Laços | RABIA

By misandieg

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A cidadezinha de Monte Verde sempre foi a casa de Rafaella, mas agora também abrigaria Bianca, recém chegada... More

1| Prólogo
2| se conhecer pra se gostar
3| sombra na tarde da paz
4| só sei falar de você
5| dançar até o dia amanhecer
6| abraçar o sol e fechar os olhos
7| pra lua brilhar em você
8| meus pés saíram do chão
9| vento que passa e que leva
10| quando quer outra mulher
11| não estamos mais como antes
12| me cansei de duvidar
13| quando a distância pesar
14| ser livre pra sentir
15| pra tudo recomeçar
16| olhando o mesmo céu
17| no mar de lamentar
18| se perde aos poucos sem virar carinho
19| uma placa sem estrada
21| no interior do peito já bateu saudade
22| o nome do teu novo amor
23| acordar do teu lado pra te dizer
24| quando se encontra quem se ama
25| levou embora o meu pesar

20| nós dois em um só

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By misandieg

Nós dois em um só
Eu só não valho nada
Eu só penso em nós dois
Varando a madrugada
- Eu Não Valho Nada -

22 de Junho, 2020
Monte Verde

Bianca voltou a trabalhar completamente contragosto, na realidade já tinha começado a procurar empregos novos na noite anterior mesmo. Procurou por oportunidades tanto na cidadezinha quanto em Uberlândia, mas como não achou nada que a agradasse, a carioca acabou expandindo os horizontes um pouco mais.

Gizelly chegou na vinícola já um pouco atrasada com cara de ressaca e de mau humor, xingando Deus e o mundo por ter que trabalhar naquele dia.

— Bom dia, Gi.

— Hoje é só dia porque bom não tá sendo desde que eu acordei. — Declarou sentando-se na mesa perto da publicitária, que riu um pouco sem graça compartilhando da mesma falta de animo.

— O que aconteceu?

— Ivy me pediu em namoro.

— E isso não deveria ser bom? Um motivo pra você tá, seila, feliz? — Bianca indagou com o cenho franzido e Gizelly revirou os olhos.

— Ela pediu, eu demorei a responder porque travei e tava de ressaca, e ela ficou braba e foi embora pra casa da Tainá. — Relatou tudo muito rapidamente.

— E você tentou falar com ela?

— Sim, ela não atende e a Tainá disse que ela tá dormindo e não quer falar... vou lá depois do trabalho. — Disse respirando fundo. — E você? Como foi o final de semana com a boazuda? Garanto que até esqueceu de fazer a inscrição pr'aquele programa, né? O Casos de Familia. — Zoou fazendo Bianca gargalhar alto e agradecer internamento Gizelly por aquilo.

— Por Deus, Gi... foi ótimo ter o apoio dela... — Respondeu sucinta mas com um sorriso bobo que não passou despercebido pela capixaba.

— Rolou? Foi bom?

— Não teve nada, Gizelly, eu não tava com cabeça e ela certamente também não... a gente conversou bastante. — Explicou-se focando nos papéis a sua frente.

— Hum... final de semana mal aproveitado. Escuta, a Melinzinha me disse que nem o Caon e nem o Sérgio vieram hoje, e nem vão vir. — Avisou buscando alguma reação vinda da carioca, mas ela apenas assentiu sem falar nada. — Não vai conversar com ele?

— Não. A única pessoa envolvida nessa história toda que eu vou conversar é o Gabriel, e a Genilda. — Revelou sem fitar a amiga.

— Ah, tem que fazer o intermédio com a sogrinha né? — Zombou com um sorriso sugestivo, arrancando uma risada baixa de Bianca.

— Aham, isso mesmo Gi. — Confirmou sem querer se extender muito nas razões que a levavam a querer conversar com Genilda.

— Cuidado pra não ser presa pela delegada, até porque eu sei que presa você só quer ser pela boazuda... presa, amarrada na cama, chico-

— Gizelly! — Bianca exclamou interrompendo a fala da capixaba que gargalhou alto. — Estamos trabalhando! — Disse girando o olhar pela sala que estava praticamente cheia. Todos já estavam ali.

