The Deadly Side Of Jiwoo

بواسطة OffGoneleft

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Após muito tempo sem se ver, devido a caminhos diferentes que suas vidas levaram, as 12 amigas de infância de... المزيد

First Night
Third Night
Forth Night
Fifth Night
Sixth Night
Seventh Night
Eight Night
Ninth Night
Tenth Night
Epílogo

Second Night

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بواسطة OffGoneleft

– Bom dia! – Yeojin disse dando um beijo em Kahei quem já estava acordava. – O que estava fazendo?! – A voz potente trouxe um pequeno eco.

– Café da manhã. – A voz calma fazia um contraste entre ambas. – Não sei quando elas vão acordar.

As duas acordaram perto das 7 da manhã, algo que algumas na casa eram incapaz de fazer desde do início de suas férias. Jiwoo trabalhava ajudando criança a aprender taekwondo e as aulas eram sempre a tarde. Alguma delas como Jinsoul estava acostumadas a acordar cedo por culpa da faculdade, a mesma cursava para se tornar programadora de jogos. Boa parte havia ficado acordada até tarde, Chaewon principalmente após começar a ler o diário junto a Sooyoung, naquele quarto a primeira a dormir foi Jungeun a qual tocou sua cama e logo adormeceu.

Infelizmente o seu querido sono se esvaiu rápido, com nada mais que 3 horas de sono ela levantava da cama. Procurou seu celular para saber o horário, ao tocar ao seu lado não encontrou nada. Abriu os olhos e se ergueu um tanto espantada com a falta do objeto. Procurou ao seu redor e nada de encontrar, virou-se para as outras camas com o intuito de perguntar se haviam pego porém Sooyoung e Jiwoo não se encontravam na cama ao lado da sua. Franziu o cenho estranhando ter acordado depois delas. Saiu porta a fora e o silêncio a deixou suspeita, conhecia suas amigas, se estivessem acordadas a casa estaria ecoando com gritos e risadas ou o som da tv. Com passos lentos desceu as escadas para o primeiro andar. Vazio. Sua pele antes quente agora esfriava a cada segundo, respirou fundou e assistiu o vapor escapar seus lábios. Algo estava errado.

Virou para o corredor e perdeu completamente a noção de espaço, sentiu sua cabeça rodar, parecia que flutuava, seus não sentiam mais o chão e seus olhos apenas viam paredes distorcidas. Escutou passos e tentou encarar a sua frente para a direção do barulho. Não sabia dizer se era ela ou se a pesso a sua que estava de cabeça para baixo, a silhueta a lembrava de Chaewon porém não podia ser a mesma, os cabelos negros denunciavam ser outra pessoa. O coração de Kim batia acelerado e cada vez mais alto, com maior concentração poderia escuta-lo perfeitamente. A pessoa não vinha em sua direção ou talvez vinha, a percepção distorcida e a falta de equilíbrio não a deixavam entender o que acontecia. Tropeçou diversas vezes enquanto tentava sair do corredor, sem que conseguisse se equilibrar caiu para dentro de um quarto. De repente tudo voltou a sua posição normal, o chão estava firme e as paredes paradas. Com a única diferença sendo o ambiente parecendo mais novo, o cheiro de mofo era inexistente e foi substituído por tinta seca.

O local era repleto de desenhos e livros por toda parte, parecia ser um canto especial para escrever e desenhar, a mesa em um canto fortificava àquele pensamento na mente confusa Jungeun. Um vulto oscilante fez o peito da loira subir rapidamente, era um rapaz concentrado no que fazia sentado em frente a mesa. Sua voz era distante, murmúrios e acenos em direção ao corpo estático no meio do cômodo. Um calafrio correu por cada pelo de seu corpo e pôde ver a imagem de uma mulher se materializar a sua frente como se tivesse a atravessado, o rosto se virou revelando um mulher jovem, cabelos negros como a noite, um rosto pálido e inexpressivo e para o pavor dela, a mulher era idêntica a Chaewon. A mesma deu dois passos em sua direção.

