Em Busca de Liberdade - Crôni...

By drayconalada

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Depois de mais de cinco mil anos de guerras, depois de milhares de anos de silencio, Abaddon ressurge das cin... More

Prólogo + Mapa
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Epílogo
Vol. 2

Capítulo 8

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By drayconalada

Já na hora do café da manhã, eles se reuniram em uma grande mesa de madeira, com acabamentos de plantas nas bordas. O café fora servido antes deles chegarem.

Para Luma, Silvestre e Viktor, fizeram uma deliciosa omelete de frango e para Luiz, Sayuri, Thetis e Levi, em especial, pois amavam beber sangue, receberam sangue envelhecido.

— Você precisa me dizer onde arruma esse sangue — disse Luiz a Sayuri, enquanto girava seu sangue restante na taça.

— É um segredo muito bem guardado — respondeu ela, com um sorrisinho. Levi concordou com a cabeça.

— Quando ela fala que vai guardar um segredo, ninguém nunca descobre — murmurou ele.

— Na verdade, Levi — disse ela, ironicamente —, Aly sabe. — Ele ergueu uma das sobrancelhas.

— A Aly, jura? — ironizou Levi

Sayuri apenas deu ombros.

De repente, uma mulher de cabelos negros, roupa preta e sobretudo de mesma cor, com a pele marrom-dourada brilhando à luz do sol, entra na sala e vai direto até Sayuri. Ela não olhou mito para os outros sentados à mesa.

— Sayuri, relatório da barreira de contenção — disse a mulher. A mestiça gesticulou com a mão para que ela continuasse. — Recebemos o relatório do lado sul dizendo que haviam guerreiros prontos para atacar, mas já lidamos com isso. — Sayuri assentiu. — O Norte relatou o mesmo. E trouxeram prisioneiros. Recuperamos e já os interrogamos. Encarreguei Kist de ajuda-los a se acomodarem nas cabanas.

— Ótimo. E quando as tropas?

— Vim aqui justamente para pedir a sua autorização para reforçar nas barreiras.

Sayuri suspirou.

— Pode fazer o que achar melhor. Demos um passo ao faze-la me chamar pelo meu nome, agora, preciso fazer você entender que não é necessário pedir a minha opinião eu a minha autorização. Sei que acha que não faz parte de nosso povo e faz o seu melhor, mas você é parte de nós tanto quanto nós mesmo, Irene — disse Sayuri, com um enorme sorriso. A mulher tentou contar um sorriso tímido e feliz.

— Como quiser. — Ela levantou o olhar para os outros na sala. Irene olhou para cada um, mas seus olhos se arregalaram levemente ao ver Luma. Seu corpo enrijeceu automaticamente. Silvestre lançou um olhar solidário a ela. — Bom, agora irei comunicar aos outros. Bom ver que está vivo, idiota — disse ela a Silvestre. E sumiu.

Luma ficou estática por alguns instantes antes de perguntar em voz baixa, quase em um sussurro:

— Quando foi que ela veio para cá.

— Logo depois que o marido quase morreu. Ela me disse que escutou boatos que eu acolheria a todos que não tivessem preconceitos e um bom motivo.

— Então já faz todo esse tempo... — sussurrou Luma. — Pensei que ela havia morrido.

— Sinceramente, no início achei que você a tinha enviado com duas crianças para adquirir informações sobre esse lugar, e mandar um exército para nos atacar — replicou Sayuri.

— Eu nunca pensei que ela fosse sair de lá. Mesmo depois de tudo.

Deu para notar os olhares de curiosidade de todos eles. Então Luma explicou:

— Ela era uma das minhas melhores guerreiras. Cuidava da segurança de tudo e todos de Watan. Mas, depois que o marido dela foi acusado de traição, não tive escolha a não ser manda-lo para a fogueira. — Ela lançou um olhar para Sayuri. — Depois ela levou os dois filhos deles e saiu de lá.

