seguido a palavra imperdoáveis.

– Porque são imperdoáveis... se usar qualquer uma delas vai...

– ganhar uma passagem direto para Azkaban – ele falou depois de escrever no quadro se virando aos alunos, sua voz ganhando força e agressividade a cada silaba – Correto... o ministério acha que são jovens demais para entender tais maldições, eu penso diferente! Precisam saber o que vão enfrentar! Precisam estar preparados... precisa achar outro lugar para colocar o chiclete que não embaixo da carteira senhor Fenningan.

O garoto olhou para o professor assustado e começou a murmurar.

– Eu não acredito, o velhote pode ver atrás da cabeça...

– E posso ouvir você daí de trás – Alastor jogou o giz em raiva e os alunos se abaixaram. – Então... de qual maldição falamos primeiro? Weasley!

Rony saltou da cadeira assustado respondendo um sim miado e medroso.

– Diga-nos uma maldição. – Alastor mandou e o garoto ruivo engoliu em seco.

– Bom... meu pai um dia me falou de uma... a maldição impérius.

– Ah sim... seu pai sabe tudo sobre essa, ela deu muita dor de cabeça ao ministério alguns anos atrás... talvez isso lhes mostre o porquê.

Ele andou ate a parte de trás da sala, onde alguns insetos e criaturas menores eram presas em jarros de vidro... abriu um dos jarros e tirou uma aranha. Com um feitiço a tornou maior ainda em sua mão e lançou a maldição...

Alastor controlava a aranha enquanto a jogava nos alunos, a risada dele parecia familiar a Harry de alguma forma, mas não teve como dar atenção quando Draco começou a pedir ajuda com a aranha em seu nariz pronta para morder. As risadas pararam junto a um momento tenso... Moody parecia... mais sério...

– O que eu mando fazer agora... pular da janela? Ou se afogar? – A aranha parecia desesperada enquanto flutuava em cima do balde d'agua ate que o professor a trouxe de volta as suas mãos... – Muitos bruxos afirmaram que só obedeceram às ordens de você-sabe-quem porque estavam sob essa maldição..., mas tem um problema, como descobrimos os mentirosos? Outra? Outra?

Muitos levantaram as mãos dessa vez, mas foi Neville que ganhou o direito de responder. O menino parecia querer vomitar a palavra... era algo recorrente até ele ficava muito nervoso com demasiada atenção e por isso gaguejava na hora de falar.

– Maldição... cruciatos.

– Correto, correto... venha. – Moody chamou e o menino obedeceu, a aranha agora estava na mesa, parada e a varinha foi apontada – É a maldição da tortura.

Alastor falou o feitiço e o grito da aranha foi instantâneo, agudo, irritante e doloroso... ela se contorcia, mas a atenção de Harry foi a outro ponto, Neville parecia que iria vomitar, seus olhos tinham lágrimas mal contidas e a respiração estava pesada... era possível ver suas mãos tremendo... Hermione gritou o que ninguém tinha coragem:

– Pare! Está fazendo mal a ele... – Infelizmente ela não se referia ao seu colega de classe... e sim ao aracnídeo que gritava.

Alastor tomou uma atitude cruel, pegou a aranha a levando até a mesa da Granger, a deixando ali...

– Talvez possa nos dizer a última maldição imperdoável senhorita Granger.

A menina balançou a cabeça em negativa, se recusando a falar.

– Tudo bem... Weasley e Longbotton ganharam pontos extras. Mas antes... Avada Kedavra! – o brilho verde tomou a pequena aranha que morreu sem nem sentir. – A maldição da morte... só uma pessoa sobreviveu a isso e está aqui na sala.

Ele pousou seus olhos em Harry demoradamente antes de se voltar para o quadro.

A aula foi no mínimo assustadora, mas enquanto desciam as escadas da torre o assunto não era outro. Draco parecia ainda pensativo e Rony falava bem mais.

– Ele é um gênio... completamente doido..., mas ainda assim viu o mal cara a cara...

– Existe uma razão para essas maldições serem imperdoáveis e fazer isso na sala de aula... vocês viram a cara do Neville?

Rony deu um tapa no ombro da menina para que se calasse, Longbotton parecia ainda em choque olhando pela janela, nem mesmo ouviu o que eles falavam. Só voltou a realidade quando o professor de DCAT segurou seu ombro.

– Filho, você está bem? – perguntou com a voz carregando neutralidade, quando o menino acenou ele voltou a falar – Venha, vamos tomar um chá... eu quero e mostrar uma coisa.

Ninguém comentou nada, mas todos estranharam.


*****


Era um dia chuvoso quando Cedrico finalmente se inscreveu, empurrado por colegas animados de sua casa ele pôs seu nome no cálice de fogo, sendo abraçado assim que saiu da barreira criada por Dumbledore. Harry observava de longe, um livro entre suas mãos e um Draco bocejando ao seu lado. Rony havia se juntado a eles a alguns segundos enquanto encarava o cálice de fogo com uma ambição muito visível, ele era um dos que queria se inscrever, mas não podia.

