Admiração Perigosa

By Sannatizando1

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Até onde vai o amor de uma fã? Até onde alguém é capaz de ir por um ídolo o qual se é venerado e desejado? Ap... More

Capítulo 1 - Elidio, o querido.
Capítulo 2 - "Eu te cuido, Elidio"
Capítulo 3 - Ou por bem, ou por mal. (+18)
Capítulo 4 - Socorro! (parte 1) +18
Capítulo 4 - Socorro! (parte 2) +18
Capítulo 5 - Daniel perdoa?
Capítulo 6 - (Re)começo!?
Capítulo 7 - vai-e-vem de danidio (+18)
Capítulo 8 - covid-se
capítulo 9 - parabéns, Daniel Nascimento

capítulo 10 - notícias [parte 1]

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By Sannatizando1


Alguns dias depois...

Narração Gabriela

Eu decidira dar um tempo a Elídio. O plano era perfeito: eu havia jogado a bomba e me afastado e é claro que a boa índole de Lico o traria de volta pra mim. 

Eu tomara sol na varanda de casa, o mesmo local onde eu "seduzira" o meu querido Elidio. Apenas de bíquini eu me deitara em uma daquelas cadeiras apelidadas de "espreguiçadeira", e acompanhando-me havia um coco onde eu deliciava a água do mesmo. 

- Gabriela... - eu escutara a intrometida de Sabrina me chamar. 

- Hoje é sábado. - eu respondera a ignorando enquanto eu me mantinha estática. 

- Eu... acho que você vai gostar de assistir ao jornal. - Sabrina tentara novamente. 

- Você sabia que tu é chata pra dedéu? - eu dissera aos berros enquanto eu sentara de modo a encará-la de frente. - O que foi, infeliz? Uma mulher grávida não pode alimentar sua criança com vitamina D mais não? - eu dissera olhando-a fixamente. 

- Maria Eduarda, eu acho bom você ir assistir ao jornal! - Sabrina insistira. 

Eu me aproximara de Sabrina com um falso sorriso, enquanto caminhava lentamente até ela.

- Você me chamou de que? - eu perguntara num tom falso enquanto escondia uma mecha de seu cabelo atrás de sua orelha. 

- Desculpa, Gabi... - Sabrina ensaiara uma desculpa mas sem sucesso.

Eu sorrira forçadamente e então a agarrei pelo braço e a joguei em minha piscina. 

- Me chama pelo meu nome verdadeiro de novo e eu te afogo! - eu gritara irritada. - Imprestável! - eu continuara enquanto sapateava mostrando minha indignação. 

Depois de me acalmar um pouco, eu entrara para minha casa para conferir as notícias. 

- "E agora vamos ao momento do esporte. Corinthians só empata com o Grêmio e perde a chance de chegar ao G4" - eu escutara o apresentador anunciar. - Aquela maldita me interrompeu pra isso? - eu conversara comigo mesma enquanto aguardava por mais alguma notícia. 

"Atlético-MG se isola na liderança e chega para a reta final do campeonato com 98% de título" , o apresentador continuara a noticiar sobre esportes. 

- Ainda nada? - Sabrina perguntara ao sair da piscina completamente encharcada.

- Você me chamou pra isso? Esportes? - eu questionara apontando pra televisão.

"E a seguir, Governo Federal anuncia vacinação em massa. Estaremos ao vivo com um médico importantíssimo na pesquisa para fabricação das vacinas. O Jornal Dia volta em 6 minutos".

- Médico importantíssimo? - eu questionara preocupada enquanto erguia o óculos escuros até o meu cabelo. 

- É o seu pai, Gabi. Olha, eu não sei o que você fez mas essa vacina chegou rápido hein? - Sabrina comentara enquanto secava os seus cabelos com uma toalha qualquer. 

- Quem te contou que ele é meu pai? - eu questionara enquanto a puxava pelos cabelos. 

