T A I L A M O R A I S
Olho para o Ramon e o Matheus sentados no sofá à minha frente.
- Vocês dois tem que parar com essa rixa ridícula. - Digo. - Eu gosto de vocês dois e me machuca tem que ficar o tempo todo escolhendo.
- Você não tem que escolher nada. - Matheus diz.
- Verdade. - Ramon concorda.
- Ok, então como o Matheus fica de cu doce por eu querer passar o natal com o meu amigo. - Enfatizo. - Decidi juntar os dois.
- Como? - Ramon pergunta.
- Conversei com a Rafaela, ela disse que o sítio é grande então...
- Quer que eu vá com você? - Ramon questiona.
Assinto sorrindo
Matheus ri de forma seca.
- Eu não sei... - Ramon coçou sua nuca.
- Eu quero passar o ano novo com vocês, as meninas adoraram a ideia. - Digo. - Vamos todos por favor?
- Eu não consigo dizer não pra você. - Ele me abraça.
Sorrio feliz.
Matheus levanta do sofá e sai em direção ao seu quarto batendo a porta.
- Vou dizer que sei que vai ter um grande dr aqui. - Ele beija a minha testa. - Qualquer coisa me dá um toque.
Assinto.
Ramon sai pela porta.
Respiro fundo e vou para o quarto do Matheus.
- O que foi isso?
- Eu é que pergunto.
- Para com isso Matheus. - Digo. - Ele é meu amigo apenas isso!
- Eu sei que sim, mas ele não te vê assim porra. - Ele respira ofegante. - Vocês dois tem uma aproximação que me irrita.
- Não tem com o que se preocupar.
- Eu não posso te perder, entende? - Ele segura meu rosto. - Ele parece ser muito melhor que eu.
- Para, parar com essa comparação chata. - Digo. - Vocês dois me fazem bem.
- E se...
- Eu gosto muito de você. - Falo. - Meu corpo, meu coração, tudo isso é apenas seu.
- Desculpa. - Ele pede. - Estou inseguro.
- Isso é normal, sinto isso o tempo todo na nossa relação. - Falo sincera. - Tenho medo de que você encontre alguém melhor que eu.
- Nunca, Taila.
Controlo um sorriso bobo.
-Eu sou apaixonado por você.
J Ú L I A M O R A I S
- Ela pediu isso? - Gael indaga.
Assinto.
Quando Ana me pediu para que eu "assumisse" o seu posto de mãe eu simplesmente travei no lugar não soube o que dizer e ela simplesmente saiu e me deixou com essa bomba, passei semanas tentando racionar isso e agora sentei para conversar com o Gael.
- Eu tentei ligar, conversar com ela, mas... - Suspiro. - Ela não me retorna.
- Eu vou conversar com ela, ela não pode pedir isso pra você é loucura!
- Mesmo Gael? - Cruzo os braços.
- Eu sei que eu assumir ser pai não é uma coisa boa pra você.
- Eu não disse nada disso. - Falo.
- Mas eu vejo.
- Olha, não fale nada com ela ainda.
- Por que?
- Eu só preciso pensar.
Ele balança a cabeça em negação.
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As semanas passaram rápido e eu contei para todos o que Ana me pediu e é claro a reação deles foi um não é da minha mãe foi pior ainda, ouvi um sermão de duas horas.
- Você não vai fazer isso, vai? - Tai pergunta.
- Não...Sei
- Qual é Júlia, você não pode fazer isso!
- Eu não vou, ok? - Digo. - Mas não consigo dizer não.
- Aprenda.
- Se a Ana morrer. - Digo baixinho. - Gael vai criar o bebê? Ele vai para adoção? - Pergunto.
- Dependendo do Gael e do Renato, os dois vão cuidar do bebê.
Me encolhi no sofá.
É nesse tipo de questionamento que me faz ficar dividida, eu sei que é uma puta loucura.
»»————>♡<————««
- Vamos galera! - Rafaela grita.
- Pegou suas coisas? - Gael me pergunta.
Assinto.
Estamos indo para o sítio e Rafaela está toda agitada.
- Estou prostituta que a Ana vai ir com a gente. - Stela revira os olhos. - A gente vai presa se bater numa grávida?
- Para de falar merda Stela. - Renato diz.
Ela levanta os ombros.
- Antes de você me bater eu te quebro. - Ana rebate.
Stela dá risada.
- Minha filha olha pro seu tamanho, o máximo que você pode me atingir é na canela. - Stela revira os olhos.
Dou risada.
- Desculpa, eu ri. - Taila tampa a boca.
- Vamos porra, para de ficar de papo. - Rafaela grita de novo.
- Sim senhora. - Gael zoa.
Rafaela revira os olhos.
- Vou cortar o pau do seu namorado. - Ela olha pra mim.
- Meu Deus, a única coisa boa. - Zombo.
- Ah é? - Ele me olha.
- Eu tô zuando amor. - Sorrio sapeca.
- A gente resolve mais tarde.
- Ih sexo selvagem viado, adoro. - Bruna ri.
- Vamos! - Rafaela grita mais uma vez.