PRAZER MORTAL °Riverdale

By LoohDonald

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{NECESSÁRIO LER PRAZER FATAL ANTES} Betty e Jughead finalmente chegam a Chicago.O que eles não sabem, é que t... More

...
1• Bem-Vindos a Chicago!
2• Iniciação
3• KINGSGOLD
4• Eu vou contar.
Rapidinho
5• Boatos
9• Dia de Festa
6• Me Bate
10• Sexta-Feira Muito Louca
7• Macbeth
11• Não sou boa nisso
8• Visitas
12• Uma Comemoração.
13• A Ressaca.
14• Fraternidade Epsilon
15• Conflitos
16° O Vídeo
17° O Fim
18° Três Meses Depois.
19° Atrações
20° What the Fuck?
22° Visita Inesperada.
23° Eu ia contar...
24° Senhora Grey.
25° Sexo, Loft e Reencontro.
26° E lá vamos nós...
27° O salvamento.
28° Que os Jogos Comecem.
29° Em busca de um Lar.
30° Puta Merda.
31° Só uma vez...
32° Me chama de amor.
33° Cicatriz de Sangue
34° Encontro.
35° Titia é rica.
36° Amigos
37° Somente por Hoje
38° Orgia
39° Entrega.
40° Massagem
41° Benefício da Dúvida
42° Uma Viagem Tranquila.
43° Gravidez
44° Fuga
45° Sem saco pra por um título.
46° Putz, virei Madrasta
47° Puta. Que. Pariu.
48° Maldito Karma
49° Uma puta saudade.
50° Prisão
Oieeee

21° Negociações

1.6K 200 1.9K
By LoohDonald


Eu tinha acabado de chegar na casa do meu falecido pai. Mas a surpresa maior foi ver a Winnie agachada limpando o chão da cozinha.

- O que você ainda ta fazendo aqui? - Falo seco. - Ficou durante esses três meses?!

Ela se levanta assustada com o som da minha voz e depois ri de si mesma, colocando a mão no coração.

- Sr. Jay....ninguém me demitiu, então presumi....- A corto.

- Presumiu errado. Pensei que tinha ficado extremamente claro no dia do funeral do meu pai e depois que mandou o maldito vídeo pra minha namorada. Ex, atualmente. Agora eu quero saber que porra ta fazendo aqui? - O olho sério. - Não vou fazer sexo com você e só vou pagar metade do que iria receber, sendo o certo não receber merda nenhuma.

Me afasto dela nervoso.

- Quando eu voltar, não quero ver nenhuma parte de você nos quatro cantos dessa casa.- Aponto pra ela.- Tem uma primeira vez pra tudo e por isso vou chamar a policia.

Vou pro quarto do meu pai onde ficava o cofre e abro depois de ter digitado a senha. Tinha vários maços de dinheiro que era da venda da empresa e coisas do velho, como relógios de ouro e etc. Meu celular toca. "Enid". Atendo.

- Sentiu saudades mais rápido do que eu esperava. - Coloco uns milhares no bolso.

- Cala boca. Preciso de dinheiro.

- Interesseira. Nem oi, como foi a viagem. Quando eu morrer não vem sentir saudade. - Coloco um relógio no pulso. Escuto a garota bufar no telefone.

- Pra começo de conversa, eu to pesquisando se tem cura pra essa merda de doença. E por sorte eu encontrei um cara que a família tem a mesma maldição que a sua.

- Eu deveria me sentir feliz? - Olho o quadro do F.P na parede e lembro do filho ruim que fui.

- O cara ta fazendo exames e vai testar um tipo de cura. Ele também é de Illinois. Você podia ir visita-lo.

Eu não queria a Enid e nem ninguém tendo esperança pra mim, sendo que já tinha desistido desde que soube que ia morrer. Já estou mentalmente preparado pra isso e não tenho nada a perder. Ela também tem que desistir.

- Pra que você quer dinheiro? - Mudo de assunto.