- Ai, Gabriela... Você está me machucando. - Sabrina retrucara enquanto lutava contra minha mão. - Está na cara! O sobrenome dele é o mesmo do seu, e a quem mais interessaria uma vacinação tão rápida? - Sabrina prosseguia com sua fala em tom de dor. 

- Converse com ele alguma vez na vida, e você não terá mais língua pra conversar. - eu a ameaçara novamente. 

Sentei-me no sofá para terminar de assistir o noticiário e eu percebera que Sabrina saíra chateada para o lado de fora da casa. Eu tentava não ser dura com ela mas era impossível. 

Narração Elidio

- DanDan! Daniel! - eu gritara pela casa até chegar em nosso quarto. 

- Querido, estou no banho! O que há de errado? - Daniel respondera-me com sua voz mesclada a água do chuveiro. 

- Você não faz ideia do que os jornais estão anunciando! - eu continuara a berrar. 

Em seguida, escutei o chuveiro desligar e Daniel sair de dentro do banheiro. 

- Como assim, querido? - Daniel questionara-me. 

- Podia ter enxaguado o shampoo do seu cabelo antes. - eu comentara rindo de maneira fraca. - Enfim... Acho que esse isolamento irá acabar, querido. Um médico todo chique e com cara de inteligente deu entrevista pro Jornal e anunciou. - eu completara com a voz em tom de entusiasmo. 

- Isso é ótimo, Lico! Você sabe o que isso significa? Que voltaremos a viajar, que seremos só eu e você novamente... - Daniel dissera animada enquanto aproximava-se de mim e encaixava nossas cinturas. 

Na mesma hora o meu semblante mudara. Gabriela viera em minha cabeça imediatamente, e eu tive de recuar. 

- O que foi? Você... estava tão empolgado. - Daniel comentara desanimado. 

- Não é nada com você, meu amor. - eu dissera tentando sorrir. - É que... sabe? Uma coisa eu não entendo. Eles começarão a vacinar grávidas e pessoas com 30 anos. Justo a minha idade. - eu dissera intrigado. 

- Mas isso não faz o menor sentido, Lico. - Daniel respondera tentando encontrar lógica. - Bom, grávidas eu compreendo. Coitadas, sofrem tanto. - Daniel continuara a dizer e eu apenas sorria forçado ao ouvir ele comentar sobre gravidez. - Mas 30 anos? Não tinham que ser idosos? Como nas filas de banco? - DanDan prosseguia com seu questionamento. 

- Eu não sei, querido. Eu só sei que aparentemente eu irei vacinar amanhã. Isso não é incrível? - eu contara tentando parecer espontâneo. 

- E eu fico muito feliz por você. - Daniel dissera ao selar minha testa com seus lábios doces. - Só temos que descobrir quem está organizando isso e quando será minha vez. Afinal, tenho 32. - Daniel dissera com uma risada sem graça. 

- Essa é a parte mais chata, querido. - eu respondera sem saber como noticiar a ele. - Segundo esse médico, 32 anos serão os últimos a vacinar. Na verdades, estão chegando vacina de outros lugares e pode ser que o público dessa idade nem tome a mesma que a minha. - eu dizia desesperado. 

- O último? Mas querido, isso não faz sentido! Meu Deus, e o Andy? Ele tem 34! - Daniel dizia enquanto levava as mãos a cabeça tomada por shampoo. 

- O Andy tomará um dia depois de mim, querido. - eu dissera com a voz ainda tímida. - Mas quer saber, querido? Eu não vou tomar. Se eles não te derem, eu também não tomo! - eu completara de braços cruzados. 

- Se você não vacinar, eu é que mato você. - Daniel dissera repreendendo-me. 

Depois da bomba anunciada na televisão, Daniel ficara carregado de tamanha tristeza. Tudo que ele mais queria é que saíssemos dessa situação, voltássemos aos palcos. Mas juntos. Para piorar, havia dez dias em que eu não deixava ele me... tocar. "Dor de cabeça, dor de estomâgo", até uma aprendicite eu já havia usado como desculpa. 

