Love History.

By jurabia_

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Você já se sentiu extremamente frustrado? Essa é a palavra que descrevia o que Rafaella Kalimann e Bianca And... More

Olá
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capitulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Epílogo
Epílogo parte 2

Capítulo 27

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By jurabia_

Tendinite e bloqueio. Por isso a demora da att, que geralmente posto todo dia. Sorry.

Talvez a linha do tempo esteja meio confusa, mas faz uns dois meses que elas tão nessa né, é tempo suficiente pra essa intimidade que vocês vão ver elas adquirindo.

Ficou grandinho esse capítulo. Votem e comentem por favorzinho, isso incentiva tanto. Obrigada por tudo!

Vem aí.

--------------♡

Point of view Rafaella Kalimann

"Oi goxxxtosas. No vídeo de hoje eu trouxe uma convidada. Já que estamos de recesso de boca a boca, decidi fazer um vídeo de entrevista, para matar um pouquinho a saudade. A gente vai papear, fazer uns jogos, vai ser bem legal. Hoje eu trouxe uma amiga minha. Ultimamente ela é a cantora que eu mais ouço, sei todas as músicas de cor. no banho, ouvindo, maquiando, ouvindo. Enfim, vou ligar pra ela aqui."

"Oi Bia!"

"Oi meu amor! Gente, essa é a Clau, eu sou muito fã dela, admiro muito o trabalho."

"É um prazer enorme estar aqui, Bia. Quando eu entrei no Twitter, que foi recentemente, recebi uma chuva de amor dos seus fãs, fiquei muito feliz por isso."

"Ai, que gracinha." - Ela sorria largamente. - Ó, pra quem não não entendendo, deixa eu explicar. Bom, pra quem não sabe, não tem Twitter, não acompanha, existe um... um, tipo um fandom, um grupo chamado Rabia, que são fãs meus e da... da... Rafa Kalimann. E a Rafa Kalimann fez Big Brother comigo, esteve no último boca a boca, fizemos uma live juntas, vou pra festa na casa dela e tal. Enfim, a gente realmente deixou tudo de ruim dentro do programa, aqui fora é vida que segue, o que a gente tem que levar são as coisas boas. E aí, a gente acabou conversando, nos aproximamos, foi impossível não conversar com tantas coisas nos envolvendo. E esses fãs se juntaram, e no Twitter menina, é uma loucura."

"Doidinhos, doidinhos. Mas eu amei! Amiga, eu amei, amando, na verdade!"

"É muito lindo, é muito lindo."

" E eu amei que minha música é a música tema."

"Eu não sabia! Eu amo a sua música, vivo divulgando a sua música nos meus stories, então eu queria aproveitar esse momento pra poder agradecer toda essa união que os nossos fãs fizeram. É muito lindo isso que vocês tão fazendo. Subiram uma hashtag chamada "rivalidade feminina não". Eu acho que a vida a gente tem que aproveitar da maior maneira, com o maior nível de amor. Inclusive, Rafa Kalimann minha amiga, um beijo especial pra você. E enfim, isso é muito legal, eu muito feliz, todo mundo bem, todo mundo feliz, então um beijo muito especial pra todo nosso fandom Rabia. E a Clau é a cantora da nossa música tema, a música "Primeira vez", que tem um caso, elas fazem vídeozinhos, é muito fofo. Um beijo pra todo mundo!"

"Amiga eu sabia que tinha rolado isso mais ou menos porque você escutou minha música e cantou e ela também, mas não sabia que o negócio tinha toda essa história envolvida com a galera, mas agora adorando."

" As duas cantaram a sua música nas redes sociais. Ah, que bonitinho amiga." - ela falava rindo animada.

" Sim, eu muito feliz."

"Então me conta, amiga. Vem novo álbum aí?"

A entrevista continuou por mais alguns minutos e eu assisti o vídeo atenta. Quando acabou, bloqueei a tela do telefone e o coloquei na mesa de canto, ao lado da cama.

Eu: "Sua cara nem treme, né?" - sorri para Bia e depositei um beijo casto em seus lábios.

