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Harry estava um pouco nervoso naquele dia, porque ele havia tido uma prova estressante, e seu humor não estava nada bom nos últimos dias. A verdade era que, depois do episódio da ômega na academia, haviam se passado três dias, e ainda sim as coisas ainda estavam estranhas. O alfa também tentou ficar com outros dois ômegas, mas aparentemente eles tinham alguma coisa que lhe deixava estressado, ou até mesmo o cheiro deles era muito enjoativo, deixando o alfa completamente sem vontade nenhuma para ir adiante.
Louis por outro lado, estava completamente magoado com o quê havia acontecido em seu último encontro, e ele não queria mais tentar tudo de novo, já que os alfas sempre faziam alguma coisa para estragar a tentativa do começo de alguma relação. Ele e Harry ainda eram os mesmos, mas os dois estavam um pouco frustrados com a situação atual, então acabavam discutindo algumas vezes, mas logo voltavam a se falar.
– Eu acho que estou doente. – Harry disse para uma enfermeira assim que ela pôde atendê-lo. Havia uma enfermaria próxima ao campus, e o alfa decidiu ir ao local.
– O quê você tem? – a beta perguntou para o alfa que estava sentado em uma maca, levantando o queixo de Harry enquanto apontava uma pequena lanterna em seus olhos para analisar suas pupilas. A beta era um mulher loira e séria, com seus uniforme completamente justo e um pouco confusa sobre a acusação do alfa. – Seus sinais vitais estão ótimos.
– Tenho certeza que não, examina de novo por favor. – Harry pediu um pouco preocupado, fazendo a beta dar um longo suspiro.
– A sua temperatura corporal está normal, a sua frequência cardíaca está maravilhosa, assim como a sua frequência respiratória. Você disse que não está sentindo dores e o seu pulso está normal. Sua expressão não está abatida, e pelos seus lábios rosados o seu sangue está circulando bem pelo seu corpo. Você está perfeitamente saudável. – a beta disse por fim, anotando algo na ficha do alfa e Harry ainda sim não conseguia acreditar.
– Mas eu estou estranho esses dias, e eu... – Styles tentou explicar, mas ele não sabia descrever como estava se sentindo.
– Você...? – a beta perguntou.
– Eu não sei... Não é um resfriado? – Harry respondeu verdadeiramente.
– Você precisa descrever o que está sentindo de verdade, e não é um resfriado. – a beta disse um pouco impaciente, porque ela tinha que atender pessoas que estavam realmente precisando.
– Eu me sinto diferente... Posso fazer exame de sangue? – Harry perguntou para mulher.
– Diferente como, rapaz? Você não faz exame de sangue aqui se não estiver com uma infecção, e você não tem nenhuma infeção, porque você não tem nenhum dos sintomas. – a enfermeira explicou para o alfa, que bufou frustrado.
– Quando eu vou beijar alguém e ficar com essa pessoa, eu acho estranho. Quer dizer, não é ruim, só que é diferente, não sei explicar! Isso ta acontecendo com todo mundo que eu tento beijar! – Harry explicou emburrado para a beta, que balançou a cabeça em negação completamente desacreditada com o quê estava ouvindo.
– Você está falando sério? – a mulher perguntou tentando não perder a paciência.
– Eu acho que já sei o quê está acontecendo! – Harry disse assim que algo passou por sua cabeça.
– O quê? – a beta perguntou entediada.
– Eu fiquei um mês sem transar e acho que isso me influenciou de um jeito ruim. – Harry respondeu, porque tinha que ser aquilo, era a única explicação.
– Você está realmente falando sério, garoto? – a beta perguntou outra vez, porque ela estava desacreditada.
– Claro, eu estou doente. Como faço para concertar isso? – Harry perguntou um pouco apavorado.
– Me conte o que aconteceu desde o início. – a beta disse depois de um longo suspiro, torcendo para o alfa contar o quê estava acontecendo e ir embora.
– Eu fiz um acordo com um ômega muito gostoso e eu queria muito transar com ele, só que ele é meio difícil então ele só aceitou se a gente fizesse um acordo de ficar um mês sem transar. – Harry explicou com um sorriso convencido e orgulhoso, e a beta cruzou os braços enquanto caminhava pelo consultório.
– E você transou com ele? – a beta perguntou.