- Primeiro que você ficou aqui três meses e não pagou nada direito. Só vegetando no sofá. E segundo que eu roubei a manequim da Universidade, descobriram e quando chegaram aqui o Carl disse que foi ele e agora ta na cadeia. Preciso de grana pra fiança.

- Falei que era roubada o manequim. Quanto você quer?

- Só uns dez mil, parece que essa gente fica emocionada quando rouba de Universidade. Mais cinco mil pelo tempo que você ficou aqui. Sabe, eu nem ia te cobrar mas estamos precisando de grana aqui. Te amo ta. - Sua voz até fica fina no final.

- Vou enviar vinte mil amanhã.

- Ok. Vou te enviar o endereço do cara. Fala com ele. Dai você não precisa morrer com trinta e poucos anos. Quero que seja o tio retardado do meu filho.

- Sabia que existe várias formas de morrer sem ser por doença? Tipo assassinado, atropelado, esmagado e mais um monte. Mas eu vou pensar. Tchau.

Desligo. Pego mais um tanto de dinheiro e coloco na bolsa que tinha encontrado no quarto. Quando saio, Winnie estava com roupas normais e uma mala pequena nas mãos.

- Eu disse que não queria te ver.

- Desculpa, mas precisava te falar. Um cara tem te procurado um pouco antes desses últimos três meses. Parece que é coisa do testamento do seu pai. Falou que eu fazia parte...

- E o que você tem haver com isso? - Então me vem a luz. - Ótimo, o coroa se apaixonou pela foda da novinha. Agora já pode ir.

Tomara que tenha deixado a casa pra ela, já que gosta tanto. Assim também vou poupar o trabalho de vender. Pego uma maça na mesa e dou uma bela mordida nela.

- Você.Ainda.Está.Aqui? - Digo lentamente. Winnie tinha uma expressão desesperada e de medo. Se aproxima rapidamente de mim, como se suplicasse pela vida.

- Por favor Sr. Jay, não pode me demitir. Não tenho pra onde ir, meus pais me expulsaram de casa aos dezesseis anos ao saber que eu tinha um sugar daddy. Não tenho tanto dinheiro pra comprar um apartamento, ainda mesmo quando o senhor diminuiu....

Passo a mão no rosto, já ficando com dor de cabeça. Que porra ta acontecendo com minha vida? Eu só entro em enrascadas com mulheres. As vezes até sinto falta quando o Laucher me ameaçava pra pagar as dívidas de seu acordo. Na verdade não sinto não.

- Que se foda. É o seguinte, você vai continuar trabalhando aqui só pra te sustentar até encontrar um lugar pra morar e trabalhar. Vou descontar apenas duzentos do seu salário. Você tem um mês. E sem segundas intenções.

Ela começa pular de alegria e queria chegar em mim para me abraçar, me afasto e coloco a mão na frente como um stop.

- O cara do testamento deixou algum cartão para retornar? - Pergunto.

- Am...Sim. Aqui. - Me entrega e sorri. Mesmo assim não gosto dessa garota. Só um mês.

--- Betty ---

- Eu não consigo ver bolo e nem vodka...- Harry resmunga com o rosto em cima do balcão da confeitaria. Eu tinha um saco de gelo na cabeça.

- Se overdose de droga é ruim, imagina de bolo com vodka. - Faço sinal pra vomitar mas não o faço. - Não sei com que cara vou aparecer pra comprar o carro.

O garoto de cabelo cacheados castanhos me olha com um pequeno sorriso. - Já teve uma overdose? Não sabia que era viciada em drogas.

Respiro fundo e tiro o gelo da cabeça. Aponto pra minha cicatriz. - O psicopata que fez isso, me injetou uma mistura de drogas poderosas. Foi horrível. Prefiro mil vezes vomitar depois de ter bebido.

- Porra...e quem era ele? - Harry levantou interessado.