— Perdão, perdão! Depois a gente conversa então... — Se deu por vencida virando-se pra sua própria mesa e computador.

Bianca continuou se dedicando inteiramente a vinícola, afinal tinha paixão por seus trabalho se projetos naquele lugar, mas tinha vontade de sair dali o mais rápido possível. Na verdade sentia que queria sair de Monte Verde e levar Rafaella junto até que ficassem bem longe; seja no Rio de Janeiro, em São Paulo, Rio Grande do Sul ou até mesmo na Bahia. Qualquer lugar que não tivesse toda aquela bagunça.

A carioca aproveitou seu horário de almoço pra passar na delegacia, conversaria com Genilda e Gabriel, juntos.

— Boa tarde... eu queria falar com a delegada Genilda e o Tenente Gabriel... — Disse assim que se aproximou da mesa do escrivão bem na entrada.

— Você tem alguma denuncia?

— Não, não, só queria conversar mesmo, um assunto importante. — Respondeu franzindo o cenho com a própria justificativa e o escrivão apenas assentiu olhando o computador.

— Bianca? — A voz grossa atrás de si anunciou que Gabriel estava chegando na delegacia.

— Oi.

— Quer falar comigo? — O tenente indagou com os olhos brilhantes.

— Sim... quer dizer, se você tiver disponível agora.

— Ela queria falar com a dona Genilda também. — O escrivão entregou conseguindo um meio sorriso de Gabriel.

— A Genilda tá lá no escritório, acredito, quer entrar? — Gabriel convidou e Bianca aceitou assentindo e seguindo o homem pra dentro da delegacia. — Tá tudo bem?

— Sim, tudo ótimo, mas queria conversar com vocês dois... sobre tudo.

— Tudo? — Perguntou confuso abrindo a porta do escritório.

— A Rafa... bom, a Rafa me contou sobre tudo... do Juarez e tudo mais. — Revelou dando de ombros fitando a delegada.

— Entra, Bianca. — Genilda incentivou levantando-se da sua cadeira e apontando o assento a sua frente.

— Eu só tenho quarenta minutos até ter que voltar pro trabalho... — Explicou. — mas queria conversar com vocês, dizer que eu entendo o que aconteceu, bom, mais ou menos, mas não acho que vocês tenham culpa.

— A Rafa falou sobre a Helena? É isso? — Gabriel perguntou ansioso e Bianca assentiu.

— Você entende que isso precisa ficar em sigilo, certo? Rafaella falou sobre isso? — Genilda indagou e Bianca assentiu com seriedade.

— Não vou falar nada, e sinceramente, dona Genilda, não me interesso em falar sobre isso com Marcelo e muito menos Sérgio... — Bianca admitiu coçando a nuca.

— Eles não são pessoas ruins, Bia, é só que-

— Meu pai é péssimo, Gabriel. — Bianca disse interrompendo o tenente. — Ele cortou o investimento de uma obra publica por bobeira!

— Ele passou por um tempo nutrindo muita raiva da sua mãe, Bianca, foi por isso que fez o que fez. — Genilda tentou fazer o intermédio e Bianca negou incrédula.

— Continua sendo péssimo. — Afirmou convicta. — Além de tudo isso ele ainda pediu que isso fosse escondido de todos!

— Foi um pacto, Bianca, a ideia era deixar essa história pra trás, esquecer da briga com a sua mãe, esquecer que ele tinha uma filha, que tinha a abandonado... todos aceitaram porque não tínhamos nada a ver com isso, e assim os boatos diminuiriam.

— E aí o Marcelo decidiu se meter. — Disse jogando o corpo pra trás na cadeira.

— Ele queria se aproximar de você pra ficar mais próximo da sua mãe... e decidiu contar a você, na verdade insistiu muito pra contar, porque queria que vocês fossem próximos... — Gabriel tentou explicar um pouco ansioso.

— Mas ele sempre quis esse lugar, ele queria ser seu padrasto, e quando sua mãe arrumou um homem com o mesmo nome ele quase surtou. — Genilda revelou sem muita animação. — Ele é um bom homem, mas as vezes não pensa direito.

