A MORTE TEM COR

By amesparzas

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A MORTE TEM COR - Narra um assassinato de uma agente federal do governo americano - Nas Kamal, onde todas as... More

APRESENTAÇÃO
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capitulo 8
Capítulo 9
Capitulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48

Capitulo 35

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By amesparzas

Já estava na metade do dia quando o avião se aproximava de NY, só mais alguns minutos e iriam aterrissar. Lorna estava em silêncio desde o momento em que encontrou Weitz no saguão do hotel e decidiu permanecer a maior parte do tempo, ele estava confuso com os sinais emitidos por ela.

— Por mais quanto tempo você vai me dá gelo? — Perguntou Weitz enquanto pegavam o táxi após desembarcarem. — Ficou em silêncio o café inteiro, e durante a viagem mal nos falamos. É por conta do nosso beijo ontem?

— Não estou te dando gelo Mattew, é muita coisa em pouco tempo. Só tenha um pouco de paciência comigo. Você consegue? — Lorna lhe dirigiu um olhar doce.

— Claro, me desculpa. Também é algo novo pra mim também.

— Tudo bem, eu sei como é. — Lorna observa a mão dele que segurava carinhosamente a mão dela. — Vamos conversar depois, pode ser? — Ela retirou a mão delicadamente.

— Pode. Você vem comigo para a corregedoria?

— Não, eu preciso passar em casa primeiro. Nos vemos logo mais.

Os dois se despediram rapidamente sem muitos cumprimentos, logo a morena estava no seu quarto no Plaza Hotel.

Após um demorado banho ele decidiu ligar para Tasha, com certeza a morena deveria está muito preocupada com ela, já que as duas não se falaram desde que Lorna foi pra Washington.

— Até que fim você deu sinal de vida, Washington não tem mais telefone? — Falou Tasha assim que atendeu ao telefonema da morena.

— Boa tarde para você também! E sim, eu também senti sua falta nessas 48 horas que passei fora. — Brincou Lorna pela irritação de Tasha.

— Como foi com a família da Joe? Desculpa, que pergunta idiota a minha. — Ela se referiu ao velório de Joe.

— Foi péssimo, parece que eu estava revivendo as mesmas sensações do velório da Nas.

— Sinto muito por isso!

— Está tudo bem agora. — Falou ela, mesmo sabendo que não estava. — Tash, eu acho que descobri algo.

— O que você descobriu? — Isso deixou Tasha assustada. — Ah, não Lori! Eu te pedi para não se meter nessa loucura, isso precisa ser pensado com cautela, não podemos arriscar.

— Eu sei, é que ele é a única chance de descobrirmos o que aconteceu com a Nas, e agora com a Joe.

— Acha que ele está envolvido nisso?

— Totalmente! Eu sinto que estou dentro de algo grande. Muito grande.

— Vou te pedir novamente, não se envolve com isso, deixa que a justiça seja feita de forma correta.

— Não vai Tasha, ele é corrupto. Não vou deixar que ele se safe dessa. E eu vou fazer isso, com ou sem a sua ajuda.

— Não consegue ouvir um não, não é?

— Não mesmo. — Ela sorriu. — Você já tem outra resposta?

— No café, amanhã cedo. — Sugeriu Tasha. — Você me fala o que aconteceu e eu decido se vamos seguir com isso.

— Combinado! Te vejo amanhã minha noivinha favorita.

O contato foi logo encerrado, Lorna precisava trabalhar e Tasha já estava chegando no prédio do sioc quando encerrou a ligação.



     A tarde no escritório de NY prometia ser bastante agitada, Tasha tinha ido em casa no seu horário de almoço pois precisava resolver algumas coisas sobre o casamento, ela recebeu uma mensagem de Patterson pedindo que ela voltasse urgente para o sioc, eles tinham um grande caso nas mãos.

Um homem visivelmente alterado ameaçava explodir bombas em alguns pontos específicos da cidade. Ele queria vingança e usava isso para protestar contra o treinamento do exército americano na ilha de Viequês, onde a base militar estava instalada. Devido a esse treinamento muitos moradores tinham morrido em decorrência dos explosivos utilizados e outros ficaram com sequelas, sem falar na destruição ambiental que a ilha sofreu.