- Porque não aproveitamos que meu cabelo ainda está cheio de shampoo... E você me ajuda a enxaguá-lo? - Daniel dissera enquanto tentava abrir o botão da minha calça jeans. 

- Querido, você sabe o que eu penso sobre tomar banho à noite. Eu gripo fácil... - eu dissera tentando recuar enquanto suava frio. 

- Você quer mesmo que eu te diga o que estou pensando? Elidio, você anda me evitando! Está frio comigo... - Daniel dissera com as mãos na cintura. 

- DanDan, eu te amo... Eu juro que eu te amo. Mas... - eu tentara argumentar enquanto perdia-me nas palavras. 

- Mas não sente mais atração por mim, não é mesmo? Olha, eu sei que eu engordei. Sim, eu ganhei 10 kg mas... Você me evitar por conta do meu peso. - Daniel dizia enquanto ensaiava um choro. 

- Mas não tem nada a ver com o seu peso, DanDan. Eu nem havia percebido que você tinha engordado. O problema sou eu. - eu tentara justificar-me. 

- Então só me procure quando você solucioná-lo. - Daniel dissera em tom de drama e então batera a porta do banheiro em "minha cara". - Ah, aliás... Você pede ao Andy que te acompanhe amanhã na vacinação. - Daniel dissera com a voz elevada. - Já que eu serei o último dos últimos nessa fila. - Daniel completara voltando a chorar e então batera a porta do banheiro de novo. 

Eu respirara fundo cabisbaixo, e então escutara o Daniel abrindo e batendo a porta o tempo todo. Claramente, ele só abrira para que eu pudesse ouvi-lo chorar. 

- Tpm... - eu dissera enquanto balançava a cabeça de maneira a negar que eu estivesse presenciando tudo aquilo. 

Entre choros e batidas de porta eu pegara roupas de cama para "mudar-me" para o sofá. Eu não conseguia tocar o Daniel sabendo que eu iria ser pai e de toda essa situação com Gabriela. E por outro lado eu não poderia contar pois eu sabia que seria o nosso fim definitivo

Eu pedira uma comida qualquer por aplicativo, e então ajeitei-me no sofá da sala no andar debaixo. Eu ainda podia escutar o show de Daniel, mas eu colocara fones de ouvido para amenizar o que eu poderia escutar. 

mensagens do telegram de Elidio

Lico :((23:30): andy? está aí?

AndersOoOn *-* (23:50):

lico? 

me chamando pelo telegram? 

nem reconheci!

pq a carinha triste no teu nome?

Lico :( (23:50):

eu e o dan

não estamos bem de novo

entrei por aqui pra que ele não me veja online no wpp 

AndersOoOn *-* (23:59):

ah, lico

não me diga que aprontou de novo! 

você sabe que ele tem telegram tb, não sabe? 🤡🤡🤡

Lico :( (00:10):

minha cabeça não está boa, amigo

precisamos conversar

pessoalmente

AndersOoOn *-* (00:30):

me diga como faremos isso

vc sabe que odeio excluir o daniel

=/ 

Lico :( (00:30):

você pode me acompanhar amanhã?

você sabe

amanhã eu vacino

AndersOoOn *-* (00:47):

claro que sim 

[áudio de Anderson] eu vi mesmo que você irá vacinar e estou orgulhoso! no dia seguinte é a minha vez. 

Lico :( (01:00):

andy

o dani é o último da fila

estão cogitando a hipótese de dar outra vacina pro público de 32

AndersOoOn *-* (01:14): 

cara

eles falam isso mas vc sabe que nem sempre funciona como planejado 

Lico :( (01:18):

eu não quer ser imunizado

não assim

sem o daniel

AndersOoOn *-* (01:20):

vc está sendo egoísta, amigo

peça uma corrida de aplicativo

te encontro amanhã no centro de vacinação às 8h 

Narração Anderson

Assim que eu terminara de conversar com Elidio, estava pronto para dormir, até que meu celular tocara. E era Daniel. 

- Oi, Dan. - eu dissera enquanto calçava meias no pé para dormir bem aquecido. 