— Bom, como eu disse, isso não me interessa muito. — Bianca falou assertiva e tanto a delegada quanto o tenente ficaram quietos. — só quero que saibam que esta tudo bem entre nós. Genilda, obrigada por... cuidar? É, cuidar de mim durante esses anos... e Gabriel, tenho certeza que você teria sido um bom padrinho. — A carioca confessou um pouco envergonhada, mas conseguiu um sorriso leve de ambos.

— Foi questão de honra, Bianca, eu fico feliz que você tenha se tornado uma mulher madura, me da muito orgulho. — Gabriel elogiou com os olhos um pouco marejados. Naquele momento a carioca deixou os receios de lado e levantou-se pra abraçar o homem com força. — E eu ainda sou seu padrinho.

Querendo ou não ele era, provavelmente, o ultimo resquício de familia que a publicitária tinha.

— Obrigada por isso. — Agradeceu o homem um pouco sem jeito.

— É bom saber que vocês se acertaram... Gabriel sempre pensou muito nisso.

— Obrigada, dona Genilda, obrigada por também estar tranquila com a minha relação com Rafaella. — Agradeceu um pouco confusa na escolha de palavras.

— Sobre isso, ainda teremos que conversar Bianca. — Respondeu com um sorriso sem mostrar os lábios. — Se a Rafa está feliz eu também estou, mesmo que-

— Mesmo que planejasse o casamento dela com o Rodolffo, sim, eu sei. — Bianca cortou num tom divertido e a delegada riu sem humor.

— Acho que já é hora de voltar ao trabalho. — Genilda concluiu fitando o relógio preso na parede e Bianca percebeu que tinha que ir.

A carioca despediu-se dos dois em um clima leve e voltou pra vinícola. Pelo menos um lado das coisas estavam bem.

{...}

25 de Junho, 2020
Monte Verde

Rafaella tamborilava os dedos na direção no caminho da casa de Bianca. A carioca tinha marcado aquela noite como uma especial, para as duas. Disse que tinha preparado uma experiência inovadora e surpreendente pra mineira, que consequentemente só pensava nisso desde que despertou naquela sexta-feira.

Assim que a publicitária abriu a porta da casa onde morava com Miguel, Rafa se jogou nos braços dela e iniciou um beijo de tirar o fôlego. Deixou a lingua deslizar por toda a boca de Bianca e quando se deu por conta um lenço foi colocado em seu rosto até que não pudesse ver nada.

— Bianca? O que é isso? — Perguntou limpando os cantos dos próprios lábios sem conseguir enxergar nada. Completamente confusa.

— Faz parte da surpresa... confia em mim? Juro que vai ser bom e que você vai gostar...

— O que você ta fazendo, hein? — A mineira indagou sendo guiada por Bianca para dentro da casa.

— Eu fiz um curso de enologia há alguns anos... quero te mostrar o que eu aprendi. — Sussurrou no ouvido da mineira antes de ajuda-la a sentar na cadeira de frente a mesa.

— Você vai me embebedar e depois se aproveitar do meu corpo? — Rafaella indagou virando a cabeça tentando adivinhar onde a carioca estava.

— Eu vou me aproveitar do seu corpo de qualquer jeito, Rafa. — Bianca respondeu com a voz vindo do lado contrário ao que a mineira imaginava. — Bom, vamos começar com os vinhos mais fortes, tintos e aromáticos... o Malbec, é um vinho mais encorpado, forte, e com teor alcoólico alto... — A carioca indicou colocando a taça de vinho tinto em frente a Rafaella. — Você comeu como eu mandei, né? — Indagou recebendo um aceno em concordância vindo da mulher de olhos verdes.

Rafaella levou a taça até os lábios e saboreou o vinho que era um pouco mais forte do que normalmente gostava de tomar. Tinha um aroma forte também, e o gosto de álcool predominava contra o sabor da uva.

— O que achou?

— Achei bom... forte. — Respondeu um pouco desnorteada sentindo a presença de Bianca atrás de si.

— Forte como? — A publicitária indagou começando uma caricia leve nos ombros rígidos da mineira, que se arrepiou inteira ao sentir o toque.

— Forte tipo amargo na boca... o sabor fica mesmo depois de um tempo. — Opinou levando a taça a boca novamente e tomando mais um pouco do líquido. — É bom, mas é agressivo.