Bia: "Gostou? Posso dar o ok para liberarem?" - ela estava sentada na cama ao meu lado, com o notebook no colo.

Eu: "Pode. Ficou lindo, eles vão surtar, se é que estão vivos depois daquela Live."

Bia: "Realmente. E vai sair um vídeo com a Foquinha falando de você também, viu?

Eu: "Falando o que, Bianca Andrade?"

Bia: "Que somos casadas, temos dois filhos e um cachorro juntas e vamos mudar pra Paris."

Eu: "Ata. Que engraçada tô rindo tanto." - dei um beliscão na sua perna.

Bia: "Ai!" - ela esfregou o local dolorido. "Nada demais, garota."

Eu: "Tudo bem, Bi."

Bia: "Festa na Torre né?" - ela sorriu e voltou a se concentrar no notebook.

Fiquei admirando sua beleza. Ela estava linda, de cara limpa, cabelos úmidos, vestida em um moletom folgado, de óculos, completamente concentrada no trabalho. Sua boca vermelhinha a deixava ainda mais perfeita.

Mais ou menos três semanas haviam se passado. Nós continuávamos conversando todos os dias e nos vendo sempre que dava. Algumas noites ela dormia na minha casa, algumas noites eu dormia na casa dela, que era o caso de hoje.

Essa relação era muito nova para mim, mas estava conseguindo levar com leveza, somente aproveitando os momentos. Como dizia Titchela, não tinha porque criar todo um caso em cima de algo simples, éramos apenas amigas com benefícios. Eu sempre fui mais romântica, sempre vivendo coisas bonitas, mas estava gostando de ser mais livre.

Bia: "Você tá parecendo uma stalker me observando. Devo me preocupar?" - Ela disse sem tirar os olhos da tela à sua frente.

Eu: "Cê não me dá atenção. Aí tô aqui, admirando sua beleza."

Ela sorriu e permaneceu alguns segundos digitando algo no teclado, fechando, em seguida, o computador e o colocando na mesa de canto ao seu lado.

Bia sentou em meu colo e colocou as mãos em meu pescoço, se aproximando e colando nossos lábios, em seguida. A carioca me deu apenas um selinho demorado e passou a encher meu rosto de beijinhos. Eu sorri com o carinho.

Bia: "Quanto drama, Rafinha. A noite é uma criança."

Eu: "Uma criança nada, a gente acorda cedo amanhã."

Bia: "Ai nem me fale, vou dormir o vôo todo." - ela depositou um beijo em meu pescoço e voltou para o seu lado, se deitando.

Fiz o mesmo que ela e me deitei. Nossos rostos ficaram frente à frente. Levei minha mão até sua face, fazendo um leve carinho com as pontas dos dedos por toda a extensão.

Eu: "Eu também. E quando chegar lá vou ter que resolver tanta coisa."

Bia: "Relaxa. A gente vai te ajudar, a festa vai ser incrível."

Eu: "Espero. Ai, eu tô com tanta saudade da minha família, quero agarrar a Soso e não soltar nunca mais. Cê vai amar ela."

Bia: "Tô muito ansiosa pra conhecer aquele pedacinho de fofura." - sorri com o apelido.

Eu: "Minhas primas vão pegar tanto no nosso pé com essa história de Paris 6, cê não tem noção."

Bia: "No seu né, quem mentiu foi tu." - revirei os olhos e Bia depositou um beijinho na ponta do meu nariz, sorrindo. "Sua família me odeia?"

Eu: "Não mesmo. Eu contei que a gente se resolveu e que somos amigas. Minhas primas vão te encher o saco querendo maquiagem, viu?"

Bia: "Ah, não me deixa esquecer a maleta de jeito nenhum, tá? Tenho que conquistar elas."

Eu: "Cê é fofa demais! Que que eu faço com um trem desses?" - falei entre dentes, apertando sua bochecha.

Bia: "Hum... tenho várias ideias." - ela se aproximou e mordeu levemente meu lábio inferior, abraçando minha cintura em seguida. Bia começou a encher meu pescoço de beijos. Fechei os olhos apreciando o carinho. Sua mão ousada pressionava minha pele por onde passava, me causando arrepios. "Mas a primeira envolve a gente descer e você fazer alguma coisa pra gente comer." - ela deu um selinho em meus lábios e se afastou um pouco.