- Cuidado, Anderson. - Daniel dissera do outro lado com a entonação de menino mimado. 

- Eu não entendi... - eu respondera sem dar muita importância. 

- Eu posso morrer a todo momento, sabia? - Daniel prosseguira com sua fala sem nexo. 

- Daniel, você pode traduzir pra mim? - eu continuara a dizer enquanto ajeitava algumas coisas no quarto para eu dormir.

- Você e o Elidio estão colocando chifres na minha cabeça! Chifre não é asa, eu posso morrer! - Daniel continuara a dizer coisa com coisa. 

- Daniel, você bebeu? - eu perguntara calmamente. 

- Ele vai me largar, não vai? - Daniel perguntara desesperado do outro lado da linha. 

- Daniel, eu preciso que você durma, porque aí eu irei dormir. Compreende? - eu dissera impaciente. 

- É como o Ross diz em Friends, sabe, Anderson... "Porque coisas ruins acontecem com pessoas boas?" Ou seja, comigo? - Daniel continuara com seu drama sem dar brecha para eu responder. 

Narração Daniel

- Mas que... que... Qual o antônimo de abençoado mesmo? - eu dissera em voz alta. - Que desabençoado! - eu xingara o celular ao ter a ligação desligada. 

Eu estava completamente embrulhado em meu cobertor, naquela cama de casal imensa... Sozinho. 

- Próxima pessoa que vou discar... - eu dissera olhando meus contatos. - Mãe do Lico. Certeza que ela vai me entender! - eu sorrira ao completar a sentença. 

- Querido. - Elidio dissera ao aproximar-se da porta de nosso quarto. 

- Poxa, Elidio. Fico feliz que você consiga passar por essa porta, ao contrário de mim com meus 10 kg a mais. - eu dissera em tom de ironia. 

- Querido, são 2h... é madrugada. Você precisa parar de ligar para as pessoas. - Elidio pedira com a voz doce. 

- Alô? Dona Sônia? Sim, é o Daniel. - eu dissera ao ser atendido e então mostrara língua para Elidio. 

- Sônia? - Elidio questionara tentando lembrar-se de quem era. - Mamãe? - Elidio dissera assustado ao lembrar-se e então pulara na cama. 

- Sim, o seu filho é gordofóbico. - eu dissera enquanto tentava desvencilhar-me de Elidio. - Ele não me toca mais! Só porque engordei! - eu completara em tom de desabafo. 

- Mas você hein, Nascimento! - Elidio respondera-me nervoso enquanto tomava o celular de mim e desligava a ligação. - Querido, porque tudo isso? A essa hora da madrugada? - Lico voltara a questionar-me. 

- Porque eu terminei um namoro duradouro por você, Elidio! Porque tudo o que eu venho fazendo nos últimos meses é dedicar-me somente a você! E o que eu recebo? Desprezo! - eu dissera enquanto segurava o choro. 

- Como pode achar, cogitar que eu não te amo? Me diga, Daniel! - Elidio respondera-me cobrando-me explicações. 

- Eu não sei o que esperar de um cara que dorme com uma qualquer depois de tudo, tudo o que passamos. - eu desabafara sem conter o choro. 

Elidio não respondera nada pra mim naquele momento. Ele somente aconchegara meu rosto em seu peito e eu pudera ver se relance o seu rosto entristecido.

- Você disse que me perdoava. Não confia mais em mim? - Elidio questionara enquanto abraçara meu rosto. 

- Eu perdoei mas não sei o que pensar com sua frieza para comigo. - eu respondera ainda dramatizando. 

- Você não se lembra dos nossos momentos juntos, querido? - Elidio perguntara com a voz carinhosa. - Como quando... fizemos aquilo. Poxa, quase que eu não topava. - Lico continuara a comentar com a risada envergonhada. 

- Claro que me recordo! Eu amo brincar de cavalinho com você! - eu comentara meio avexado. - Mas isso não importa quando hoje em dia você nem me toca, querido. - eu prosseguira ainda cobrando dele. 

