KJ POV
A vida ficou bem agitada depois que a banda explodiu, quase nunca estamos em casa, Luke passou a estudar em casa e ir até a escola nos nossos períodos de férias. De princípio até pensamentos em ficar na estrada apenas nos meses de férias, mas digamos que a agenda se tornou muito maior que isso. Então, ok, Luke vai para a escola socializar as vezes e no restante do tempo nós ensinamos o que se deve e o resto dos caras o que não deve, por sorte Luke é muito inteligente.
Bom, não sei porque estou pensando nisso, o fato principal é que estou sozinho com Luke hoje. Cami, Mads, Lili, Barbara e Vanessa foram ao shopping comprar coisas para o bebê que Vanessa espera do babaca do Michael. Não tenho mais o que fazer para distrair Luke, ele quer sair na rua mas eu sou um velho de quase 30 anos que gosta do conforto do lar sempre que possível. Por outro lado confesso que não aguento mais assistir esses malditos vídeos do YouTube com crianças abrindo brinquedos.
Luke está deitado no chão parecendo uma estrela do mar parecendo tão entediado quanto eu.
- Papai, eu posso cagar na piscina?
- O que?
- Posso cagar na piscina?
- Não, a menos que queria tomar uma surra da sua mãe. Mas de onde veio isso?
- Só pensei - da de ombros - esse vídeo é uma merda.
- Lukas - repreendo - palavras de adultos.
- Adultos ficam cum as melhores palavras - resmunga.
- Certo - tentei não rir - quer ver um filme?
- Não um desenho - ele pede sentando no seu lugar - e quero um refrigerante.
- Não pode, você sabe disso - ele me dá seu melhor olhar pidão e então sedo - oh ok, mas não conte para a mamãe.
- Segredo de garotos - Luke pula até mim e bate a mão na minha - safadinho.
- Luke, pelo amor de Deus - levanto do meu lugar e bagunço seus cabelos - podemos ver velozes e furiosos.
- Clube da luta.
- Esse não.
- Papai, é um segredo se garotos ... Amanhã estava vendo com o tio Josh.
- Amanhã não, filho, outro dia - explico enquanto vou para a cozinha com ele me seguindo.
- Outro dia amanhã.
- Não, Luke ... Amanhã é o dia depois que você dormir e acordar, ontem ou outro dia foi um dia que já passou.
- Como o dia que fui na Disney?
- Sim.
- Hum - ele murmura como se tivesse entendido tudo - outro dia eu vi a tia Mads pelada, ela tem um pinto estranho.
Fico em silêncio parado no meio da cozinha observando meu filho subir no banco alto. Luke está com uma fixação irritante por peitos, bundas e pintos, sei que é só descoberta, mas ele poderia não falar disso abertamente o tempo todo?!
- Ela não tem pinto, Luke, tia Mads é uma menina, mas ... Porque você viu?
- Entrei no banho dela.
- Luke, não pode fazer isso - repreendo - o banheiro é um lugar privado.
- Você entra no banheiro com a mamãe - ele conclui balançando o corpo para frente e para trás - num é um lugar privado.
- A mamãe e eu somos casados, pessoas casadas podem entrar no banheiro com a outra desde que peça licença.
- Pedi licença - ele afirma com um aceno de cabeça tão rápido que parece que vai cair do banco - tia Mads disse tudo bem.
- Ah ok, vamos esquecer isso.
- O que?
- Nada. Pipoca doce ou salgada?
- As duas, por favor. Cadê meu refrigerante?
- Não conta para a mamãe - peço colocando a lata em sua frente.
- Tá bom - fala sem paciência e estica as mãozinhas sobre o balcão - não quero que ela te soque nas bolas.
Só rio, desisto de tentar corrigir esse moleque. Não sei o que vamos fazer quando voltar para a escola, da última vez ele disse aos amigos que viu tetas e fomos chamados pela coordenadora pedagógica da escola, e olha que não optamos por uma escola de riquinhos. Tivemos que explicar que apenas um filme que ele pegou na TV em um minuto de distração, demorou mas conseguimos convencer a mulher. Também houve a vez que ele disse "sexo, drogas e rock and Roll em um programa de TV, todos riram mas depois estamos capaz de revistas. Enfim, Luke vai ser nossa falência qualquer dia.
- Papai?
- Fala, cara - ele nunca para de falar.