— Tenta esse, Cabernet Sauvignon da Argentina... — A publicitária sugeriu colocando outra taça sobre as mãos da mulher. — o gosto vai ser um pouco menos forte no quesito álcool, eu prefiro esse... — Revelou descendo as mãos até alcançar os seios cobertos pela vestido turquesa. — Você vai sentir cada gostinho do vinho... — Afirmou no ouvido da mineira e logo deixando uma mordida no lóbulo da orelha.

— Bia... — Rafaella suspirou após degustar o Cabernet Sauvignon tinto vindo da Argentina.

— Bom? — Questionou retirando as mãos do corpo de Rafaella. — Vamos tentar o Pinot Noir rosé, barril de 2011... é um pouco mais suave mas ainda marcante. — Afirmou levando sozinha a taça aos lábios da mineira e deixando que ela provasse o líquido.

Rafaella permaneceu em silêncio sentindo o sabor do vinho que Bianca tinha colocado em sua boca, e quando pensou em responder foi surpreendida pelas mãos da carioca adentrando o vestido pelo decote perto dos seios. As mãos não demoraram a encontrar os seios e os mamilos rijos, começando a massagea-los antes de falar baixinho perto do pescoço da mulher.

— Tá sentindo todas as sensações do vinho?

— Não só do vinho... de toda experiência. — Assegurou com a voz rouca de quem já estava aos poucos perdendo o controle.

Hum... gosto disso... — Bianca confessou distribuindo beijos pelo pescoço desnudo de Rafaella e sorrindo ao perceber que a mineira cruzou as pernas de forma lenta. — Continuando... esse é um Grenache... a uva é muito versátil, capaz de agradar quem tem o paladar pra vinho tinto, ou vinho rosé... ela surpreende e também é encontrada em poucas regiões. — Explicou colocando a mão de Rafaella sobre a taça e esperando que ela a levasse aos lábios. Assim que a mineira devolveu o vidro sobre a mesa, Bianca puxou a cadeira de Rafa para trás e alcançou a intimidade da mulher de olhos verdes. — As uvas Grenache surpreendem no sabor, que muda dependendo da produção... sempre me surpreendo com elas, mas tô ainda mais surpresa com a falta de uma calcinha aqui. — Bianca confessou pressionando a intimidade de Rafaella com dois dedos e logos os retirando dali quando a mineira arfou.

— Gostou da surpresa? Não é só você que pode surpreender... — Rafaella retrucou tentando mostrar poder, mesmo estando sentada, vendada, e obedecendo as indicações da publicitaria.

— Se eu gostei? Ah, meu bem, eu vou aproveitar essa surpresa como se o amanhã não existisse. — Bianca respondeu cinica e Rafaella sorriu satisfeita.

— Os vinhos já acabaram? — Perguntou em tom petulante.

— Não. Esse próximo é o famoso vinho branco de uvas Chardonnay... talvez o mais popular entre os apreciadores. — Introduziu o liquido na boca de Rafaella e sorriu quando a mineira mordeu os lábios com um meio sorriso. — Dê a sua opinião, Rafaella...

Enquanto aguardava pelo comentário vindo da mineira, Bianca agachou-se em frente a cadeira, afastou as pernas de Rafaella, subiu um pouco o vestido da mesma, e deixou um beijo ali.

— Muito... muito bom... — Disse cerrando os punhos sentindo o toque da outra sobre sua região sensível.

— Só isso? É um vinho muito famoso, Rafa, comenta mais... — Bianca pediu causando um leve arrepio na mineira, que sentiu a respiração da carioca direto em sua boceta.

— É incrível, o sabor é incrível, e a sensação que deixa depois... é... nossa — Suspirou quando Bianca chupou o clitóris duro. — maravilhoso, realmente, ãn, bom. — Concluiu sabendo que a frase não fazia muito sentido, mas levando as mãos até os cabelos de Bianca e a incentivando contra sua intimidade.

— Hum.... tem mais alguma coisa a falar? — Bianca indagou deixando beijos sob a fenda molhada de Rafaella.

— Me prova mais...