– Deveria tomar mais cuidado para não tropeçar. – Diferente de antes a voz parecia sussurrar em seu ouvido e a fez fechar os olhos por puro instinto.

Ao abri-los novamente, o frio havia a abandonado, pôde sentir o chão aos seus pés firme, e não estava mais dentro do cômodo. Estava na ponta da escada e os barulhos na cozinha eram altos e claros.

– Jungie? Quando você acordou? – Yeojin perguntou na ponta da escada tirando Kim de seu choque. – Fizemos café se quiser.

A mais velha piscou diversas vezes enquanto continuava sem se mover. Seus olhos correram por todo o local, ouvia os sons da cozinha que sabia que não escutará a segundos atrás. Balançou a cabeça tentando afastar o sentimento de terror. O que havia acontecido? e quem era aquela pessoa? Teria realmente acontecido ou teria sido um sonho?

– Mas que caramba! – Praguejou baixo.

Foi até a cozinha para se juntar as outras duas, suas mãos suavam e sua boca estava seca. Talvez comer ajudasse seu corpo a se acalmar, o tremor de suas mãos e suador de suas palmas fazendo algo difícil de tarefas fáceis como segurar uma caneca.

– Está bem Jungie? – Kahei perguntou do outro lado do balcão.

– Não, acho que tive um pesadelo bem intenso com Chaewon. – Os braços curtos de Im circularam a cintura da maior. – Obrigada pirralha.

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A manhã foi tediosa, boa parte delas dormiram até às 11 da manhã. As três que acordaram cedo ficaram assistindo desenhos. Nenhuma das 12 tinha verdadeiros planos, apenas queriam aproveitar o tempo juntas após tantos meses sem se verem. Boa parte das mais velhas trabalhavam e dificultava o encontro, Sooyoung estava sempre a procura de uma nova matéria. As meninas novas eram as que costumavam se ver constantemente por culpa da escola. Era seu primeiro ano fora da escola, a única ainda estudando era Yeojin. O grupo tão inusitado se conhecia desde de infância, cresceram no mesmo condomínio, eventualmente algumas se mudaram porém sua amizade era forte mais pra que se afastassem.

Son ainda dormia sem ter noção da tensão que seu quarto suportava. Chaewon se mantinha deitada apesar de estar desperta, observava o movimento de sua namorada a qual não estava em bons termos. O corpo esbelto estava exposto enquanto ela trocava suas vestes. Não havia motivo para pudor mas as bochechas de Park estavam avermelhadas, pretendia conversar e acabou ficando presa em um jogo de encaradas com Choi, a mais nova sabia o que fazia, não queria seduzir a sua parceira para conseguir seu perdão porém era difícil evitar, ao menos daquela maneira ela a estava olhando.

– Podemos conversar agora? – Os olhos antes intensos se tornaram vulneráveis.

– Okay. – Chaewon se sentou. – O que tem a dizer? – Sua voz apesar de suave trazia certa acidez.

– Me desculpa está bem? – Falou baixo com medo de acordar Hyejoo. – Eu surtei, estava com medo...mas entenda que não nos falávamos a mais de semanas, você não deu um sinal de vida...Hyejoo te visitava mas eu não tive como e parecia que nem esforço sequer você estava fazendo para me ver...e toda vez que eu tentava te ver você não podia por que estava com outra pessoa. – Um suspiro longo escapou. – Eu sinto muito pelo o que eu disse mas precisa entender meu lado.

– Eu estava ocupada com os trabalhos da faculdade, não traindo vocês, eu sou uma estilista, preciso de modelos. – Disse seca. – Depois de tudo que nós três passamos juntas eu não acredito que cogitou uma traição. Eu nunca, nunca, faria algo do tipo...ela só estava lá quando você foi me ver porquê tínhamos um trabalho juntas...você não contou para Hye, não é? – Yerim balançou a cabeça negando. – Por que não?

