Love History.

Capítulo 37

Point of view Rafaella Kalimann

Eu: "Oi, amor! Que saudade!"

Bia: "Sim! Pensando seriamente em pegar um vôo e ir pro Rio te ver." - ela disse sorrindo. Estávamos em ligação por vídeo chamada.

Eu: "Ah, bem que eu queria mesmo. Desde que cheguei aqui a gente mal se falou."

Bia: "É, estamos meio distantes, né? Me desculpa. Ando tão cheia de trabalho, tem os lançamentos, e o Boca a Boca volta semana que vem." - a carioca se jogou na própria cama.

Eu: "Não, tudo bem, eu entendo. Também tô ocupadinha por aqui."

Bia: "Quando você chegar amanhã a gente mata a saudade!"

Eu: "Então, acho que não vou conseguir voltar amanhã."

Bia: "Ué, por que?"

Eu: "Surgiu um evento aqui Domingo. Aí acho que volto só Segunda mesmo."

Bia: "Af, que droga, bicha!" -ela fez um biquinho fofo de tristeza.

Eu: "Pois é. Enfim, como foi seu dia?"

Bia: "Dói?"

Eu: "O que?"

Bia: "Carregar toda a beleza do mundo nas costas? Tu tá tão linda assim com carinha de sono e cabelo bagunçado."

Eu: "Por Deus, Bianca. To só o pó da rabiola."

Bia: "Rabiola me lembra os rabias, eles se chamam assim." - gargalhei. "E pode parar de besteira, você tá maravilhosa, na verdade, você é maravilhosa."

Eu: Por mais que eu tenha uma grande fraqueza com você sem make, cê ta surreal de linda assim."

Bia: "Gostou? Tava gravando pro programa, aí né, tenho que pintar a cara. Mas já vou tirar, inclusive." - a empresária se levantou, indo para o banheiro e posicionando o celular apoiado na parede, de frente para ela, para fazer seu skin care.

Eu:  "Haja paciência pra fazer esse ritual aí todo dia."

Bia: "E você vai começar a fazer também. É muito importante, e muito gostosinho!"

Eu: "Vai ter que me obrigar."

Bia: "Sem problemas."

Miguel: "Bi?" - ele bateu na porta do quarto e a chamou.

Bia: "Oi amigo, pode entrar."

Miguel: "Eu e a Bia vamos fazer macarrão ao alho e óleo pro jantar, você vai querer?" - ele ficou perto da porta.

Bia: "Hum... quero, quero sim."

Eu: "Oi Miguel."

Miguel: "Oi cunha! Tudo bem? Que saudade!"

Eu: "Saudade mesmo, cunhadinho! Semana que vem to aí."

Miguel: "Tá bom, aguardo ansioso, anjo."

Eu: "Eu também!"

Miguel: "Beijo."

Eu: "Beijo!" - vi ele sair do cômodo.

Bia: "E seu dia, amor, como foi?"

Eu: "Cê não me respondeu do seu!"

Bia: "Ah, foi o de sempre." - ela passou sabonete no rosto. "Reuniões, entrevistas, vídeo pro canal."

Eu: "Qual cê gravou?"

Bia: "Ah, você não vai acreditar."

Eu: "Ai meu Deus, o que você aprontou, menina?"

Bia se abaixou para enxaguar o rosto. Após alguns segundos voltou e secou a pele com a toalha.

Bia: "Reagi à fanfics." - ela disse animada e eu ri.

Eu: "Sério isso?"

Bia: " Sério! Ficou muito engraçado. Eles imaginam cada coisa, menina. Mas adorei!" - ela pegou o telefone novamente e foi até o closet para trocar de roupa.

Eu: "Imagino. Ei, não vai tomar banho não, Cascão?"

Bia: "Ai que ódio, Rafaella. Tomei antes da entrevista." - ela começou a tirar a roupa. Fiquei admirando seu corpo perfeito.

Eu: "Sabe que que eu tava pensando?"

Bia: "O que, meu bem?"

Eu: "Era pra você estar aqui comigo estreando o apartamento. Era pra gente estar transando em cada canto desse lugar." - a carioca parou o que estava fazendo para olhar para mim. "E sabe... eu bebi um vinho agorinha. Você sabe como eu fico quando bebo vinho, né?"

Bia: "Rafaella, pelo amor de Deus, por que você tá fazendo isso comigo?" - ela perguntou e eu mordi os lábios sorrindo.