Subitamente a carioca levantou-se sorrindo safada do pedido da mineira; queria causar esse tipo de sensação mesmo, queria que Rafaella pedisse, e pedisse mais que só isso.

— O penúltimo, e também um dos meus favoritos é o Sauvignon Blanc... é um vinho seco e refrescante, bom pra dias quentes ou quanto você se sente queimando. — Disse num tom sugestivo colocando a taça na mão da mineira, que bebeu sob o olhar atendo de Bianca, mas sem saber onde a carioca estava.

A venda ainda lhe cobria os olhos.

— É bem aromatizado... — Comentou sentindo o aroma do vinho.

— Sim, é. Sauvignon pode ser traduzido para selvagem... o que diz muito desse vinho. — Explicou ajudando Rafaella a levantar-se da mesa e fazendo a sentar sobre a parte da mesa que estava vazia. — Gostou?

— Já acabamos? — Devolveu com outra pergunta sentindo alguns beijos molhados de Bianca sob sua clavícula e colo.

— Não... agora o meu favorito... o moscatel. — Anunciou esticando o braço para alcançar a ultima taça, mas ainda com o corpo no meio das pernas de Rafaella. — Ele é doce, assim como eu tenho certeza que é o seu gosto... ele também causa sensação de refresco e inovação... — Concluiu antes de levar o copo delicadamente até os lábios de Rafaella. Não demorou alguns segundos para juntar os lábios em um beijo lotado de desejo. Enlaçou a cintura da mineira a puxando ainda pra mais perto até o espaço entre as duas sumisse. As mãos de Rafaella brincavam com seus cabelos quase curtos e a nuca arrepiada com os toques, enquanto isso Bianca trilhava a mão direita por entre os corpos até alcançar a intimidade molhada.

— Se os vinhos acabaram é bom você me surpreender com outras coisas... — Rafaella pediu incisiva e Bianca sorriu largo, retirou a venda dos olhos da mineira e a fitou direto nas orbes verdes.

— Eu quero você me olhando enquanto eu provo que você é muito melhor que o meu vinho favorito. — Determinou descendo o corpo até que o rosto estivesse de frente pra intimidade rosada. Não hesitou em lamber de baixo pra cima e depois ao contrário, tudo com o olhar grudado nas reações de Rafaella, que suspirava alto e continha os gemidos fitando Bianca.

A carioca focou os movimentos na boceta úmida alternando entre lambidas, sugadas e pequenas penetrações com aquele músculo que parecia estar dando prazer a Rafaella. Escutou os gemidos intensificarem e assim subiu o corpo até que deitou-se por cima de Rafaella sobre a mesa da cozinha.

Sorte que Miguel não estava em casa.

— Eu vou te foder bem gostoso e eu quero saber se ela fazia desse mesmo jeito... — Bianca disse beijando o pescoço de Rafaella, que riu sem humor.

— A essas horas ela não estaria de papo. — Afirmou conseguindo provocar a carioca, que gemeu baixo antes de levar dois dedos a boceta de Rafaella e penetra-la com força, conseguindo um grito surpreso.

— Como é mesmo? — Perguntou estocando lentamente enquanto descia mais o decote pra conseguir estimular os mamilos rosados. — Hein? O que você disse?

— Nada, eu não disse nada... — Respondeu desnorteada jogando a cabeça pra trás sentindo os estímulos de Bianca em suas regiões sensíveis. — Com mais força, Bia. — Gemeu rebolando nos dedos da publicitária.

— Você que manda. — Determinou aumentando o ritmo até conseguir gemidos ainda mais altos da mulher de olhos verdes. Gemidos esses que serviam de combustível pra seu próprio prazer.

A hora de Bianca se deliciar com aquele corpo havia, finalmente, chegado; e a carioca se dedicaria aquilo até que Rafaella estivesse completamente satisfeita, ou pedindo para parar. Nenhuma das diversas mulheres com a qual se deitou, ou os poucos homens que tentaram lhe proporcionar prazer, conseguiu levar Bianca ao ápice da excitação e felicidade como Rafaella estava fazendo naquela noite, sendo simplesmente ela. Sem se esforçar e apenas aceitando os estímulos e reagindo a eles, a mineira fazia Bianca se sentir inteira.