– Ela ficaria brava comigo...eu só sentia sua falta e quando eu fui para te ver e estava com outra pessoa eu só...surtei... Hyejoo me disse que quando se falaram você estava distante e eu fiquei com medo. Com medo de nós duas estarmos sempre perto estivesse te afetando.

– Eu sempre soube como as coisas podiam acabar entre nós três e era óbvio que você e Hyejoo passariam mais tempo juntas por causa da escola mas agora vocês também não tem mais isso.

O corpo da loira se mantinha encolhido embaixo das cobertas. Uma certa mágoa em seu peito ao lembrar da noite de sua briga. A relação das três estava esfriando por culpa das aulas intensas de Chaewon, a comunicação diminuindo cada vez mais e era sempre um alívio quando conseguia ver uma delas. As amava tanto que só de pensar no que Yerim imaginou, doía de um jeito inexplicável. Nunca as trairia.

– Você me perdoa? Foi estúpido e eu sinto sua falta demais para continuar assim.

– Eu também sinto sua falta, muito mesmo. – Levantou e foi em direção a mais alta.

O abraço das duas foi apertado. Um alívio em terem acertado suas desavenças. Logo um outro ser se juntou a elas.

– Feliz que vocês voltaram a se falar. – Hyejoo puxou uma de cada vez para um beijo. – Bom dia amores da minha vida.

– Alguém está de bom humor. – Park falou ainda nos braços de Yerim.

– É claro, dormi com duas mulheres lindas.

As duas riram do humor cafajeste de Son, se olharam e Chaewon fez o que queria desde que pós os olhos em Choi, a beijou profundamente. Deixou evidente sua saudade com o mover necessitado de seus lábios os quais eram correspondidos a altura pela mais nova.

– Eu perdi alguma coisa? Vocês não podem estar excitadas agora, a gente mal acordou. – Hyejoo disse na porta encarando a cena com uma cara surpresa. A risada de ambas quebrou o beijo. – Eu vou descer, estou com fome. Se divertam.

Sem delongas Son descia para comer, a visão de algumas de suas amigas enroladas em cobertas em frente a tv a fez sorrir.

No segundo andar em um dos banheiros Jiwoo encarava seu próprio reflexo, nada parecia diferente entretanto se sentia diferente. Ajeitou sua franja e saiu do banheiro encontrando Sooyoung deitada no cama de um jeito torto com o diário que encontraram caído em seu peito. Como era possível ela ter caído no sono naquela posição? Previa uma dor no pescoço para o resto dia. Se aproximou e tocou os lábios dela de leve.

– Acorde. Está quase na hora do almoço.

– Aconteceu um assasinato! – Sooyoung levantou gritando. – Diz aqui no diário, dois na verdade. Foi um caso muito maluco. Procurei na internet mas não achei quase nada, alguns anos depois mais acidentes aconteceram por essa área mas nada de mortes. Muitos rumores sobre um fantasma mas bem...não é algo que posso usar pra uma matéria, ficção não é meu estilo. Mais tarde precisamos dar uma geral nessa casa e achar mais coisas.

– Como você pode falar tanto após acordar? – Jiwoo se mantinha atenta encarando o rosto elétrico, sorriu com a animação repentina que ela trouxe para o quarto. – Vamos comer e depois nos aventuramos, cara repórter.

– Jornalista, sabe que faço jornalismo, não quero ser repórter. – A mais velha fez um pequeno bico e recebeu um beijo em resposta.

Sua mente antes concentrada no que aconteceu na casa vagou para seus pensamentos na mulher a sua frente, tão carinhosa quando estavam sozinhas porém distante em frente as outras, Ha estava ciente de que todas já sabiam, e mesmo assim Jiwoo continuava a resistir.

– Vamos almoçar, jornalista.

– Está bem.

