Internato | Finn Wolfhard

By thewolfhardgirlx

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Em uma mistura entre romance e terror, Finn Wolfhard e s/n (seu nome) se conhecem em um internato, onde coisa... More

name;
maze;
missing boy;
you're terrible;
I gonna kill you;
"that";
great friends ;
accusation;
i don't care;
another strange boy;
fire;
find me;
I would never threaten you;
the party is over
accident;
panic and letters;
the lines that we shouldn't cross;
just run;
memories;
do you love me ?
long ago;
truth;

the most scared of all

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By thewolfhardgirlx

A música havia parado por algum motivo, enquanto pelo chão vários talheres haviam sido derrubados, como se uma multidão tivesse passado por ali sem se importar com o que tinha pelo caminho.

Finn andou alguns passos a minha frente lentamente, enquanto procurávamos por algum "sinal de vida" no lugar. Era estranho pensar que algo ruim poderia ter acontecido. Era como me imaginar em alguma espécie de filme de terror, onde o assassino te espera na próxima esquina, escondido em algum lugar escuro, esperando que você se aproxime pra... Afastei esse pensamento de minha cabeça. Estávamos quase na escadaria da entrada do internato agora. Finn parou e observou a porta entreaberta. Estava escuro lá dentro, e mais uma vez sem nenhum sinal de que alguém estaria lá.

─ Acho melhor darmos a volta. - Finn sussurrou.

Talvez não fosse uma boa idéia entrar pela porta estranhamente entreaberta da frente. Concordamos nisso e fomos em direção a porta dos fundos, mas antes mesmo de chegarmos até lá, alguém que corria desesperadamente bateu de frente com a gente.

─ Jesus, Grazer. - Finn falou batendo o "pó" da roupa ao se afastar de Jack.

Jack estava assustado, assustado o suficiente para não responder a provocação de Finn.

─ Jack, o que houve? - Falei segurando seus ombros, tentando acalmá-lo.

Jack estava olhando pra trás e ofegante, como se estivesse com medo de que algo o estivesse seguindo. Depois de um tempo repetindo os olhares assustados e as olhadelas para trás, ele finalmente nos encarou.

─ É a Mary. - Ele disse com os olhos arregalados. 

Ouvimos um galho se quebrado próximo a nós, Jack assustou-se novamente.

─ Vamos. - Ele disse nos empurrando. ─ É melhor não ficarmos aqui.

Depois disso corremos até a orla da floresta. Finn disse que conhecia um lugar onde poderiamos ficar, que no fim acabou sendo um enorme arbusto onde nos abaixamos atrás. De lá, tinhamos uma boa visão do internato, que estava estranhamente silencioso. As únicas luzes que podiamos ver eram as luzes das lâmpadas que Mary tinha pendurado para decoração no dia anterior.

─ Quer nos falar que merda ta acontecendo? - Finn sussurrou enquanto desviava o olhar do internato para Jack.

─ E-eu... - Jack começou a falar, mas nesse exato momento ouve um enorme som de algum tipo de máquina se desligando, e o internato se transformou em um breu, muito mais do que antes. Agora, sem lâmpadas. Sem nenhum tipo de luz.

─ Os geradores devem ter sido desligados. - Finn falou.

─ Como assim? - Falei. ─ Está dizendo que alguém os desligou ? - Dei ênfase no "alguém".

─ Esse lugar é velho. Sem muita tecnologia. - Finn disse enquanto apertava os olhos para ver a nossa frente. ─ Se tem um gerador desses em algum lugar ele é feito pra não desligar assim do nada. Especialmente em uma situação dessas.

─ Tem razão. - Jack falou parecendo voltar a si finalmente. ─ Alguém fez isso.

Finn olhou em seu relógio de pulso. ─ Já são quase onze horas.

─ Ah cara, eu não acredito nisso. - Jack falou colocando a mão entre os cabelos.

Finn e eu nos olhamos, depois, desviamos o olhar para encarar Jack.

Jack pensou por muito tempo, encarando os joelhos e as folhas secas no chão, quase invisíveis no escuro. Depois, ergueu o olhar para nós.

 ─ Mary está morta.

-

─ (s/n) está indo para os fundos com Finn. - Kate disse enquanto colocava ponche em um copo para Jess.

─ Acha que deveríamos segui-la? - Jess perguntou.