– Sim, e foi muito bom. – Harry respondendo com um sorriso safado nos lábios.
– Faz quantos dias que vocês transaram? – a beta perguntou.
– Acho que quatro ou cinco dias. – Harry respondeu dando de ombros.
– E quantos dias desde que você está assim? – a beta perguntou outra vez.
– Acho que a mesma quantidade, o quê está insinuando? – Harry perguntou encarando a beta enquanto apertava os olhos.
– Olha, eu acho que você não está doente. – a mulher concluiu e Styles a encarou de frente, levantando-se da maca que estava sentado.
– O quê? Como assim? O que eu tenho então? – Harry perguntou apavorado, porque se não era doença, poderia ser algo pior?
– Eu acho que você se envolveu demais com esse ômega e se apegou a ele, então você sente a diferença nas outras pessoas porque você quer ele, só que você está pregando uma peça em si mesmo. – a mulher disse o quê ela havia concluído, e Styles arregalou os olhos.
– Impossível! – Harry disse desacreditado.
– Na verdade, você ficaria surpreso com o quanto isso é bem possível. – a beta disse, porque todo mundo tinha sentimentos por alguém e aquilo era uma das coisas mais normais do mundo.
– Foi sexo sem compromisso, isso não acontece. – Harry explicou para a enfermeira.
– Mas aconteceu. – a beta respondeu.
– Não... Isso não pode estar acontecendo. Eu não sinto essas coisas. – Harry justificou, e a beta suspirou novamente.
– Acredite, essa é a resposta para os seus problemas. – ela explicou novamente, mas o alfa ainda parecia perdido.
– Você está querendo dizer que eu só vou conseguir transar com ele? – Harry perguntou desacreditado.
– Não, você vai conseguir com outras pessoas. Quer dizer, você não tem nada de errado fisicamente, mas o seu corpo não funciona só com essa parte, funciona com a psicológica também, e no momento você está afim desse ômega, então o seu cérebro automaticamente vai fazer você perder o interesse por qualquer outro ômega. Eu já percebi que você é desses alfas que entram em negação, então por isso está sendo mais difícil para você. – a beta decidiu ir direto ao ponto, e Harry não conseguia acreditar que ele estava daquele jeito.
– Você está mesmo me dizendo que eu não estou conseguindo ficar com alguém porque a última transa que eu tive com ele foi muito boa? – Harry perguntou se referindo a Louis, mesmo que a beta não soubesse quem era.
– Provavelmente é isso, você está procurando por ele em outras pessoas e nem percebe. – a mulher disse por fim, porque ela não iria mais perder tempo com aquilo, ela tinha que atender quem realmente estava doente.
– Eu vou embora. – Harry revirou os olhos, saindo do consultório ainda desacreditado com aquelas palavras, porque não poderia ser aquilo. Ele nunca havia ficado preso em uma transa, ele era Harry Styles, por que aquilo estava acontecendo?
– Ainda bem que eu te encontrei, me entregaram isso, disseram que você esqueceu na sala e como todo mundo sabe que você mora comigo eles acham que eu tenho que entregar as coisas para você, então faz o favor de prestar mais atenção. – Louis disse assim que avistou o alfa atravessando o campus, lhe entregando um livro, e Harry o encarou um pouco assustado.
– Valeu. – Harry respondeu rapidamente, analisando o rosto do ômega, procurando o quê ele tinha de especial para as pessoas ficarem sempre insinuando algo, e Louis notou que o alfa estava lhe encarando com uma expressão assustada, achando aquilo estranho.
– O quê foi? – Louis perguntou confuso, e Harry piscou os olhos.
– Nada, só uma ida estranha até a enfermaria. – o alfa explicou, coçando a nuca ainda um pouco perdido.
– Você está mesmo doente? – Tomlinson perguntou, porque ele havia ouvido o alfa reclamar sobre aquilo.
– Acho que sim, ou não... Na verdade, eu acho que estou enlouquecendo, acho que vou parar de beber um pouco. – Harry disse certo, porque só poderia ser aquilo.
– Finalmente acordou pra vida. – Louis respondeu o alfa, fazendo menção de ir embora, mas Styles lhe interrompeu.
– O quê é isso que você está segurando? – o alfa perguntou para o ômega, indicando uma folha que ele tinha em mãos.
– Uma ficha de denúncia. – Louis respondeu, entortando os lábios em seguida.