Ergueu seu corpo com preguiça. A dor em seu pescoço foi instantânea resultando em uma careta. Previa que aconteceu aquilo após o tanto de leitura que fez sentada de um jeito desconfortável. Assistiu Kim sair do quarto, por um prevê segundo achou ter visto alguém ao seu lado. Fechou os olhos fortemente e sacudiu a cabeça, se sentiu paranóica. Sooyoung agarrou se ao caderno e foi em direção ao primeiro andar vestida por seu pijama. Não seria a primeira vez que as meninas a veriam de forma tão casual e não se importava para dizer a verdade. O cheiro da comida começava a despertar os sentidos dela, um ronco alto de sua barriga entregou sua presença para o resto da casa.

– E eu achei que o monstro da casa estava escondido no porão. Mas deve tá na barriga da Sooyoung. – Yeojin disse causando algumas risadas. Recebeu um olhar mortal de Ha.

– Há Há muito engraçado sua anã.

– Tem alguém faltando? – Haseul gritou da cozinha mudando o foco da atenção. – Já está pronto.

Todas olharam ao redor confirmando a presença de cada uma e notando a falta de Yerim, Chaewon e Jinsoul.

– Eu vou buscar as duas. – Hyejoo se pronunciou quando todas a encararam. – Mas não sei cadê a senhorita Jung.

Heejin procurou em sua mente a última vez que havia visto a loira. Lembrava de ter dito bom dia após sair do banheiro do andar de cima, a mesma tinha seu jogo em mãos e um rosto emburrado, após o pequeno encontro não a viu mais. A casa era grande porém não haviam partes suficientes destrancadas para não terem a visto. Pegou seu celular e mandou uma mensagem, a mesma foi enviada porém não recebida. Suspirou pesadamente com decepção de seu plano não ter funcionado.

O rumo de Jeon se tornou a rua, o pátio imenso mal explorado por elas. O vento batia contra seus cabelos com uma força surpreendente, estava mal agasalhada. Suspirou pensando para qual lado ir e qual faria sentido Jinsoul ter ido.

A noite passada havia tido dificuldades para dormir, sem seus queridos animais de pelúcia, os braços se sentiram incompletos. Passou o tempo inteiro encarando o teto e sentindo falta especialmente de seu coelho, seu sono estava fazendo falta no momento pois seus reflexos estavam lentos. Decidiu pegar um dos atalhos a direita da casa, a vista de longe lhe causava arrepios, parecia fechado demais pois as árvores se encontravam no topo dando a impressão de estar entrando por uma porta. Os passos firmes se tornaram cautelosos conforme a aproximação das árvores, seus olhos se espremeram na tentativa de exagerar além da entrada, nada, completamente escuro, culpa do tempo nublado. Valeria a pena correr o risco de se perder sem nem sequer saber se Jinsoul estava mesmo naquela direção?

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Olhava para a direita, esquerda, cima e tudo que via eram árvores e mais árvores, nenhuma pista do caminho pelo qual entrou a horas atrás. Jinsoul se sentiu minúscula entre aquelas imensas árvores. O motivo de estar ali não podia ser mais incomum, pela manhã quando foi a um lugar fresco para sentar e jogar, escutou uma criança gritando por ajuda. Seus pernas não hesitaram naquele momento e quando se deu por si não escutava mais a voz ou sabia onde estava.

Alguns pingos caiam das árvores molhando seu corpo a fazendo se encolher. Sem conseguir saber era dia ou noite, seu celular estava sem sinal e o mínimo de bateria. O frio e a fome começavam a lhe apavorar, sentia seu corpo perder suas forças, pressentia que iria desabar a qualquer momento. Tentava encontrar qualquer pedaço de areia que lembrasse uma estrada porém nada, mantia seus pés em movimento sem saber se estava perto ou se afastando da mansão.

– Jinsoul. – Uma voz infantil a chamou novamente alto e claro.

