C A R L A D O M I N G U E S
O domingo havia chegando e eu e Thomas decidimos fazer um almoço, conversei com minha mãe e ela aceitou receber o "idiota engravatado" - Pai do Thomas - Lá em casa. Acordei às nove e fiz algumas coisas da faculdade, tomei café esperei até 12:00 e fui para minha mãe, Thomas me encontraria lá com seus pais.
- Mãe, por favor colabore, ok? - Peço.
- Já entendi oh merda, não vou meter minha colher de pau no idiota engravatado.
Meu pai ri.
- Para com isso Andreia, nossa filha está grávida e ela não pode passar estresse vai vê que são gêmeos.
Bato na madeira.
- Que isso pai, calma aí.
Ele ri.
Minha família sempre foi calma em relação a tudo, eles não são cheios de tabus, o que fez com que eu e Caroline tivéssemos a liberdade para poder fazer o que quiser, mas com limites.
- Chegou o pai do seu filho. - Caroline grita.
Passo por ela e vou até o portão, encontrando Thomas e seus pais.
- Oie, entrem. - Abro o portão.
- Espero que seja algo importante. - Ricardo solta ríspido.
- Cala boca e entra. - Rita o empurra. - Oi Carlinha, senti saudades de você lá em casa.
- Está tudo muito corrido.
- Espero que esse almoço seja pacífico. - Ela comenta.
Se depender da minha mãe, claro que será.
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Meu pai decidiu colocar a mesa do lado de fora, no quintal.
Minha mãe sorria forçadamente para o Ricardo e Thomas brincava com a Cecília.
- Se a gente tiver uma menina, vou ficar felizão.
- Para de falar muito alto que seus pais ainda não sabem da minha gravidez.
Cecília que pulava alheia olha para o meu rosto arregalando os olhos, corro e tampo sua boca.
- Você ouviu? - Pergunto e ela assente. - Se você ama a titia Carla irá ficar quieta, até o almoço acabar.
Tiro a mão da sua boca.
- Toma. - Thomas dá cinquenta reis pra ela.
- Thomas!
Cecília sorri e sai pulando.
- Você nunca irá educar nosso filho desse jeito, entendeu?
- Sim senhora.
- Vocês dois, vem logo! - Minha mãe grita.
Caminhamos até a mesa.
- Você vai falar agora ou depois? - Thomas cochicha no meu ouvido.
- Eu...
- Qual é a novidade? Vão se casar? - Ricardo cruza os braços.
Minha mãe levanta a mão com uma colher de pau, meu pai pega colocado do outro lado da mesa.
- Deixa a minha filha falar seu velho chato!
- Mãe!
Rita dá risada.
- Você não tem educação. - Ele balança a cabeça.
- Ela tem sim! Mas sabe com quem usar. - Meu pai defende minha mãe.
- Não fala assim com minha mãe. - Caroline faz o mesmo.
- Gente... - Thomas tenta falar.
- Eu tô com fome. - Cecília resmunga.,
A voz da minha sobrinha é abafada pelos gritos vindo da mesa, todos começamos a falar ao mesmo tempo.
- Tia Carla tá grávida. - Cecília grita fazendo todos ficarem calados. - Thomas me deu 50 dólales e eu quero comer, pronto. - Ela senta na cadeira e cruza os braços.
- Acho que ela foi bem. - Thomas sorri sem graça.