Um vídeo tinha sido postado numa conta no Twitter, e em poucos minutos viralizou, a cidade estava um caos, pessoas com medo das explosões, um trânsito quilométrico e um maníaco a solta, o Central Park estava lotado de visitantes e precisou ser evacuado às pressas.

Tasha, Reade, Jane e Kurt já estavam no local, uma equipe tática estava ajudando na evacuação, mas o parque era muito grande, tinha muita coisa para cobrir até acharem a bomba e desarmá-la, esse era o plano inicial.

As pessoas ainda estavam bem relutantes em sair do parque, curiosos já começavam a aglomerar após a faixa de isolamento, Jane e Kurt estavam na parte Norte no parque, Tasha e Reade tentavam conter os curiosos na parte Sul, o risco maior era que uma das bombas explodisse com todos ali.

O esquadrão antibombas demoraria bastante para chegar devido ao congestionamento nas ruas, eles tinham que se virar por conta própria.



No sioc, Patterson estava tentando hackear a conta do terrorista, após descobrir que os twitters eram programados a loira investigava com a finalidade de descobrir o local do próximo ataque.

Ela estava no seu laboratório comandando as equipes quando mais um par de mãos chegou para ajudá-los.

— Foi aqui que me chamaram? — Falou a morena ao entrar no laboratório.

— Lori! O que está fazendo aqui?

— Divisão antiterrorismo, prazer! Onde estamos? No que eu posso ajudar?

— Uma bomba no Central Park, mas temos Kurt, Jane, Reade e Tasha no local, e a outra bomba em algum lugar que estamos tentando descobrir, Rich está no outro laboratório com isso.

— Do que precisa? — Disse Lorna consultando seu tablet.

— Seus acessos, da NSA de preferência, precisamos descobrir o local da segunda explosão, precisamos contê-las antes que o caos fique maior.

— Claro, os acessos estão liberados. — Disse Lorna colocando as suas credenciais no sistema. — O meu pessoal está chegando ao local, podemos dividir a equipe tática assim que descobrirmos onde a próxima bomba vai explodir.

— Ótimo plano! Você está bem com lance da Joe? — A morena só acenou com a cabeça. — Lorna?

— Sim, eu estou. — Ela falou não muito convincente.

— Eu realmente espero que você esteja bem. Fico preocupada.

— Isso pra mim é novidade Patterson. — Ela olhou sugestiva.

— Você se tornou uma de nós, mesmo com os seus grandes conflitos faz de tudo para nos ajudar. Então sim, eu me preocupo com você.

— Obrigada! O que fez com o tabuleiro? Algum movimento?

— Está parado desde a morte da Nas, acho que era a única finalidade dele. — Explicou Patterson.

— Torço por isso. Vamos voltar as bombas? — Lorna sugeriu ainda sem jeito com essa conversa.



— Patterson precisamos de ajuda. — Falou Tasha pelo comunicador.

— Oi Tasha, pode falar? — Pediu a loira.

— Encontramos a bomba — Tasha fez uma pausa. — Tem um cronômetro, e precisamos de um plano rápido. Reade acabou de mandar uma foto.

— Certo, recebi, a Lorna está aqui para nos ajudar. Quanto tempo temos?

— Sessenta...

— Minutos? — Lorna questionou.

— Não, segundos. O que eu posso fazer para desarmar essa bomba? Rápido, não temos muito tempo, se ela explodir eu vou junto com ela. — Apressou a morena.

— Certo, consegue ver os fios ligados ao detonador? — Lorna questionou.

— Sim Lorna tem muitos fios aqui, qual deles eu puxo?

— Vermelho. — Falou Patterson.

— Verde. — Lorna respondeu ao mesmo tempo.

— Vocês duas podem chegar a um acordo? — Pediu Reade que até então tentava manter os curiosos afastados. — Não dá para tirar cara ou coroa aqui.