O rosto se converteu de derrota para uma expressão de susto. Suas sobrancelhas erguidas e ouvido atentos. Dois passos para a direita entrando no meio das árvores, um sussurrou parecia a seduzir naquela direção como canção impossível de se escapar. Uma luz finalmente surgiu tocando sua pele fria, o corpo se preencheu de arrepios com o vento forte que bateu contra si sem nenhum aviso. A sua frente havia um imenso lago iluminado pela lua, a canção que a guiou até o penhasco havia parado porém seus pés ainda se moviam para frente. Sabia que devia parar, precisava parar então por que não conseguia? Os músculos não a obedeciam a levando para a ponta do penhasco. Um sopro forte do ar parecia lhe dizer que aquele passo marcaria seu último suspiro, sem controle ou força para lutar Jinsoul ergueu sua perna a deixou suspendendo no ar.

Atrás de si entre as árvores era observada, a imagem de uma de suas amigas apenas encarava enquanto estava prestes a dar o passo para a sua morte. Um sorriso sinistro estampado em seu rosto enquanto contemplava a cena. Sua boca se abria com a antecipação de vê-la cair. 

– Jinsoul!! – A voz de Jiwoo fez a loira olhar para atrás a tempo de ver a mesma correndo em sua direção. Com um despertar desesperado Kim correu e puxou a loira para longe da ponta. – Eu a achei! – Gritou alto. – ACHEI ELA! – Seus braços seguravam a mulher com toda sua força.

Jung caiu fraca nos braços de Jiwoo, não demorou até às outras meninas as encontrarem. Após a grande demora na busca de Heejin perceberam que algo estava errado, as outras a seguiram e passaram o dia na busca dela.

Não demorou para que Jungeun e Kahei aparecerem. O corpo gélido escutava palavras cortadas, 'vamos logo', 'ela está morta!?', seguido de muitos murmúrios e talvez choro, era difícil decifrar com seu corpo em um estado tão deplorável, não sentia seus pés ou mãos de tão gelado que estavam, sabia que estava sendo carregada, a noção do tempo rouba a horas atrás apenas se aprofundava. Pôde ver o estrelado e um certo aliviou ocupou seu corpo ao estar fora da floresta. Algo macio tocou sua pele e logo parecia lhe abraçar, o calor voltando aos poucos ao seu ser porém a consciência parecia se perder cada vez mais.

– Vamos ligar para uma ambulância. – A preocupação era nítida na voz da mais nova.

– Não acho que vai ser preciso, ela não está machucada. Só gelada. – Sooyoung tocava a testa de Jung para verificar sua temperatura. – Ela está ficando mais quente.

As 11 estavam em um círculo ao redor da mulher deitada no sofá, todas preocupadas, sem saber o que fazer ou como agir. Mais uma vez naquela noite Jiwoo se via a encarando com um sentimento oposto ao anterior, todos seu pensamentos durante seu dia estavam confusos e estranhos e após o desaparecimento de Jinsoul só se intensificou.

– Vamos deixá-la descansar. – Haseul sugeriu.

– Eu vou ficar. Alguém precisa olha-la. – Jiwoo se aproximou e se sentou ao lado dela no sofá.

Todas as outras concordaram e se dispersaram, boa parte foi para cozinha pois seus corpos gritavam por comida. Chaewon ficou na sala, sentada em um local perto. Uma sensação estranha estava no ar, não queria deixá-la. Sooyoung correu nas escadas em direção ao andar de cima saindo do campo de visão de boa parte das meninas. O silêncio era estranho em um local preenchido por pessoas tão sociáveis, a preocupação era grande demais, o medo de ter perdido alguém tão próximo, o peso estava no ombro de todas elas sendo demostrado de forma diferente.

– Não quis ficar com ela? – Yerim perguntou para Jungeun que comia de forma compulsiva.

– Não consigo, só choraria e Jiwoo está lá...– Seu rosto se contorceu. – Eu sei que deveria ficar com ela mas...só de olhar... eu penso no pior. – Logo seus olhos estavam brilhando pois suas lágrimas se acumulavam. – Ela vai ficar bem?