Eu: "Pra te deixar ansiosa pra minha chegada. Então eu vou te deixar avisada que eu vou desligar aqui e vou sumir por alguns minutos."

Bia: "Porra. Como tu conseguiu mudar tão rápido o rumo dessa conversa? Era fanfic e do nada mudou pra coisas sexuais."

Eu: "Sei lá, to bebâda." - falei rindo. "Tchau, Bia!"

Bia: "Na na ni na não. Não desliga." - ela usando apenas um sutiã e um short, sentou no chão do closet.

Eu: "Por que?"

Bia: "Por que eu quero ver você fazendo."

Eu: "Eu não vou fazer nada."

Bia: "Para de ser sonsa."

Eu: "Talvez eu já esteja fazendo e você nem sabe."

Bia: "Saberia se estivesse. Conheço exatamente como seu rostinho fica."

Eu: "Ah, e o que você faria pra ele ficar desse jeito então?"

Bia: "Ok, isso vai ser interessante." - ela se endireitou. Fechei os olhos, para apenas ouvir sua voz. "Eu primeiro beijaria sua boca. Depois eu desceria meus beijos pro seu pescoço, deixaria vários beijos ali, porque vejo o quanto você fica arrepiada quando faço isso."

Eu: "Eu gosto muito."

Bia: "Eu sei. Depois eu continuaria descendo, alcançando seus seios perfeitos. Primeiro eu daria uma atençao maior ao seio esquerdo, eu iria começar dando alguns beijinhos nele, depois ia chupar o bico dele bem gostoso." - coloquei a mão direita por dentro da minha blusa, já que a esquerda segurava o celular.

Eu: "E o outro?"

Bia: "Ah, enquanto eu estaria chupando um, eu iria pegar o outro, que cabe perfeitamente na minhã mão e apertar bem forte." - fiz em mim mesma o que ela disse, imaginando suas mãos ali.

Eu: "Que mais?"

Bia: "Depois eu ia alternar."

Eu: "Cê adora me torturar né?"

Bia: "Meu passatempo favorito. Gosto de te fazer pedir."

Eu: "Eu também gosto quando você implora pra eu te foder." - ouvi a respiração dela acelerando, assim como a minha.

Bia: "Enfim, depois eu iria descendo mais, beijando toda a extensão do seu corpo e tocando sua pele com as mãos."

Fui descendo minha mão lentamente, sob a narração de sua voz rouca.

Bia: "Quando eu chegasse lá embaixo, ia começar a te masturbar."

Coloquei a mão dentro da minha calcinha e mordi os lábios quando começei a passear com os dedos em minha intimidade molhada.

Bia: "Tá gostoso?"

Eu: "Muito. Mas eu quero logo."

Bia: "Depois que você pedisse, porque eu sei que ia pedir, eu iria enrolar mais um pouco, te deixando completamente desesperada, até que sem avisar,  eu ia te foder com dois dedos."

Introduzi dois dedos em mim mesma e soltei um gemido rouco.

Bia: "Isso. Exatamente assim. Iria começar bem devagarzinho, pra te ouvir implorar por velocidade. Aí então iria um pouco mais rápido, mas na velocidade certa que eu já sei que você gosta." - acelerei um pouco meus movimentos.

Eu: "Quero mais." - falei baixinho, entre gemidos roucos.

Bia: " Eu gosto quando você geme assim. É tão gostosinho. Principalmente quando faz isso bem no meu ouvido."

Continuei gemendo dessa forma, enquanto entrava e saía com os dedos na minha boceta. Imaginando seus dedos ali.

Eu: "Quero mais." - implorei.

Bia: "Aí então eu colocaria mais um dedo e ficaria um tempo assim, te fodendo e vendo cada parte do seu corpo aproveitar o prazer proporcionado por mim."

Gemi mais alto e arqueei as costas, mordendo os lábios.

Bia: "Filha da puta. Desgraçada. Gostosa do caralho."

Eu: "Bia, eu tô quase..."

Bia: Quando eu visse que você estaria perto do orgasmo, eu colocaria minha boca em ação, chupando seu clitóris bem gostosinho, fazendo movimentos circulares com a língua, que eu sei que te deixam doida." - estimulei meu clitóris com o polegar.

Eu: "Sim..."

Bia: "E aí depois de um tempinho assim eu ia sentir você gozar na minha boca, ia sentir seu gosto maravilhoso em meus lábios."