— Gente, trinta segundos. Alguma coisa? — Falou Tasha apreensiva.

— Atire na bomba! — Lorna falou ao checar a foto novamente.

— O que? Atirar na bomba? — Reade perguntou só para confirmar que ouviu bem.

— Como assim? — Patterson questionou com medo dessa ideia.

— Acabei de ver a foto da bomba novamente, atira nela. — Pediu Lorna observando a cara da Patterson confusa. — O calor da pólvora vai neutralizar os componentes da bomba. Natasha, atira logo!

Quatro disparos foram ouvidos por Lorna e Patterson, e logo tudo ficou em silêncio do outro lado da escuta.

— Tasha? Reade? Pessoal? — Patterson os chamou, mas tudo continuou em silêncio.



Do outro lado do parque Kurt e Jane perseguiam o culpado por todo esse terror, era o mesmo cara que aparecia no vídeo ameaçando a população. Após uma pequena perseguição o agente Weller e a consultora Joe conseguiu pegá-lo enquanto ele tentava fugir por uma das trilhas do parque. Logo o homem estava imobilizado e estava sendo levado para o carro onde seria conduzido para o interrogatório.



Enquanto isso o clima de tensão estava no laboratório, Lorna e Patterson estavam preocupadas porque nem Reade nem Tasha davam retorno após os tiros.

— Tasha? Reade? Pessoal? — Patterson os chamou é tudo continuou em silêncio.

— Ed... falem alguma coisa vocês dois. — Pediu Lorna.

— Conseguimos! — Falou Reade ainda tenso pela situação.

— Bom trabalho meninas! — Falou Tasha tentando controlar a respiração. — Agora precisamos encontrar a outra bomba e o segundo responsável por essa bagunça.

— Ah que alívio! — Lorna abaixou a cabeça na bancada.

— Vamos encontrar a outra bomba. — Pediu Reade.

— Podemos cuidar disso! Jane e Kurt estão voltando para o SIOC com um dos responsáveis para interrogá-lo, enquanto isso eu e a Lorna vamos continuar as buscas. — Explicou Patterson.



— Bom trabalho amor! — Disse Reade, ele achava incrível vê-la em ação.

— Você também fez um incrível trabalho agente Reade.

— Escolhi a mulher certa para casar-se. — Reade falou enquanto eles caminhavam para o carro. — Você é realmente incrível Tash, dominou bem toda a situação.

— Será que vou ganhar alguma estrelinha por isso? — Disse a morena assim que entrou no carro.

— Bem, uma estrelinha não sei, mas eu posso te compensar por isso mais tarde. — Os dois sorriram em cumplicidade.



— Ei pombinhos, podem desligar a escuta por favor? — Falou Lorna pela escuta de Tasha. — Estamos ouvindo tudo por aqui. — Disse ela gargalhando.

— Faz tempo que vocês estão aí? — Tasha perguntou sem graça.

— Desde o momento que vocês não desligaram a escuta. Sem paradas durante o percurso Ed. — Lorna alfinetou encerrando a transmissão.

— Estamos voltando para o sioc. — Ele respondeu.

Após interrogarem por algumas horas o suspeito, ele foi obrigado a entregar o seu comparsa e logo o time conseguiu encontrá-lo antes que a próxima bomba fosse acionada.



     Lorna estava na sua sala, finalizando o relatório do dia quando foi interrompida por Lesley.

— Oi sumida, até que fim te encontrei. — A ruiva falou ainda parada na porta.

— Eu? Sumida? — A morena sorriu. — Estava no FBI ajudando num caso.

— Eu fiquei sabendo do incrível trabalho de hoje, parabéns! — Lorna fez sinal para que ela entrasse. — Sinto muito pela Joe.

— Está tudo bem! Eu realmente estou tentando levar numa boa.

— Não vou te atrapalhar, sei que você está fechando o relatório.

— Você não me atrapalha. — As duas se olharam por um instante. — Como estão as investigações do caso? — Lesley lhe olhou um pouco sem jeito. — É, você não pode falar comigo sobre isso.

