Submissa - O Destino Tem Outr...

By lunavbooks

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Strix é uma escola de submissas onde mafiosos investem para terem as suas. Emma foi criada na Strix e ensinad... More

prólogo
capítulo 1
capítulo 2
capítulo 3
capítulo 4
capítulo 5
capítulo 6
capítulo 7
capítulo 8
capítulo 9
capítulo 10
capítulo 11
capítulo 12
capítulo 13
capítulo 14
capítulo 15
capítulo 16
VOLTEI
capítulo 17
capítulo 18
capítulo 19
capítulo 20
capítulo 21
capítulo 22
capítulo 23
capítulo 24
capítulo 26
capítulo 27
capítulo 28
capítulo 29
capítulo 30
* testando *
capítulo 31
capítulo 32
capítulo 33
capítulo 34
capítulo 35
capítulo 36
capítulo 37
capítulo 38
capítulo 39
capítulo 40
capítulo 41
capítulo 42

capítulo 25

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By lunavbooks

Isso é ridículo.

Isso é muito ridículo.

Eu não poderia estar sentindo ciúmes dele.

Por que eu sentiria ciúmes dele?

Sentir ciúmes significaria que eu sinto algo por Chris, e eu não sinto!

Não sinto.

Uma onda de pânico me toma e eu sinto que vou enlouquecer, porque como isso poderia ter acontecido?

Nós só fazemos sexo como animais.

Sentimentos não é algo que está envolvido nesse “relacionamento”.

Exceto…

Quando ele me olha, como se tentasse desvendar algo, e tudo ao redor parece esquecível e há arrepios por todo meu corpo causados por suas íris azuis. Acho que esse olhares tem mais sentimentos que qualquer palavra já dita entre nós

Balanço minha cabeça.

Isso é ridículo.

Ele está olhando para aquela garota também, quase da mesma forma, menos quando seus olhos se movem para mim por um segundo, e é algo tão rápido, mas eu ainda sinto algo aquecer dentro de mim, algo que não tem nada a ver com luxúria.

E eu me pergunto se ele também sente isso quando me olha.

Não há sentimentos”, uma voz na minha mente grita.

E tudo que eu lembro são flashbacks de alguns dias atrás. Do seus cachos contra o sol, da forma carinhosa como ele tocou meu rosto, do modo como ele me deu uma parte dele também após eu contar sobre a minha mãe, do modo como ele me fodia devagar com as mãos entrelaçadas nas minhas, do modo como esse orgasmo foi mais libertador do que qualquer outro com a visão dos seu rosto contra o céu azul…

É só sexo.

Eu minto para te machucar na mesma frequência com que você mente para si mesma”. 

E por que eu faço isso?

Por que eu continuo fazendo isso?

Olho para Chris que conversava junto com Isabella com um grupo de homens, até Giovanni Rosso chegar e conceder fotos e entrevista juntamente com sua filha e Chris, que agora geram murmúrios de um suposto casal.

— Eles não vão ficar juntos. — Steven se aproxima de mim, com uma taça, na qual eu recuso com um aceno.

— O quê?

— Chris não vai fodê-la. É apenas um plano. — Ele bebe um gole.

Me remexi, desconfortável.

— Eu não ligo. Ele pode fazer o que eu quiser, eu não ligo.

A mentira sai descaradamente.

— Ele até poderia fazer isso, mas você deve ter algo mesmo.

Me viro confusa para ele, que tem um sorriso de lado.

— O que isso quer dizer?

Steven ri consigo mesmo, como se uma piada fosse dita.

— Eu acho que você sabe. — Ele se vira e aponta com a mão que está com a taça em direção a Chris. — E acho que ele também sabe.

Chris sorri amargo em direção ao amigo, e lança um olhar rápido a mim, antes de voltar a sua atenção para a imprensa.

— Não sei do que você está falando.

Steven balança a cabeça, fingindo acreditar.

— Olha, eu não sei muito sobre a relação de vocês. E não sei como isso funciona, sinceramente. Chris já teve outras submissas antes. — Seus olhos cinzas estão voltados para mim, me analisando de cima a baixo, tentando compreender algo. — Mas você é diferente. 

O encaro por alguns segundos e depois viro o rosto para Chris, que agora nos olha com atenção.

Sua mão está envolta da cintura de Isabella e eu sinto meu corpo ser tomado de novo por aquele sentimento que eu nem ao menos ousou em pensar.