– Sei que sim. – Yerim se aproximou e abraçou a mais velha. – Agora termine de comer.

A mais velha foi a primeira a sair da cozinha e voltar a sala. Sua companheira de quarto desmaiada lhe trazia arrepios por todo o corpo, era sua segunda noite no local e algo drástico já havia acontecido, pensava se deveria aconselhar todas a ir embora para que não fosse desconfortável para Jung porém precisava dela acordada para discutir. Seu estado era a prioridade no momento e felizmente a cor parecia voltar pouco a pouco a sua pele, as bochechas antes pálidas, agora criavam uma tonalidade rosa.

– Vai ficar aqui? Quero ver onde Sooyoung foi, ela sumiu. – Jiwoo perguntou para Kahei, quem apenas acenou. – Está bem, acho que ela deve acordar daqui a pouco...não precisa ficar tão preocupada.

Recebeu um sorriso fraco antes de se retirar. A única no segundo andar era Sooyoung e não sabia dizer o que a mais velha podia querer naquele lugar, uma curiosidade crescia para tentar entender o que podia ser mais importante do que sua amiga que havia passado por algo extremo e intenso, um evento provavelmente traumático. Sem bater entrou no quarto que também estava ficando. Ha estava sentada em sua cama concentrada enquanto folhava um caderno.

– O que está fazendo? – Um pequeno grito escapou por seus lábios, não percebeu a chegada de Jiwoo. – Subiu sem falar nada.

O quarto mal iluminado fez Kim ponderar como Sooyoung conseguia ler.

– Sei que pode soar estranho mas ontem eu li, eu juro que li sobre isso, sobre uma criança caindo de um penhasco! – Os olhos e ouvidos se tornaram atentos a Sooyoung. – Esta aqui em algum lugar. – A mais velha apontou para o diário. – Eu só preciso achar.

– E no que isso vai ajudar? Pode ser só uma coincidência... afinal é um penhasco sem avisos ou algo para proteger.

Algo dentro de Jiwoo gritava em sua cabeça "Tire o diário dela, tire!". Fechou os punhos e sorriu se aproximando. Se sentou em frente a Sooyoung a fazendo prestar atenção em si e não no caderno. A mão antes formando um punho, suavizou e alcançou o queixo de sua colega de quarto de forma terna. Se aproximou e a beijou, a mão percorreu de sua bochecha a sua nuca a puxando para mais perto, a mão de Sooyoung soltou o livrou para acariciar o braço de Jiwoo. O beijou a tirou de órbita e sua mente não pensava em mais nada além dos lábios macios e molhados de Kim Jiwoo.

– Mais calma? – Perguntou um pouco sem ar.

– Sim. – A mais velha riu. – Vamos descer e ver se ela melhorou.

Assim que Ha saiu, seu comando pode ser obedecido, o diário foi escondido rapidamente em um armário. Sabia que não ia demorar para ela encontar porém apenas precisa de mais tempo, as coisas não podiam acontecer rapidamente e ela não podia descobrir. Ninguém podia descobrir.

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– Como se sente? – Jungeun segurava um pote de sopa pronta para alimentar a mulher recém acordada.

– Melhor...eu achei que tinha escutado uma criança, e-eu juro que escutei uma criança. – Os olhos da loira estavam perdidos. – Não sabia para onde ir então eu só segui a voz, eu não sei como consegui andar tanto. Ir tão longe sem cair ou desmaiar...todo meu corpo dói. – Jungeun segurou a mão dela. – Não sei o que seria de mim se Jiwoo não me encontrasse.

No corredor a conversa das duas era escutada, a observadora refletiu sobre as palavras de Jinsoul, pensando o como aquele não era seu plano, não queria salva-la porém era difícil para as coisas ficar ao seu acordo. Pensou se a próxima noite seria diferente, se conseguiria seu objetivo.

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