– A gloria eterna... já pensou poder se inscrever?

– E ter a chance de morrer? Não gostaria muito disso – Harry falou voltando a abrir seu livro e se escondendo dos olhos castanhos de Cedrico Diggory, que o olhavam enquanto saía do grande salão.

Sua leitura seria interrompida por duas cópias ruivas que chegavam animados demais para ser bom, Draco revirou os olhos quando eles mostravam exibidos as poções que criaram pela manhã.

– 10 foices que isso não vai funcionar – Draco falou alto ganhando risadas dos Sonserinos a sua volta.

– Aceitamos a aposta – os ruivos se aproximaram e o loiro aumentou o sorriso provocador. Harry revirou os olhinhos.

– Fechado. – o desafio brilhou nos três pares de olhos e logo Fred e George bebiam a poção.

Eles estraram no circulo de magia e muitos se viram impressionados, mas a alegria durou pouco, foi só por seus nomes e o cálice os rejeitou, os lançando para longe e causando um feito engraçado pela poção: eles tinham cabelos e barbas brancas... a risada de todas foi ouvida enquanto os dois discutiam entre si.

O barulho cessou de repente com Viktor Krum entrando e depositando seu nome, silencioso como sempre, sério e imponente. Seus olhos se cruzaram alguns segundos com Harry e o menino se viu curioso... era um desafio? Uma curiosidade? Ou foi só coisa de sua cabeça?

Ele não saberia responder, mas dando de ombros voltou ao seu livro ignorando os ruivos que discutiam com Draco sobre formas de pagamento...


*****


– A poção apimentada tem como utilidade curar resfriados comuns, servindo também para o tratamento contra gripes e pneumonias quando é necessário que haja um complemento com outras poções e chás para que sejam curados completamente. Foi inventada por Glover Hipworth, que era um alquimista medibruxo que também inventou a Poção Estimulante. – Snape mantinha as mãos cruzadas enquanto explicava, os passos estavam anotados e era tudo muito simples. – A poção de hoje vai ser algo simples, a teoria está no quadro.

O professor de poções andava pela sala checando cada caldeirão borbulhante, impediu as mãos de Crabbe antes que ele jogasse a pimenta verde inteira no caldeirão, balançou a cabeça negativamente e continuou, seu percurso. Bufou meio irritado vendo a poção de Ronald que deveria estar lilás de uma cor amarelada, passou direto indo pra mesa de Draco que desligava o fogo junto a Harry.

– Agora esperar esfriar – Harry falou baixinho separando os pelos de erumpente para jogar quando a poção atingisse uma cor mais forte.

– Minha mãe falou que Sirius já pode receber visitas... você vai? – Draco comentou com sua poção já em cor mais nítida pra adicionar os pelos.

– Vou, papai vai me levar semana que vem. Ele anda ocupado com os preparativos pro torneio e só arranjou tempo pra me levar na sexta, antes da minha consulta.

– Entendi... – Draco murmurou já adicionando os pelos, assim como Harry, ambos mexeram  4 vezes em sentido horário e uma vez em sentido anti-horário, as poções adquiriam a cor prateada desejada.

Demorou mais alguns minutos para que Snape desse fim a aula.

– Engarrafem as poções e deixem na minha mesa.

Harry mandou um tchauzinho para o pai enquanto saía e recebeu um sorriso discreto. O garoto estava ansioso para visitar o padrinho, esperava que se dessem bem e que tudo ficasse bem. Esperava ver Remus também, sentia falta dele.


*****


O dia da escolha chegou rápido demais, mesmo que não fosse participar todos estavam curiosos para saber quem seriam os campeões. Dumbledore chamou a todos para o salão e diminuía as tochas aos poucos. O silencio era quase incomodo, os professores mantinham olhos atentos, cada um que se inscreveu sentia um arrepio de expectativa. Era hora de saber.

A luz azul já comum do cálice de fogo ficou rosa e em uma língua de fogo cuspiu um papel. Pela cor e formato todos já sabiam que era de Durmstrang, Dumbledore agarrou o papel no ar e o leu.

– O campeão de Durmstrang é Viktor Krum! – gritos dos garotos daquela escola foram ouvidos em comemoração ao seu campeão. Seria uma batalha dura.

Viktor levantou em meio aos cumprimentos de seus amigos e colegas, apertou a mão do diretor de Hogwarts e se dirigiu as portas duplas no fim da salão.

O cálice não demorou nada para voltar a brilhar em rosa e cuspir mais um papel, dessa vez a cor azul e o formato circular indicavam a escola francesa.

– A campeã de Beauxbatons é a senhorita Fleur Delacour.