— Assim que chegou aqui, ela implorou para que eu aceitasse ao menos os filhos. mas, assim que eu percebi que ela nunca tentaria nada contra nós, decido que precisava de uma chance. Desde então, ela vem sido totalmente leal, e doa praticamente todo o seu tempo à Avalon, quando não está com Aly e Kai, o pequeno bebê fofo. Quando descobrimos o que havia acontecido, pedi à minha irmã, Asha, que trouxesse o marido dela de volta, e Asha o fez, com muito esforço. Ele gosta mais de cuidar das crianças.

— Todas as crianças mestiças que tem o sonho de servir a este lugar — começou Levi —, são treinadas por soldados que foram feridos e não podem trabalhar nas barreiras ou na segurança desse lugar. Todos fazem isso de bom grado. A maioria fica encantado com as crianças e nunca mais sai da academia.

— E, quando temos um tempinho, vamos fazer uma visita a eles todos os dias — completou Sayuri.

— Isso é bem legal — disse Silvestre. — Se todos tivéssemos uma ideia do quanto a lealdade e o respeito são importantes, provavelmente haveriam poucos conflitos entre nós. — Luma se mexeu na cadeira, desconfortável.

— Fazemos o nosso melhor para que todos entendam como são importantes para nós. E que a imagem que nossos inimigos tem de nós, não é o que realmente somos. A final, nem todos são ruins. — Sayuri deu ombros.

— Antigamente, as perdas que vocês sofriam deveriam ser enormes — disse Thetis. Sayuri concordou com a cabeça.

— Durante a Grande Guerra, as perdas foram enormes para ambos os lados. — Sayuri lançou um olhar para Luiz. — Até hoje eu amaldiçoo o antigo líder dos vampiros por ter tido a iniciativa de acabar com o meu preciso sangue humano.

Luiz riu.

— Definitivamente eu também. Sempre sonhei em conhecer o gosto do sangue deles.

Um sorrisinho malicioso surgiu no rosto de Sayuri.

— O sangue que está tomando agora, faz parte do meu precioso e delicioso estoque de sangue humano. — Os olhos de Luiz se arregalaram de leve. — Agora entende o porquê de gostar tanto dos humanos.

— De fato — disse Luiz, mexendo o sangue dentro da taça —, é realmente delicioso.

— Sei que essa é a comida de vocês, mas parece muito nojento — disse Silvestre.

— Quando tinha a idade de vocês, pensava na mesma coisa, até provar as primeiras gotas dessa delicioso liquido avermelhado. — Sayuri gesticulou a taça vazia. — Tinha, pelo menos cinquenta anos quando provei pela primeira vez. 

— E, a final — começou Luiz —, carne têm um gosto muito esquisito. Quando tentei comer pela primeira vez, quase morri intoxicado.

Paz, conversas ridículas sobre assuntos nada importantes, era isso que estava que estava acontecendo com eles agora. Sayuri se sentiu um tanto aliviada por ninguém matar ninguém logo de manhã.

Mas ela decidiu que era necessária essa pergunta. Isso estava preso em sua garganta desde a noite passada.

— Viktor — começou ela —, como você conheceu aquele mago?

Viktor franziu a testa antes de responder:

— Ele me encontrou. Depois da Grande Guerra, muitas pessoas ficaram à beira da morte, e pelo o que ele me disse, eu fui um deles. Era pequeno demais para me lembrar de qualquer coisa, mas ele me fez seu discípulo porquê acreditou que eu era capaz de ser poderoso.

Ele balançou a cabeça.

— Na época, ele estava com duas meninas. Mas elas sumiram logo depois de eu começar os meus treinamentos. — Sayuri respirou fundo. — Mas depois de alguns anos, ele simplesmente desapareceu, dizendo que tinha coisas mais importantes para fazer. E que, agora eu seria o encarregado de cuidar de todos os magos em Hemilin. Ele também disse que não seria capaz de passar esse título a uma mestiça. Então eu deduzi que ele tinha uma filha mestiça, e que não queria que ela assumisse o seu reino.

Sayuri engoliu seco.

