Já não estava muito bem, mas procurei ficar, fiquei pensando em algo que adiantasse meu lado. Recebi um torpedo da Jess, li sem que ninguém percebesse.
" Eu nunca saltei de asa delta".
- Eu nunca saltei de asa delta. - Falei, sem saber o que estava falando. E o Henrique abaixou o dedo. Olhei pras mãos do João e seu dedo permanecia intacto, assim como o meu.
- Só pode ser brincadeira. - Falou a Gil. - Bom, conhecem as regras, onde vai ser o céu Cléozinha?
- Pode ser no escritório do papai. - Falei. Fiquei olhando pro João.
- Vão logo. - Falou a Gil. - Luz apagada, só por que demoraram.
- Tá bom. - Falei alto, puxei o João, entramos no pequeno corredor, depois no escritório e fechei a porta, tranquei ela e virei, a luz tava apagada, mas eu liguei o abajur da mesa, olhei pro João e nunca pensei que fosse ser tão estranho ficar a sós com ele, ele tava parado no centro do escritório, olhei no relógio 20:40, sete minutos né? Fui andando até ele, até sentir nossos corpos se encostarem olhei pra cima. - Me desculpa. - Falei passando a mão sobre seu peitoral até chegar em seu pescoço, mordi seu lábio inferior e fui soltando devagar. - Eu ainda gosto muito de você. - Falei encostando meu nariz no dele, já estava na ponta do pé, desanimada por não ter nenhuma resposta, até que ele segurou em minha cintura com muita firmeza.
- Eu também. - João jogou meu cabelo pra trás no mesmo segurou meu pescoço, arrepiei até a alma, iniciamos um beijo doce e afetuoso, segurei em seus ombros com força e senti o beijo acelerar cada vez mais.
O João apertou bastante minha cintura enquanto me beijava, a mão desceu pela minha bunda apertando-a com força, vi estrelas, depois a mão fez o favor de descer mais um pouco na região de minha coxa, o João me suspendeu até que minhas pernas agarrassem sua cintura, agarrei com força, ele passou a mão pelo meu cabelo a repousando na minha nuca, ambos estávamos bem excitados, até que ouvi baterem na porta, com certeza os sete minutos no céu lá fora acabaram, mas aqui dentro só estava começando.
- Confesso que estava morrendo de saudades disso. - Falou o João entre um de nossos beijos.
- Eu também meu amor. - Falei o enchendo de selinhos.
Como explicar a felicidade que eu tô sentindo? Não tem como, mais um pouquinho eu explodiria, mas não podia explodir, não antes de terminar o que começamos. Desgrudei da cintura dele e levei ele até uma cadeira do escritório, ele sentou e eu fui sentando por cima. Primeiro ele arrancou minha blusa e depois eu a dele, enquanto ele beijava meu pescoço soltou a alça do meu sutiã, tava tão apaixonada que eu poderia me entregar pra ele em qualquer lugar que fosse, João beijou meus seios e já tava com as mãos por baixo da minha saia, ele não a tirou, só levantou ela até minha barriga, chegou minha calcinha pro lado, vestiu uma camisinha e fizemos amor em cima da cadeira. Após gozarmos juntos eu dei beijos nele ainda em cima dele, depois sai de cima do João me ajeitando, o tesão ainda percorria pelo meu corpo, fazer amor com ele era muito satisfatório, era incrível. Procurei meu sutiã pelo escritório e quando olhei pra trás estava na mão do cafajeste.
- Tá procurando alguma coisa. - Falou ele rodando o sutiã pela alcinha, sorri.
- Me dá isso. - Falei tentando puxar da mão dele, só que ele colocou pra cima, inalcançável. - Só se me der um beijo. - Falou acompanhado de um sorriso cafajeste. Dei um beijo nele e ele foi cedendo o braço pra pôr na minha cintura e eu saí puxando o sutiã da mão dele. Ri debochada.
- Assim não vale poxa. - Falou ele me abraçando por trás. - Deixa que eu coloco. - Deixei que colocasse. Depois vesti minha blusa e ele vestiu a dele, abracei o João forte depois de nos vestir. Tinha medo de falar pra ele que o amava, mas transmitia isso, a primeira vez que ele disse que me ama foi bom, mas eu ansiava pela segunda e que fosse bem melhor, com o tempo, com amadurecimento.
Saímos do escritório abraçados e nos beijando com selinhos. Quando o pouco que tinha do pessoal na sala viu a gente começaram a gritar 'aeeeee, até quem enfim', sorrimos. O Max, a Gil e o Ric estavam fumando narguile, e tinha rap tocando no meu home theater.
- Vem cá experimentar. - Falou a Gil. Eu adorava fazer coisas novas, e era bom mesmo, a essência tava fraca ainda tinha muito gosto de maconha, mas era bom. Depois de mim foi a vez do João. Deixei ele lá e fui procurar o resto do pessoal. A Diana e o namorado se pegando na cozinha, ele deve ter chegado enquanto eu estava no céu. Fui caminhando até o quintal e a Jess e Ju estavam na piscina só de sutiã e calcinha com os tarados do Marcelo e Henrique. Fui andando até lá.
- Cadê a Analu? - Perguntei.
- Tá lá em cima com o Math. - Falou a Ju.
Eita. Ainda bem que lembrei de trancar o quarto da mamãe. Acho que enfim a festa começou. Fui até a sala com uma garrafa de vodka e duas latas de redbull nas mãos e soltei um eletro, depois não vi mais nada além de bebida.
Já estava me sentindo bêbada, geral voltou pra sala, menos a Analu e o Math, geral bebendo e o funk começou a rolar, comecei a dançar feito louca, me sacudindo toda, rebolando até o chão e o copo na mão. Até que o João pegou na minha cintura, depois na minha mão tomando o copo da minha mão.
- Chega né.
- Naaaaão. Eu quero mais. - Falei, naquele tom igual bêbado fala sabe?
- Vem Cléozinha. - Falou o João me levando lá pra fora, chegamos no quintal perto do chuveirão, ele tirou minha roupa me deixando só de calcinha e sutiã, ninguém lá ligava pra isso, todo mundo muito maturo.
João me jogou embaixo do chuveirão e eu comecei a abraçar ele com frio, e ele também acabou tomando um banho comigo, tirou celular e carteira do bolso e colocou em cima da mesa, pegou minha mão, desligou o chuveiro e nos jogamos na piscina, comecei a beijar ele lá dentro num ato de fogo incontrolável, ficava meio assim quando bebia, o João tentando me controlar, mas era em vão.
- Nossa Cléozinha. - Mergulhamos nos beijando e aquilo foi muito bom.
Quando levantamos, por um instante eu parei, recuperei minha sanidade e olhei nos olhos cor de mar dele.
- João? Eu roubei.
- An? - Falou rindo.
- Eu roubei, no jogo, a Jess me mandou um torpedo, precisava de algo que me fizesse ter 7 minutos no céu com você, não com o Henrique. - O João começou a rir.
- O celular da Jess estava comigo. Nós roubamos. - Falou ele me beijando.
As coisas tem uma ordem natural pra acontecerem, se for pra acontecer nada vai atrapalhar, pelo contrário tudo vai cooperar pra que aconteça, inclusive que a gente ama.
Sorri. Sorriu. Sorrimos.
ESTÁ A LER
Flat 83
RandomCléo se muda para o Flat 83 de um condômino de classe alta na Tijuca, enquanto sua casa não fica pronta, após uma mudança. Lá ela se aproxima do gatinho João Pedro, vugo JP de uma maneira romântica, mas diferente do romântico que estamos acostumados...