Nesse momento meu corpo entrou em combustão. Senti minha estrutura tremer. Fui tomada por um orgasmo delicioso. Quando me acalmei e uma onda de relaxamento me atingiu, abri os olhos e encarei Bianca, que também tinha a respiração acelerada.

Eu: "Meu Deus."

Ficamos algum tempinho em silêncio nos recuperando.

Bia: "Não acredito que a gente fez isso." - eu sorri.

Eu: "Nem eu."

Bia: "Mas foi bom."

Eu: "Foi. Agora posso ir dormir em paz."

Bia: "Eu também, só vou lá jantar antes."

Eu: "Tá bom, amor. Manda beijo pro Miguel e pra Bia."

Bia: "Pode deixar. Boa noite, Rafa."

Eu: "Boa noite, Bia."

Bia: "Tirando certas partes, essa ligação me lembrou de quando a gente se ligava todo dia pra conversar besteira antes de dormir."

Eu: "Verdade. Nunca te falei, mas era a minha hora favorita de todos os dias, eu esperava ansiosa a ligação." - falei tímida.

Bia: "Eu também!"

Eu: "Vai lá comer, amor. Beijo!"

Bia: "Queria estar indo comer você né, mas já que o que tem pra hoje é macarrão..." - gargalhei com a carioca. Ela não perdia uma.

Eu: "Por mais que geralmente seja uma via de mão dupla, você sabe que quem te come mais sou eu."

Bia: "Ai Rafaella, fiquei fraca. Não tenho estruturas pra continuar aqui. Tchau!" - ela disse rindo e eu não pude evitar rir também.

Eu: "Tchau, amor. Boa noite!"

Bia: "Boa noite! Te amo."

Eu: "Também te amo! Beijo."

Point of view Bianca Andrade

Desliguei e fui até a cozinha, encontrando Miguel e Bia terminando de fazer o macarrão.

Miguel: "E aí, bicha." - ele disse quando me viu entrar no cômodo.

Eu: "Quem é você pra falar assim comigo 'e aí bicha' querida? E aí bicha da onde? Eu conheço você por acaso? Você sabe quem sou eu?" - estávamos viciados em ficar falando meme um para o outro.

Miguel: "Como assim?"

Eu: "Natasha Caldeirão."

Miguel: "E você sabe quem sou eu?" - ele largou a panela e cruzou os braços.

Eu: "Quem é você? Um viadinho, pão com ovo." - coloquei as mãos na cintura.

Miguel: "Policial disfarçado!"

B2: "Chega, vocês parecem duas crianças." - ela disse rindo e nós caímos na gargalhada junto.

Eu: "E tu fale baixo!" - apontei o dedo para Bianca.

B2: "Aiai, não sei o que seria da minha vida sem vocês." - Ela abriu a geladeira e pegou uma caixa de suco.

Eu: "Nem eu!"

Miguel: "E a boazuda, tá bem?"

Eu: "Perfeitamente bem."

Miguel: "Cê tem que melhorar dessa garganta logo pra receber sua amada bem."

Eu: "Ai, nem me fale. Vou agarrar aquela mulher e não soltar nunca mais. E olha que só vou ficar o total de cinco dias sem ver ela."

Miguel: "Emocionada."

B2: "Muito fofo ver Bianca toda rendida assim, só de falar na namoradinha o olho brilha."

Miguel: "Você precisa ver elas juntas, Bia. As duas entram na bolha delas, coisa mais linda."

Eu: "Ai gente, eu tô muito apaixonada." - me sentei no banquinho em frente o balcão, suspirando.

Miguel: "E o pedido, vem quando?"

Eu: "Uh, odeio essas coisas de pedido. A gente já praticamente namora, pra que fazer um negócio assim?"

B2: "Se chama romance, prin."

Miguel: "É, eu entendo você Bia, mas acho que a Rafa é do tipo que gosta dessas coisas."

Eu: "Entendo. Mas sei lá, acho que não é o momento ainda."

B2: "É, aí você tem que estar pronta mesmo."

Miguel serviu os pratos para nós, e ficamos comendo ali na cozinha mesmo.

Eu: "Eu sei que não é legal comparar relações e tal, são pessoas diferentes, sentimentos diferentes, tempos diferentes, mas tipo, sei lá, meu ex namoro tinha muita cobrança, eu não quero isso de novo."

Miguel: "E você acha que a Rafa seria assim?"