A moça loira e bonita levantou com os gritinhos animados de suas amigas, andando elegante até Dumbledore, o cumprimentou e seguiu seu caminho para a porta. Mais um papel foi cuspidos pelo cálice e o último campeão era de Hogwarts.

– O campeão de Hogwarts é Cedrico Diggory. – os gritos dessa vez foram muito mais fortes, Lufa-lufa praticamente subia na mesa em comemoração, Grifinória torcia para sua escola, de maneira mais contida Corvinal aplaudia e até mesmo a Sonserina se deu a luxo de parabenizar o garoto. Ele levantou seguindo o caminho dos outros campeões.

– Muito bem! Temos nossos três campeões, mas no final apenas um estrará para a história, apenas um irá levantar esse cálice dos campeões, essa taça da vitória, a taça tribruxo!

Crouch trouxe a taça e a deixou diante de todos, ela reluzia em um azul lindo, fazia sentido quererem cobiçá-la. Os aplausos cessaram junto ao cálice de fogo ganhando mais uma vez a cor rosa, e cuspindo um papel completamente inesperado. Dumbledore parecia em choque enquanto o pegava e o lia para si mesmo, os professores pareciam apreensivos.

– Harry Potter? – foi mais uma pergunta do que afirmação... os sussurros começaram logo depois e o garoto se encolheu ao lado de Draco... por quê? Dumbledore chamou mais duas vezes antes de um dos alunos a sua volta o empurrar para andar. O Potter caiu se levantando lentamente e andando até o diretor em passos muito medrosos.

O olhar que ele recebeu de muitos era desconfortável, mas olhos azuis cheio de raiva pareciam queimar sua nuca. Ele passou pelos professores, Snape tremia suas mãos para segurar o pequeno e o proteger, Minerva tocou seu ombro em um aperto fraternal e Alastor foi o último que o encarou com alguma curiosidade.

Ele entrou pelas portas duplas achando os outros campeões. Cedrico, Viktor e Fleur pareciam desconfortáveis, mas o estardalhaço começou com madame Maxime gritando pelas escadas que era uma conspiração, uma audácia, uma afronta... Dumbledore tentava acalmá-la enquanto Igor parecia estar perto de um ataque de nervos, ele também não achava justo.

O diretor de Hogwarts andou até o menino em passos completamente tranquilos, a mão enrugada tocou o ombro de Harry em um aperto calmo e seus olhos azuis pareciam perfurar a alma e seus pensamentos, gentis e curioso.

– Harry, você pôs seu nome no cálice de fogo? – ele perguntou calmamente.

– Não senhor – o Sonserino respondeu encolhido e medroso.

– Pediu para um aluno mais velho colocar?

– Não... eu não quero participar – falou enquanto implorava com os olhos para que pudesse sair dali e voltar pra sua mesa.

– ELE ESTÁ MENTINDO! – Maxime gritou mais uma vez.

– É claro que não, o cálice de fogo é um objeto mágico extremamente poderoso, só um feitiço para confundir extremamente forte para confundi-lo, muito além das capacidades de um aluno do 4º ano. – Alastor falava com seu tom que sempre parecia ter raiva, mas estranhamente o defendia.

– Parece ter pensado muito no assunto olho-tonto. – Karkaroff pontuou encarando o ex-auror com raiva.

– Meu trabalho é pensar como os bruxos das trevas, se lembra disso Karkaroff?

– Isso não ajuda muito Alastor... – Dumbledore parecia derrotada, andou até Bartolomeu – Deixo a decisão em suas mãos.

– As regras são absolutas – Até mesmo o líder das relações internacionais parecia cheios de dúvidas – O cálice de fogo é um ato contratual mágico, você... vai ter que competir no torneio tribruxo.

Harry odiou cada sílaba dessa frase...

Os professore se reuniram depois, Dumbledore, Minerva, Alastor e Snape, eles se mantinham em uma conversa séria... especulações, medos...

Severus era contra a participação do menino, Alastor tentava descobrir como era possível sua participação e Minerva concordava com o líder da Sonserina.

– Vocês ouviram Bartô, as regras são absolutas.

– Que se dane as malditas regras, desde quando se submete ao ministério dessa maneira? A marca negra e agora isso? – Minerva falou em tom de voz carregado de raiva.

– Vai entregá-lo de isca? Os perigos são muito Alvo! – Severus por outro lado parecia transtornado.

– Não podemos fazer nada, Alastor fique de olho no Harry, ele já deve estar muito ansioso com tudo que o aguarda.








N/A: Então eu tive que fazer esse esclarecimento aqui: Dumbledore se referiu a ansiedade de medo, pânico e desconforto, no sentido ruim da palavra, não do jeito que alguns interpretaram: como se fosse animação... cuidado viu? Eu disse muito tempo que não haviam propriamente vilões aqui... apenas lados diferentes.

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