Suddenly Us - Shawn Mendes

By acmend3s

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[1° temporada: Detention] [•••] Sam estava com sua vida nos trilhos novamente, até aquele que a fez se sentir... More

Cast
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Epílogo
Agradecimentos

Capítulo 27

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By acmend3s

Capítulo 27 – Eyes Closed… Forever

|Sam|
|👑|

Acordei com o meu celular tocando sem parar. Sem nem olhar, tateei a cômoda e, quando encontrei, o atendi.

-Alô? - Minha voz saiu totalmente rouca e eu me ajeitei no edredom, mas o choro da outra pessoa fez eu levantar meu tronco e me sentar ereta.

-Ele morreu, Sam! Marcus se foi. - Mel falou chorando, senti meu coração apertar ao escutar a voz dela totalmente destruída.

Marcus foi internado tem uns dois dias em estado grave, mas como da última vez eu tinha certa esperança de que ele iria melhorar. Estava muito enganada.

-Estou indo! - Falei sem esperar uma resposta, desliguei a chamada com ela e liguei para Shawn. Por causa de Anna, havíamos combinado de que ele iria sempre manter o celular por perto e com o volume alto pra uma emergência.

Enquanto chamava, eu ia tirando meu pijama e procurando outra roupa. Ele atendeu no quinto toque, com a voz rouca e sonolenta.

-Alô?

-Shawn! Preciso que venha pra cá ficar com a Anna. - Falei não querendo entrar em detalhes.

-Sam? O que aconteceu? Anna está bem?

-Está sim, só... vem pra cá. Vou liberar sua entrada e a chave vai estar debaixo do tapete, ela está dormindo. - Falei colocando a blusa e procurando meus documentos.

-Pra onde você vai às 4 da manhã?

-Para de fazer perguntas, só vem e rápido porque eu odeio deixá-la sozinha. - Desliguei o celular e peguei minhas chaves, passei no quarto de Anna e dei um beijo na testa da mesma sentindo meu corpo tremer.

Deixei a chave embaixo do tapete e saí correndo pela escada mesmo, não tinha como ficar esperando elevador nenhum. Quase rolei escada abaixo, mas com a adrenalina e o nervoso duvido que eu sentiria se caísse.

Entrei no carro e quando estava saindo avisei o porteiro da visita do Shawn e que ele poderia subir.

Tentei respeitar todos os sinais enquanto dirigia o mais rápido possível, o hospital ficava uns 20 minutos de distância, fiz o percurso em 10. Quando cheguei, estacionei o carro de qualquer forma e fui diretamente onde era o quarto de Marcus, a primeira coisa que vi foi Mel jogada no chão com Rafael a segurando tentando acalmá-la enquanto a minha melhor amiga chorava horrores.

Todas as sensações ruins que tive nos últimas dias me atingiram com força, toda a angústia me deixou desequilibrada por um momento, mas logo me recompus e fui na direção da pessoa que mais precisava de mim.

Assim que me viu, Mel se desvencilhou do namorado e cambaleou na minha direção. Seu rosto estava vermelho e molhado pelas lágrimas, o cabelo grudado enquanto a mesma soluçava sem parar repetindo várias vezes que ele tinha morrido.

Eu não falei nada, apenas a abracei. As vezes, um abraço é melhor do que várias palavras.

Era como se ela não tivesse mais noção do peso do próprio corpo, pois deixou ele todo em cima de mim e eu, fracote do jeito que sou, caí juntinho com ela. Senti uma dor insuportável nas pernas, mas a dor de ver minha melhor amiga tão machucada e desesperada era muito maior do que qualquer dor física.

-Eu vou buscar água pra ela. - Rafael falou e eu assenti devagar.

-Ele... ele disse... que me amava... - Ela tentava dizer enquanto soluçava, eu esperei o tempo dela pacientemente. - Disse que eu... eu era a filha que nunca teve.

Rafael voltou trazendo a água e tentou fazer com que ela bebesse, mas ela não quis. Ele me olhou com os olhos negros desesperados, eu podia ver nos olhos dele a dor por ver Melanie tão quebrada. Nunca falamos sobre isso, mas Rafael a ama e faria qualquer coisa pra tirar toda a dor dela, se fosse possível.

-A vida não é nada, Sam. - Melanie falou tendo um súbito ataque de raiva, se engasgando com a própria saliva de tanto que chorava. - Uma hora você está e então... você não está mais. Não é importante, e por isso não é justa!

