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– Doncaster é uma cidade pequena, mas como todo local comum, temos os nossos lugares especiais, para mim um dos melhores lugares são aonde eu passei a minha infância e adolescência. – Louis explicou para Harry assim que saíram da casa dos Tomlinson, eram quase oito horas da noite e sua família estava prestes a jantar, mas o ômega avisou ao alfa que eles iriam comer fora.
– E onde seriam esses lugares? – Harry perguntou ainda com curiosidade, já que o ômega estava fazendo um suspense sobre aquilo.
– Você vai ver, mas primeiro temos que comer a batata frita do Johnny. – Louis comentou animado, sorrindo em direção ao alfa, e Harry fez uma careta por estar confuso.
– Batata frita do Johnny? – Styles arqueou a sobrancelha em questionamento, fazendo o ômega rir, Tomlinson estava com um moletom amarelo que chamava bastante atenção e calça jeans preta, e o alfa imitava o estilo de Tomlinson, mudando apenas a cor de seu moletom para preto.
– Nós chamamos assim porque é o apelido do dono do estabelecimento, eu frequentava o local com alguns amigos do ensino médio, a gente costumava passar alguns sábados aqui porque dividíamos a porção da batata frita e acredite, nenhuma supera essa. – Louis explicou, andando próximo ao alfa, sentindo seus braços roçarem algumas vezes pelo movimento, mesmo que estivessem com as mãos dentro do bolso do moletom para despistar o frio da noite.
– É mesmo? – Harry perguntou com um sorriso provocador.
– Quer apostar? – Louis brincou, arrancando um sorriso malicioso do alfa, uma vez que toda aposta ou acordo que tinham sempre o contexto sexual entrava no meio.
– Depende do qual vai ser a aposta. – Harry respondeu o ômega, afinal eles já estavam bem sexualmente e fazer uma acordo apenas por batatas não parecia muito válido.
– Vamos logo. – Louis revirou os olhos para o alfa, continuando a caminhar ao seu lado, não demorando muito para avistar a porta de entrada do estabelecimento, era um local pequeno que parecia uma lanchonete, mas era comercializado apenas aperitivos ou derivados de batata. Ao entrar no local, o ômega se sentiu nostálgico, porque era bom frequentar lugares que passou uma parte de sua vida, ao encarar algumas mesas ele poderia facilmente lembrar de conversas com amigos que teve ali, ou quando passou finais de semana com sua família.
– Louis? É você, quanto tempo. – o ômega ouviu a voz do dono do estabelecimento, sorrindo ao notar que ele não havia mudado quase nada, Johnny era amigo de seu pai quando estudavam juntos e aquela era uma cidade pequena afinal, todos se conheciam.
– Como está a sua família? – Louis perguntou ao mais velho, e Harry se posicionou ao seu lado, encarando o homem de crachá amarelo e um chapéu estranho, sentindo um cheiro gostoso de batata, notando que haviam algumas pessoas conversando em algumas das mesas.
– Estamos todos bem, e a sua? – o alfa perguntou, era bom ver aquele ômega crescido, John o conhecia desde seu nascimento, e se sentia velho na maioria do tempo.
– Também estão todos bem. – Louis respondeu com um sorriso amigável.
– Está de visita? – John perguntou, e Tomlinson assentiu.
– Sim, e dessa vez trouxe o meu amigo para conhecer as suas batatas, eu disse a ele que são as melhores, mas ele não quer acreditar. – Tomlinson entregou o alfa, e Harry o encarou entortando os lábios pela sinceridade, colocando sua atenção no homem mais velho em seguida.
– Ah é? Tenho certeza de que ele vai mudar de idéia. – Johnny disse para Harry de brincadeira, sorrindo para Louis como um cúmplice.
– Estou disposto a tentar. – Harry respondeu o homem, que ficou mais animado, chamando um de seus funcionários para começar a preparar as batatas fritas.