— Lorna? — A morena sinalizou para que ela continuasse. — Em meia hora podemos assistir os Yankees contra os Mets no bar da esquina?

— Tudo bem, até daqui a pouco então. — Lorna sentiu um frio na barriga pelo convite, mas involuntariamente sorriu após a porta ser fechada.



Reade e Tasha assim que terminaram os relatórios foram encontrar a organizadora de casamentos, precisavam assinar alguns contratos e também escolher a decoração. Reade era o mais empolgado dos dois, o sorriso estava no olhar de ambos, a cada proposta dada pela organizadora, os dois se olhavam em pura felicidade, era um sonho que os dois não queriam acordar.

— Vocês dois estão muito apaixonados, isso é nítido. — Falou Sasha a organizadora. — Há quanto tempo se conhecem?

— Desde nosso primeiro dia no FBI e nunca mais nos largamos. — Reade falou fazendo um carinho nas mãos de Tasha.

— E eu nem pretendo fazer isso, e nem facilitar para você. — Tasha se derreteu.

Os dois combinaram mais alguns preparativos, e aproveitaram para marcar a primeira prova dos vestidos e a degustação das comidas para a festa. Reade também iria com Kurt escolher o seu smoking, ele era o seu padrinho de casamento e estava lhe dando algumas dicas.



     O bar não estava tão cheio, apesar desses jogos da liga movimentarem toda a cidade, o local estava calmo. Lesley logo escolheu uma mesa, pediu bebidas e alguma coisa para comerem. As duas conversavam animadamente, já estavam na quarta garrava, o papo estava tão bom que até esqueceram que tinham ido assistir os jogos, a não ser quando as pessoas gritavam em comemoração a pontuação de um dos times.

— Você nunca tinha vindo aqui? — Lorna perguntou um pouco alto.

— Não, sempre vou do escritório direto pra casa, é ruim está no lugar em que você não conhece ninguém.

— Isso não vai ser mais problema, vamos mudar isso a partir de hoje.

— Aceito Lorna! Aguenta mais uma rodada?

— Eu ainda estou ótima! — Lorna falou sorrindo, mas já estava bem alterada.



— Com licença senhoritas, aquele rapaz mandou isso aqui. — Falou o garçom passando um papel para Lesley com um número telefônico.

— Não, obrigada! Já estou bem acompanhada. — Disse a ruiva segurando a mão de Lorna que sorriu envergonhada.

— Acho que deveríamos ir, amanhã temos que trabalhar e eu não dormi muito bem na viagem.

— Certo, te deixo em casa. — Lorna consentiu e logo as duas estavam na entrada do hotel. — É aqui que você mora?

— Por enquanto, mas estou procurando um apartamento, tenho planos de ficar na cidade. Gosto do que faço aqui.

— Espero que realmente você fique. — Disse Lesley encarando-a com um sorriso.

— Obrigada pelo convite e pela carona. — Lorna descansou a mão na perna dela. — Eu te vejo amanhã?

— Até amanhã Lorna, foi muito bom o jogo, você é uma grande torcedora. — A morena sorriu de canto tanto pela piada quanto pelas insinuações.



Nessa noite Lorna não sentiu a necessidade de tomar seus comprimidos, estava bem com o que aconteceu, pela primeira vez não sentiu medo de deixar alguém se aproximar dela, era algo confortável e sem pressão, Lesley lhe transmitia uma calma que a muito tempo ela não sentia.

No dia seguinte ela estava à espera de Tasha no café, a morena estava alguns minutos atrasada.

— Passou da hora hein? — Lorna falou assim que a morena se juntou a ela na mesa.

— Desculpa, dormi de mais. Tentei te ligar ontem mas não consegui.

— Eu saí ontem à noite.

— Hmm... um encontro? Quem é o sortudo ou sortuda da vez? — Tasha perguntou tomando um pouco do seu café.

— Não foi um encontro Natasha, só fomos tomar umas cervejas enquanto assistíamos ao jogo.

— Ah sim, e qual foi o placar do jogo? — Tasha sorriu ao ver Lorna ficar vermelha e sem resposta na sua frente.