Manteve o ritmo dos dois dedos na intimidade de Rafaella e aproveitou a posição para chupar e lamber os seios redondinhos da mulher abaixo de si.

Se a mesa não fosse fixada no chão, Bianca teria medo que um acidente acontecesse.

— Bianca, pelo amor de Deus, enfia a porra dos dedos. — Rafaella gemeu alto puxando a cabeça de Bianca até que pudesse sustentar o olhar sob si. A carioca, interrompendo as investidas, retirou os dedos de dentro de Rafaella e passou a acariciar a intimidade de forma leve, quase delicada, e certamente não da forma que a mineira precisava.

— Tava quase, amor? — Perguntou falando o apelido de forma quase irônica, reduzindo assim as chances de Rafaella ver aquilo de forma romântica. Apesar de que serviria.

Rafa não respondeu, mas forçou o corpo de Bianca até que conseguisse montar sob a carioca deitada na mesa com a feição surpresa.

— Eu vou te matar, Bianca. — A mineira determinou rebolando algumas vezes sob o colo da publicitária.

— Antes eu quero que você me mate de prazer, e de tanto gemer o meu nome. — Disse baixo inclinando o tronco, ajudando a mineira a descer o zíper do vestido e logo a despindo. — Gostosa — beijou o pescoço bronzeado — gostosa pra caralho — desceu as mãos apertando as coxas dobradas ao seu lado.

— Perdeu sua oportunidade de me ouvir gemer, agora é você que vai gritar. — Disse tirando o top cropped que a publicitaria usava e a empurrando pelos ombros até que deitasse na mesa com um sorriso cafajeste no rosto. Beijou e chupou o pescoço até deixar a região um pouco vermelha, cogitou preocupar-se mas Bianca arfava alto, então assumiu que tudo estava bem.

Sentiu cada pedaço das curvas de Bianca, espalmando a mão direita contra a barriga da carioca e logo descendo a barra do short até que conseguisse colocar a mão direto na intimidade dela.

— Já transou muitas vezes em cima de uma mesa? — Bianca indagou arfando depois de sentir os dedos de Rafaella em si.

— Toda vez que eu transava com a-

— Não termina. — A carioca impediu levando a mão até o rosto de Rafaella e cobrindo-lhe a boca.

— Que foi? ficou com medo da resposta? — Rafaella indagou cinica esfregando os dedos na região sensível de Bianca. — Responde Bianca.

— Medo? Nunca... pode até ter acontecido, mas eu me garanto. — Disse ignorando a posição completamente exposta em que estava.

— Ah, Bianca, ai é que você se engana... — Respondeu brincando com a entrada molhada da mulher.

— Vai terminar o serviço ou eu vou ter que chamar a Ta- A! — Bianca gemeu em meio a frase quando Rafaella penetrou fundo três dedos na boceta da carioca. — Puta que pariu, Rafaella! — Exclamou jogando a cabeça pra trás e aproveitando o ritmo acelerado que Rafaella a fodia.

A mineira prosseguiu com aqueles movimentos até que o corpo de Bianca desse os indícios de estar chegando ao ápice, e Rafa sabia que ela estava muito próxima. Isso porque as reboladas da menor estavam ainda mais fortes e constantes, a pequena camada de suor também já brilhava na testa, reluzindo o cansaço, e por ultimo: as paredes internas de Bianca já apertavam os três dedos enterrados fundo nela.

— Não falei que ia gemer o meu nome? — Indagou beijando o pescoço de Bianca quando a mesma gemeu alto e relaxou sob a mesa.

Talvez precisassem de uma cama logo.

— Você sempre surpreende... — Bianca afirmou um pouco sem fôlego acariciando os cabelos castanhos longos.

A carioca esforçou-se pra levantar com a ajuda de Rafaella, e tinha a real intenção de leva-la até seu quarto e fode-la até perder as forças sob sua cama, de preferência de quatro, mas foi só a mineira começar a provocar com palavras sujas que Bianca parou no meio do caminho, a deitou sob o sofá, e a chupou até que se desfizesse em sua boca.

— Rafa, se você não me falar pra parar eu vou continuar... — Disse quase em um sussurro continuando a lamber a boceta da mineira mesmo depois da mesma gozar forte.