- Ah...um colega. Pensei que era burro de mais pra isso. Na real a obsessão dele comer a minha mãe passou pra mim. Mas agora ele ta bem no sanatório de Los Angeles. - Fazia tanto tempo que eu não pensava no assunto, que minha coxa doi ao lembrar da facada.

- Você não fez nada com o desgraçado depois? - Pega o gelo da minha mão e coloca em sua cabeça.

- Não podia fazer nada depois. Mas antes, cortei um lado da sua boca formando um meio sorriso enorme e tenebroso. - Passo a língua nos lábios. Maldito seja o Felipe.- Devia ter matado ele.

- Olha, ela é má. - Ele ri. Dois clientes entram na loja. - Vou acabar de fazer os cupcakes do Hitcock que você vai entregar amanhã.

Arregalo levemente os olhos. - Eu? Por que eu? Você sempre chama o Eddie pra fazer as entregas.

- Acontece que não vai rolar pro Eddie. E lembrando que eu sou o chefe. - Suja a ponta do meu nariz com glacê. Reviro os olhos na brincadeira e sorrio pros clientes.

***

-...É por isso que esse ritual satânico existe até hoje...Voltem no próximo vídeo! - Acabo de dizer pra camera do meu celular.

Eu e a Robin andavamos pelas ruas de Chicago Illinois. Tinhamos acabado de sair da antiga Igreja de Merlim.

-...Você agora é youtuber? Pensei que tinha um blog. - Ela diz e ataca seu cachorro-quente.

Guardo no bolso o celular e como meu cachorro-quente.

- Eu tenho os dois. A QueenB ta fazendo sucesso e decidi evoluir pro youtube. Assim as pessoas vão poder ler com os detalhes e sentir nos vídeos.

- To até vendo eu parar na cadeia por ser sua cúmplice nesses mistérios malucos que você me arrasta.- Ketchup cai de sua boca e logo limpa.

- A gente foge antes de ser pega. - Falo rindo e passo o braço no seu pescoço. - Chegamos.

Olho uma concessionária carros usados e seminovos. Era a mais barata que eu tinha visto na internet. Melhor ter um carro barato do que falir com um carro lindo.

Era tipo um estacionamento a céu aberto, vários tipos de carros estavam ali. Bandeiras e bexigas coloridas estavam destribuidas pelo local, mostrando que era dia de promoção. Algumas pessoas já estavam fazendo test-drive.

- Será que eles tem remédio dentro do airbag, igual Good Girls? - Robin Olha dentro de um carro. - A gente ia faturar a maior grana.

- E ficar em divida com um traficante lindo? Sem dúvida que ia dar certo. - Falo com ironia.

- Oi moças, o que estão procurando? - Um homem baixinho e barrigudo com um chapéu de vaqueiro branco com roupa da mesma cor e botas pretas, para na nossa frente.

- Um carro barato e em bom estado. O que importa é dirigir. - Digo com um sorriso amigável.

- Já sei até qual. Venham comigo. - Andamos com o homem até o carro. Eu olhava os que estavam em volta. - Esse aqui. Um Mazda 626. Esta em bom estado e dirige bem.

- Ah....mas esse....é muito feio.- Falo um pouco devagar para não parecer tão ofensivo. Robin começa a gargalhar do meu lado.

- O que importa é dirigir. - Ela imita minha voz e Ri novamente.

- Cala boca, Robin. Só tem esse de mais barato? - Tento olhar em volta. - E aquela kombi?

Pelo menos dá pra personalizar.

Eu estava errada. Não é só dirigir, eu quero um carro que pelo menos agrade os meus olhos.

- Essa belezura é Semi-nova. 22 mil apenas. - Ele sorri dando tapinhas no capô.

— Puta que pariu. — Coloco a mão na cabeça.

— Betty, compra um carro fúnebre. Acho que é uns dez mil. — Robin fala e eu mostro o dedo pra ela.— Fala sério, é seu primeiro carro. Não precisa ser tudo isso.