- Quem deixou a mamãe doente?
- Ela não está doente. Quem te disse isso?
- Ela vomitou na pia?
- Que horas?
- Cuando comi panquecas.
Isso significa de manhã na hora do café, quando eu estava desmaiado em cima da cama.
- Não deve ser nada demais, cara, não se preocupe com isso. Tudo bem?
- Não gosto da mamãe doente.
- Nem eu - faço uma careta e retorno para minha tarefa de fazer pipocas.
- Ela te mata.
- Sim, cara. Por isso não deve falar do Clube da Luta e do refrigerante.
- Não sou um idiota - fala irritado.
Começo a preparar as pipocas enquanto Luke fala sem parar sobre dinossauros, cortadores de grama, Olive e Truffle. Termino de fazer as pipocas enquanto escuto tudo apenas concordando com murmúrios, corrigindo palavras ou cortando as palavras que ele não deve dizer. Em seguida deitamos no chão da sala com as bacias de pipoca, latas de refrigerante e balas ácidas, coloco o filme de ação para rolar e lá pela metade Lukas já está saltando e lutando com as almofadas de tal forma que minha sala parece uma cena de guerra. Truffle chega só banho e entra na brincadeira puxando o garoto pela barra da bermuda e mordendo seus cabelos quando ele cai no chão.
Espero que Cami chegue depois que essa energia pós bomba de açúcar acabe ou estou fodido. Luke joga todas as almofadas do sofá no chão e começa a pular de um lado a outro do grande sofá em L, que felizmente está impermeabilizado. Sinto ele passar voando atrás de mim, então volta só que dessa vez Luke cambaleia e cai em cima da minha cabeça com tanta força que meu cérebro chacoalha.
- Aí porra - solto um gemido.
- Palavra feia, papai.
- Eu posso.
Viro com rapidez e agarro a parte de trás da sua camiseta o puxando para o meu colo.
- Se acalme.
- Porque?
- Porque a mamãe está chegando.
- Não está não ... Cadê ela? Papai quero cortar a grama cum dinossauro.
- Isso não faz sentido, e não temos grama.
- Cadê a mamãe?
Pego o celular jogado no chão, destravo a tela e vejo todas as mensagens que Cami mandou, são muitas. Faço uma careta para a tela acesa na minha mão estranhando o acontecimento, no geral Cami não me manda tantas mensagens quando está com as meninas. Não é nada demais também, só pergunta como está tudo e que quer chegar em casa logo mas o dia está cheio.
- Me dá aqui isso - Luke tenta tomar o celular - vai, cara.
- E a educação?!
- Por favor, me dá logo.
Entrego o celular para o moleque já que não vai parar antes de conseguir pegá-lo. Luke me olha com um sorriso tão grande que fico com um pouco de medo, é sério, nesse momento ele parece eletrizado tanto pelo filme como pelo açúcar.
- Mamãe - ele fala animado enquanto segura o dedo na tela para gravar um áudio - mamã-ãe onde você tá? Não fica doente ... O papai falou porra e eu tomei dois refrigerantes ... Me traz um dinossauro, eu te amo. Tchau.
Tomo o celular dele e apago a mensagem a tempo.
- Não é pra falar dos refrigerantes.
- Refrigerante é bom - da de ombros - me leva na vovó?
São apenas 5 da tarde e Luke pula para cima e para baixo na minha frente, ele parece um bola de anergia prestes a explodir. Então decido parar de preguiça e tirar essa criança de casa logo de uma vez.
- Vamos andando - anúncio.
- Ooooook.
Sim, estou fodido hoje.
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Bom, o passeio até a casa da minha mãe foi ótimo, fui mimado, Lukas jantou cedo, comeu sobremesa, vomitou, comeu bolo de chocolate e agora não para de reclamar de dor de barriga.
É muito bom que eu tenha sido mimado essa tarde, porque é meu último dia de vida. Olha, eu seu cuidar muito bem do meu filho, mas comida boa nunca é demais, o máximo que acontece é ele ficar cheio de energia e eu ficar acordado até muito tarde de olho na fera.
Mas dessa vez Luke comeu escondido, muito além do que aguentava e está passando mal, estou carregando ele para casa um pouco chateado com sua dor, mas também bravo pela malcriação.
- Quero minha mãe - ele choraminga.