– Denúncia? – Harry perguntou surpreso, acompanhando o ômega até uma árvore, e Louis se sentou, assim como o alfa ao seu lado.
– Sim, eu ainda estou pensando no que aconteceu no meu último encontro... A menina. – Louis disse verdadeiramente, pegando o livro das mãos do alfa para apoiar em suas pernas, colocando a folha em cima enquanto a encarava.
– Você vai mesmo fazer isso? – Harry perguntou.
– Eu não sei. Eu quero, mas... Eu posso ajudar se fizer isso como também posso estragar tudo. – Louis explicou um pouco perdido.
– Como assim? – Styles perguntou.
– Ela é uma criança e o quê o pai dela fez é crime, deixar ela sozinha e essas coisas. Mas, crianças que passam por isso também são afetadas, porque com essa denúncia o relacionamento dos pais dela vai ser totalmente diferente, ela pode presenciar brigas, separação, e isso pode prejudicar ela no futuro, e eu fico pensando que eu posso ser o causador disso. – Louis explicou, porque ele não conseguia evitar não pensar naquilo.
– Mas você só quer ajudar. – Harry concluiu, encostando a cabeça na árvore, e Louis o encarou.
– Eu queria ajudar, mas ao mesmo tempo que eu tento ajudar de um lado, posso prejudicar outro. E de qualquer forma, eu não tenho provas e sou ômega, e vai ser a minha palavra contra a de um alfa. E no final eu posso até sair como o ômega que vai atrás de um alfa que tem filhos. – Louis explicou, porque o mundo era injusto com ômegas e todos sempre achavam que eles estavam mentindo.
– Acho que você deveria falar com a mãe da menina. – Harry aconselhou, porque parecia ser a melhor opção.
– Não sei quem é. – Louis respondeu.
– Fácil, Ashley. Também cursa arquitetura, eles provavelmente se conhecerem no primeiro ano e já sabemos o resultado. – Harry comentou deixando o ômega surpreso.
– Como você sabe? – Tomlinson perguntou.
– Porque eles viviam juntos, no segundo ano o Stanley sumiu assim como ela, ninguém percebeu que ela estava grávida, e como estávamos no inverno as roupas esconderam a barriga já que ela é magra. Como eu sei disso? Porque todo mundo não parava de falar, você cursa jornalismo deveria ser mais curioso. – Harry sorriu ao dizer, porque ele lembrava perfeitamente da fofoca, mas ele realmente não fazia idéia da existência de Louis naquela época, porque o ômega era realmente mais reservado.
– Pelo incrível que pareça eu sou do tipo que não gosta muito desse tipo de fofoca. – Tomlinson respondeu simples, esticando as pernas para se aconchegar um pouco na grama
– Eu acho que você deveria avisar a ela que ele é um idiota. – Harry disse, e Tomlinson entortou os lábios pensativo.
– Vou pensar sobre, não quero arrumar confusão e eu não conheço ela... Não vou ser impulsivo. – Louis respondeu, amassando a ficha em mãos, porque aquilo iria lhe trazer uma dor de cabeça enorme e ele ainda não sabia se poderia lidar com aquilo, ainda mais prestes a sair da faculdade, e por cursar jornalismo ele tinha que tomar cuidado para não ter uma imagem manchada, e Stanley poderia mentir, o que faria as pessoas acharem que Louis era um ômega obcecado que estava atrás dele querendo destruir sua família, infelizmente a sociedade sempre ficava ao lado dos alfas.
– Você que sabe. – Harry respondeu simples, mexendo na mochila do ômega por estar no tédio, a procura de alguma coisa interessante ou chocolate porque ele sabia que o ômega sempre tinha um.
– Você não tem mais ninguém para encher o saco? – Louis perguntou, puxando sua mochila das mãos do alfa.
– Na verdade não, você é o primeiro da minha lista. – Harry brincou, fazendo o ômega revirar os olhos.
– Que infelicidade a minha. – Louis respondeu sarcástico.
– Eu diria sorte por ter a minha atenção. – Harry levantou as sobrancelhas exibido.
– Mas eu não quero a sua atenção, quero escrever e você está me incomodando. – Louis disse, pegando seu caderninho de matérias de sua mochila, porque escrever ao ar livre era bastante inspirador para ele.
– Eu deixo você em paz se você me deixar ler. – Harry sugeriu, fazendo o ômega rir.