— Espera, primeiro carro? Cai na sorte grande. — O cara sorri. — Se você comprar aqui, vai lembrar de mim o resto da vida.

— Tem um carro um pouco mais caro que o Mazda 626 e que....seja mais bonitinho? — Ele parece pensar.

— Chegou um hoje. É tipo uma relíquia. Mas precisa de muitas reformas. Sai por 15 mil. Se quiser a pintura ou renovar os bancos é por 25. — O homem nos leva até o barracão que tinha no fundo da concessionária. Era uma mecânica, onde os carros passavam antes de aparecer a venda.— Esse aqui. É um Shelby Mustang GT 500 de 1967. Está em mau estado mas dá pra dirigir perfeitamente.

Eu e a Robin paramos ao olhar.

O carro tinha toda a pintura desbotada mas dava pra perceber que era azul escuro e duas faixas brancas atravessavam o mesmo. Dois pneus estavam murchos e parecia que os bancos tinha rasgos. Mas porra....estou apaixonada.

— Ele é lindo...— Passo a mão pelo capô até chegar na porta. O vendedor me olha como se fosse louca.— Bom...depois de uma reforma vai ficar melhor ainda.

Sento dentro dele e seguro o volante olhando em todos os lados possíveis, já me imaginando dirigindo.

— Essa porra é um Transformer....— Olho os bancos de trás. Robin tinha sentado ao meu lado.

— Não fica falando alto, vai que é mesmo. — A garota sussurra.

Minhas mãos saem sujas depois de tira-las do volante. Tudo estava com muito pó. É como se tivessem deixado esse carro guardado e sem andar por anos.

— Eu vou querer esse. — Decido por fim, mesmo sabendo a alta quantia que eu não tinha para pagar. Meus acúmulos no Jornal e na confeitaria vão resolver para uma entrada. — Quero ver o motor.

Eu não entendia muito de carro, mas o motor estava em perfeito estado. O único problema era a reforma. Passei um tempo assinando documentos e dando o dinheiro de entrada, acho que o  vendedor, que se chamava Rolley, ficou com pena ou feliz pelo meu primeiro carro ser vendido por ele, que trocou os quatro pneus e colocou meio tanque de combustível  para que  possa ao menos dirigir. Bom, eu estava praticamente falida...mas tinha um carro. Se não tivesse uma bolsa completa na universidade e fraternidade, com certeza teria que dormir nesses bancos rasgados.

— Olha, olha...EU.TO.DIRIGINDO.— Dou risada atoa enquanto passeava pelas ruas e recebia uns olhares estranhos das pessoas de fora.

— Eu reparei, Betty. — Robin Ri. — Não precisa dizer a cada cinco minutos...

— Que se foda, eu to dirigindo. — Rio de novo e requebro meu corpo de um jeito bem desordenado. — Conhece alguém que faz pintura? Do tipo bem barato?

Ela parece pensar. — Na verdade não. Só caro mesmo, se quiser algo bom.

Respiro fundo. Atolada até o cu e querendo fazer mais dívida? Claro.

Coloco meu carro no quintal da minha fraternidade. O sol se já se escondia, dando lugar a noite. Mikaela saia da casa toda arrumada. Quando me vê ela tira até os óculos escuros.

Abro os braços e me encosto no capô. — O que acha?

A Barrow ergue uma sobrancelha e dá de ombros. — Um pouco...sujo não acha?...tirando isso é ótimo, pelo menos não vai depender de Uber. — Diz revirando os se dirige para um carro que acabou de chegar. — Ah...Betty?

— Chora. — Falo pegando um balde e enchendo de água e sabão.

— Hãm....— Ela parecia hesitante. — ....não deixe essas vagabundas enherem a bunda de cocaína, amanhã tem prova. Quem reprovar vai pro abatedouro.

O que é o abatedouro? — Pergunto baixo pra Robin que dá de ombros. — ....Não vou deixar. Tenha uma maravilhosa transa, vagabunda.

