Flat 83

By raquelferreira96

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Cléo se muda para o Flat 83 de um condômino de classe alta na Tijuca, enquanto sua casa não fica pronta, após... More

lCapitulo 1
Capitulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capitulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Aviso
Capítulo 36

Capitulo 9

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By raquelferreira96

Batemos um na mão do outro lá em cima, lá em cima pra mim né, porque pra ele.

Pegamos o elevador. Eu tava sorrindo igual uma criança boba, e o João não parava de me adimirar. Então chegamos no andar da síndica. O João já a conhecia e ela é amiga dos pais dele, traduzindo, a festa com certeza rolaria.

Chegamos lá e batemos na porta da síndica, porque o João tinha intimidade pra isso, ela foi super simpática. Era Loira e bonita, se chamava Cíntia. Achei engraçado Cíntia/Síndica. Sei lá, parece né. "A síndica Cíntia."

- Oi João, tudo bem meu amor? - falou a Síndica Cíntia dando dois beijos no meu homem, quer dizer, no João.- Oi. Você não é filha do Fernando e da Patrícia?

- Sou sim, prazer Cléo.

- Prazer minha linda.- Nos cumprimentamos. - Mas então crianças, em que posso ajudar?

Odeio esse termo 'crianças' que os mais velhos usam.

- Então tia Cíntia.- Era assim que o João chamava a síndica Cíntia.- A gente queria alugar o clube pra fazer uma festa hoje à noite, às 22h. Quer dizer, 22h tá bom Cléozinha?

- Se a gente correr, tá ótimo!

- Mas assim de última hora querido? É festa de que?

- É pra comemorar a chegada da Cléo poxa, libera aí vai tia Cíntia.

- Tudo bem João Pedro, mas olha lá em, to confiando meu clube a você, mas só porque às segundas não abrimos o clube.

- Eu sei tia, obrigado, depois acertamos o pagamento.

- Não precisa pagar, contanto que você pague se houver alguma danificação ou prejuízo.

- Ok tia, obrigadão. - Falou o João. - Bora Cléozinha, vamos ao mercado, antes que feche.

Nos despidimos da Cíndia síntica, ops, da Síndica Cíntia trava línguas, e fomos direto pra garagem. Depois disso nos dirigimos até o mercado, ou melhor, o João dirigiu até o mercado.

Chegando lá, compramos bebida, muita bebida e pra comer compramos frios, só pra petiscar, (queijos, presuntos, pão pra fazer uns canapés), só pra ninguém passar mal também, até porque não daria pra encomendar nada no domingo e em cima da hora.

Quando saimos do mercado e botamos as compras na mala, o João ligou pra um amigo que era metido a DJ segundo ao João, e que até que ele mandava bem.

- " E aí cara, topa ganhar uma grana? Vou fazer uma festa hoje e tô precisando de alguém pra tocar e me arrumar uns bags de iluminação, pra ficar maneiro. E aí, tá afim? Aham, não, já. Fechou 400 pro parça? Jaé lek valeu."

- Som resolvido gata, às 21h o Ric vai montar os aparelhos.

- Ric? - Falei rindo.- Ric de Ricardo, o maluquinho do luau?

- É esse mesmo. - Riu.- O moleque manda bem. Você vai ver.

- Ok.

O João mandou uma lista de transmissão pra geral que tava no luau, geral maneiro do Condo, e alguns amigos a parte. Eu só mandei mensagem pra Ju e pra Analu. Que confirmaram presença e que dormiriam e se arrumariam na minha casa.

Já eram 17h quando chagamos no condo, o João foi arrumar um lugar pra por as bebidas e o salão do clube com a galera da banda, e eu fui fazer os canapés e enrolar os frios. Acabei já eram quase 19h e as meninas chegaram.

- Oi amigas, que saudades. - Falei ao abrir a porta, abraçando-as. - Entrem que é muito babado baphonico pra contar.

- Me conte tudo, não me esconda nada sua safada. Esses dias sua mãe me ligou. - Falou a Ju. - Só não te dei cobertura porque não sabia de nada e sua mãe ligaria para a minha.

Fui contando tudo pra Ju e pra Analu, falei do meu vizinho, e nossas peripécias. Elas perguntaram se eu peguei e eu respondi que não, mas quando perguntaram o porquê...

- Ah meninas, eu mal conheço ele, quer dizer, agora bastante, acho que tá sendo bem melhor assim, mas sinto que vai rolar em breve, me guardem.

Rimos e depois de tanta conversa, decidimos ir nos arrumar.

O João me mandou fotos do salão (que estava lindo), eu das comidas. Ele havia dito que das pessoas que ele mandou convite a maioria confirmou presença e que sempre tem alguém que leva alguém, concordei.

Bloquiei o celular e fui até o mais dificil, escolher uma roupa descente. Me arrumar e ficar linda.