Eu: "Nossa, Bianca. Não acredito." - me soltei de seus braços e deitei de barriga para cima, com os braços cruzados, observando o teto. Ela gargalhou.

Bia: "Anda, vamos." - a carioca se levantou e segurou minha mão.

Eu: "Cê que vai cozinhar."

Bia: "Eu? Então vamos de miojo com leite Ninho!"

Eu: "Tá bom."

Bia: "Sério? Sério mesmo?" - ela disse animada, já que eu nunca aceitava que ela fizesse esse prato.

Eu: "Não. Eu vou cozinhar comida de gente."

Bia: "Ai que ódio, Rafaella! Por que que eu continuo sendo sua amiga?"

Ela virou as costas e andou em direção a porta. Rapidamente me levantei e a alcancei, a abraçando por trás, rindo da cara de brava que ela fez.

Eu: "Porque você ama o jeito que eu te como." - sussurrei em seu ouvido. Senti o corpo dela estremecer em meus braços.

Bia: "Ah... quem te viu, quem te vê, hein Rafinha?"

Eu: "Gostou?" - deixei um beijo em seu pescoço e fomos andando para a cozinha.

Bia: "Tá cada dia mais abusada, nem te reconheço mais."

Eu: "Olha quem fala né, você que começou com essa sinceridade quando disse que tinha se masturbado pensando em mim."

Nós havíamos adquirido muita liberdade uma com a outra para falar de quase tudo, principalmente sexo. Já que estávamos transando com frequência, nós falávamos o que mais gostávamos, o que não gostávamos, o que preferíamos. Eu nunca havia tido isso com ninguém, e era incrível poder ser transparente, não ter que fingir nada, além de que tornava tudo dez mil vezes mais gostoso.

Em tão pouco tempo, Bia havia me ajudado a conhecer tantos lados de mim mesma que eu não conhecia, tantos gostos que eu não sabia. Com ela não tinha monotonia, ela sempre inventava um assunto novo, uma coisa nova. Meus sentimentos por ela, sejam eles quais fossem, me tiravam da zona de conforto, me auto desafiavam, me causavam as famosas borboletas no estômago. E eu estava apenas me permitindo, me libertando aos poucos.

O único assunto não debatido era esse. Sentimentos. Sempre falávamos do quanto a nossa amizade era ótima, mas nada a mais. Isso me deixava com uma pulga atrás da orelha. Eu não sabia se tínhamos exclusividade, se estávamos juntas ou não, se era só casual mesmo. A única conversa que havíamos tido já fazia muito tempo, e eu nem lembrava exatamente o que tinha ficado "combinado". Mas sempre que esses pensamentos pairavam minha mente, tratava de afastá-los.

Chegamos na cozinha e eu tomei a liberdade de já abrir a geladeira procurando o que fazer.

Bia: "O que você quer fazer?"

Eu: "Tem carne de planta moída?"

Bia: "Acho que tem um pouco, tá até pronta." - ela se aproximou e pegou a vasilha.

Eu: "Então vamos de macarronada."

Bia: "É quase a mesma coisa que meu miojo!

Eu: "Mas é mais gostoso, uai. Será que o Miguel e a Bia vão querer?"

Bia: "Olha, acho que seremos só nós duas mesmo, os dois não devem chegar tão cedo hoje."

Eu: "Ok." - peguei os ingredientes necessários nos armários. "Aiai eu espero que a pessoa que eu case seja tão boa pra mim quanto eu sou pra você."

Bia: "Você é realmente incrível." - ela deu um beijo em minha bochecha e se sentou no banquinho em frente à bancada.

"E não adianta nem me procurar
Em outros timbres
Outros risos
Eu estava aqui o tempo todo
você não viu..."

Preparei o jantar e comemos na sala de jantar, em meio a conversas e muitas brincadeiras. Clima descontraído e leve como sempre quando estávamos juntas.