— Na verdade ele era, e continua sendo um desgraçado — disse ela, e sua voz soou meio rancorosa. — Durante todos os seus milênios, ele conseguiu esconder tudo; todos os seus segredos mais obscuros. Eu me surpreendo de que ele mencionou qualquer mestiço.

— E como você o conheceu? — indagou Viktor. — Parece que o conhece melhor do que eu.

— Porque conheço — replicou Sayuri. — Eu o conheço melhor do que ninguém. Cometi um erro ao pensar que ele havia me esquecido, que havia acreditado que eu realmente sucumbiria aos seus desejos. — Sayuri se recostou sobre o encosto da cadeira e levantou a taça de sangue, a deixando frente aos seus olhos. — Um mago, que realmente não entendia o porquê de uma mestiça não desejar nada, apenas carinho e atenção. Ele me odiava por ser mais imortal do que ele. Me odiou desde o meu primeiro suspiro, meus primeiros passos, mas era pior com sua própria filha. Ele realmente não sabia como cuidar de ninguém. Nunca soube.

"Praticamente todas as pessoas que ele se encarregou de cuidar foram mortas, torturadas e destroçadas. Fico surpresa dele não ter explodido seu cabeça no primeiro dia. Mas, com toda a certeza, você foi tratado milhões de vezes melhor do que ele tratou a própria filha; uma mestiça."

— Você a conhecia? — indagou Luiz.

Sayuri assentiu.

— Digamos que, ela era uma velha amiga... Seus pais conheciam os meus pais. Aquele mago me conheceu quando nasci. E me odiou. Odiou sua filha. Ele a considerava um erro. O pior erro que já cometera em sua vida. Quando se casou, achou que a mulher era com uma feiticeira, mas não. Ele se casou com uma mestiça, metade vampira e metade bruxa. Extremamente poderosa. Mesmo tendo apenas o DNA bruxo, conseguia usar magia perfeitamente.

O corpo de Sayuri enrijeceu.

— Depois que meu pai me rejeitou, a mãe dela me acolheu, me fez sua discipula. Cuidou de mim como se fosse sua filha. Então ela teve mais duas filhas, gêmeas. Elas são as Gêmeas Malditas. Depois do nascimento das duas, o maldito mago passou a as "amar", de alguma forma, ele se importava mais com as gêmeas do que com a filha mais velha. Então ele a renegou. A aprisionou e a torturou. Pôs ela em um buraco, jogou terra em cima e se esqueceu. Fez o mesmo comigo quando eu tentei impedi-lo. Como punição, ele entrou na minha mente e me obrigou a matar minha mãe com minhas asas. Mesmo depois de me abandonar — falar isso doía dentro no coração de Sayuri. —, eu ainda a amava. E quando retomei o controle de meu corpo, estava ajoelhada em uma poça de sangue da mulher que me trouxe a este mundo.

— Aquela imagem era... — disse Silvestre, mas foi interrompido por Sayuri, que disse:

— Sim, era ela. Fiquei anos me amaldiçoando por não ter sido forte o suficiente para conseguir impedi-lo. Fiquei tanto tempo perdida que nem tive a chance de pensar em salvar minha melhor amiga, dizendo em termos atuais. Não faço a mínima ideia do que aconteceu com ela, mas sei que, se eu a encontrasse, a primeira coisa ela que faria seria arrancar a minha cabeça, e exibir diante de todos os mestiços, como se fosse uma piada. — O tem de voz de Sayuri ficou mortalmente baixo. — Todos possuem seus traumas e suas fraquezas. O mago sabe cada uma das minhas; ele sabe sobre o meu passado. Usa isso contra mim, para me abater, tentar fazer eu me descontrolar e atirar a minha ira nesse mundo que ele odeia.

"O que vocês viram ontem, não foi nem a metade do que ele queria fazer. Ele sabe que será difícil me matar, e quis que eu fizesse isso por conta própria. — Sayuri riu com escarnio. — Se ele realmente soubesse de tudo, saberia que já tentei isso há muito tempo, e nem cheguei perto de conseguir. Maldito seja a desgraça que ele jogou para cima de mim.

Ninguém disse nada. Todos ficaram imóveis. Sabiam que o passado da mestiça era ruim, mas não nesse nível.