— A intenção é justamente não parar, Bianca Andrade. — Respondeu entrelaçando os fios curtos do cabelo da carioca em suas mãos e a incentivando na direção da sua intimidade. — Eu ainda não tô nem um pouco satisfeita.

Bianca sentiu o coração acelerar e o orgulho e determinação subirem ao sangue. Rafaella não poderia estar usando aquele tom petulante pra falar com Bianca, e muito menos insinuando que a carioca não estivesse a satisfazendo.

Continuaria. Continuaria até conseguir um "chega" saindo da boca de Rafaella.

— Vira. — Ordenou ajudando a mineira a virar-se sob o sofá e empinar a bunda na direção de Bianca.

— Me fode com força, Bianca. — Rafaella praticamente implorou apoiando no "braço" lateral do sofá e virando a cabeça pra encontrar a carioca com o olhar baixo na bunda da mulher.

— Porra Rafaella. — Bianca xingou antes de apertar a nádega direita de Rafa e penetrar três dedos da mão esquerda.

— Bianca! — Gritou a de olhos verdes jogando o corpo pra trás e entrando no ritmo de vai e vem proporcionado pela carioca.

A aura de tesão e as respirações desreguladas ditavam o tom de mais uma rodada de prazer intenso entre as duas mulheres. Bianca sentindo seu interior revirar toda vez que escutava Rafaella gemendo ou gritando seu nome, e a mineira agitada sem saber como lidar com as reações de seu corpo. Eram muitas, de formas e forças diferentes, assim como os movimentos de Bianca em sua boceta. Rafaella estava, provavelmente, enlouquecendo.

Atingindo o orgasmo e soltando um gemido longo, Rafa deixou o corpo cair sob o sofá e recebeu Bianca acima de si, distribuindo beijos pelas costas suadas e acariciando a bunda redondinha da mulher mais alta.

— Linda, linda, linda. — Disse entre selinhos delicados nos ombros de Rafaella. — Vou te apresentar a minha cama. — Falou erguendo o corpo e sentando no sofá, observando Rafaella virar-se deitada de barriga pra cima, completamente nua. Bianca a fitou, mordeu os lábios, respirou fundo e desviou o olhar um pouco acanhada.

A mulher era um monumento.

— Eu preciso de um tempinho, Bia... — Rafa pediu sorrindo sem mostrar os dentes.

— Já cansou? — A carioca questionou cinica. Rafaella então abriu as pernas, as flexionou no sofá deixando a intimidade úmida completamente exposta na frente de Bianca.

— Nada que uns beijos seus não resolvam. — Provocou com um sorriso safado no rosto. Bianca tentou controlar a respiração acelerada antes de novamente levar a boca até a boceta de Rafaella. Começou outra sessão de estímulos, agora um pouco mais leves e delicados, enquanto apertava os seios da mineira, que não hesitou em começar a gemer manhosa mais uma vez.

Bianca era boa com a lingua, e Rafa deveria imaginar isso desde o primeiro beijo que trocaram no Rio de Janeiro; aquele beijo que há meses fez a mulher de olhos verdes arrepiar-se inteira e depois passar alguns bons dias se questionando, e pensando na carioca. Tudo que Rafa já gostava em Bianca antes, agora parecia estar sendo ainda mais bonito, e melhor. Porra, a habilidade dessa mulher em me deixar louca é incrível, pensou Rafaella depois do beijo dentro do carro há alguns dias.

Já estando sensível, Rafa não demorou a gozar mais uma vez na boca de Bianca; e dessa vez se sentia esgotada.

— Bianca, não... — Pediu assim que a carioca voltou a estimular o clitóris e iniciar uma penetração de um dedo só.

— Então você admite que está satisfeita? — A publicitária indagou subindo o corpo e levando as mãos até os cabelos ondulados que estavam mais bagunçados do que o normal.

— Muito, muito satisfeita mesmo. — Disse apertando o rosto de Bianca com uma mão e deixando um beijo nos lábios que formaram um biquinho fofo.

— Gosto assim mesmo... — Respondeu acomodando-se no meio das pernas de Rafaella e recebendo um carinho gostoso nos cabelos.