– Ficou maluco? Claro que não. – Louis negou rapidamente.
– Por quê? Sinceramente, os meus últimos dias foram péssimos e entediantes e eu não tenho nada para fazer, então quero irritar você. – Styles foi sincero, e Louis o encarou desacreditado.
– Você é muito chato, sabia? – Louis perguntou.
– Olha só que coincidência, alguém já me falou isso... Ah não, espera. Foi você. – Harry fingiu uma expressão duvidosa, e em seguida apontou para o ômega, o fazendo rir.
– Você não vai embora, não é? – Louis perguntou dando um longo suspiro.
– Não. – o alfa negou.
– Eu não tenho que te mostrar nada. – Louis ressaltou para o alfa.
– Por quê? – Styles perguntou, formando um biquinho nos lábios enquanto tentava provocar o ômega novamente.
– Porquê não são bons, eu não escrevo bem, eu estou treinando, são rascunhos e por isso ninguém pode ver. – Louis explicou, e Styles estava surpreso pelas palavras do ômega.
– Uau, logo você dizendo isso? Pensei que você iria dizer algo como, "São bons demais para os seus olhos verem, Harry" – o alfa tentou imitar a voz do ômega na última parte, e Louis tentou não rir, porque ele não queria que Styles soubesse que às vezes era engraçado.
– Queria que fossem. – Louis respondeu e Harry revirou os olhos.
– Você já mostrou para alguém? – Harry perguntou indicando o caderno.
– Não. – Louis respondeu dando de ombros.
– Então você precisa de uma segunda opinião. – o alfa concluiu, porque ele acreditava naquilo.
– Não preciso. – o ômega foi teimoso, já que ele tinha vergonha e era inseguro com aquilo.
– Então vamos fazer um trato. Você me mostra o que você escreve e eu te mostro as minhas telas. – Styles sugeriu, fazendo o ômega encará-lo.
– Por que eu concordaria? – Louis perguntou, encarando o alfa em deboche.
– Porque eu sou mimado e quero tudo, lembra? – Harry relembrou, levando-se da grama, passando as mãos por sua bunda para limpar sua calça, estendendo a mão para ajudar o ômega a levantar, e Tomlinson alcançou a mão do alfa, repetindo o mesmo gesto para limpar a calça.
Louis de certa forma havia ganhado uma folga naquele dia, e consequentemente também era o dia de folga do alfa, então os dois voltaram para o apartamento, encontrando o gatinho brincando com um brinquedinho que ele tinha especial para gatos. Harry foi para o seu quarto, e Tomlinson o seguiu confuso.
– Aonde você guarda? Eu já entrei no seu quarto e não vi nada. – Louis perguntou para o alfa, notando que Harry foi em direção ao guarda roupa.
– Então você está entrando no meu quarto... – Harry sorriu malicioso para o ômega, que revirou os olhos.
– Claro que não idiota, foi quando eu dormi com você. – Louis explicou, porque é claro que ele não iria ficar entrando no quarto do alfa sem precisão.
– Sei... – Harry disse desconfiado, mas ele sabia que era verdade, caso ao contrário ele sentiria o cheiro de Louis em seu quarto, mas ele gostava de provocar o ômega.
– É sério, porra. – Tomlinson responder estressado.
– Bem, aqui estão. – Harry disse, tirando de dentro do guarda roupa uma mala de viagem enorme, e Tomlinson lembrava dela, porque quando o alfa chegou no apartamento ele estava trazendo o objeto.
– Nossa... – Louis ficou surpreso quando o alfa jogou a mala na cama e a abriu, revelando algumas telas, mas o mais impressionante era a pintura de paisagens, e por incrível que pareça, não eram ruins.
– Eu sei, eu sou perfeito em tudo o que faço. – Harry sorriu orgulhoso.
– Seu metido. – Louis disse para o alfa, pegando algumas telas em mãos, e uma era de uma praia, um lago, algo parecido como uma geleira, eram passagens bonitas e com grandes tons de azul. – São lindos.
– Você está me elogiando? Uau, obrigado. – Harry levou a mão até o peito para fazer um pouco de drama.
– Por quê esconde as telas? – Louis perguntou curioso, e o alfa deu de ombros.