Louis e Harry esperaram alguns minutos e enquanto isso, Tomlinson mostrou ao alfa algumas partes do local, não era um estabelecimento grande, mas tinha suas decorações. Quando Johnny voltou, o alfa trouxe um combo de batata frita com molhos de degustação de queijo, a porção deles foi separada em pequenas caixinhas de apoio, e Harry ficou surpreso quando o dono disse que as batatas seriam por conta da casa por ele conhecer Tomlinson, o ômega não conseguiu ignorar o olhar suspeito de John para ele, sabia que o homem tinha entendido que ele e Harry tinham algo.
– Vamos embora. – Louis disse para Styles assim que estavam com as batatas em mãos, e o alfa ficou confuso.
– Não vamos ficar aqui para comer? – Harry perguntou, mas o ômega negou, seguindo em direção a porta com suas batatas em mãos.
– Vamos comer em outro lugar. – Louis disse em um tom de suspense, e Harry segurou a porta para poder sair quando o ômega caminhou em sua frente, notando as ruas agora mais vazias, o seguindo um pouco curioso.
– O que achou das batatas? – Louis perguntou conforme levava uma de suas batatas até a boca, encarando o alfa no processo, que também repetia o mesmo gesto.
– São batatas fritas então são automaticamente ótimas. – Harry provocou, e Tomlinson arqueou as sobrancelhas em sua direção.
– Harry... – o ômega apertou os olhos para o alfa, que riu pela forma em que ele estava.
– Ok, admito. Essas são sensacionais. – Styles revelou, não iria mentir sobre aquilo, eram realmente suculentas e crocantes, totalmente melhores do que algumas que ele já comeu.
– Eu avisei. – Louis respondeu convencido, lambendo os lábios pelo gosto salgado. – Deveríamos ter comprado refrigerante.
– É verdade... – Harry concordou chateado, era péssimo comer aquelas coisas sem algo para beber.
– Tem um mercadinho no caminho. – Tomlinson relembrou aliviado, e eles poderiam comprar mais coisas para comer.
– Eu quero saber aonde estamos indo. – Harry perguntou deixando sua curiosidade transparente e Tomlinson riu.
– Não vai demorar, eu juro. – Tomlinson prometeu, e o alfa revirou os olhos, mas ainda sim o acompanhou.
Quando chegaram ao mercadinho, os dois seguiram para o corredor em que ficavam às refrigerantes, escolhendo algumas latinhas de Coca-Cola para levarem, e Tomlinson escolheu algumas balas de gelatina e doces. Os dois dividiram o valor como sempre faziam em idas ao mercado e Harry terminou a sua batata primeiro, tentando disfarçadamente pegar algumas do ômega, que fingia que não estava vendo. Depois de alguns minutos de caminhada, Harry avistou uma ponte, estranhando a princípio quando o ômega foi em direção da mesma, e Louis sorriu quando se sentou no chão, e como ainda estavam na pequena ponte que cortava um rio raso, Styles arregalou os olhos assim que Tomlinson colocou seus pés para fora do corrimão de concreto.
– Você vem? Não me diga que está com medo. – Louis perguntou para o alfa, e Harry revirou os olhos pelo comentário, também imitando o gesto do ômega, sentando-se na ponte, logo colocando os pés para o lado aberto, a ponte era feita de concreto e não era muito larga.
– Então esse é o lugar? – Harry perguntou encarando seus pés que estavam para fora do compartimento.
– Sim, gostou? – Louis perguntou encarando o lago, e se prestasse bem atenção conseguia ver seu reflexo, tendo a iluminação da luz da lua e das estrelas em seu favor.
– Sim, mas eu não imaginei algo assim. – Harry foi sincero, acreditou que estavam indo para algum estabelecimento, mas ele também estava gostando dali.
– Eu gostava de fazer isso quando eu era adolescente, as vezes precisava ficar sozinho ou estudar e é bem difícil na minha casa, muitas crianças, muito barulho. Essa passagem pelo lago é um pouco deixada de lado porque as pessoas preferem passar pela estrada, é a ligação com algumas casas no campo, algumas coisas aqui são muito próximas. – Louis explicou, pegando umas das latinhas para oferecer ao alfa, que a pegou, assistindo o ômega pegar outra para que pudesse beber.