— Venha. — Steven oferece uma mão para mim, mas minha atenção ainda está em Chris do outro lado da sala. — Vamos encontrar algo para te distrair antes que você estrague meu plano mais brilhante.

Reluto por alguns segundos, mas aceito sua mão e juntos caminhamos para outra sala, onde iria ocorrer o evento beneficente, aparentemente. O lugar era ocupado apenas por algumas pessoas, que tomavam alguma bebida no bar ali perto e sentavam nas mesas, de frente para um palco com um telão.

— Tome. — Steven me ofereceu uma bebida com coloração vermelha, e enormes cerejas dentro. — Você precisa relaxar.

— Eu estou bem. — digo na defensiva. — Mas acho melhor eu não beber.

Não gostaria de explicar ao homem à minha frente que quando eu bebo meu corpo quer é apenas uma coisa.

— Beba, você ficará melhor. Eu cuido de você enquanto Chris está com Isabella.

Ouvir o nome deles dois foi algo ruim, pois a próxima coisa que eu faço é tomar o copo da sua mão e beber uma dose generosa.

Steven ri.

— Acho que você é do meu time. — Ele levanta a taça em um sinal de brinde, e eu aceito.

Chris aparece segundos depois.

— Você deu bebida a ela? — Chris pergunta com raiva.

— A garota precisava. — Steven deu de ombros. — Você não devia estar cuidando de alguma herdeira?

— Deus, você já está bêbado! — Chris toma o copo de Steven. — Vou ligar para alguém vim pegar você e Emma.

— O quê? Por quê? — pergunto.

— Ele obviamente não consegue cuidar de si mesmo. — Lança um olhar a Steven que está nos encara com um sorriso. — E eu não vou deixar você aqui sozinha.

— Você quis que eu vinhesse. — Retruco, com raiva.

— Não vamos falar sobre isso de novo. — Sussurrou, me advertindo como se eu fosse uma criança. — Você vai voltar para casa.

— Não vou! — Falo com firmeza. Não dava a mínima para esse lugar e essa festa, a raiva que eu estava sentindo por Chris fazia eu murmurar qualquer coisa que fosse contrário a ele. — Você está perdendo seu tempo aqui, Isabella deve estar esperando por você, Christopher

Steven ri.

— Droga, Chris, a garota tem você.

Nós nem ao menos ouvimos suas palavras, concentrados demais em encarar um ao outro com raiva.

Chris me lança um sorriso amargo.

— Sim, querida, estou perdendo a porra do meu tempo aqui. — Ele vira seu olhar para Steven. — Cuide dela.

Ele joga um olhar para mim com puro desdém.

— E ligue para Leonardo buscar ela. Talvez eu não volte hoje. — falou para Steven, mas com os olhos em mim.

Sinto vontade de gritar com ele.
Vontade de falar o quanto eu odeio ele, e vontade de talvez bater nele, porque ele consegue ser tão idiota. Que ele não tem nada a ver com o homem que me levou para aquele campo e falou sobre sentimentos comigo.

Porque esse homem provavelmente nem existe, ele deve estar apenas mais uma vez brincando comigo, como ele sempre faz.

Então Chris sai com passos firmes, sem nunca olhar para trás.

Eu odeio esse homem. 

É tão ridículo achar que eu poderia ter ciúmes por ele.

Não sinto nada por ele, apenas ódio e isso é tudo.

— Ok… — Steven diz ao meu lado, enquanto eu ainda encaro a saída por onde Chris passou. — Talvez você precise de mais bebida.

Ele parece pensar.

— Talvez nós dois precisamos de mais bebidas.

Então se levanta e vai em direção ao bar. 

Olho as pessoas ao meu redor, e me pergunto o que estou fazendo aqui. Todas elas parecendo tão esnobes em suas roupas e jóias caras.

— Aqui. — Steven diz, e coloca um copo da mesma bebida da anterior na minha frente.

— Isso é mesmo um evento beneficente? — pergunto.

Ele para com a taça nos lábios e depois recua sua mão.

— Nah. — balança a cabeça negativamente. — é um fundo falso que eles criam. Uma parte mínima vai para doações, apenas por causa da imprensa. Todo resto é investido na máfia. — Ele me lança um olhar sério. — Até mesmo para a Strix.