– Não gosto de mostrar esse meu lado. – Harry respondeu fazendo pouco caso, porque ele não ligava muito para o que as pessoas iriam achar dele. Quer dizer, ele gostava de ter a imagem do alfa fodedor e aquilo era como um hobby que ele usava para ganhar dinheiro.
– Então você é uma caixinha de surpresas? – Tomlinson perguntou curioso.
– Talvez... – Harry mordeu os lábios, observando o ômega guardar as telas novamente. – Tinham outras telas, mas eu geralmente vendo. Coloco na internet e aquelas pessoas que gostam de pintura a mão compram, e eu vendo por um bom preço.
– Estou surpreso, pelo menos você tem uma qualidade boa. – o ômega não deixou de provocar o alfa.
– Na verdade, eu tenho várias, e a melhor delas é dar prazer a alguém. – Harry foi direto, e o ômega mordeu os lábios pelas palavras, decidindo ignorar aquilo, indo até a sala onde havia deixado a sua mochila para rogar o caderno.
– Eu não vou deixar você ler tudo, mas tem essa que eu gosto mais. Eu estava inspirado quando escrevi então é a minha favorita. – Louis colocou em uma página específica, um pouco ansioso de mostrar para alguém. Era uma matéria que ele havia escrito quando um casal havia desaparecido depois de uma festa, e na época as pessoas ficaram preocupadas, mas no final de tudo eles haviam viajado sozinhos, mas Louis gostava de se inspirar em acontecimento reais, então ele escrevia como seria se ele estivesse fazendo a matéria, com seus detalhes e de uma forma que prendesse o público.
– Uau, ficou ótimo. – Harry disse verdadeiramente ao terminar de ler, porque era como uma manchete de jornal, só que era bem misteriosa e o ômega usava bastante questionamentos, dando um ar de suspense enquanto explicava o caso com suas palavras.
– Você sabe que não precisa mentir para me agradar, não é? – Louis disse, pegando o caderno das mãos do alfa, fechando o objeto para guardá-lo novamente.
– Estou falando sério, e você escreve super bem, por quê disse que não escrevia? – Harry perguntou, uma vez que ele sabia que pintava bem e reconhecia aquilo.
– Deixa pra lá. – Louis achou melhor não focar muito naquilo, porque ele tinha muita insegurança com suas matérias, e falar sobre seria ruim.
– Tudo bem. – o alfa concordou, caminhando até a geladeira, pegando uma cerveja em seguida.
– Quando você comprou cerveja? – Louis perguntou surpreso.
– Ontem. – o alfa respondeu não muito interessado, sentando-se no sofá, ligando a televisão para poder se distrair, e Tomlinson se sentou a seu lado, escrevendo algo em seu celular.
– Que droga... – Louis resmungou quando acabou dispensando outro alfa, porque ele estava tentando enrolar um pouco por não querer sair agora, mas aparentemente eles não sabiam esperar.
– Ainda rejeitando alfas? – Harry perguntou, virando a garrafa de cerveja na boca enquanto encarava o ômega de braços cruzados.
– Sim. Acho que vou me relacionar só com betas agora. Eles são menos idiotas. – Tomlinson disse chateado, formando um biquinho triste nos lábios.
– Pelo visto o seu príncipe encantado está bem longe. – Harry zombou, ainda tomando a cerveja, encarando a televisão no processo.
– Acho que vou ter que concordar com você. Planejei a minha vida toda desde os dezesseis anos e aparentemente está indo tudo por água abaixo. – Louis respondeu, agora ficando realmente triste porque ele era idiota e patético.
– Isso é sério? – Harry perguntou deixando a cerveja em cima da mesa de centro enquanto tentava não rir.
– Sim, eu deixo você rir. Estou deprimido. – Louis encolheu os ombros, com um biquinho nos lábios, abraçando as pernas em seguida.
– Que dó do pobre ômega. – Harry brincou, o quê fez Louis suspirar ainda mais entristecido e manhoso.
– É sério, eu estou chateado. Você acha que eu vou ficar sozinho? O destino deve me odiar. Eu sou tão ruim assim? Sou mesmo tão chato? – Louis perguntou para o alfa, se sentindo inseguro naquele momento, e Harry ficou surpreso pela mudança de humor.
– O quê acontece com vocês ômegas? Vocês mudam de humor literalmente do nada. – Harry perguntou analisando Louis, porque ômegas eram bastante sentimentais.