Eu: "Não, não sei. Eu sei que ela é ciumenta, né. Finge que não, mas é sim. Eu não quero desgaste de briga por causa de coisa besta."

B2: "Ah pronto, olha quem fala. Quem teve crise de ciúmes do ex apaixonado mesmo, minha rosa?"

Miguel: "Ela tem um ponto."

Eu: "Exatamente! Rafa me desmonta inteira, me faz fazer coisas que eu achei que jamais faria, mexe tudo aqui dentro."

Miguel: "Parabéns, você acaba de descobrir o que o amor faz com alguém."

B2: "Ele tem um ponto."

Eu: "É, eu realmente amo aquela mulher." - sorri de canto.

Miguel: "Então pronto. Se o sentimento é forte assim, o resto é ajustável."

B2: "Isso, já te falei, tudo é questão de conversa."

Point of view Rafa Kalimann

Cheguei no meu apartamento exausta no Domingo a noite. A viagem para o Rio havia sido cansativa.

Acendi a luz e enxerguei algo em cima da mesa.

Sorri ao ver o que era e procurei um cartão.

"Pensei em te mandar flores, pois sei que te relaxa, mas já que sou AUTÊNTICA e não vivo no século XX, decidi mandar esse buquê de lip tint. Eu amo você. Espero que descanse bem! Saudade.

Ass: B.A."

Era realmente uma estrutura de buquê, com vários lip tints dentro. Não conseguia não sorrir com o gesto da carioca. Era muito bom saber que mesmo com tanta coisa para fazer, ela sempre fazia questão de dedicar um tempo para mim.

Mandei uma mensagem carinhosa agradecendo e fui tomar um banho para me deitar.

Havia combinado com Manu e Gi de almoçar com elas, desta vez no meu próprio apartamento, já que havia ganhado folga por conta da viagem.

Acordei tarde, o que era raro, mas extremamente bom. Decidi que naquele dia não iria me arrumar. Queria ficar o mais a vontade possível. De preferência, usando meu pijaminha e a pantufa de flamingo linda que eu havia roubado da Bianca, já que ela havia roubado um pijama inteiro meu.

Ela fazia dengo dizendo que queria dormir com meu cheirinho. Eu havia conseguido que ela me devolvesse um roxinho que eu amava, mas um branco meio xadrez continuava com ela.

Ouvi o interfone tocar quando estava distraída olhando as redes sociais. Permiti a entrada das meninas, que rapidamente chegaram no meu apartamento.

Nos cumprimentamos nos abraçando e entramos na casa.

Gi: "Tem alguma coisa diferente aqui." - ela disse analisando o local.

Eu: "Mudei alguns móveis de lugar de novo. Tô tão enjoada daqui, aí tô tentando inovar."

Manu: "Por que você não procura um ap novo, amiga?"

Eu: "Será?" - era uma boa ideia.

Gi: "Renova a alma. Acho que seria bom você dar uma olhada."

Nos sentamos nos sofás e poltrona da sala.

Eu: "É, mas não quero longe daqui, vou ver."

Manu: "Quer continuar perto da namoradinha, né?"

Eu: "Que gatilho, não é namorada ainda."

Gi: "Já é praticamente esposa, isso sim. Nunca vi tanto grude."

Eu: "Ah é? Falou quem não pode ficar um dia sem ver a Marcela que já surta."

Manu: "É verdade."

Gi: "Não desvia o assunto, Rafaella. Quando as bonitas vão oficializar?"

Eu: "Não sei, a Bia sempre deixou claro o receio com relacionamentos tradicionais."

Manu: "Achei que vocês já tinham virado essa página tem tempo."

Eu: "Viramos, mas tipo, ah, não sei. Eu sou meio doida, sabe."

Gi: "Para de besteira e pede logo aquela mulher em namoro. Ela é boiola demais, falta ela ficar de quatro pra você." - sorri sem graça e olhei para baixo. Memórias. "Rafaella sua safada!"

Manu: "Meu Deus, vou até beber água depois dessa." - ela se levantou e foi até a cozinha.

Eu: "Uai, foi você quem falou. Eu não falei nada." - falei para Titchela.

Gi: "Seu rosto disse tudo. Credo, lésbicas, que nojo!"

Eu: "Ah pronto. Inclusive, eu tenho uma confissão envolvendo sua namorada a fazer."

Manu: "Voltei na hora da fofoca, amo." - ela se sentou na poltrona novamente.