Bia: "Ai, comi demais." - ela encostou na cadeira e passou a mão na barriga.

Eu: "Eu também." - levantei a blusa e forcei a barriga para fora, fingindo estar grávida. "Olha meu bebê."

Bia: "Own que gracinha, titia já ama. Qual o nome?"

Eu: "Se for menina é Catarina, se for menino é Zion."

Bia: "Zion é legal, mas Catarina não."

Eu: "Por que?"

Bia: "Quando eu era adolescente, meus professores chamavam os alunos para olhar os deveres em ordem alfabética, e eu nunca fazia, eu era uma péssima aluna, Rafa. Aí chegava na hora da aula e eu tentava copiar dos outros, só que nunca dava tempo porque meu nome começa com B, eu era sempre uma das primeiras. Ai triste época, bicha. Eu vivia de recuperação."

Eu: "Que coisa feia, Bia." - falei rindo.

Bia: "Não me orgulho. Mas enfim, prometi a mim mesma naquela época que se eu tivesse um filho um dia, a primeira letra do nome ia ser pelo menos lá pro meio do alfabeto, assim ele consegue copiar no mínimo um pouco e não levar um zero como eu sempre levava."

Eu: "Eu não tô crendo que cê tá falando isso não." - gargalhei com a história da carioca.

Bia: "Ah, vai dizer que você era nerd?"

Eu: "Eu? Jamais, fia. Mas nunca colei, sempre achei feio."

Bia: "Ah pronto! Quem não cola, não sai da escola, minha rosa." - ela se levantou e retirou os pratos, os levando para a cozinha. A acompanhei até lá.

Eu: "Vai pôr a louça na máquina? Quer ajuda?"

Bia: "Menina, acredita que não tá funcionando até hoje? Tenho que chamar o técnico, é novinha."

Eu: "Ah, quer que eu lave então?"

Bia: "Não, pode deixar. Fica de boa aí."

Ela se virou e começou a lavar a louça, cantando uma música aleatória. Apoiei as costas no balcão e fiquei observando-a.

Me aproximei da carioca e a abracei por trás. Seu aroma adocicado de chiclete, devido ao cabelo recentemente lavado, tomou conta do ar.

Eu: "Eu adoro seu cheirinho." - deixei um beijo no topo de sua cabeça.

Bia: "E eu o seu." - apertei mais meu corpo contra o seu, afastei seu cabelo e distribuí beijos por seu pescoço. "Desse jeito não vai dar pra lavar a louça." - Ela soltou os objetos e tirou a espuma que estava em sua mão.

Desliguei a torneira e a virei para ficar de frente à mim. Rapidamente tomei seus lábios, em um beijo urgente. Sua boca tinha gosto do vinho que havíamos tomado durante o jantar, misturado com seu sabor único.

Suas mãos apertaram forte minha bunda, e eu puxei seus fios de cabelo. Senti uma pressão em meu ventre e quebrei o beijo. Virei a carioca para ficar de costas para mim novamente.

Eu: "Continua." - apertei sua cintura.

Bia: "O que?"

Eu: "Continua lavando, uai."

Ela obedeceu. Segurei o cabelo dela em um rabo de cavalo e puxei sua cabeça para o lado. Passei a depositar beijos em seu ombro, e pescoço. Minha mão direita entrou em sua calça. Senti a carioca estremecer e soltei seu cabelo, segurando firme seu corpo com a mão esquerda

Passei minha mão por cima de sua calcinha, constatando estar extremamente molhada. Senti minha intimidade pulsar. Coloquei minha mão por dentro da calcinha, e comecei a masturba-la. Bia fechou a torneira e apoiou as duas mãos na bancada. Ela começou a gemer baixinho. Aquele som era música para meus ouvidos.

Bia: "Ra... Rafa... por favor." - com meu polegar, passei a fazer movimentos circulares em seu clitóris.

Eu: "O que, Bi?" - sussurrei em seu ouvido.

Bia: "Me fode." - minha respiração acelerou mais ainda.