– Você é um alfa insensível e não sabe tratar um ômega bem. – Louis disse agora ainda mais chateado por ter um alfa ao seu lado que estava falando coisas absurdas.
– Você ficou realmente triste? – Harry perguntou confuso, porque ele não sabia como lidar com ômegas quando eles estavam assim. Styles sempre transou com ômegas e era apenas isso, ele não ficava com eles naqueles momentos de mudança de humor e nem no pré cio quando ômegas ficavam ainda mais chatos, mas agora ele morava com um, então estava conhecendo aquele lado.
– Você é um péssimo alfa, Harry! – Louis gritou estressado, dando um tapa no braço do alfa por impulso, porque ele estava sensível por ser sempre decepcionado por alfas, e ter um ao seu lado que não parava de reclamar não estava ajudando.
– Agora você já está com raiva de mim de novo? – Harry perguntou acariciando seu braço, encarando o ômega sem saber qual seria o próximo passo que ele iria dar.
– Me deixa em paz. – Louis empurrou o alfa, voltando a se sentir triste.
– Seu pré cio está próximo? – Harry perguntou, porque provavelmente deveria ser aquilo.
– Não, mas eu sou assim. Eu não preciso de pré cio para ter mudanças de humor. Acho que por isso nenhum alfa me quer de verdade. – Louis disse levando as mãos até o rosto por pensar que iria chorar, porque ele estava sentimental naquele dia, o ômega era bastante instável e Tomlinson tinha certeza de que no dia seguinte ele estaria perfeitamente normal, como se nada tivesse acontecido.
– Eu prefiro dizer que você é bipolar. – Harry corrigiu o ômega, e Louis o encarou com um olhar mortal.
– Eu não sou bipolar, você sabe que ômegas são assim, são os nossos hormônios. – Louis cruzou os braços irritado, revirando os olhos pelo o quê o alfa tinha dito.
– Como isso passa? – Harry perguntou, porque ele já estava cansado de apanhar de ômegas do nada.
– Eu preciso de atenção e carinho. – Louis explicou, encarando Harry com um olhar de interesse.
– Por quê você está me olhando desse jeito? – Harry perguntou desconfiado.
– Porquê você é o alfa mais próximo, e quando eu tenho crise existencial por causa de alfas, o Zayn me abraça para passar, mas eu não vou fazer isso com ele mais, porque ele está praticamente namorando com o Liam! – Louis respondeu, formando outro biquinho, porque Zayn era o seu alfa particular para lhe abraçar quando ele estava carente, mas eles faziam aquilo em uma forma de carinho apenas porque eram amigos, mas Tomlinson não era idiota de querer isso quando seu amigo claramente estava gostando de outra pessoa, e aquilo poderia pegar mal.
– Você quer que eu te dê carinho? – Harry perguntou ao ômega.
– Sim. – Louis concordou.
– Eu não faço essas coisas. – Harry disse, porque ele realmente não era o tipo de alfa que ficava abraçando ômegas para acalmá-los.
– Mas foi você que me irritou e me fez ficar assim. Eu escrevo para relaxar e você me interrompeu, agora perdi a inspiração e estou desse jeito por sua culpa. – Louis disse bravo, e Harry arregalou os olhos ofendido.
– Agora a culpa é minha? – Styles perguntou, porque ele precisava de um manual completo sobre como lidar com o humor de ômegas.
– Claro! – Louis respondeu sério, mas em seguida o ômega ficou chateado novamente, fazendo o alfa revirar os olhos.
– Anda, vem logo. – Styles chamou o ômega, e Louis deu um sorriso contente, engatinhando até o alfa para abraçá-lo, colocando a cabeça em seu peito e Harry passou seu braço ao redor do ômega, o trazendo ainda mais para perto.
– Bom mesmo. – Louis respondeu autoritário enquanto Harry lhe abraçava.
– Aonde foi que eu fui me meter. – Harry revirou os olhos ao notar o quê estava fazendo, mas ele aconchegou um pouco melhor o ômega, acariciando levemente suas costas.
– Se você não falasse, eu agradeceria. – Louis murmurou, tendo o braço em volta da barriga do alfa, porque ele gostava de fechar os olhos para relaxar.
– Ok... – Harry respondeu, e Louis fechou os olhos para acalmar seus sentimentos com o cheiro do alfa, que desceu a mão lentamente, dando um sorriso malicioso quando colocou a mão na bunda do ômega.