— Sabe as coisas já foram piores. Quando eu perco o controle, viro um monstro incontrolável. — Ela deu ombros. — Meus demônios interiores estão gritando para revirar esse mundo, encontra-lo e fazer o mesmo que fez comigo. Se eu me lembro bem, acredito que ele adoraria assistir isso. — Não parecia Sayuri falando. Aquela mestiça que desejava a paz, sumiu por alguns segundos. — Mas, bem, depois de muito tempo, consigo controlar a mim mesma. Fica mais fácil com anos de treinamento.

— Você está falando que nem uma maluca — replicou Luiz.

— Isso não é totalmente mentira — disse Sayuri com um sorrisinho.

— Cada um possui seu passado — disse Silvestre. — E, cada um pode ser pior do que o outro. E o conhecimento é valioso. Precisamos saber tudo o que é importante. — Ele apoiou sua cabeça no punho.

— Claro — concordou Sayuri. — Fico contente em dividir tudo o que eu sei com vocês.

— Então? — começou o mago, com voz rouca. — Como anda a criação dos nossos exércitos?

O homem a sua frente, de cabelos louros e olhos violeta e corpo extremamente definido sob sua túnica azul escuro, estava de cabeça baixa, ajoelhado frente aos degraus do trono de ouro.

— A Pedra Cintamani está agindo em sua potência máxima — respondeu ele, e levantou sua cabeça.

O mago traçou círculos sobre as gemas preciosas e o braço maciço de ouro do trono. Ele estreitou seus olhos para o outro lado do salão. Ele observou as paredes de pedra, observando as flamulas, para depois desviar os olhos para o piso de madeira.

Ele chegou a uma conclusão.

— Devemos fazer outro desejo. Criaremos uma cópia da Excalibur, e obrigaremos Sayuri a usar a dela. Pode ser extremamente eficiente se usado corretamente. E usaremos.

— Quando a mestiça, acredito que deveremos atacá-la agora mesmo. Ela deve estar relaxada, achando que está segura em seu território e com os outros líderes — ponderou o homem.

O mago negou.

— Talvez quando todos os nossos exércitos estiverem prontos, mas, por enquanto, acho que apenas uma mensagem basta, Key, isso basta para que ela se destrua por dentro. — Ele sorriu maliciosamente.

— E já possui as palavras certas, meu senhor? — perguntou Key, com o mesmo sorriso do homem à sua frente.

— Sim. — Ele gargalhou. — Ela vai ficar irada. Talvez até tente vir atrás de nós. Mas valerá a pena apenas por poder sentir o ódio que irá sentir.

Key assentiu.

— Presumo que deva preparar a pedra. — O mago assentiu. — Então cuidarei disse agora mesmo.

— Muito bom, meu rapaz. É por isso que eu o mantenho aqui.

Key se sentiu orgulhoso. Seu rosto ficou vermelho. Ele apenas murmurou um "obrigado" e sumiu. Se dirigiu até a base há alguns quilômetros, deixando o mago sozinho no grande salão.

— Ah, minha querida odiada Sayuri. Se prepare para sentir tudo isso que você acaba de falar novamente. Mentiras? Eu já não lhe disse que mentir é feio. — Ele dizia para o nada. Ainda não entrara na mente de Sayuri. Mas estava a espionando. Ouvira tudo o que ela contara aos outros líderes. — Devo admitir: é realmente uma grande mentirosa. Assim como eu.

— O nome real dele é Abaddon — declarou Sayuri, em voz baixa. Ela acabara de contar uma parte do que sabia sobre toda a história do mago, e desse mundo, afinal. — Ele nunca mudou. Mas pouquíssimas pessoas sabem sobre isso. — Pelo menos isso é verdade.

— Porque não mudaria? Pelo o que eu sei, muitos mudam ao longo dos tempos — disse Thetis.

— Ele soube esconder isso tão bem, que nunca se deu ao trabalho — replicou Sayuri. — Ele não é que nem algumas pessoas que trocam os seus nomes para se esconderem, e nem como as pessoas que não trocam seus nomes para ficarem conhecidas, e serem temidas.