-Mel, olha pra mim... - Pedi e acariciei o rosto dela com ternura. - Que ele te amava era nítido, a relação de vocês era única. E eu sei também que ele não iria querer que você visse a vida dessa forma! Ele iria querer que você sofresse pelo tempo que fosse necessário, mas que se erguesse novamente como a mulher corajosa e forte que é, você foi a parte mais importante da vida dele porque o aceitou, o ajudou a se aceitar e o amou mesmo quando ele achou que não merecia ser amado. E são essas coisas que você deve levar pra sua vida, junto com as lembranças dos sorrisos, das risadas, e vamos sempre estar aqui ao seu lado para te lembrar que, apesar da única certeza da vida ser a morte, a vida é importante sim, as trocas de experiências, as trocas de amor, de sorrisos. Você vai ficar bem, quando terminar de sentir a sua tristeza porque ela não vai ser pra sempre.

A abracei enquanto ela voltava a fungar me segurando com certa força. Rafael apenas se manteve longe nos observando enquanto eu tentava consolar Mel, sem sucesso.

-Vamos pra casa, Mel. - A chamei depois de um tempo e ela negou com a cabeça.

-E deixar ele aqui? Não quero.

-Mel, - Rafael se ajoelhou perto de nós duas e a puxou com cuidado para ele, colocando uma mão em cada lado do rosto dela. - vai com a Sam. Eu vou cuidar de tudo pra você, eu prometo.

-Mas...

-Por favor. - Ele praticamente implorou, ela me olhou com os olhos cheios de lágrimas e eu assenti.

-Tá bom, mas eu quero vê-lo uma última vez. - Olhei para Rafael sem saber o que responder e ele apenas assentiu, indo atrás de uma enfermeira para saber se podia entrar no quarto.

Adentramos o quarto que Marcus estava internado e ele estava tão sereno, tão em paz, parecia estar dormindo. Uma mão estava na barriga enquanto a outra estava esticada ao lado do corpo, o rosto estava virado para o lado. Segurei a vontade de chorar ao vê-lo assim, parecia que a qualquer momento ele ia acordar e contar as piadas pesadas dele, mas eu sabia que isso nunca mais iria acontecer.

Tremendo, Mel se aproximou do corpo colocando a mão em cima da dele.

-Eu te amo, pai. - Respirei fundo tentando manter as lágrimas dentro do meu corpo, pela Mel.

[•••]

Quando chegamos em casa, Mel não continuou calada e foi direto pro quarto dela. Meu único pedido foi para que ela não trancasse a porta, nunca se sabe o que uma pessoa em luto pode fazer.

Me sentei no balcão da cozinha olhando para o nada, a vontade de chorar havia passado e apenas um vazio se apossava de mim. Anna perdeu o avô dela, o avô que a aceitou de bom grado e que a ensinou jogar xadrez quando ela tinha só 3 anos.

-Imaginei ter escutado alguém chegar! - Pulei com o susto que a voz de Shawn me deu. - Desculpa, não queria te assustar.

-Pensei que estivesse dormindo. - Falei voltando a me sentar direito olhando para o nada novamente.

-Não consegui dormir, estava preocupado. - Ele se aproximou com as mãos nos bolsos e me avaliou. - O que foi?

-Marcus morreu. - Respondi rapidamente, as palavras saíram tão amarguradas que senti a vontade de chorar voltar com tudo.

-Meus pêsames, Sam. - Ele continuou em uma distância considerável. - Como Mel está?

-Devastada. É o segundo pai que ela perde. - Murmurei e ele assentiu pegando minha mão.

-E você? - Levantei os ombros sem saber o que dizer. Era um misto de sentimentos, uma confusão que nem eu entendia, mas Shawn entendia. Ele sempre entendia.

Shawn me abraçou e eu senti um peso enorme no meu corpo antes de deixar as lágrimas sair. Ele não falou nada e eu agradeci mentalmente por isso.

Eu estava sendo forte pela Mel e continuaria sendo por quanto tempo ela precisasse, mas Marcus também foi importante para mim principalmente quando me desvinculei da minha família, ele me recebeu junto com a minha filha e ajudou em tudo que eu, Mel e Anna precisamos.

-Obrigada. - Murmurei tentando me recompor e ele se afastou com um sorriso triste.

-Não precisa agradecer por nada! - Assenti sentindo ele passar o dedão na minha bochecha em um carinho. Ele me deu um beijo na testa e voltou a me abraçar, e ficamos ali, abraçados.

Eu não precisava de nada mais do que o abraço dele, assim como a Mel precisava do meu abraço.

•••

Eu fiquei uns dois dias tentando postar esse capítulo, mas não estava conseguindo. Finalmente consegui depois de um tempão, graças a Deus.

Espero que tenham gostado ❤

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