– E as pessoas também se conhecem bastante aqui aparentemente. – Harry concluiu, ele também não ficou surpreso quando Louis cumprimentou o funcionário do caixa, eles também se conhecia provavelmente da escola ou algo assim, era estranho em sua perspectiva, ele não lembrava de muitas pessoas que passaram por sua trajetória.
– Cidade pequena, todos se conhecem. Por uma parte é bom porque temos histórias em comum, o ruim é quando alguém tem a má sorte de cair em algum boato. – Louis explicou, criando um pouco de coragem para se aproximar mais de Harry como desejava, e Tomlinson primeiro deixou sua cabeça deitada no ombro do alfa, encarando o ponto fixo da lua, logo enlaçando seu braço no de Styles, descendo sua mão livre até a do alfa, e o de olhos verdes o encarou, não dizendo muitas palavras quando correspondeu o gesto, trazendo a mão do ômega de encontro com a sua, notando os dedinhos gelados de Tomlinson em contato com sua pele.
– Eu também nasci em uma cidade pequena, mas saí de lá com sete anos para morar em Londres, e não acho ruim apesar de tudo, eu gosto de conhecer bastante gente e de cidades agitadas. – Harry disse ao ômega, encarando a luz da lua enquanto lembrava de algumas coisas, ele havia nascido em Holmes Chapel, mas depois da morte de sua mãe eles se mudaram, e Styles evitava pensar aquilo, ele procurava apagar o lugar de sua mente.
– Eu também sou assim por incrível que pareça, você deve ter notado a minha situação com o meu pai, ele acha que quando a faculdade acabar eu vou voltar para casa e trabalhar no mercadinho da esquina, nada contra a quem trabalha, mas você entende o que eu quero dizer? – Louis perguntou, afastando sua cabeça do ombro de Harry apenas para encará-lo, ele tinha seu coração um pouco acelerado porque eles estavam de mão dadas e Styles não havia o afastado ou feito alguma piada, as mãos do alfa eram quentes e macias, e por mais que Louis tivesse sua outra mão que segurava seu refrigerante congelando, ele não ligava.
– Sim. – Harry concordou, afinal havia notado o clima, e Louis deitou sua cabeça novamente no ombro do alfa, deixando a refrigerante ao lado, trazendo seu corpo para mais perto de Styles para que pudessem se aconchegar enquanto admiravam a paisagem.
– Pessoas como o meu pai não sonham alto com o futuro, ele acha que só porque nascemos pobres que não podemos mudar de vida e que todos os seus filhos precisam casar e ter filhos para sair de casa, tivemos uma discussão séria quando eu decidi ir para Yale e ele nunca me visitou no apartamento porque não gosta de me influenciar a ficar. – Louis explicou para o alfa, revirando os olhos em seguida, e Harry assentiu enquanto ouvia, ele não achou que Tomlinson tivesse algum problema com seus pais, ele parecia ter uma família perfeita, mas por mais que Mark agisse daquela forma, pelo menos ele se importava.
– Alguns pais são complicados. – Harry entortou os lábios ao dizer.
– Eu não o culpo, ele foi criado com esse pensamento e é mente fechada para evoluir, a minha mãe está melhorando em relação a isso. – Louis explicou, ele sempre tinha que manter a calma e a paciência naquela situação.
– E a sua mãe apoia que você fique em New York? – Harry perguntou para o ômega, que sorriu automaticamente.
– Sim e não, porque ela também é muito apegada a mim, mas ao contrário do meu pai, ela quer que eu tenha um futuro. – Louis sorriu mais satisfeito, sua mãe lhe apoiava muito e ele a amava.
– Você está certo, não dê ouvidos ao seu pai. – Harry disse pois sabia que seria a melhor opção.