Aproveitando o carinho uma da outra, ambas deixaram que o silêncio embalado pelo ruído das respirações tomasse a sala. Rafaella concentrada em passar as mãos pelas costas nuas de Bianca deitada entre suas penas, subindo até os cabelos quase curtos; e Bianca aproveitando o aconchego pra desenhar círculos imaginários na pele do ombro da mineira.

— Será que tem mais daquele ultimo vinho? — Rafa indagou depois de alguns minutos.

— Tenho um pouco de todos...

— Você comprou uma garrafa de cada?

— Alguns eu já tinha na adega... outros eu comprei.

— Tudo pela experiência? — Rafa quis saber fitando os olhos atentos de Bianca que assentiu com um sorriso.

— Tudo pela experiência. — Confirmou sorridente.

— Não sabia que tinha feito esse curso, mas gostei de saber dessa sua habilidade. — A mineira confessou colocando alguns fios castanhos atrás da orelha.

— Tenho muitas habilidades, aos poucos você descobre. — Assegurou levantando do sofá depois de deixar um selinho nos lábios de Rafaella. — Vou pegar o vinho pra gente então. — Avisou andando até a cozinha.

Rafaella observou a cena daquela mulher nua pegando duas taças em um armário e depois pegando a garrafa de vinho em uma adega climatizada quase escondida.

Estava perdida por aquela mulher. Completamente rendida. Ainda mais depois daquelas horas divididas de prazer.

De certa forma agora Rafa entendia porque as habilidades de Bianca tinham sido tão comentadas na cidade logo que a carioca se estabeleceu.

E agora essas habilidades pareciam lhe pertencer; bom, pelo menos era essa a ideia que Bianca estava dando.

— Quer vestir alguma coisa? Eu pessoalmente gosto de te ver assim, desse jeito, mas se quiser posso pegar uma camiseta. — Bianca ofereceu extendendo a taça na direção de Rafa, que aceitou com um meio sorriso.

— Se você gosta eu acho que posso ficar assim. — Respondeu conseguindo uma arfada da carioca, que apagou a luz deixando apenas a luz fraca da cozinha iluminando todo o ambiente.

Entre conversas, falas sugestivas, e sorrisos safados, Rafa e Bianca trilharam aquela madrugada. Perderam-se no corpo uma da outra diversas vezes, até que foi a vez de Bianca dizer chega e pegar no sono com Rafaella a abraçando.

Bianca se sentia completa, completa de tal forma que quando estava com Rafaella até mesmo se esquecia de todos os problemas e duvidas sobre outras coisas. Esquecia dos problemas "familiares", se assim poderia chama-los. Esquecia do drama de querer mudar de emprego. Do drama da possível mudança muito em breve. Realmente se esquecia de tudo e focava no momento bom ao lado daquela mulher.  Nos sorrisos bobos de Rafaella e no olhar inquisitivo quando perguntava algo.

Rafa era, certamente, a parte boa daquela cidade, a parte que deixava Bianca apreensiva de possivelmente ir embora.

E a mineira nem cogitava tal atitude, até porque Bianca parecia bem, bem com tudo. Não falavam muito sobre, mas a mulher de olhos verdes tinha ficado sabendo da conversa de Bianca com sua mãe e Gabriel, e isso deveria significar algo, certo? Além do mais, Bia continuou trabalhando na vinícola, mesmo que dirigindo-se a Sérgio apenas de maneira formal e condizente com o trabalho apenas; e o empresário fazia o mesmo.

Tudo parecia caminhar pra normalidade.

De qualquer forma, Bianca não queria pensar naquilo em momento algum que estivesse perto de Rafaella, até porque na presença da mineira a carioca só conseguia pensar em manter os dois corpos juntos. Bem juntos.

______

Sumi? Sumi. Voltei? Voltei.

A vida tá meio caótica, então tô demorando, desculpa 🥺

Se alguém daqui também lê Segredos: tá muito difícil escrever, mas eu to me dedicando e acho que consigo trazer até o meio da semana que vem 🥴

Comentem pra motivar essa autorinha.

Queria dedicar esse cap a minha quase xará, essa att foi pra você cunha 🤪

Spoiler: 🇺🇸🔜🤑🥺

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