— Eu vou ter. — Ela entra no carro mostrando o dedo do meio.

Robin se espreguiça ao meu lado. — B, eu bem que queria te ajudar a limpar coisa e tal, mas to cansanda de entrar em Igreja com ritual. Tenho que estudar. E se eu não melhorar em matemática o professor não vai me deixar entrar pra fazer a prova, de novo. Eu não quero chupar aquele pau mucho dele.

Franzo as sobrancelhas. — Você chupava o pau dele...?

Ela olha pra um lado e depois pra outro. — Não...mas eu tive essa idéia.

— Que horror... Quando eu entrar posso te  ajudar. — Sorrio. Ela vem até mim e me abraça, mas fico surpresa com seu beijo.

— Te vejo mais tarde. — Robin sorri e entra.

— Okay....

--- Jughead ---

Já era o outro dia e eu tinha acabado de mandar o dinheiro pra Enid e Carl. Tinha um homem de cinquenta anos, Alfred, vestido formalmente na mesa da sala de jantar da minha casa. Winnie estava na cadeira ao lado e eu em pé, com os braços na cadeira.

— Então...vai demorar ou dá pra ser? Tenho compromisso. — Digo pra desenrolar o velho.

Tinha mandado mensagem pra encontrar o Dylan mais tarde. Precisava de alguma coisa, já que ele me demitiu da concessionária, mesmo não precisando necessariamente de dinheiro.

— Vamos começar... — Alfred desenrola o papel. —...Para meu filho, estranhamente perturbado, Jughead Jones...deixo a Wislow. — Enrugo as sobrancelha. —...E todo meu dinheiro, nesse momento eu posso apostar que você foi um filho da puta e já pegou...— Dou de ombros sorrindo de canto.—... Para minha filha Jellybean, que quase não tive contato, deixo todos os meus aparelhos eletronicos por que sei que gosta dessas merdas...Para minha linda empregada Winnie Kane, deixo a minha casa que foi o lugar em que criamos as memórias mais intensas da minha vida e meu carro.

— ....EU SABIA. — Jogo os braços pra cima. Tenho vontade de vomitar. Ela sorria e lacrimejava. Se meu pai não tivesse passado da hora de morrer e que podia acontecer a qualquer instante, podia apostar que ela o tinha matado. O Alfred já guardava as coisas. — Espera...e as coisas pra Jellybean?

— Me certifiquei de conferir com sua mãe. Os bens já foram entregues. A menina ficou feliz. — Ele coloca tudo na sua pequena mala.

— Espera....e que porra é Wislow? — Pergunto. Nunca o tinha ouvido citar. — É alguma coisa? Um lugar?...uma pessoa? É isso? Ele me deixou uma pessoa? Eu sabia que no fundo ele era traficante....— Passo as mãos nos olhos.

— O que? Não, senhor....— Alfred me olhava aterrorizado. — Parece que é um galpão...aqui esta a chave. — Era uma chave grande e preta, com a ponta de um formato quadrado. O tipo que nunca tinha visto.— Agora preciso ir.

Pelo menos não é tão estranho como receber uma pedra em forma de convite para um jogo doentio. Pego minha jaqueta.

—...Senhor Jay...você vai poder visitar aqui quando quiser. — Winnie sorria de uma forma convencida. Resolvo nem responder.

O Hitcock tinha me mandado o endereço da casa dele, já que  nunca tinha pisado lá. Ele teria um evento daqui meia hora e disse para me apressar. Em poucos minutos eu estava em frente a  casa. Ou melhor, mansão. De um lado tinha várias árvores grandes, fazendo o vento ficar forte e ter que fechar a jaqueta. Um caminho de pedras de rio levava até a porta grande e larga de madeira, que combinava com a cor branca e cinza dos dois andares.

— Putz...— Dou algumas batidas na porta e logo é atendida por um mordomo.

— Posso ajudar?

— Vim falar com Dylan Hitcock. Ele sabe que eu ia vir. — O cara concorda, como se já soubesse e me deixa entrar.