– E você? Já sabe o quê vai fazer depois da faculdade ou para onde quer ir? – Tomlinson entrou no assunto que lhe interessava e Styles deu de ombros.
– Eu não sei na verdade, não tenho nada decidido. – Harry justificou, não era realmente uma mentira.
– Oh... – Louis comentou um pouco decepcionado, de uma forma ou de outra ele sempre tinha a sensação de que Harry escondia algo.
– Eu não sou como você que planeja as coisas, eu só acompanho o andar da carruagem pode-se dizer. – Harry explicou ao notar o ômega quieto, não sabia o porquê acabava lhe dando tantas informações ou explicações, era estranho contar sobre sua vida, mas ele acabava não se controlando e falava, e não se arrependia, às vezes era como um alívio conversar com Louis.
– As vezes eu queria ser assim, evita decepções porque o destino não segue os meus planos as vezes e perceber que o que você quer não vai acontecer dá um certo desânimo. – Tomlinson respondeu um pouco insatisfação, mas ele sabia que infelizmente a vida era daquele jeito, o ruim era ter que aceitar.
– Não é bom ser assim, às vezes é ruim não saber o quê te espera... Eu comentei com você sobre o meu pai, eu estou ferrado caso não tenha percebido, não vou ficar com ele quando sair da faculdade, eu não sei para onde ir, porque eu não tenho um lugar para ficar. – Harry explicou com mais detalhes, e Louis ficou surpreso pela revelação, às vezes pensava que talvez o alfa não tivesse interesse em se preocupar com aquele tipo de coisa.
– Por que você e o seu pai brigaram? – Louis perguntou por impulso quando notou que o assunto estava trazendo um clima silencioso e desconfortável, não estava em seus planos falar tanto sobre assuntos familiares, mas Tomlinson estava com vergonha de deixar muito perceptível os seus sentimentos pelo alfa se conversassem demais sobre eles. – Não precisa me contar se não quiser, eu só... Quis puxar assunto.
– Ele me rejeitou. – Harry disse baixo, não encarando Tomlinson nos olhos, não sabia o que esperar de sua reação, Louis agora era a primeira pessoa para quem ele contava sobre aquilo.
– Eu sinto muito... – Louis não soube muito o quê dizer, acariciando o braço do alfa com seu nariz em um gesto de carinho.
– Eu já me acostumei. – Harry respondeu simples.
– E a sua mãe não pode te ajudar? – Tomlinson perguntou para o alfa, não sabia ainda que aquele era um assunto delicado para Harry, mas o alfa apenas negou.
– Não. – Harry respondeu, mordendo os lábios para tentar afastar seus pensamentos.
– Olha, não conheço seu pai, mas ele é um idiota. – Tomlinson concluiu, arrancando um sorriso do alfa.
– Yeah, eu também acho isso dele. – Harry concordou, revirando os olhos em seguida.
– Ele não sabe o quanto está perdendo com essa atitude ridícula. – Louis foi sincero, e Harry virou-se para ele, e com isso os dois acabaram mudando de posição, e Tomlinson sentiu falta da mão do alfa na sua, já que agora estavam com as pernas dobradas na ponte um de frente para o outro para poderem conversar melhor.
– Eu sei o que você está pensando, eu sou o filho dele, ele deveria me amar e essas baboseiras, mas não é assim que funciona, ele se casou outra vez, eu tenho uma madrasta insuportável e meio irmãos que eu não considero nenhum pouco. – Harry explicou, pegando o pacotinho de balas de gelatina do ômega para abri-lo, indicando a Tomlinson em seguida para que ele pegasse um pouco.
– Eu pensei que você se dava bem com sua família... Naquele dia da peça do Mágico de Oz ele veio visitar você. – Louis comentou com Styles, pensava que ele e seu pai haviam tido apenas algumas discussões e que não era tão sério.