Tirei minha mão de onde estava e abaixei um pouco sua calça e sua calcinha. Bia encostou seu tronco na bancada, empinando a bunda para mim. Apertei sua nadega com a mão esquerda, e sem aviso prévio introduzi dois dedos em sua intimidade com a mão direita, fazendo a carioca gritar em prazer. Iniciei movimentos rápidos de vai e vem. Bia rebolava em minha mão, buscando mais contato, gemendo sem pudor.

Tirei meus dedos de dentro dela, apenas para virar ela novamente para minha frente. Me ajoelhei, ficando na altura de seu sexo e voltei a introduzir meus dedos nela. Bia levou suas mãos até o topo da minha cabeça, me empurrando em direção a sua boceta.

No momento em que minha língua encostou sua intimidade, a carioca fechou seus olhos, tombando a cabeça para trás. Comecei a lamber seu clitóris, ao mesmo tempo que meus dedos aceleraram os movimentos.

Introduzi mais um dedo e a carioca mergulhou suas mãos em meus fios loiros, os puxando com força. Meu corpo estava em chamas.

Bia: "Puta que pariu. Is... Isso, Rafa." - ela disse pausadamente, com a voz rouca.

Em alguns segundos seu corpo estremeceu, e senti seu líquido em meus dedos. A carioca relaxou e eu apoiei as mãos em suas coxas, terminando de chupar o que restou ali.

Me levantei e chupei meus próprios dedos, um por um, olhando fixamente nos olhos dela, que mordia os lábios me analisando. Suas bochechas estavam coradas, e seu peito subia e descia rapidamente.

Bia: "Um dia você ainda vai me matar." - ela disse sorrindo levemente.

Me aproximei dela e beijei seus lábios. Dessa vez um beijo carinhoso, cheio de sentimentos escondidos a sete chaves. Quando o ar se fez necessário, dei alguns selinhos nela e a abracei. Ela encaixou seu rosto no meu pescoço e apertou forte meu corpo. Após alguns segundos, senti algo molhar minha pele e me afastei.

Eu: "Ei, você tá chorando? Eu fiz alguma coisa errada?" - limpei suas lágrimas, preocupada.

Bia: "Não." - ela virou a cabeça para o lado.

Eu: "Bia? O que foi?"

Bia: "Nada. Vem cá." - ela me abraçou de novo. Eu não estava entendendo nada.

Eu: "Não precisa esconder nada de mim, meu bem." - levei minha mão até seus fios de cabelo e fiz carinho nela.

Bia: "Depois de gozar eu fico sensível. Não é nada demais." - ela se afastou para enxugar as próprias lágrimas.

Eu: "Nunca vi isso acontecer antes."

Bia: "Mas às vezes acontece. Pode pesquisar no Google, é normal chorar depois de transar."

Eu: "Mentira, Bia."

Bia: "É sério." - ela deu um beijo em minha bochecha e andou em direção ao filtro para beber água. "Enfim, deixa eu acabar essa louça logo pra gente subir e assistir Bob Esponja." - gargalhei com a fala dela.

Eu: "Tá bom, criança. Mas pode deixar que eu lavo." - peguei a bucha e comecei a fazer o trabalho.

Bia: "Vou dar comida pros gatinhos. Luete! Mulan! Publinho! Mimo! Boca! Hora do lanchinho, psi psi psi psi psi cadê vocês meus filhos?" - os milhares de gatos apareceram e ela foi alimentá- los.

Point of view Bianca Andrade

Acordei sentindo Rafa me presentear com vários beijinhos no rosto. Minha boca se curvou em um sorriso antes mesmo de abrir os olhos. Permaneci com eles fechados, apenas apreciando o carinho.

Rafa: "Vai fingir que tá dormindo até quando?"

Eu: "Se você continuar me beijando assim, pra sempre."

Rafa: "A gente tem que ir, senão vamos perder o vôo. Anda, anda." - abri os olhos, tendo a minha frente à visão do paraíso.

Eu poderia acordar com Rafa todos os dias da minha vida e jamais acostumaria com a beleza que era essa mulher de manhã. Seus olhos verdes conseguiam ficar ainda mais claros e brilhantes, realmente como esmeraldas. Seu cabelo meio bagunçado e seu sorriso eram minha perdição.

