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J Ú L I A  M O R A I S

Jogo a latinha de cerveja no lixo.

— Ju. – Ouço a voz da Rafaela. – Tira a lasanha do forno pra mim.

Assinto.

Coloco as luvas e abro o forno, tiro a lasanha colocando na ponta da pia, pois a mesma está cheia de latinhas de cerveja vazia.

Fecho o forno.


— Ajuda? – Caíque pergunta.

— Aceito. – Dou uma risada frouxa.

Ele tira as latinhas de cerveja da pia que estavam ocupando espaço e eu consigo colocar a forma de lasanha do jeito certo.

— Obrigada. – Agradeço.

— De nada. 

Tiro as luvas e sinto seu olhar sobre mim.

— Tu é novinha, tem quantos anos?

— 21. – Respondo.

— Sério? Parece que tu tem uns 19.

— Minha cara é de bebê mesmo. 

Rimos.

— Vai sair com a gente?

— Não sei, me sinto mal de deixar a Taila sozinha.

— Vamos levar ela com a gente.

— Não, tá louco? Os rolês que vocês vão não são pra ela.

— A gente pega leve com vocês dessa vez. – Ele pisca. – É sério aonde a gente vai ela pode ir.

— Vou falar com as meninas.

Caique: Confia na minha palavra pô. 

— Confia não. – Carla entra na cozinha. – Esse daí é a própria poluição.

— Se você não tivesse xonada no 

Thomas eu até falaria que era por mim.

— Você gosta do Thomas? – Pergunto.

Carla sobre os ombros.

— A gente gosta mais faz cu doce.

— O que é um saco, porque quando o Thomas fica com alguém ela acha ruim e vive versa. – Caíque fala com tédio. – Cês tão perdendo tempo.

— Cuida da sua vida, garoto, já pagou a pensão do seu filho?

— Está tudo certinho fofa. – Ele debocha.

— Você tem filho?

Ele assente.

— Dois meses.

— Ai que fofo. – Falo.

— Isso fica achando que ele é fofo.

Primeiro Olhar [✓]Where stories live. Discover now