- Se eu te disser que o amo mais que tudo e que amanhã você entenderá tudo o que está se passando, você me entenderia? - Elidio pedira quase em tom de súplica. 

- Eu diria que eu entenderia sim, querido. Mas... desde que amanhã você me conte tudo. Impreterivelmente amanhã. - eu reiterara minhas exigências. 


- Eu ainda preciso dormir no sofá? - Elidio perguntara-me enquanto acariciava minha mão. 

- Sim, você ainda precisa. Para retornar pro nosso quarto você terá que ser franco comigo. - eu respondera de coração partido. 

- Eu amo você, querido. E sempre será assim. - Elidio prometera-me enquanto abraçava-me de lado. 

- E o meu beijinho? - eu pedira fazendo uma pose engraçada.

Elidio caíra na gargalhada ao ver a pose que eu fizera e então selara meus lábios de maneira prolongada. 

- DanDan? - Elidio dissera de olhos fechados com o rosto colado ao meu. 

- Sim? - eu respondera mantendo-me intacto na mesma posição em que estava. 

- Meia noite eu vou te contar um segredo. - Elidio dissera em meio a gargalhadas. 

- Agora além de me zuar de gordo, está me chamando de velho por não entender os memes das redes sociais? - eu dissera rindo da situação. 

No dia seguinte...

Narração Anderson 

- Irei te esperar aqui, Lico. E ei, eu quero o comprovante de vacinação, tudo bem? - eu dissera cobrando de Elidio ao esperá-lo ao lado de meu carro.

- Tudo bem. Papai... - Elidio me ironizara e então fora em direção a fila. 

Mesmo aguardando em pé encostado em meu carro, eu ainda conseguira ouvir alguns acontecimentos. Uma funcionária passara de pessoa em pessoa para conferir os documentos, e até eu aí eu não estranhei. Mas em dado momento, leram o documento de Elidio e eu não sei por qual razão o passaram na frente de todos. 

- Isso não está normal. Acho melhor ir checar. - eu dissera perplexo com o que eu avistara. 

Aproximei-me da fila e então segui pra onde a enfermeira levara Elidio. Até chegar onde eles estavam. 

- Ei, com licença, eu sou amigo dele. - eu dissera a enfermeira. - Moça, a fila está imensa e a senhora passou o meu amigo na frente de todos. Isso é errado! - eu completara a frase exigindo uma explicação. 

- Não ligue para o meu amigo. Ele é o certinho da turma. - Elidio respondera em tom de brincadeira olhando-me fixamente. 

- Moço, me desculpe mas eu sou paga para seguir ordens. Me ordenaram que se alguma Elidio Sanna e tivesse as características físicas dele, era pra eu passar na frente. - a enfermeira explicara dando de ombros. 

Para Elidio não havia nada de demais na ação da enfermeira, mas aquilo ficara em minha mente e eu estranhara muito. 

Depois que eu e Elidio saímos de lá, íamos para minha casa para almoçarmos juntos e Elidio conversar comigo sobre o que quer que fosse. 

- Elidio, você há de convir comigo que há algo de estranho. - eu dissera desconfiado enquanto adentrávamos minha casa. 

- Anderson, você está vendo muita série, sabia? - Elidio respondera-me tentando convencer-me do contrário. 

- Elidio, pensa por um minuto. A moça passou você na frente! Começou pela SUA faixa etária! - eu continuara a argumentar. 

- Andy, eu preciso conversar com você. Podemos deixar as teorias da conspiração pra depois? - Elidio perguntara-me enquanto ajudava-me a descarregar as sacolas do supermercado.

- Claro, Lico. Como não? - eu me desculpara timidamente. - Pode se assentar. Eu irei preparar a comida. Afinal, você não sabe fazer uma lasanha especial como a minha. - eu completara me gabando. 

- Anderson, a Gabriela veio me procurar no dia do aniversário do Daniel. - Elidio começara contar-me enquanto lágrimas inundavam seu rosto.