- Já estamos chegando em casa, cara, vou te dar um remedinho e vai ficar tudo bem. Beleza? É pra você aprender a não comer escondido quando eu digo que já chega.
- O bolo é muito bom.
- E agora sua barriga doendo não é nada bom, é?!
- É uma merda.
Dou risada em silêncio, esse garoto não sabe controlar a boca mesmo.
- Se continuar falando essas palavras vai ficar com o vovô Mark durante a próxima turnê da banda.
- Não - ele grita e segura meu rosto.
- Mas ele é legal, e a vovó Marisol também.
- Vovô me coloca para tirar sonecas toda hora.
- Você fez um desenho com a chave na porta do carro dele, cara, tirar uma soneca foi muito leve.
- Foi uma soneca beeeeeem longa.
Seu rosto estampa uma expressão indignada muito engraçada, mas a situação foi seria e preciso manter o controle. Foi a meses atrás e mesmo assim Luke nunca esquece o tamanho da soneca que tirou, e isso é apenas uma coisa que ele aprontou, se eu começar a listar aqui vamos ficar até amanhã falando apenas das peripécias do meu filho.
Chego em casa e assim que destravo a porta percebo que Cami já chegou, seu carro está na garagem perfeitamente estacionado ao lado do meu, não foi ela que estacionou, agora minha esposa tem um motorista/segurança particular.
Subo as escadas com Lukas falando sem parar sobre viajar e Tio Josh ser um malandro por ter roubado na guerra de pistola de água. Ele nunca cala a boca, por isso que as vezes sua concentração é igual a de uma criança de 2 anos.
Assim que alcanço o topo da escada o coloco no chão, as luzes da casa estão todas acesas e tem um cheiro forte de tempero preenchendo tudo. Luke pula no lugar, coloca os braços para cima e grita.
- Mamãe.
- Aqui, meu amor.
- Minha barriga está doendo - ele fala enquanto corre - papai me carregou toooooodo caminho.
Cami geme quando Luke bate em suas pernas tão forte que ela precisa se segurar. Eu me apoio do outro lado do balcão e observo os dois.
- Me pega.
- Ta, calma. Tudo isso é saudade? Upa - Cami o pega no colo com um suspiro - carinha, você pesa de verdade.
- Sou o Hulk - ele mostra o muque e depois geme - você não tá doente mais não?
- Não - ela beija o rosto e o pescoço do menino até ele se encolher e rir - porque sua barriga dói?
- Comi muito bolo de chocolate.
Cami me olha séria, com um sorriso maldoso que faz minhas bolas se encolherem de medo.
- E seu pai não viu isso?
- Ele falou chega Lukas e daí roubei e comi escondido atrás do sofá.
- Que coisa feia, Luke.
- Não precisa me espancar nas bolas.
- O que? - Cami parece quase assustada - Vou lavar sua boca com sabão, Lukas James.
- Inferno.
- Lukas - repreendo - quer tirar uma soneca agora mesmo?!
- Mamãe, eu tomei refrigerante, comi pipoca e assisti Clube da Luta, foi maneiro. Porque roubam pessoas pra fazer sabão?
- Jesus Cristo - Cami murmura em português.
- Jesus Quisto mesmo - o garoto concorda.
- Pelo amor de Deus, filho, fica um pouco calado - peço e ele me olha de cada feia - vai pro quarto e tira roupa, está na hora do banho.
- Posso escolher o pijama, papai?
- Pode - concordo.
Cami coloca o garoto no chão que sai correndo a todo vapor para as escadas no fim do corredor, faço meu caminho até a minha morena maravilhosa e a abraço, beijo seu pescoço, seu rosto e depois sua boca gostosa.
- Oi, angel.
- Oi, amor - ela me abraça pela cintura e afunda o rosto em meu peito como sempre faz - senti sua falta, mas agora quero te matar porque o Lukas vai nos deixar loucos e eu planejava um jantar a dois.
- Ele não me obedece.
- Deixa de ser sínico - ela brinca e se afasta - vocês dois aproveitam quando não estou para fazer tudo que dá vontade.
- Mas o bolo ele comeu mesmo escondido.
- Você é o melhor pai do mundo para o nosso filho, Kage. Eu te amo.
- Também te amo, angel, e só sou bom porque tenho você comigo para as coisas boas e as ruins - a beijo de novo, dessa vez com mais vontade deslizando minhas mãos ate sua bunda macia - agora chega que estamos ficando clichê. Como foi o passeio?
