Capítulo 29

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  Já não estava muito bem, mas procurei ficar, fiquei pensando em algo que adiantasse meu lado. Recebi um torpedo da Jess, li sem que ninguém percebesse.

" Eu nunca saltei de asa delta".

- Eu nunca saltei de asa delta. - Falei, sem saber o que estava falando. E o Henrique abaixou o dedo. Olhei pras mãos do João e seu dedo permanecia intacto, assim como o meu.

- Só pode ser brincadeira. - Falou a Gil. - Bom, conhecem as regras, onde vai ser o céu Cléozinha?

- Pode ser no escritório do papai. - Falei. Fiquei olhando pro João.

- Vão logo. - Falou a Gil. - Luz apagada, só por que demoraram.

- Tá bom. - Falei alto, puxei o João, entramos no pequeno corredor, depois no escritório e fechei a porta, tranquei ela e virei, a luz tava apagada, mas eu liguei o abajur da mesa, olhei pro João e nunca pensei que fosse ser tão estranho ficar a sós com ele, ele tava parado no centro do escritório, olhei no relógio 20:40, sete minutos né? Fui andando até ele, até sentir nossos corpos se encostarem olhei pra cima. - Me desculpa. - Falei passando a mão sobre seu peitoral até chegar em seu pescoço, mordi seu lábio inferior e fui soltando devagar. - Eu ainda gosto muito de você. - Falei encostando meu nariz no dele, já estava na ponta do pé, desanimada por não ter nenhuma resposta, até que ele segurou em minha cintura com muita firmeza.

- Eu também. - João jogou meu cabelo pra trás no mesmo segurou meu pescoço, arrepiei até a alma, iniciamos um beijo doce e afetuoso, segurei em seus ombros com força e senti o beijo acelerar cada vez mais.

  O João apertou bastante minha cintura enquanto me beijava, a mão desceu pela minha bunda apertando-a com força, vi estrelas, depois a mão fez o favor de descer mais um pouco na região de minha coxa, o João me suspendeu até que minhas pernas agarrassem sua cintura, agarrei com força, ele passou a mão pelo meu cabelo a repousando na minha nuca, ambos estávamos bem excitados, até que ouvi baterem na porta, com certeza os sete minutos no céu lá fora acabaram, mas aqui dentro só estava começando.

- Confesso que estava morrendo de saudades disso. - Falou o João entre um de nossos beijos.

- Eu também meu amor. - Falei o enchendo de selinhos.

   Como explicar a felicidade que eu tô sentindo? Não tem como, mais um pouquinho eu explodiria, mas não podia explodir, não antes de terminar o que começamos. Desgrudei da cintura dele e levei ele até uma cadeira do escritório, ele sentou e eu fui sentando por cima. Primeiro ele arrancou minha blusa e depois eu a dele, enquanto ele beijava meu pescoço soltou a alça do meu sutiã, tava tão apaixonada que eu poderia me entregar pra ele em qualquer lugar que fosse, João beijou meus seios e já tava com as mãos por baixo da minha saia, ele não a tirou, só levantou ela até minha barriga, chegou minha calcinha pro lado, vestiu uma camisinha e fizemos amor em cima da cadeira. Após gozarmos juntos eu dei beijos nele ainda em cima dele, depois sai de cima do João me ajeitando, o tesão ainda percorria pelo meu corpo, fazer amor com ele era muito satisfatório, era incrível. Procurei meu sutiã pelo escritório e quando olhei pra trás estava na mão do cafajeste.

- Tá procurando alguma coisa. - Falou ele rodando o sutiã pela alcinha, sorri.

- Me dá isso. - Falei tentando puxar da mão dele, só que ele colocou pra cima, inalcançável. - Só se me der um beijo. - Falou acompanhado de um sorriso cafajeste. Dei um beijo nele e ele foi cedendo o braço pra pôr na minha cintura e eu saí puxando o sutiã da mão dele. Ri debochada.

- Assim não vale poxa. - Falou ele me abraçando por trás. - Deixa que eu coloco. - Deixei que colocasse. Depois vesti minha blusa e ele vestiu a dele, abracei o João forte depois de nos vestir. Tinha medo de falar pra ele que o amava, mas transmitia isso, a primeira vez que ele disse que me ama foi bom, mas eu ansiava  pela segunda e que fosse bem melhor, com o tempo, com amadurecimento.

   Saímos do escritório abraçados e nos beijando com selinhos. Quando o pouco que tinha do pessoal na sala viu a gente começaram a gritar 'aeeeee, até quem enfim', sorrimos. O Max, a Gil e o Ric estavam fumando narguile, e tinha rap tocando no meu home theater.

- Vem cá experimentar. - Falou a Gil. Eu adorava fazer coisas novas, e era bom mesmo, a essência tava fraca ainda tinha muito gosto de maconha, mas era bom. Depois de mim foi a vez do João. Deixei ele lá e fui procurar o resto do pessoal. A Diana e o namorado se pegando na cozinha, ele deve ter chegado enquanto eu estava no céu. Fui caminhando até o quintal e a Jess e Ju estavam na piscina só de sutiã e calcinha com os tarados do Marcelo e Henrique. Fui andando até lá.

- Cadê a Analu? - Perguntei.

- Tá lá em cima com o Math. - Falou a Ju.

  Eita. Ainda bem que lembrei de trancar o quarto da mamãe. Acho que enfim a festa começou. Fui até a sala com uma garrafa de vodka e duas latas de redbull nas mãos e soltei um eletro, depois não vi mais nada além de bebida.

  Já estava me sentindo bêbada, geral voltou pra sala, menos a Analu e o Math, geral bebendo e o funk começou a rolar, comecei a dançar feito louca, me sacudindo toda, rebolando até o chão e o copo na mão. Até que o João pegou na minha cintura, depois na minha mão tomando o copo da minha mão.

- Chega né.

- Naaaaão. Eu quero mais. - Falei, naquele tom igual bêbado fala sabe?

- Vem Cléozinha. - Falou o João me levando lá pra fora, chegamos no quintal perto do chuveirão, ele tirou minha roupa me deixando só de calcinha e sutiã, ninguém lá ligava pra isso, todo mundo muito maturo.

  João me jogou embaixo do chuveirão e eu comecei a abraçar ele com frio, e ele também acabou tomando um banho comigo, tirou celular e carteira do bolso e colocou em cima da mesa, pegou minha mão, desligou o chuveiro e nos jogamos na piscina, comecei a beijar ele lá dentro num ato de fogo incontrolável, ficava meio assim quando bebia, o João tentando me controlar, mas era em vão.

- Nossa Cléozinha. - Mergulhamos nos beijando e aquilo foi muito bom.

  Quando levantamos, por um instante eu parei, recuperei minha sanidade e olhei nos olhos cor de mar dele.

- João? Eu roubei.

- An?  - Falou rindo.

- Eu roubei, no jogo, a Jess me mandou um torpedo, precisava de algo que me fizesse ter 7 minutos no céu com você, não com o Henrique. - O João começou a rir.

- O celular da Jess estava comigo. Nós roubamos. - Falou ele me beijando.

  As coisas tem uma ordem natural pra acontecerem, se for pra acontecer nada vai atrapalhar, pelo contrário tudo vai cooperar pra que aconteça, inclusive que a gente ama.

   Sorri. Sorriu. Sorrimos.

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