Eu: "Nada demais. É só que foi ela quem me deu uns conselhos sobre sexo com mulheres."

Gi: "Por que ela não me contou? Vou matar ela."

Manu: "Que safadinha, nunca pensei nisso. Vou pedir também!"

Gi: "Chega! Deu pra mim essa conversa. Manoela você tem 6 anos, me poupe!"

Nós duas gargalhamos com a cara indignada que a capixaba fez.

Eu: "E aí, o que querem almoçar?"

Manu: "O que você fizer, tá ótimo, Rafinha."

Gi: "Lasanha, por favor."

Eu: "Não sei porque ainda me impressiono com o jeito da Titchela." - sorri e me levantei. -Ok, lasanha então."

Peguei o telefone e tentei ligar para Bianca pela segunda vez no dia. Ela não havia atendido pela manhã. A ligação chamou, chamou até cair na caixa de mensagens. Além disso, as mensagens não chegavam.

Eu não era do tipo noiada com essas coisas, que fica louca por causa disso, porém, ela me mandava mensagem de bom dia todo dia, e nós havíamos combinado de nos ligarmos para decidirmos algumas coisas da campanha de Boca Rosa Beauty.

Estranhei o sumiço, porém decidi esperar mais um pouco antes de tentar falar com Miguel ou Venturotti, para não parecer uma desesperada.

Eu: "Ceis não vão me deixar cozinhando sozinha não, podem vir pra cá." - chamei elas para a cozinha.

Manu: "A Mari fez uma lasanha vegetariana pra gente esses dias perfeita, se você quiser posso pedir a receita agora." - Gavassi disse entrando no cômodo e se apoiando na parede.

Eu: "A receita que eu ia fazer é exatamente essa que minha cunhadinha me ensinou."

Gi: "Gente, sério, acho todas nós lindas, casais lindos, mas quem diria que isso ia acontecer, né?"

Eu: "Se alguém me contasse lá no começo que isso ia acontecer, eu ia rir da cara da pessoa por dias."

Manu: "Eu também."

Gi: "Pois é. Mari era quase casada, Manu namorava, Boca Rosa namorava, eu achava que era hétero, Rafa era a personificação de hétero, a única do mundo colorido era a Marcela, que ainda se envolveu com o seis asteriscos na casa."

Eu: "Ah pronto, agora usa asterisco até na vida real? Não entendo nada no Twitter."

Manu: "Não me surpreende, você achou que 'nem guindaste' era algo inocente." - começamos a rir.

Gi: "A Rafa é a tia da internet."

Eu: "Em minha defesa... é, não tenho argumentos."

Manu: "Pois é. Mas enfim, como é bom estar apaixonada, né?"

Gi: "A Manu e a Mari são um casal muito engraçado e fofo. Não dou duas semanas pra estarem namorando."

Manu: "Ai, não sei não."

Eu: "Concordo com Titchela."

Manu: "Enfim, de qualquer maneira, o importante é que todas estamos felizes  em mundinhos cor de rosa, né?"

Gi: "Rafa em mundinho de boca rosa, né."

O dia foi passando, e nem sinal de Bianca. Comecei a me preocupar mais. Era comum ela sumir de redes sociais, mas ela nunca havia deixado de dar bom dia ou retornar minha ligação algum tempo depois.

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Estava rolando a timeline do Twitter, quando vi esse tweet.

Eu: "O que? A Bianca tá no hospital! Meu Deus!" - me levantei do sofá apressada.

Já era fim da tarde e a carioca não havia dado notícias.

Manu: "Como assim?"

Gi: "Por que?"

Eu: "Foi internada com amigdalite. Meu Deus."

Procurei o contato de Miguel e liguei. Chamou três vezes e ele graças a Deus atendeu.

Eu estava com o coração acelerado e as mãos suando.

Eu: "Oi, Miguel? Essa reportagem é verdade?"

Miguel: "Se acalma, tá bom? Tá tudo bem, é só porque ela ficou mal de madrugada, não conseguia nem comer, aí precisamos trazer ela pro hospital, e ela não quis te preocupar antes de saber se tava tudo bem." - ele disse tudo de uma vez.

Eu: "Você tá com ela?"

Miguel: "Tô sim, mas ela tá dormindo agora. E eu confisquei o celular dela pra ela parar de trabalhar e descansar."

Eu: "Fez bem! Ela não para um segundo. Eu posso ir aí?"

Miguel: "Claro, com certeza!"