- Muito interessante.
- Ah é, o que teve de tão interessante?
- Descobri uma coisa.
- O que?
- Vou contar depois - Cami me dá um último beijo e se afasta - agora preciso terminar o jantar.
- Angel, não gosto de surpresas.
- Gosta sim, só é muito curioso para esperar.
- Já que sabe, me conta logo.
- Papaieeeeeeee já tô pelado - o grito preenche todo o lugar e Cami começa a rir - o que tá fazendo aí, safadinho?
- Graças a você, nada. Já estou subindo, cara - rolo os olhos e começo a me afastar - a quem esse moleque puxou?
- Nem faço ideia - ela brinca e volta para a comida - não demorem.
Subo correndo e encontro Lukas pelado derrubando todos os frascos de shampoo e sabonete dentro da sua banheira, a única resposta que recebo é "banho de espuma". Decido não me estressar, simplesmente coloco a banheira para encher, enfio o pelado dentro e começo seu banho. Acho que a hora do banho é a melhor, Luke ama banho e no geral não dá nenhum trabalho nesse momento, nem mesmo para sair já que adora o processo de vestir uma roupa legal, passar perfume e pentear o cabelo ou como ele mesmo diz "ficar gatão".
Luke acaba vestido em um macacão de pijama que imita um leão, pantufas do Hulk e o cabelo penteado em um topete legal. Ele pula nas minhas costas, desço pulando os degraus de forma exagerada só para seu corpo pular e poder ouvir sua risada maravilhosa ocupar meus ouvidos e me fazer lembrar o porque amo tanto ser pai, acima de tudo ser pai desse garotinho danado, boca dura e o amor da minha vida.
- Você parece um touro louco - Luke ri as palavras quando aterrizo no último degrau - papai você é o melhor.
- Cara, você que é o melhor.
- E eu? - Cami fala animada surgindo na nossa frente - eu não sou a melhor não?
- Siiiiim - Luke grita - melhor mamãe do mundo inteiro e eu te amo um montão de fazer a cabeça explodir.
- Aun vem cá ... Que roupa é essa, você é um urso?
- Um leão, mamãe.
- Oh certo - Cami o pega de mim e engancha em seu quadril - um leão fofinho.
- Um leão malvado.
- Malvado não, filho.
- Ah mamãe.
- Ah Lukas, você é meu bebezinho.
Luke se aconchega no colo da mãe a abraçando forte com braços e pernas e começa a dar beijinhos em sua bochecha.
Cami o leva até a mesa onde coloca o menino sentado em sua cadeira de sempre onde já tem um acento para deixar na altura certa. Luke da pulinhos no lugar e pega a colher de cima do prato.
- Já jantou, Luke - aviso.
- Estou cum fome.
- E a barriga, Luke? - Cami pergunta e o menino balança a cabeça com força.
- Passou depois que diz um cocozão lá em cima.
- Certo - Cami ri - então pode comer ao um pouquinho.
A mesa está toda arrumada o que é bem estranho para um dia normal, na maioria das vezes comemora na mesa da sala, os 3 sentados sobre almofadas e conversando sobre todos os assuntos ao mesmo tempo, ou assistindo um desenho com Luke ou nos dias de maior sorte apenas nós dois. Olho para ela questionando, Cami da um sorriso de bochechas coradas.
- O que está acontecendo? - pergunto e sento no meu lugar - comprou algo muito caro no shopping?
- Não - Cami segura o riso - mas foi uma coisa que descobri lá.
- O que? Angel, conta logo.
- Shiu.
- Você tem um segredo, mamãe?
- Mais ou menos - ela afirma.
- Baby, estou morrendo bem aqui na sua frente.
- Tenha paciência, Kage - Cami senta em seu lugar e sorri - quer macarrão, Luke?
- Quero ... Conta o segredo, mamãe.
Cami sorri olhando para mim e para Luke, ela sorri ainda mais. Minhas mãos estão suando um pouco? Talvez. Sou uma pessoa ansiosa de natureza, não tenho paciência para esperar.
Cami coloca um pouco de macarrão no prato de Luke e sorri para mim.
- Você sabe, amor, que ando meio ruim só estômago esses dias.
- Sim - concordo.
- E ... Cara, queria mesmo ser boa com coisas bonitinhas, planejar surpresas e tudo, mas - da de ombros - sabe que não sou muita boa nisso e quando descobri só queria vir embora e contar de uma vez.