— Aposto que já ouvimos falar de você, e nunca soubemos — brincou Silvestre.

— Lendas já se espalharam sobre dois mestiços que matavam, curavam e ajudavam pessoas — disse Levi. — Mas parece que todos só se importavam com a parte de matar.

— Essa informação é a que mais chama atenção.

Então, um ruído soou pelos ouvidos deles. Sayuri mexeu em suas orelhas para tentar diminuir a intensidade desse ruído, mas isso apenas o fez aumentar. Ela não fazia a mínima ideia do que estava acontecendo, mas entendeu assim que escutou a voz de Abaddon, a voz do mago, em sua mente.

Minha querida odiada Sayuri, pensei que já estava cansada de se esconder de mim, queria que viesse até eu parar termos a maior luta que esse universo já viu. Mas acho que posso incentiva-la ainda mais com as minhas seguintes palavras: por acaso, você sabe onde meu neto está? Estou procurando ele há algum tempo. Queria saber o que os pais dele sentiram ao ter seu próprio filho arrancado de seus braços. Deveria ter cuidado melhor dele para a minha filha.

E foi isso. Foi tudo o que ele disse. Abaddon acaba de tocar na maior ferida de Sayuri. O maior rancor dela consigo mesma.

Mas não fez nada. Sayuri apenas ficou completamente estática, imóvel, assustada e horrorizada. Ao lado dela, Levi se encontrava da mesma forma. Então foi isso. O intuito do mago era fazer Sayuri afundar em si mesma e correr até ele, para mata-lo de uma única vez. Mas ele nunca entenderia o que Sayuri sentiu naquela noite. Ele errou em fazer isso com ela, assim como errou em achar que Sayuri faria tal coisa.

— O que foi isso? — indagou Luiz, em voz baixa. Então ele se virou para Sayuri viu que ela estava vulnerável. — Sayuir... — ele tentou chama-la, mas a mestiça o interrompeu.

— Foi uma afronta — disse ela, em voz baixa. — Nunca imaginei que ele seria tão baixo.

— Ele é baixo — replicou Levi.

Sayuri trincou os dentes, e cerrou os punhos em cima da mesa.

— Não era para ele conseguir passar por nossas barreiras mentais — murmurou Sayuri, para ninguém em especial.

— Já deveríamos estar acostumados com isso — disse Levi. — Auto controle. Apenas precisamos de auto controle. Ele deixou evidente que queria que fossemos até lá. Abaddon deve possuir algum exército. Ele poderia fazer isso com a Pedra Cintamani.

— Agora chegamos a outro ponto — sibilou Sayuri. — Se ele realmente estiver tão seguro de si, deve possuir um enorme exército de homens com armas de liritíum. Deve-se preocupar com o seu maior inimigo — murmurou ela, com ódio, e com a voz tão baixa que mal podiam ouvir.

— O que? — indagou Luma.

Sayuri sacudiu sua cabeça.

— Nada.

Mas Viktor pareceu ter escutado. Ele também já havia passado pelos dolorosos ensinamentos do grande mago, Abaddon. Mesmo com um único sussurro de Sayuri, ele entendeu o que ela queria dizer.

— Eu sei — disse ele à Sayuri. — Foi o primeiro.

— Do que vocês estão falando? — indagou Luma, novamente.

— Um ensinamento — respondeu Viktor.

— Sobre o que? — perguntou Luiz.

— Sobre como destroçar todos os seus inimigos. "Deve-se preocupar com o seu maior inimigo." — Viktor se inclinou para frente, com os olhos cravado em Sayuri. — Seguido por: " depois o mate da pior forma que conseguir imaginar, ou que alguém possa pensar. Torturar aos poucos, dilacerar... faze-lo relembrar das suas piores memorias e depois mais uma sessão de tortura, pode ser uma boa ideia." Era isso que ele dizia. Foi a primeira coisa que me ensinou. E, com certeza que eu não fui o único.

Sayuri assentiu.

— Não, não foi. 

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