- Como sempre temos que começar por ela. - eu dissera enquanto esterilizava todas as compras. - E o que mais, Lico? Você a mandou sumir da sua vida? - eu perguntara sem dar muita importância. 

- Ela está grávida, Bizzocchi. - Elidio contara de uma vez. 

Na hora que eu escutei a palavra "grávida", imediatamente o meu borrifador de álcool caíra de minhas mãos. 

- Ela o que? - eu dissera aos berros. 

- Sim, Andy. Ela bateu na minha porta e jogou isso tudo em mim. - Elidio dissera com os olhos marejados. - Eu amo tanto o Daniel, Anderson. Eu morreria por ele. Mas como eu posso abandonar um filho? - Lico prosseguira com seu desabafo. 

- Se você o ama porque não contou, Elidio? Você quer o que? Que ela bata na porta dele? É isso? - eu começara a me exaltar com Lico.

- Andy, você não sabe o que eu estou passando! Eu não durmo, a minha mente nunca para... eu fico pensando, pensando e a cabeça até dói. - Elidio retrucara. - Eu quero contar, Anderson. Eu juro. Mas parece que de alguma maneira eu espero que alguém chegue até a mim e diga: "vai ficar tudo bem, Lico. O Daniel vai estar com você". - Lico finalizara ainda exaltado. 

- Elidio, infelizmente se você está esperando ouvir isso de mim eu tenho más notícias. - eu dissera agora mais calmo. - Eu estou aqui e te oferecerei todo apoio! Mas eu não tenho como te garantir o que o Daniel irá fazer depois disso! - eu completara com a voz mais doce possível. 

- Você acha que eu devo assumir esse filho? - Elidio questionara-me enquanto "brincava" com as mãos, demonstrando-se nervoso. 

- Se você deve...? Meu Deus, Elidio! Se essa louca decide tirar tudo o que você tem, fazer um escândalo ela faz. E a sua carreira, meu amigo, se encerra por conta dessa cabeça oca sua! E eu estou falando da cabeça da baixo! - eu respondera voltando a exaltar meu tom de voz. 

- Se.. se eu chamar o DanDan aqui, você me apoia a contar pra ele? - Elidio perguntara voltando a se emocionar. 

- Eu acho que você deve chamá-lo pra falar sobre sim, Elidio. Mas a sós. - eu dissera em tom de pesar. - Isso é muito íntimo. Mas depois de contar, se precisar de mim, eu estarei aqui. E eu não acho que o Dani abandonaria o Cia. - eu prosseguira tentando dizer um pouco mais calmo. 

Decidimos que Elidio almoçaria comigo e compraria algo especial para Daniel. Dani já estava ciente que mais tarde, Elidio contaria tudo o que estava escondendo dele. 

Narração Sabrina

- Toma isso! E isso! - Gabriela gritava ao brincar com os bonecos de Elidio e Daniel. 

- Gabi? - eu a chamara preocupada.

- Porra, cara! Contigo não tem como curtir o final de semana, hein? - Gabriela reclamava ao interromper sua "brincadeira".

- O Elidio vacinou. - eu dissera com um sorrisinho de lado. - Não vai ir visitá-lo? - eu provocara.

- Não. Ele só irá ver o baby dele quando contar tudo para o Daniel. - Gabriela respondera com um sorriso malicioso no rosto, enquanto acariciava a barriga. 

- Se fizer um ultrassom aí, o diagnóstico será "prisão de ventre". - eu dissera em meio à risadas. 

- Ai, garota te manca, vai! - Gabriela dissera e então jogara o boneco do Daniel em mim. - Não tem ninguém pra você passar a perna não? - ela prosseguira com a voz em tom de desdém.

- Ai, Gabi! - eu respondera ainda rindo. - Agora vamos falar sério. Como sabe que ele vai contar pro Daniel? - questionei mostrando-me confusa. 

- É simples, meu amor. O Elidio é íntegro, entende? - Gabriela dissera em tom de soberba. - E ele ama o coiso lá. - ela revirara os olhos ao dizer isso. 

Continua...

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