Olhos novamente para todos em volta e sinto raiva.

— Eles sabem?

— Alguns sim. Outros acham que realmente estão doando algo.

Todos parecem tão felizes com seus champagnes em mãos. Enquanto garotas na Strix estão chorando querendo serem livres e recebendo punições e outras estão sendo levadas para casas noturnas.

— Quem são?

— O que?

— Quem são as pessoas que sabem.

— São muitos para nomear. Nessa sala, talvez a maioria. Mas ainda faltam outras pessoas influentes chegarem.

Olho para ele, que retribui o olhar sério, mais sério do que eu já tinha visto até agora.

— Como você faz isso? Como consegue participar de algo tão horrível?

Percebo que é a primeira vez que pergunto para alguém da máfia isso. Nunca perguntei para Chris e nunca perguntei para os seguranças como eles conseguiam trabalhar sabendo de toda sujeira que isso envolvia. Como conseguem trabalhar sabendo de todas vidas humanas que estão em jogos.

— Sobrevivência. — Ele dá de ombros, seu olhar perdido em algum lugar. — Eu entrei por causa do meu pai e só vou sair morto. É um trabalho.

— Trabalho?

— Sim, sabe… Você tenta não pensar muito e nem questionar muito. Você só segue ordens todo dia. — Ele move sua taça até os lábios, mas não bebe

— Você nunca pensou em acabar com isso?

Steven arrasta seus olhos para mim.

— Com o quê?

— Com a Strix e todas outras escolas de submissa que existem.

Ele riu amargo.

— Eu não tenho poder para isso.

— E quem tem?

— Ninguém. — Murmura a palavra baixo. — É um jogo que é jogado por peças muito maiores. É um poder que ninguém nunca vai ter.

Ele fica em silêncio por alguns segundos e depois toma sua bebida calmamente.

Aos poucos, pessoas vão chegando para dentro da sala onde acontecerá o evento. Chris chega depois com Isabella segurando em seu braço, e murmurando algo no seu ouvido. Chris lança um sorriso malicioso, e por alguns segundos seu olhar se move para mim, mas ele desvia rapidamente, voltando atenção para sua companhia.

Eles sentaram em uma mesa um pouco afastada das demais, mas antes comprimentaram Giovanni e ficou claro como ele e Chris gostariam de se matar ali mesmo, jogando olhares de ódio um para o outro e sussurando algo. Sendo interrompidos apenas para oferecer um sorrisos à imprensa.

— Para de olhar. — Steven murmura.

Viro meu rosto, e vejo que ele parou de beber e estava digitando algo em seu celular. Quando seus olhos encaram os meus, ele tem uma preocupação no olhar, mas mantém um sorriso, tranquilizando-me.

— Um segundo. — Ele se levanta e sai do salão.

Outras pessoas chegaram e ocuparam o restante das mesas, enquanto eu continuava sozinha ali. Ninguém querendo se juntar a mim, aparentemente. O que era bom, não dava a mínima para a opinião dessas pessoas, principalmente depois do que eu descobri.

Na sala, a iluminação diminui um pouco, e o palco é iluminado. Uma mulher com um vestido longo preto entra com um microfone em mãos e é recebida com aplausos.

Sem meu consentimento, meu rosto vira para olhar a mesa onde Chris e Isabella estão.

Isabela está inclinada próxima dele, seus seios roçando em sua blusa, e ela se moveu para falar no seu ouvido. Quando ela fez isso, Chris estava olhando para mim, com algo no olhar. A mão dela discretamente vai para debaixo da mesa e aperta o membro dele sob as calças, enquanto continuava sussurrando algo. Chris mantém o olhar sobre mim, e noto como agora ele está observando meu corpo, varrendo ele com olhos.

Ele não ousaria…

Ele estava pensando no meu corpo enquanto outra mulher tocava nele e sussurrava obscenidades.

Sinto raiva da forma que meu corpo queima de prazer com isso, mas ao mesmo tempo também sente ciúmes.

Essa maldita palavra…

Me obrigo a virar meu rosto e olhar as apresentações no palco, falando algo sobre a realização do evento esse ano.

Onde estava Steven? Eu poderia morrer de tédio aqui.

— É com um prazer imenso que eu recebo Giovanni Rosso, um dos principais colaboradores que durante anos ajudou a melhorar a vida de milhares de crianças. — A mulher no palco fala e todos ali aplaudem.