– Ele não veio me visitar, veio se despedir, ou melhor, jogar na minha cara que estava de mudança para Paris e que eu não faço mais parte da família chata dele. – Styles explicou e Tomlinson mordeu os lábios sem saber o que dizer, notando o alfa abaixar o olhar. – Eu não queria me importar, Louis... Mas eu fico chateado com isso.
– É claro que você se importa, Harry. Independente de qualquer coisa, ele ainda vai ser o seu pai... – Louis foi realista, mas sabia que aquilo era péssimo, pais traziam mais laços afetivos e sentimentais aos filhos mesmo se alguns fossem ruins.
– E essa é a pior coisa, eu não lembro a última vez que ele me tratou bem na vida, mas ainda sim me importo, e eu odeio isso. – Harry foi sincero, sentindo seu coração se acelerar um pouco por estar irritado.
– Ei... Calma. – Louis tentou tranquilizar o alfa, levando as mãos até os cachos que agora estavam um pouco longos.
– Vamos falar sobre outra coisa. – Harry achou melhor não falar muito sobre aquilo, ele tinha receio de se abrir muito para alguém, ele nunca havia falado sobre sua vida daquele jeito, seus pensamentos estavam confusos.
– Harry, você pode desabafar comigo... Eu não vou contar para ninguém sobre isso, tudo bem? Eu sei que não começamos muito bem, mas eu já disse e repito que você se tornou alguém importante para mim, e desabafar deixa a nossa mente mais tranquila. – Louis achou melhor deixar aquilo claro para o alfa, queria que ele soubesse sobre aquilo.
– Não é tão fácil assim falar sobre problemas pessoais, tem coisas que são difíceis de dizer, literalmente. – Harry foi sincero, sentindo seus olhos marejarem um pouco, tentando disfarçar rapidamente, ele nunca havia falado por seus lábios sobre o assunto de sua mãe, a palavra para o fim daquela que lhe deu a vida nunca havia sido proferida por seus lábios, era como se ele não tivesse fala, e ele não sabia se algum dia conseguiria dizer.
– Tudo bem, você não precisa me dizer agora, essas coisas acontecem aos poucos, quando você se sentir mais confortável e se você quiser falar, eu vou estar aqui, ok? – Louis o assegurou novamente, e Harry assentiu, era estranho ouvir aquelas palavras de alguém se referindo a ele, era a primeira vez que ouvia aquilo, nunca teve um apoio ou alguém para contar, era acolhedor.
– Por que você se importa comigo, digo de verdade? – Harry perguntou para o ômega, e Louis ficou surpreso com a pergunta, engolindo em seco por ficar nervoso e sem saber o que responder, encarando a lua e as estrelas refletirem na água do lago enquanto pensava em uma resposta.
– Eu já disse... Você é importante para mim. – Louis respondeu um pouco envergonhado, esperando que Harry ignorasse sua fala, ficando surpreso com o olhar dele sobre si.
– Obrigado por ter me convidado para ficar aqui com a sua família, foi um gesto muito importante para mim e eu nunca vou esquecer, e você também pode contar comigo se precisar de alguma coisa. – Harry foi sincero, apenas ele sabia o quanto era significativo e importante ter aquela convivência, ele sentia falta todos os dias de ter uma família de verdade, e mesmo que não fizesse parte da família Tomlinson, apenas a pequena experiência que teve com Johannah no apartamento havia sido incrível e ele tinha certeza que os próximos dias seriam iguais.
Tomlinson não soube o que responder, apenas sorriu de lado, sentindo seu coração se acelerar outra vez quando Harry se inclinou para beijá-lo, era um beijo calmo e sentimental, era perceptível naquele momento, e Tomlinson não pensou muito ao que puxou o alfa para um abraço, esse que foi correspondido sem questionar, e Styles fechou os olhos, deixando uma de suas covinhas amostra pelo pequeno sorriso que deu. Os dois acabaram entrando em outros assuntos depois daquilo, Tomlinson contou ao alfa sobre algumas histórias da escola ou ensino médio, e Harry apenas concordava, também comentando de algo quando lembrava, rindo sobre acontecimentos marcantes ou quando eles ficaram de castigo na escola, Styles porque sempre se metia em briga ou discutia com professores, enquanto Tomlinson era um pouco bagunceiro e falador, muitas vezes não deixando alfas saírem ilesos de castigos, o que fez Harry rir.