Expliquei a situação para as meninas, troquei de roupa, peguei meu carro e rapidamente cheguei no hospital. Esperava não ter levado nenhuma multa.

Na entrada do edifício, havia uma mulher vendendo flores. Visualizei rosas colombianas e comprei três, me lembrando dos comentários de Bianca sobre a Hebe. Essas eram as flores favoritas da apresentadora, as famosas flores que ela dava para seus convidados.

Me identifiquei e fui liberada para subir ao quarto que ela estava.

Bati na porta levemente e Miguel a abriu.

Miguel: "Oi, Rafa." - ele disse baixinho, me abraçando.

Eu: "Oi, Guel." - entrei no quarto e vi Bianca dormindo na cama. "Como ela tá?"

Miguel: "Dormindo tem tempo. Tomou vários remédios, mas acho que deve acordar daqui a pouco."

Eu: "Entendi. Cês chegaram que horas?"

Miguel: "No meio da madrugada, não sei a hora exata."

Eu: "Se você quiser ir comer, tomar banho, sei lá, eu fico aqui com ela."

Miguel: "Ah, acho que vou ali comer alguma coisa então."

Eu: "Tudo bem." - ele saiu do quarto.

Sentei na poltrona ao lado da janela e olhei para a televisão. Estava ligada em um programa de culinária. Fiquei assistindo ele por um tempo, até ver a carioca se movimentar, acordando.

Bia: "Rafa?" -me aproximei dela.

Eu: "Oi, amor." - beijei sua testa e sentei na beirada da cama. "Como você tá?"

Bia: "Com um mundo girando." - ela disse com um sorrisinho bobo.

Eu: "Tá dopada né?" - sorri, fazendo carinho no seu rosto.

Bia: "And com sono ainda."

Eu: "O Miguel me contou que cê tá dormindo há mó tempão, menina."

Bia: "Não foi suficiente. Amor, me faz um favor?"

Eu: "Qual?"

Bia: "Pega aquela água ali."

Eu: "Tá bom." - dei um beijo na sua testa e peguei uma garrafinha na bancada. "Toma."

Bia: "Obrigada." - ela se levantou, arrumou os próprios cabelos e bebeu a água lentamente.

Eu: "Cê devia ter me chamado, eu te traria, amor."

Bia: "Você tava cansada da viagem, e eu não queria te preocupar por nada." - ela disse fazendo cara de dor enquanto bebia a água.

Eu: "Ai, tô querendo chorar te vendo aqui assim." - literalmente.

Bia: "Tá tudo bem. Isso sempre acontece."

Eu: "Não, cê precisa aprender a se dar um tempinho de descanso as vezes."

Bia: "Não dá, amanhã tem boca a boca, e..." - a interrompi.

Eu: "Não, nada de se preocupar com isso. Fica quietinha. Olha o que eu te trouxe!" - entreguei as rosas para ela, que abriu um largo sorriso ao vê-las.

Bia: "Rosas? Colombianas? Meu Deus! Você é a melhor do mundo." - foi a minha vez de sorrir.

Eu: "Eu sou autêntica e não vivo no século XX também, mas assim que bati o olho lembrei de você falando esse nome inúmeras vezes."

Bia: "Eu amo demais. Obrigada por isso, Rafa. E por ter vindo." - ela admirava as flores.

Eu: "Eu vou cuidar de você, amor." - dei um beijinho na sua testa.

Bia: "Eu te amo."

Eu: "Eu também te amo!" - Não pude evitar sorrir. Estava bem mais calma vendo que ela estava relativamente bem.

Bia: "Viu o que eu tô assistindo? Quero sair daqui com pelo menos 30 receitas decoradas." - eu ri. Ela era engraçada na cozinha.

Eu: "Hum, quero ser sua cobaia."

Bia: "Com certeza vai ser. Vem cá, senta do meu lado." - ela se afastou para o lado e me puxou. "Cadê o Miguel?"

Eu: "Foi comer alguma coisa."

Bia: "Ai, tadinho. Ele não dormiu nada."

Eu: "Vou falar pra ele ir descansar um pouco. Eu posso ficar aqui."

Bia: "Não precisa, sério, eu posso ficar sozinha, não tem problema."

Eu: "Eu vou ficar, boba."

Voltamos a atenção para a televisão novamente, assistindo uma receita da Rita Lobo.

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Espero que a Bibi melhore 100% logo. Vamos continuar mandando energias positivas e mensagens de carinho🤧❤