Eu: "Troca minha roupa, dá comida na minha boca e me leva no colo?"

Rafa: "Ah pronto! Virou um bebê?" - ela disse sorrindo.

Eu: "Sim!" - me espreguicei na cama.

Rafa: "Bebê não ganha beijo na boca."

Eu: "Eita, então sou muito adulta, mulher de negócios, bitch boss."

Rafa: "Agora sim." - ela se aproximou de mim e colou nossos lábios em um selinho demorado. "Bom dia."

Eu: "Bom dia!"

Rafa: "Tá melhorzinha?"

Eu: "Sempre estive bem."

Rafa: "Você chorou, Bia."

Eu: "Que dia, Rafa?"

Rafa: "Ah, parece que o jogo virou, né?" - ela sorriu novamente.

Eu: "Sim. Relaxa, Rafinha."- dei um selinho nela. "Vamos logo." - levantei e fui ao banheiro tomar um banho.

A verdade era que naquele momento, uma onda de tristeza bateu em meu corpo. Naquele momento eu admiti pra mim mesma que estava rendida pela mineira. Eu já vinha pensando sobre isso há poucos dias, mas não queria estragar a amizade incrível que tínhamos construído, então estava guardando tudo para mim.

Eu queria estar com ela todo dia o dia inteiro. Vê-la ir embora no dia seguinte sempre me causava uma forte angústia. Eu fechava os olhos e tudo que via era seu lindo rosto sorrindo tanto com os olhos esmeralda quanto com a boca vermelhinha. Eu deitava em minha cama e além do seu cheiro impregnado em meus lençóis, eu sentia o vazio me incomodando com a falta de sua presença ali.

Tudo nela me encantava. Sua beleza externa, que era inquestionável. A mulher parecia a personificação de Afrodite. Seu jeito inspirador de levar a vida. Seu altruísmo. Seus planos. Seu sotaque. Seu senso de humor. Suas histórias. Sua risada. Seu sorriso.

Imaginar ela beijando outra boca, ou ela sorrindo em outros lábios, ou ela contando suas piadas ruins para outros ouvidos, ou fazendo seus pratos incríveis para outro alguém, ou planejando o futuro ao lado de outra pessoa, estava me deixando louca.

Como eu havia dito a ela, eu era muito livre, mas livre o suficiente para saber quando eu queria algo e quando valeria a pena viver aquilo. E eu sabia que valeria, se fosse correspondida. Mas em minha mente, para ela só existia realmente uma amizade entre nós, e eu não queria afastá-la.

Em meia hora nos arrumamos, tomamos café da manhã e pegamos as malas. Quando o uber demonstrou estar quase chegando, começamos a nos despedir para ir.

Miguel: "Meu amor, avisa assim que chegar lá, tá bom? Te amo." - ele me abraçou.

Eu: "É só um final de semana, amigo. Domingo a noite tô aí. Te amo." -o soltei e ele foi abraçar Rafa.

B2: "Tchau, prin. Se cuida."

Eu: "Você também, minha rosa." - nos abraçamos. "Tchau meus bebês, mamãe já volta." - fiz voz de Luete, acariciando os gatinhos que estavam ali.

O caminho foi tranquilo a princípio. Passamos a maior parte em silêncio, já que eu ainda estava com sono. Rafa pousou a mão em minha coxa por todo o percurso, fazendo um carinho sem maldade, o que eu adorei.

Rafa: "Estamos chegando, a Gi, a Manu e a Mari já estão lá, as outras vão só amanhã de manhã mesmo."

Eu: "Uma pena a Flay não curtir isso com a gente."

Rafa: "Não tenho dó nenhuma. Ela não teve da gente."

Eu: "Não fala assim."

Rafa: "Odeio quando cê passa pano pra ela. Mas enfim, quem sou eu pra dizer algo, né?"

Eu: "Eu não passo pano. Nem falo com ela desde o dia que brigamos. Só tô falando que seria legal ela junto com a gente se ela não tivesse feito o que fez."