– Eu quero carinho e você está apertando a minha bunda. – Louis levantou a cabeça para encarar o alfa.
– Eu estou fazendo carinho na sua bunda. – Harry se defendeu e Louis revirou os olhos, mas não se afastou.
– Sei... – o ômega respondeu.
– Eu sei que você gosta, não precisa fingir. – Styles disse, porque ele já havia percebido o jeito do ômega faz tempo e Tomlinson não era nenhum santinho.
– Fica quieto, alfa. – Louis mandou, porque ele queria um pouco de silêncio, e Styles revirou os olhos.
– Eu quero testar uma coisa. – Harry disse, e Louis levantou a cabeça novamente para encará-lo.
– O quê? – Tomlinson perguntou confuso.
– Isso. – Harry disse, e em seguida segurou as bochechas do ômega, fazendo com que seus lábios se chocassem, e Louis ficou surpreso, mas não deixou de corresponder o beijo, sentindo a língua do alfa de encontro a sua, e Styles se inclinou, ficando por cima do corpo do ômega no sofá, puxando uma perna de Tomlinson para a sua cintura enquanto a acariciava, e o de olhos azuis brincava com os cachos do alfa.
– Por quê me beijou? – Louis perguntou para Harry quando seus lábios se afastaram, e o ômega ainda estava deitado no sofá por ter o alfa por cima.
– Fica quietinho. – Harry respondeu, voltando a beijá-lo em seguida, e Tomlinson abraçou o pescoço do alfa, mordendo os lábios de Styles quando ele começou a apertar sua coxa por cima do jeans, jogando a cabeça para trás assim que o alfa começou a beijar seu pescoço, e Harry prendeu os braços do ômega para cima, segurando seus pulsos, o ouvindo gemer pelo gesto.
– Harry... – o ômega gemeu pelos beijos no pescoço, porque ele estava carente e sensível, e os lábios do alfa faziam uma pressão gostosa, assim como seu cheiro forte e acolhedor de alfa, fazendo o ômega fechar os olhos. Louis empurrou o alfa no sofá quando saiu um pouco de seu transe, subindo no colo do alfa em seguida para lhe beijar, e Harry levou as mãos até a bunda do ômega, as deixando no local, inalando seu cheiro gostoso e natural.
– Porra. – Harry xingou um pouco estressado quando a campainha tocou, e eles se afastaram rapidamente ao notar o quê estavam fazendo.
– Você está esperando alguém? – Louis perguntou, ajeitando sua roupa que agora estava um pouco bagunçada para ir até a porta.
– Não. – Harry respondeu dando um suspiro.
– O Harry está? – um alfa perguntou para Louis assim que o ômega abriu a porta, e ele estava com o uniforme do time.
– Sim. – o ômega respondeu, arrumando seu cabelo porque ele sabia que provavelmente estava bagunçado, tentando disfarçar.
– Estão procurando você, tem treino hoje esqueceu? – o alfa disse assim que avistou Styles, que revirou os olhos.
– Esqueci. – Harry bufou assim que se recordou.
– Temos que ir. – o outro alfa disse, e Louis cruzou os braços, esperando Harry sair para fechar a porta.
– Até mais tarde. – Harry encarou o ômega sedutoramente, e Louis ficou surpreso, mordendo os lábios quando o alfa lhe deu um sorriso sugestivo antes de sair.
Louis fechou a porta assim que o alfa saiu, com a respiração um pouco ofegante pelos beijos inesperados, e Harry também estava surpreso com sua atitude, pensando que quando beijasse o ômega seria normal, porque eles já haviam transado e não teria mais desejo, mas ainda sim Styles queria mais, muito mais, e pela primeira vez ele decidiu não pensar sobre isso, porque ele estava apenas seguindo os seus instintos, não é? Então eles poderiam transar de novo, e com certeza, aquela iria ser a ultima vez.
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Próximo capítulo vai rolar novamente rsrsrs amo deixar vocês ansiosos
O que acharam desse capítulo????
O Harry é muito dramático sim ou claro?
Louis deve denunciar o Stanley ou dar um alô pra mãe da menina??
Eles devem transar no próximo capítulo sim ou claro? rsrs
até o próximo capítulo bebês!!!!.xxxx