Ainda estavam na ponte e já era tarde, mas aquilo não importava, e agora deitados, Harry encarava o céu estrelado, era uma ótima vista e lhe trouxe uma sensação boa, tirando a atenção das estrelas apenas quando ouviu a gargalhada de Tomlinson, virando o rosto para encarar o ômega, sorrindo automaticamente apenas porque a risada de Louis era contagiante.
– Está rindo de quê? – Harry perguntou para o ômega.
– Estava lembrando de alguns momentos que tivemos quando a gente vivia brigando, tipo o cinema... – Louis relembrou, e Styles também sorriu ao se recordar, eles realmente se implicavam bastante antigamente.
– Nossa, aquele dia foi estressante. – Harry gargalhou ao dizer, e Louis levando-se para ficar por cima do alfa, apoiando um dos cotovelos no chão para encarar Harry, levando a outra mão para a corrente de crucifixo do alfa, brincando com o objeto entre os dedos.
– Você sabia que na verdade estavam tentando fazer a gente ter um encontro? O Zayn me falou sobre isso recentemente, e que tudo tinha sido planejado entre eles, mas não deu nenhum pouco certo. – Louis disse ao alfa, e Harry uniu as sobrancelhas surpreso, lavando a mão até as costas do ômega para acariciá-lo.
– É sério? – Harry perguntou, ele realmente não tinha desconfiado.
– Você sabe como os nossos amigos são, não é? – Louis perguntou, inclinando-se por cima do alfa para lhe dar um selinho.
– Yeah... – o alfa assentiu, segurando a cabeça do ômega para que ele não se afastasse, prolongando mais o beijo deles, e Harry levou as mãos até a bunda de Louis, o fazendo rir.
– Harry... – Tomlinson alertou, eles estavam em cima de uma ponte, pelo amor de Deus.
– Aqui dá pra transar né? – Harry perguntou em um tom brincalhão, e Louis arregalou os olhos.
– Harry! Eu não vou transar aqui! – Louis disse horrorizado para o alfa.
– É uma pena, seria inovador. – Harry brincou, é claro que eles não iriam transar naquele lugar sujo, e algumas pessoas também poderiam resolver passar pela ponte, mas Styles achava engraçado o biquinho fofo que o ômega adquirira nos lábios.
– Não vamos transar aqui. – Louis disse por fim, e o alfa assentiu, sorrindo malicioso em seguida ao ter uma nova ideia.
– E na sua casa? – Harry perguntou interessado.
– Harry... – o ômega o alertou assim que o alfa lhe puxou para lhe dar beijos no pescoço.
– A gente não faz barulho... – Harry sugeriu a fim de influenciar o ômega, distribuindo beijos por seu pescoço, os dois agora estavam sentados, e era bem fácil para o alfa tocá-lo.
– Mas eu não consigo me controlar. – Tomlinson formou um biquinho nos lábios, e Styles sorriu.
– Você vai conseguir. – Harry o assegurou, por mais que não tivesse tanta certeza, o ômega era bastante escandaloso e ele adorava aquilo.
– Se você não estivesse aqui comigo agora também não iria transar. – Louis relembrou, sentindo receio em dizer aquilo, tendo medo de que Harry desse uma resposta ruim, ou algo que deixasse claro que ele poderia ficar com outra pessoa.
– Mas a diferença é que eu estou com você e nós podemos transar. – Harry explicou, e Louis riu de sua expressão, sentindo-se mais aliviado por aquela resposta.
– Você não cansa nunca, não é? – Louis perguntou para o alfa, que negou.
– Podemos esperar os seus pais dormirem... – Harry sugeriu, e Tomlinson o empurrou de brincadeira, apoiando-se no alfa para poder se levantar, e Styles imitou o gesto.