— Não sei! Deu empate. — Lorna gargalhou. — Foram só umas cervejas com uma amiga de trabalho.

— Lesley? Ela parece ser uma pessoa legal. Não estrague tudo e se divirta-se bastante, já estava na hora.

— Não quero falar sobre isso! — Lorna bufou.

— Vai se divertir, já não vai sozinha ao meu casamento, veja por esse lado.

— Pode deixar! Esquecendo a minha vida sexual, vamos focar no nosso problema?

Lorna contou algumas coisas que descobriu durante a viagem, e muitas das suas desconfianças, Tasha ficou bem assustada, mas tinha que concordar com Lorna, elas precisavam descobrir o que o Weitz estava tramando contra eles, e a ideia maluca parecia a melhor opção.

— Não vou esconder que sinto medo, se ele está envolvido nessas mortes não vai custar muito para ele matar uma de nós. — Falou Tasha após ouvir tudo.

— Eu sei que é arriscado, mas ainda sim é o que temos. E eu aceito o desafio, afinal, é tudo para você não ser acusada injustamente.

— Por que você está fazendo isso por mim? — Lorna quase se entalou com essa pergunta de Tasha, nesse momento ela pensou em contar toda a verdade, sobre Zurique e os diários de Masha, mas era algo que ela ainda não estava pronta para enfrentar.

— Por muitos motivos, o principal é que acredito que você é inocente. — Ela sentiu o celular vibrar. — Preciso ir, tenho uma reunião em uma hora.

—  Lori, espera! — Tasha segurou a mão dela. — Sexta feira não marque nada, vamos sair para comemorar.

— Ah, eu vou matar o Edgar! Eu não quero comemorar meu aniversário Tasha.

— Vamos só sair para jantar, entre amigos. Você pode levar a Lesley. — Sugeriu ela. — Precisamos nos divertir sem se preocupar com o que vamos enfrentar futuramente. Vamos?

— Tá, você venceu!



    A semana passou de certa forma rápida, Weitz por muitas vezes tentou conversar com Lorna sobre Washington, mas a morena sempre dava uma desculpa para fugir na conversa.

Era aniversário da Lorna, ela já amanheceu com a ligação da filha, o que encheu seu coração de amor, mas também de culpa por não está perto da única pessoa que ela tanto amava.

Lembrou-se que em todos os aniversários que passou com a Nas esse dia era sempre animado, desde o café da manhã até o final do dia quando iam ao restaurante favorito dela, isso lhe fez sentir uma saudade de destruir o seu coração em vários pedaços.

O dia no escritório foi um pouco movimentado, ela recebeu atenção dos colegas da corregedoria, ligações dos colegas da NSA e dos amigos do FBI.

— Feliz aniversário! Gostou das flores? — Perguntou Weitz quando a encontrou no corredor.

— Gostei sim, o pessoal da corregedoria tem um ótimo gosto.

— Fui eu que mandei Lori! — Ele disse sem jeito.

— Ah, eu desconfiava. — Sorriu ela. — Obrigada, são lindas.

— Você está muito linda! — Ele admirava a mulher de vestido preto tubinho de mangas longas com alguns pontos de brilho e um salto alto. — Eu pensei em saímos para jantar em algum lugar, o que você acha?

— Eu adoraria, mas, tenho compromisso.

— Uma pena. Então eu preciso ir, posso te dar um abraço?

— Claro!

Aquele abraço foi totalmente estranho para ela, não era nada confortável está nos braços dele, era como se algo lhe sufocasse. Ela se afastou quando viu Lesley surgir no corredor.

— Desculpa atrapalhar. — Disse a ruiva um pouco sem jeito pelo que viu.

— Já estou pronta para irmos. — Disse Lorna fechando a porta da sua sala. Weitz olhava sem entender. — Até amanhã chefe! — Ela bateu no ombro dele.

— Divirtam-se! — Ele falou olhando as duas que ainda estavam saindo pelo corredor. — O que você está aprontando Lorna Prince? — Logo Weitz procurou algumas informações no celular.