Era tudo muito moderno com algumas coisas rústicas. O espaço era tão amplo que dava pra dirigir um carro sem bater em nada. Vários lustres eram de vidro e tapetes felpudos vermelhos escuros forravam algumas partes do chão.

— Puta merda...— Digo olhando em volta. Se o apartamento que tinha no Hotel de LA era caro, imagina essa casa.

Vários empregados entravam de um lado pro outro, como se estivessem arrumando o que já esta arrumado. Vários pratos de comida passavam pra sala.

— Impressionado, Jones ? — Dylan aparece. Usava calças sociais pretas e blusa da mesma cor, com abotoaduras de ouro no pulso. Sua barba tinha sido um pouco aparada e seu cabelo estava mais platinado. Bastardo Engomadinho.

— Vai rolar um show por aqui? — Olho novamente em volta.

— Um pequeno evento. — Dá de ombros. No hall de entrada tinha uma mesa de vidro com algumas bebidas em cima. — Bebe comigo?

— Nunca dispenso álcool. — Ele me dá um copo e coloca wisk até a metade. — Meu fígado já deve ta indo pra puta que pariu.

Mas eu também estou indo pra puta que pariu. Então foda-se.

— É de se esperar. Voltou pra Los Angeles nesses últimos meses? — Começamos andar pela casa. Entramos na sala onde estava sendo feito os preparativos.

Olho atentamente cada prato de comida na mesa retangular e vou ate o que me dá mais agua na boca.

— Fui esvaziar a cabeça. Não vem a porra do caso agora, certo? — Mordo um salgado que era recheado de frango. —...E os doces?

— Cupcakes vão chegar daqui uns minutos. Igual o evento. Então fala que merda você quer logo.— Engulo a massa com bebida.

— Queria saber se tem algum lugar pra eu trabalhar. Tipo a boate. — Dou de ombros. Dylan coloca uma mão no bolso e olha se seus funcionários estavam fazendo o que foram ordenados.

— Eu adoraria te dar um emprego. Mas acontece que você não é confiável, Jones.

— Não gostei de como disse isso não. — Coloco meu copo em cima da mesa e cruzo os braços. — Eu tive a porra de uma recaída, caralho. Foi uma vez.

— Eu não ligo. — Dá de ombros. Reviro os olhos. Ele olha pra algo atrás de mim. — Jasmine, os frios na mesa de centro por favor....Jughead, não vou te dar um emprego. Além do mais, você ta entupido de grana depois da venda da Jones Enterprise, agora Hitcock Enterprise. E tem a faculdade.

Dylan anda até o sofá de couro branco e se senta. Fico em pé o olhando. — Eu vou largar a faculdade.

O bastardo me olha surpreso. — Como é?

— Vou abandonar. Quer que eu desenhe?...Preciso de um desses. — Pego uma taça de Champanha que uma das mulheres trazia para por na mesa.

Andei pensando nisso a muito tempo. Por que eu vou ficar mais cinco anos estudando? Eu vou morrer. Eu sei que todos vão, mas já to ligado exatamente na data. Por que vou disperdiçar esse tempo com Engenharia Mecânica? Porra, eu amo carros e saber como eles funcionam, mas não vele a pena.

— Você é um otário de merda. — Dylan balança a cabeça, acabando de tomar seu wisk.— Ta jogando sua vida no lixo.

— Hitcock, não quero que você entenda...mas meu tempo esta contado na terra. No terceiro mês de 2036 eu vou morrer. Não tem cura. E obviamente se eu tiver filhos homens, vou passar isso pra eles. E já aceitei.— Era estranho finalmente dizer isso. O cara escutava atentamente, sem demostrar nenhum tipo de sentimento. Óbvio, não faria diferença pra ele. — Só quero trabalhar onde eu realmente gosto e não passando noites me matando de estudar, pra quando eu finalmente ter uma empresa fixa, não vou poder ver o sucesso que vai ganhar.