– Não sei... – Tomlinson disse, e Harry ficou ansioso com a possibilidade.
– Eu sei que você gosta de fazer coisas erradas, você não é santo. – Harry o acusou, fazendo o ômega revirar os olhos azuis.
– Vou pensar, ok? – Tomlinson decretou, e Styles concordou, afinal aquilo era melhor do que nada.
– Você gostou do nosso é... Passeio? – Louis perguntou para o alfa, na sua cabeça ele estava classificando aquilo como um encontro já que em sua cabeça Harry não sairia em um encontro de verdade com ele.
– Sim. – o alfa concordou, batendo as mãos na calça para tirar um pouco de terra, e Tomlinson fez o mesmo, pegando algumas das embalagens de coisas que haviam comido para colocar em uma sacolinha que havia trago.
– Podemos fazer isso mais vezes. – Harry comentou, e Tomlinson o encarou surpreso.
– É sério? – o ômega sentiu suas bochechas corarem com aquela possibilidade.
– Sim, você me disse que queria mostrar a sua cidade, lembra? – Harry explicou, e Tomlinson mordeu os lábios um pouco decepcionado, ele havia entendido que Styles gostaria de mais momentos como aquele no geral, e não apenas durante aqueles dias.
– Ah... Ok, é verdade. – Tomlinson concordou baixo, terminando de juntar o lixo.
– Mas... Quando estivermos em New York na viagem que estamos planejando, eu quero levar você em um lugar. – alfa disse ao ômega, e Louis sentiu-se ainda mais ansioso, Harry queria levá-lo em alguma lugar e em New York, ele iria morrer de ansiedade.
– Qual lugar? – Tomlinson perguntou pensando em todos os lugares da grande cidade, ele havia pesquisado muito sobre o local.
– Vai ser surpresa. – Styles disse por fim, e o ômega assentiu ainda ansioso.
– Ok. – Louis concordou, tentando se controlar um pouco, ele precisava urgentemente contar aquilo para Zayn.
Os dois seguiram o caminho de volta para casa dos Tomlinson, e algo bastante inesperado aconteceu, exatamente quando Harry estendeu a mão para o ômega, que a segurou, não conseguindo segurar o sorriso ao notar que iriam voltar para a casa de mãos dadas, sentindo suas bochechas corarem ainda mais quando Styles comentou que suas mãos eram pequenas e macias, tentando responder o alfa com tranquilidade apesar de tudo. Ao chegarem em casa, por mais que fosse meia noite, as irmãs mais velhas ainda estavam acordadas com as gêmeas enquanto assistiam um filme, anulando para Harry a possibilidade de transar naquele momento, e de certa forma, o alfa não se sentiu chateado, não estava ligando se iriam ou não transar, naquele momento ele apenas queria estar perto do ômega, e não importava como seria.
Os dois tomaram um banho quente juntos, e Louis se ofereceu para secar os cabelos do alfa com o secador, e Harry gostava de como estava sendo cuidado e bem tratado, eles acabaram dormindo mais cedo naquele dia, afinal chegaram cedo da viagem, sabendo que os próximos dias prometiam mais emoções, e o calor que emanava do corpo deles ao deitarem juntos ainda era o mesmo, Styles como sempre abraçava o ômega por trás, o protegendo e o deixando seguro, mesmo que se sentisse do mesmo jeito ao ter Louis em seus braços. Sua mente ainda era confusa e moldada por palavras já ditas por sua boca, e talvez um belo par de olhos azuis pudesse mudar isso.
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estamos todos em surto caralho!!!!!
gente TA CHEGANDO O SENTIMENTO, conseguem sentir??? muitas emoções a caminho!!!!!!
somos 80K de visualizações obrigada por TUDO e se alguém quiser entrar no grupo do whatsapp da fic é só comentar aqui que eu te mando o link do grupo no seu privado!!!
até o próximo capítulo!!!!