As duas seguiram animadas para o restaurante escolhido por Tasha, que já estava com Reade, Patterson já estava a caminho com os demais.

— Parabéns aniversariante! — Tasha falou lhe abraçando. — Espero que goste da surpresa.

— Você me disse que era apenas um jantar entre amigos, e já vemos ali um bolo e um balão.

— Foi de última hora que a Patterson resolveu trazer o bolo, você merece! Essa deve ser a Lesley, prazer Tasha. — Ela falou apertando a mão da garota.

— O prazer é todo meu! A Lorna falou muito bem sobre vocês. — Disse ela simpática.

Reade também cumprimentou Lorna e Lesley, os quatro conversavam de forma animada enquanto bebiam esperando os demais. Falavam sobre o casamento que no momento era o assunto preferido deles, em seguida o restante o do time chegou, enquanto esperavam os pedidos o grande grupo se divertia com as piadas de Rich, as histórias da Patterson tudo estava muito bom, Lorna estava feliz, depois de tantos dias agitados ela conseguia respirar aliviada sem preocupação.

Os garçons serviam os pedidos, Tasha observou a fisionomia de Lorna mudar, o embrulho no seu estômago foi impossível de disfarçar, a morena tirava a tampa da sua bandeja quando reparou que não foi aquilo que ela tinha pedido.

Ela estava pálida, as mãos tremiam tanto que ela deixou o objeto de metal cair no chão chamando a atenção de todos.

— Lori tá tudo bem? — Reade perguntou preocupado, mas ela não conseguia falar. — Lorna? — Ela não tirava os olhos do seu prato.

— Ei Lorna? — Lesley tentou lhe chamar. — Ah, meu Deus! — A ruiva também ficou traumatizada com o que viu.

— Ei, olha pra mim, se acalma. — Tasha já estava ao lado dela e se conteve para não vomitar com o que viu no prato. —  Tenta respirar fundo Lori. Eu estou aqui!

— Tash, eu quero sair daqui, mas eu não consigo. — Disse ela chorando. — É a Joe, a língua dela. Como ele fez isso?

— Eu não faço a menor ideia. Vem, eu vou te tirar daqui. — Ela seguiu com Lorna para o lado de fora do restaurante, Lesley estava do outro lado ajudando a tirar a morena do local.

Os curiosos já começavam a aglomerar, Reade ligou para a perícia para que o órgão fosse retirado para análise.

Tasha tentava acalmar a parceira, ela tremia bastante, na cabeça de Lorna ela só imaginava quem poderia ter feito aquilo. A comemoração tinha acabado, Patterson e Rich seguiram para acompanhar a análise, Jane e Kurt não tinham muito o que fazer a li e foram embora após se certificarem de que não precisavam de ajuda.

— Eu vou levá-la para casa. — Disse Lesley.

— Precisa de ajuda? Podemos ir também. — Disse Reade.

— Eu dou conta dela! Só me ajudem a colocar ela no carro.

— Eu consigo ir sozinha! — Sussurrou ela sem tirar os olhos da mesa que ocupavam antes. — Não precisam fazer nada.

— Lesley me liga quando chegarem. — Tasha falou entregando o seu cartão para a ruiva.

— Eu ligo sim, pode deixar. É uma pena o que aconteceu. — Disse ela ao abraçar Tasha.

— Lori está tudo bem mesmo? — Tasha se certificou. — Pode ficar lá em casa se preferir.

— Não, eu estou bem. Só preciso dormir! — Ela não encarava nada além da mesa.



Reade e Tasha seguiram para casa ainda apreensivos, esperando notícias de Patterson sobre a análise. Lesley decidiu passar a noite com a morena, ela não parecia bem para ficar sozinha.

— Não precisa ficar, eu posso me virar. — Disse Lorna, após entrarem no quarto do hotel.

— Eu vou ficar aqui, você querendo ou não. Eu vou cuidar de você.

Lorna se deu por vencida, após emprestar uma roupa para Lesley as duas se deitaram, mas dormir foi a única coisa que não fizeram aquela noite.

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