Rafa: "Ela ia estragar tudo, isso sim." - ela tirou a mão da minha coxa e virou a cabeça para a janela.

Eu: "Namoral? Odeio quando você fala assim dela. Parece que voltamos pro início de tudo." - saí do banco do meio e encostei a cabeça na outra janela. Ela nada mais respondeu.

Eu não conseguia condenar a Flay. Eu sabia que o jeito que ela agia não era por maldade, era por impulso e ciúmes. O que não justificava o absurdo que ela havia feito contando fofoca nossa para a mídia, mas me fazia não conseguir ter raiva dela.

Não era a primeira vez que eu e Rafa nos estranhavamos por causa desse assunto. Ela realmente não gostava da Flay, já eu, querendo ou não, ainda guardava comigo tudo que ela fez por mim no BBB e os momentos bons que passamos juntas.

Chegamos no aeroporto e desde o momento do carro só conversamos coisas necessárias. Despachamos as malas e fomos até o embarque, onde as meninas já nos esperavam, em um café perto do portão de embarque.

Mari e Manu conversavam algo animadas enquanto Gizelly bebia café comendo mexendo no celular. Ela de repente olhou para frente e nos viu nos aproximarmos.

Gi: "Era só o que me faltava mesmo, agora vou ser vela ao quadrado. Deus me tira daqui!"

Cumprimentamos todas e nos sentamos nas cadeiras guardadas para nós.

Eu: "Que vela ao quadrado o que, Gi. Vela é só pras duas pombinhas aí. Né, mozão?" - a baiana me mandou um beijo de longe.

Rafa: "Quando cêis vão oficializar, hein?" - Manu engasgou com o café que bebia e Mari sorriu.

Manu: "Já chegou causando né, Rafaella Kalimann? São nem dez horas da manhã ainda." - ela disse se recuperando.

Mari: "Oxente! Que que tem a ver?"

Manu: "Que cedo assim não pode ter conversa séria."

Eu: "É, acaba em discussão."

Gi: "Eita. Problemas no mundinho Rabia?"

Rafa: "Não, Titchela."

Revirei os olhos e cruzei os braços.

Manu: "Vish. Não vou nem me meter."

Mari: "Nem eu."

Gi: "Mudando de assunto, já conseguiu achar o apartamento, Rafa?" - franzi as sobrancelhas. Olhei para a mineira e ela olhava com cara de brava para Gi.

Eu: "Que apartamento?"

Gi: "Não podia falar? Não sou baú pra guardar segredo não. Eu hein."

Rafa: "É que eu não achei ainda. Eu vou comprar um ap no Rio." - Rafa me fitou fixando seus olhos nos meus, buscando minha reação.

Eu: "Como assim? Você vai se mudar?"

Rafa: "Não. É só que talvez eu tenha que começar a passar alguns dias lá."

Eu: "Ah."

Manu pigarreou, chamando a atenção para si, mudando de assunto.

Manu: "Mas então, muita gente confirmou a presença amanhã?"

Rafa: "Sim! Tô feliz demais da conta."

As quatro continuaram conversando entre si e eu permaneci calada. Algum tempo depois chegou a hora do embarque. Entramos na aeronave e sentamos eu na janela, Rafa ao meu lado, Gi na ponta e Mari e Manu atrás de nós.

Gi: "Se vocês forem transar, me avisem pra eu colocar o fone de ouvido." - ela falou baixinho, próxima a nós.

Rafa: "Sempre inconveniente né, Titchela?" - ela disse sorrindo.

Me manti calada, afivelando meu cinto e admirando a vista. A sensação de voar sempre me agradou, desde o momento em que o avião corre pela pista para subir, até o momento em que ele corre na pista ao pousar. Estar lá em cima nas nuvens então, me dava conforto.

Quando subimos, fiquei admirando o céu, o sol quente iluminava o lugar e o "chão" parecia algodão doce. Era uma linda visão.

De repente Rafa pousou a mão em minha coxa e olhou para mim, chamando minha atenção. Olhei para ela sem falar nada.