Giovanni Rosso caminha com dificuldade até o palco, como se sua velhice fosse algum problema para ele. Os flashes iluminam a sala durante algum tempo, até que a mulher entregasse o microfone para ele, após um abraço longo, e os aplausos por fim cessarem.

— Obrigado a todos por comparecerem hoje. — Ele sorri amigável. — Eu estou há anos em uma missão para melhorar o mundo para nossas crianças…

Olho ao redor, mas na escuridão não se podia ver muito o rosto de todos, principalmente porque a minha mesa está atrás de todas, porém fiquei procurando naquela sala alguém que acreditava em Giovanni Rosso, que recitava um discurso como se fosse o ser humano mais bom que há no mundo.

Sinto vontade de vomitar quando ele fala sobre crianças. Lembro de todas meninas da Strix que chegam com 12 anos ou menos na escola e são prometidas a homens mais velhos para elas, sem entender nada do que está acontecendo.

Eu deveria gritar aqui e agora sobre essa farsa.

As palavras de Steven vem à mente e eu entendo que minha palavra seria como nada. Há peças maiores que eu, e esse lugar está cheio delas.

Giovanni terminou seu discurso e recebeu mais aplausos. A mulher começa a introduzir um leilão, e eu viro meu rosto em direção a Chris.

Ela estava depositando beijos no pescoço dele, mas Chris se mantinha impassível enquanto me encarava. Seus olhos tão focados nos meus que não consegui desviar.

Ele afasta Isabella, que contorce seu lindo rosto em indignação. Em meio ao leilão que acontece, Chris caminha em minha direção.

Meu estômago se revira em algo como felicidade, e repreendo o sorriso que quer se formar.

Ele me escolheu.

As palavras de Steven vem na minha mente: “você deve ter algo mesmo”...

Deixo um pequeno sorriso tomar meu rosto.

Chris se senta na minha frente.

— Ela está olhando? — Pergunta.

Franzo o cenho.

O quê?

— O quê?

— Isabella. Ela está olhando para nós? — Ele sussurra um pouco impaciente.

Meu sorriso se desmancha.  

É claro que ele não estaria aqui por mim, tudo é parte do plano dele.

Movo meus olhos para cima do seu ombro e Isabella está nos olhando com um olhar que poderia matar alguém.

— Sim. — Sussurro também.

Então Chris abre seu familiar sorriso convencido.

— Nunca falha. — Ele fala para ninguém específico e toma uma taça que está em cima da mesa e volta sua atenção para o palco.

Não me olhando depois disso.

E acho que não posso mais negar que obviamente eu estou com ciúmes. Que estou gostando dele.

E isso dói.

Porque eu não devia sentir isso. Ele é meu dominador, o homem que provavelmente eu devia odiar mais. E ter algo com ele seria impossível.

É impossível.

Não, eu não posso estar sentindo isso. Quando as coisas saíram do meu controle?

Estou me sentindo claustrofóbica

— Emma? — ouço a voz de Chris longe. — Principessa?

Pisco os olhos e volto a olhar meu dominador que mantinha o rosto perto do meu, seus olhos azuis me encarando com preocupação. Suas mãos estão segurando meu rosto de forma carinhosa e quando noto isso, me afasto rapidamente.

Chris franziu o cenho.

— O que está havendo, principessa? — Sussurra.

Não, por favor, pare de chamar assim.

Apenas pare tudo.

Olho a sala em volta, escura. Todos estavam prestando atenção no palco à frente deles, e continuavam bebendo seus champanhes e sorrindo.

Sinto que vou vomitar.

Me levanto e caminho para o lado de fora do local. Uma risada abafada aos meus ouvidos é a última coisa que ouço antes de bater a porta do lugar.

Recebo uma lufada de ar frio, e olho em volta, percebendo que não tinha ninguém, apenas enormes muros ao meu redor e um jardim vasto à minha frente, iluminada apenas pela luz da lua.

Respiro fundo três vezes.

— Emma... — Sinto o toque de Chris no meu cotovelo, e me afasto.

Ele parece confuso e magoado ao mesmo tempo.

Principessa

— Não! — Interrompo-o. — Pare com isso! Eu preciso que você pare!

Ele avança um passo à minha frente, mas eu recuo e esfrego meus braços para aquecê-los contra o frio. O silêncio no lugar estava me incomodando.