Olho seu sorriso largo, as bochechas rosadas e seu estado de espírito leve, Cami está linda toda animada.
- Kage, três mais 1 é quanto?
Luke larga o garfo, levanta as mãos em frente ao rosto e começa a mexer os dedos com a boca cheia de comida. Fico olhando para ele e para Cami, sem responder.
- Quatro, mamãe - Luke fala de boca cheia - tenho 4 anos.
- Sim - Cami sorri e funga - 4 anos é muita coisa, amorzinho.
- O que isso quer ... - paro de falar com o entendimento me pegando em cheio - Quatro ... Isso quer dizer que ....
- Seremos 4, Kage ... Amor, eu estou ...
- Grávida - grito e pulo fora da cadeira a derrubando no chão - é sério não é?!
- Uhum - ela murmura e começa a chorar - descobri depois do almoço, sei que estávamos planejando para o fim do ano ...
- Que se foda - grito.
- Palavra feia, papai.
Ignoro Luke, ignoro tudo só agarro Cami pego Cami em um abraço tão forte que a tiro da cadeira e beijo seu rosto sorridente com lágrimas salgadas, beijo seus lábios quentes enquanto sussurro que a amo mais que tudo nesse mundo, que ela é maravilhosa e perfeita, que eu não poderia ser mais feliz do que sou agora. A beijo de novo, de novo e de novo.
- Num tô entendendo nada - Luke fala do seu lugar - mamãe ...
- Filho - Cami se vira e vai até ele - amorzinho, lembra quando me pediu um irmãozinho e a mamãe falou que precisava esperar?
- Sim, esperar é um saco.
- Bom, a mamãe tem um irmãozinho ou irmãzinha bem aqui.
- Onde? - ele larga a colher todo animado e pronto para sair correndo - tá no carro?
- Não, carinha - rio e tendo explicar - na barriga da mamãe igual a Olive ficou na barriga da tia Mads.
- Ah - sua boquinha se abre em um O perfeito e ele fica calado por 2 segundos - quem fez isso mamãe?
- Como assim?
- O bebê aí dentro.
- O papai e eu - Cami explica.
- E foi legal?
Cami me olha por cima do ombro e sorri, depois ri e olha para o filho sem responder nada.
- Foi sim, filhão.
- Como fez?
- Ah ... Hum ... Não dá pra explicar agora ... É uma coisa de adultos.
Luke me olha de cara feia, com olhos estreitos e tudo, o que só me faz rir ainda mais.
- Adultos sempre ficam cum as coisas legais - resmunga, então ele se joga para frente e abraça o pescoço de Cami - tá bom, mamãe, já pode tirar meu irmão da barriga.
- Demora um pouco, Luke, e pode ser uma irmã.
- Quanto?
- Alguns meses - ele não entende, claro - um tempo, amor, tipo quando vamos fazer todos os shows.
- Nossa que demora.
- Passa rapidinho - afirmo - sabe o que isso significa? Você vai ser um irmão mais velho, isso não é maneiro?
- Não sei, nunca fui irmão mais velho.
- Vai ser divertido - Cami afirma - eu te amo, filho, você vai ser o melhor irmão mais velho do mundo.
- Vou mesmo.
Rimos com ele, Luke não entende muito bem o que está acontecendo, não dá para explicar tudo se uma vez, mas ele consegue assimilar uma boa parte conforme falamos sobre Mads e Olive. No fim do jantar ele está muito animado e cheio de perguntas.
Com muita dificuldade consigo colocar ele na cama para assistir um filme enquanto se acalma para pegar no sono. Cheiro seus cabelos enquanto ele está deitado no peito, ele ainda tem mesmo cheiro de bebê. Demora mais tempo que os outros dias, mas por fim Luke pega no sono e vira para a parede, é minha deixa para ir.
A casa está em silêncio e escura, mas uma luz forte sai sob a porta do meu quarto. Quando a abro meu coração acelera, Cami está nua a minha espera.
- Estou pronta para a comemoração, amor.
Pulo em cima da cama e a morena ri, mas a calo com meus lábios, percorro sua pele até seu riso virar gemidos que me deixam louco.
Em breve seremos 4 por causa dela, e só quero agradecer dando todo o prazer que ela merece e a amando cada segundo que posso.
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Comentem 😘