Rafa: "Ei, vamos ficar bem? Por favor. Vamos esquecer aquele assunto?" - ela me olhava atentamente, esperançosa.

Eu: "Por que não me contou sobre o apartamento?"

Rafa: "Porque ainda não é certo. Tô só dando uma pesquisada."

Eu: "Pra que vai ter que começar a ir pra lá? Tem alguém?"

Rafa: "Claro que não, uai. Eu te contaria. Tem trabalho, Bia."

Eu: "Entendi."

Rafa: "Mas eu vou continuar morando em São Paulo, meu bem."

Eu: "Mesmo?"

Rafa: "Mesmo. Agora desfaz esse biquinho, vai." - ela mexeu meus lábios com o dedo indicador, me fazendo sorrir. "Bem melhor assim."

Eu: "Eu achei que a gente não escondia esse tipo de coisa uma da outra."

Rafa: "Você tá parecendo uma namorada possessiva." - dei um beliscão em seu braço. "Ai!"

Eu: "Eu sou tudo, menos ciumenta e possessiva. E namorada, no caso."

Rafa: "Não precisava beliscar, foi só brincadeirinha." - ela passava a mão na pele vermelha, fazendo uma cara de dor. "Mas então outros tipos de coisas a gente esconde?"

Eu: "Que?"

Rafa: "Você disse que não escondemos esse tipo de coisa. Escondemos outros tipos?"

Eu: "Ah." - sorri nervosa. "Fica aí o mistério, né?"

Gi: "Vocês são muito boiolas."

Rafa: "E você queria estar assim com a Marcela."

Eu: "Apaga apaga, isso dá gatilho na Gigi Furacão!"

Gi: "Muito engraçadinhas, hein? Mas sim, saudade da minha loirinha. Vou lamber a cara dela amanhã."

Eu: "Nossa quanta melação, deu até sede."

Deitei a cabeça no ombro de Rafa e ficamos admirando a vista da janela juntas, em silêncio, o resto do vôo todo.

Chamamos dois carros para nos levarem até a casa de Rafa. O caminho foi super divertido, a mineira, que esteve em Goiânia por muitos anos, mostrava as coisas da cidade que passavam pelo trajeto e contava suas histórias malucas que eu tanto amava.

Finalmente chegamos na chácara. Era enorme e linda. Tinha um gramado gigante e assim que os cachorros viram Rafaella entrando, foram correndo em sua direção. A loira se abaixou e abraçou eles, rindo e fazendo carinho.

Ela apresentou os bichinhos para nós, e após fazermos carinhos neles, fomos em direção a entrada da casa.

Eles eram lindos e dóceis, extremamente adoráveis, apesar de Alfredo ficar tentando morder de brincadeira.

Eu: "Rafa, eles são muito fofos! Quero eles pra mim!"

Rafa: "Eu amo demais!"

Mari: "Luete que lute, né? Já perdeu o trono pra oitenta mil gatos, agora vem aí cachorros."

Eu: "Ela ainda é a rainha da casa, pode parar. Ai, já tô com saudade dos meus filhos."

Gi: "Eu também, saudades Jackinho Bacon."

Manu: "Nunca vou superar o nome dele, Titchela. Você e a Bia são os ícones dos nomes, tenho medo de quando forem ter filhos." - nós rimos da fala dela.

Como havíamos entrado por um portão lateral, encontramos direto a churrasqueira. Rafa foi andando na frente, e nós quatro a seguindo.

Algumas pessoas estavam sentadas na enorme mesa que havia ali. Aparentemente eram seu irmão, sua cunhada, uma de suas primas, e um homem que eu sabia muito bem quem era. Senti meu corpo entrar na defensiva com sua presença.

Assim que todos nos viram, se levantaram e foram em nossa direção.

Renato: "Chegaram!" - o irmão de Rafa disse sorrindo.

Olhei para Rafa e ela estava com as sobrancelhas franzidas, vendo o outro homem se aproximar.

Rafa: "Rodolffo? O que cê tá fazendo aqui?"

-----------♡

Falei que não ia citar o Bauducco aqui, mas... Ela faz o cancelamento delah.

Bjss, até a próxima.

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