— Emma. — Seu tom era firme e me obrigou a olhá-lo. — Me diga o que está havendo e eu prometo que vou resolvê-lo.

— Não, você não vai! — Meu tom estava histérico, meu coração batia forte contra o peito.

Eu não podia sentir isso!

“Sua mãe não te ama…”. Era a voz de Vanessa.

— Emma… — a voz dele estava distante.

Eu não podia sentir isso!

“Se ela te amasse, ela não teria te deixado aqui…”

Eu não estava no controle…

Se eu não estivesse no controle, tudo iria desandar.

Em que momento eu parei de estar no controle?

— Emma! — As mãos de Chris estão nos meus ombros, e ele me olhava nos olhos. Preocupação era tudo que havia neles. — Respire. Apenas respire.

Ele começa a inspirar e expirar lentamente e eu tento imitá-lo. Suas íris azuis nunca deixando os meus olhos, e eu sinto o ar preenchendo meu corpo aos poucos.

Ela não te ama…”, uma voz ecoava na minha mente.

E eu não posso fazer isso. Não posso gostar de alguém. Isso vai machucar, vai doer e não vai estar no meu controle.

E eu definitivamente não posso gostar de alguém como Chris.

Alguém que nunca poderia ser recíproco.

— Emma… — A voz de Chris novamente me acordou dos meus pensamentos, suas duas mãos seguram meu rosto. Pisco os olhos que estão com algumas lágrimas acumuladas e lhe encaro. — Principessa, me diga o que está acontecendo? 

Sua voz era tão suave que eu senti que iria me quebrar de novo.

Como falaria para ele que gostar de alguém é algo doloroso para mim?

Como falaria para ele que apenas a ideia de gostar de outra pessoa me traz medo? 

Eu não poderia explicar algo que nem ao menos eu entendo.

Gostar é algo que me assusta. Porque gostar não estaria no meu controle, e eu preciso sempre ter isso. Sempre.

Abro a boca para murmurar qualquer desculpa que possa justificar minha onda de pânico que eu não devia ter há anos, desde das palavras idiotas de Vanessa durante minha infância.

Sua mãe não te ama…”

“Ela te abandonou…”

— Emma… — Chris chama meu nome de forma suave. Tão baixo que eu quase não escuto.

E eu tento não pensar muito no quão tranquilizador é ter seus polegares fazendo movimentos circulares na minha bochecha e limpando minhas lágrimas. No quão ter suas íris azuis me encarando com proteção me faz bem. Me conforta.

Não penso muito quando abraço seus peito com força, esmagando meu aperto no seu corpo. Fecho os olhos sentindo o calor que emanava dele me envolver igual um cobertor contra essa noite fria. Inspirando o seu cheiro até sentir meu corpo relaxar, e o abraço virá um aperto mais frouxo, porém ainda firme.

Deslizo a mão por seus cachos loiros e passo os dedos apenas para sentir a sua maciez, e contrastando que a presença dele era real, que ele estava aqui. Finalmente abro os olhos e afasto meu rosto do seu peito para lhe encarar.

Seus olhos azuis encontram o meu facilmente, como se houvesse algum fio que ligava nós dois. Ele afastou meu cabelo, colocando uma mecha de trás da orelha. Sua cabeça inclinada e seu olhar de forma tão carinhosa que algo no meu peito dói.

Não posso gostar de você, Chris. Isso vai me machucar, vai doer… Isso me assusta.

Eu me aproximo do seu rosto, deixando alguns centímetros entre nós, o calor dele me envolvendo novamente. Encaro sua boca entreaberta, e passo meu dedo no seu lábio inferior sentindo-o e ele suspira com isso. Volto meu olhar às suas íris azuis e perco o fôlego.

E quando ele se aproxima para selar qualquer distância entre nós, não há tempo.

Porque tiros são ouvidos, e balas cobrem todo lugar onde estamos.  







Adoro quando to lendo livro e o capítulo acaba assim!! 🤩

Para todos que me xingaram, desculpe a demora e obrigada pelo 240K!!! Feliz 2022 e que nesse ano vocês sejam felizes da mesmo forma que vocês me fizeram em 2021 e continuam fazendo!! <3 

Capítulo dia 14, voltarei a postar sexta e domingo.

Deixe estrelinha e comentem o que estão achando, isso ajuda muito!!

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