─ Não acho que Finn seja uma ameaça para ela. - Kate deu de ombros, pegou seu copo e voltou ao seu lugar a mesa.

A festa seguiu normalmente, Jess estava animada por ter ganhado seu certificado de "aluna destaque" e disse que seu pai ficaria orgulhoso. Depois de algum tempo, os professores que tinham comparecido apenas deixaram seus lugares e foram até seus carros no estacionamento, e depois sumiram pelo grande portão.

─ Escuta. - Jack falou se aproximando de Kate e Jess. ─ Pra onde eles vão toda vez que terminam suas aulas chatas ? - Disse referindo-se aos professores, quando viu os faróis de um dos últimos carros sumindo na escuridão do internato a fora.

─ Tem um hotel a alguns quilômetros daqui. - Kate respondeu sem emoção.

─ Faz sentido. - Jack disse dando um gole em seja lá oque tivesse em seu copo, depois, se afastou.

Jess soltou um risinho.
─ Ele parecia bêbado.

Kate deu de ombros. Estava desanimada e pronta pra voltar pro seu quarto, vestir seu pijama e tentar dormir até a próxima semana quem sabe. Mas foi quando aquilo aconteceu. Começou quando o grito muito alto de alguma garota veio de onde parecia ser da entrada do internato.

Kate levantou rapidamente, pensando que poderia ser (s/n) gritando de algum lugar. Teria ela estado errada e Finn ser uma ameaça sim?

Mas não era.

A diretora correu diretamente para o barulho a frente de todo mundo, enquanto gritava uma espécie de "fiquem aqui" que não adiantou muito. Quando todos chegaram na origem do som, se depararam com Mary caída no hall de entrada. Seu vestido de renda estava ensanguentado, e uma bandeja de doces estava jogada no chão. A frente da escada, dois passos a frente de onde a diretora tinha parado estava uma garota, de costas e tremendo.

Enquanto isso, do lugar onde todos tinham vindo pode-se ouvir o som de talheres sendo jogados para todos os lados, além da música estranhamente ter parado.

─ Saiam daqui. - A diretora berrou. ─ Agora!

Mary, como Jack contaria mais tarde, tinha ido buscar mais doces para festa. Foi quando Angelina que estava  passando mal e decidiu que iria para cama mais cedo, a encontrou.

-

Finn ficou em silêncio.

─ E depois disso? - Perguntei para Jack.

─ Alguns se esconderam no internato, outros correram pra floresta. - Jack falou calmamente. ─ Eu estava procurando por você, não tinha te visto na hora que tudo aconteceu.

─ Eu estava na quadra. - Falei. ─ Não ouvimos nada.

Finn sorriu de repente. Jack o encarou enquanto franzia a testa.

─ Caramba. - Ele disse fingindo coçar atrás da cabeça. ─ Não sabia que aquela bebida que coloquei no ponche causava alucinações.

─ Você tá dizendo que nada disso aconteceu? - Perguntei.

─ É claro que não. Nosso amigo Jack está muito bêbado. Só isso. - Finn disse enquanto dava batidinhas nas costas de Jack.

Jack se esquivou.
─ Você sabe. - Ele disse com um olhar assustado. ─ Você sabe que é verdade e sabe o que aconteceu.

Finn fechou a cara, pareceu perder as expressões de repente.

─ Você mente e tenta fingir pra todo mundo que as coisas por aqui são normais quando é o único que realmente sabe o que está acontecendo.

─ Cala boca, Grazer. - Finn falou fechando os punhos.

─ Acha que é o único que pode fazer alguma coisa, mas não é. Você deveria parar de mentir pra afastar as pessoas, devia parar de fingir ser durão quando na real é o mais assustado de todos.

─ Eu disse pra calar a boca! - Finn falou pulando sobre Jack, fazendo um ruído enorme de folhas se amassando quando o corpo de Jack entrou em contato com o chão.

─ Parem com isso! - Falei tentando tirar Finn de cima de Jack.

Seus olhos pareceram brilhar por um momento enquanto suas mãos estavam ali, no pescoço do garoto.

─ Finn! - Gritei, agora socando-o.

Ele estava estranho, não parecia o Finn que eu conhecia. Pareceu, por um momento, aquele garoto estranho, sem amigos, sem sentimentos e mau caráter que todos diziam que ele era.

Uma luz vermelha entrou em contato com o rosto de Finn, o despertando, e de repente, ele pareceu voltar a si.

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