Ficamos em silêncio um certo tempo.

—...Eu posso ver de novo, talvez eu tenha um lugar pra você. — Dylan se levanta. — Mas se quer trabalhar no que realmente ama e de preferência rápido...por que não cria? Tenho uns contatos e posso te ajudar.

Nisso eu não tinha pensado.

— Pode ser uma boa ideia....— Também me levanto. Estendo a mão para que ele aperte. — Amigos de negócios.

Escuto o som de passos apressados e delicados sobre o piso liso. Estava descalço.

— Dylan... Os convidados vão chegar e o merda do seu massagista desmaiou no meu quarto....— A voz da Rebeka soa e segundos depois ela aparece com uma toalha branca enrolada no corpo e uma no cabelo. O rosto tinha uma máscara verde. Ela se assusta ao me ver. — O que você ta fazendo aqui?...Meu Deus eu to horrível...

— Agora sei por que ele desmaiou. — Evito rir. Rebeka me mostra o dedo do meio.

— DYLAN, eu paguei 500 dólares por uma massagem de uma hora e aquele escroto desmaiou em vinte minutos. FAZ ALGUMA COISA.

— E você quer que eu faça o que? Respiração boca-a-boca? Se vira Rebeka, que droga. — Dylan respira fundo. — ...Parece que os cupcakes chegaram, Jones ajuda ela e eu te vejo um emprego.

E o cara sai em direção a cozinha, que ficava na porta por onde as comidas encomendadas passavam, deixando nos dois. Respiro fundo. Rebeka sorri pra mim. A máscara enruga em seu rosto.

— O gatinho ficou mais gatinho.— A ignoro.— ...A gente não fez a social com sua namorada, como tinhamos combinado.... — Bebo o resto do Champanha.

— A gente terminou...Vamos acabar com isso logo, onde é seu quarto? — Pergunto e depois começo a segui-la.

--- Betty ---

Fico boquiaberta ao chegar na casa do Dylan. Era enorme e muito linda. Os funcionários me deixaram entrar com a Van da Confeitaria, que estava carregada com caixas de cupcakes. Tomara que o Hitcock não apareça, por que estou vestindo a camiseta amarela do trabalho e usando calças pretas um pouco desgastadas. Me olho no espelho da Van e ajeito meu cabelo. Porra, não sei por que estou me preocupando com isso agora. Ele já foi várias vezes na Confeitaria e me viu assim. Não preciso me importar.

As instruções eram para descarregar na porta da cozinha que estava aberta. Várias empregadas carregavam copos cheios e vazios ou pratos com comidas que davam água na boca. Olho a casa por dentro. Puta merda.

— Pensei que era o senhor Simons que fazia as entregas, como da ultima vez. — O mordomo dizia enquanto eu passava a primeira caixa.

— Ah, Edward? Então...ouve uns problemas. Tive que vir. — Eu te mato Harry. —...Pegue um pouco mais devagar, o glacê fica deformado se bater contra a caixa.

Pego outra caixa.

— Cooper? Não sabia que era você quem fazia as entregas...— Dylan aparece na porta com um sorriso divertido e as mãos dentro do bolso.

— Ah, oi Dylan...— Quando me Aproximo para entregar a caixa, meu pé bate em um dos tijolinhos do chão, fazendo a caixa com cinquenta cupcakes voarem da minha mão caírem de cabeça pra baixo no chão. Oh merda.

---
Putz gente,  4 mil palavras. Vou tentar fazer menos na próxima para n ter q ler tanto okay. Não levem a sério os preços dos carros pq eu inventei tudo por pura priguiça de pesquisar kkkk mas é fanfic ent fds. Na foto do carro q vou colocar, imaginem ele bem desgastado e sujo.


Mto obrigado pelos comentários de apoio e posso dizer q já estou bem melhor. Continuem votando e comentando, talvez logo eu volte.

Bye Bye💥

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