Escolhi uma roupa bem bonita, tomei um banho bem relaxante de banheira, e deixei as meninas no banheiro do meu quarto. Quando saí parecia que tinha uma alma nova. Fui me vestir.

Minha saia e cropped eram um conjunto vermelho vivo, sem estampa. Saia colada e cropped de alcinha com um leve decote. Coloquei um colar de coruja, um par de brinco pequeno de ouro e umas pulserinhas. Fiz uma maquiagem com um olhar bem marcante, taquei um batom vermelho e cílios bem alongados. Soltei o cabelo dei uma ajeitada com a chapinha e depois passei um modelador babyliss, uma mão abaixo da raiz para baixo pra ondular. Quando acabei coloquei um salto e voilà.

Saí do quarto e a Ju já estava pronta, Analu tava na maquiagem. Ju estava parecendo uma bonequinha Barbie, porque é loira, de olhos azuis e fez uma make bem boneca, tava de vestidinho. Bem bonita.

- Nossa amiga! Que mulherão. - Falou a Ju mandando eu dar uma voltinha com o dedo. - Você tá muito linda.

- Obrigado amiga linda e você parecendo uma boneca.

Quando olhei a hora no celular já eram quinze pras dez e Analu saiu toda linda do quarto de preto, mas de sapatilha. A Ana era bem alta e não gostava de usar salto.

- Que meninas mais lindas. - Falei e conduzi elas até o espelho do meu quarto para tirarmos uma foto. O que seria uma foto, se tornaram várias, fotos no espelho, selfies, rolou isso tudo. Postei a mais bonita no Insta com a tag, #Partiu.

Saímos do flat já eram 22h, pegamos o elevador animadíssimas. Quando chegamos no clube já tinha uma galera boa lá, tinha gente que já estava até bebendo. Avistei a galera da banda, a Jess e a Gil, como já estava rolando música o Ric deveria está lá dentro do salão. Mas não vi o João, mesmo assim fui lá apresentar as meninas ao pessoal. Diana tava com o namorado. Os meninos solteiros, as meninas também. Vraaaaaaau.

- Nossa Cléo, que linda. - Falou o Math quase engasgando.

Sorri e agradeci.

Quando olhei pro lado, veio a cena mais linda da festa até agora.

JP:

Quando ia me aproximando da galera, veio a cena mais linda da festa até agora. A menina mais linda, que sorri pra mim.

Fui me aproximando da Cléozinha e dei um abraço nela com uma mão no seu pescoço e a outra na cintura. Dei um cheiro no pescoço dela e senti seu arrepio.

Cléozinha só sabia provocar, eu a provocava também, mas eu nesse instante nunca quis tanto ficar com uma garota, ficar com ela. Esse jeito de durona e de difícil, por mais que estivesse na cara que ela quisesse, cessaria hoje!

Cléo:

O João tava bem mais gato hoje. Não sei se resistiria.

- Vamos entrar pro salão pessoal. - O João falou pra todo mundo olhando pra mim.

Quando entramos tava tocando uma eletro sinistra, já tinha um pessoal dançando. As meninas e eu fomos pegar uma bebida. Lá no bar tinha de tudo, João e eu compramos: Tequilas, Vodkas, Malibu, frutas pra batidas e uns fardos de ice e red bull, mas eu não sabia que ele tinha arrumado um barman. Pedimos uma batida de kiwí.

E desce batidas e mais batidas, a gente foi dançar. Parou a eletro e o batidão começou a tocar, e fala sério, quem resiste a um batidão?

Dançamos muito, enquanto dançava olhava só pro João. Ele veio se aproximando fazendo uma dancinha estranha. E eu comecei a rir. Quando ele chegou eu parei de dançar e fiquei parada olhando pra ele. De repente o batidão parou e a galera toda:

- Aaaaaaaaah!

Começou um sertanejo.

"Aqui sentado nessa mesa

Só o copo de cerveja é minha companhia

E essa casa está tão cheia

E parece vazia sem você comigo"

Eu arregalei os olhos, e comecei a rir.

- Só pode ser brincadeira.

Quando olhei de volta pro João ele tava com uma mão na testa e outra na barriga, arrochando. Ri altíssimo.

Ele me puxou e começamos a dançar no refrão assim:

"De copo sempre cheio, coração vazio Tô me tornando um cara solitário e frio

Vai ser difícil eu me apaixonar de novo

E a culpa é sua [...]"

Quando eu olhei em volta todos os casais estavam dançando, até minhas amigas e os garotos da banda, quem não era casal, obviamente tava cantando essa bela música de dor de cotovelo.

Quando a música acabou eu e João ficamos frente a frente e dava pra sentir a respiração dele, e acho que ele também conseguia sentir a minha.

Começou a tocar 'I told you so' e o João pegou na minha cintura com uma mão, com a outra ele desceu sobre meu cabelo e pegou no meu pescoço e me beijou.

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