Stolen Life (Repost)

By CamilaGagliardi8

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Olá, primeira vez postando aqui. Originalmente escrevi essa estória e pedi que a Juliana Mantovani postasse... More

Listen
Tears and Rain
If I Believe You
Everyday Goodbyes
Kill'Em With Kindness
Lego House
I Want To Know What Love Is
Demonstrate
Malibu
Calma
Change Your Life
You've Saved My Life Again
Firework
You Da One
Beat It
Girl On Fire
Gonna Be All Right
Feeling Good
Girls Like You
Sugar
Just The Way You Ar
Just A Kiss
I See The Light
So In Love
Everything I Wanted
Pocketful Of Sunshine
Love You For A Long Time
Too Much
@kjapa
Good Luck, But Not So Much
Reborn
Lovely
Light On
Jealousy
@kjapa
Yes Or Yes
Don't Stop
Just Us
Danger
Just Peace
New Times
Férias
Home Sweet Home
Happy Birthday
Back To Home
On The Road
Go Ahead
grandmother's day
Day Off
Marriage
Honeymoon
Damn
I Came To See You
New Bed For Lukas
Questions and answers
Trip
Fun
Free Weekend
Beach
Back To Work
Two Years
Not Again
Hope
Restart
The Time
Four
Boy or Girl
SIX MONTHS
Finish line
The second
Lar
Confuso
Acertos
Lukas & Jasmin & Finais Felizes

School

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By CamilaGagliardi8

CAMI POV

Voltamos de viagem a alguns dias e embarcamos em uma nova, mas essa em nossa própria cidade. Foi apenas uma viagem por escolas com classes para a idade de Luke. Sim, ele vai pra escola.

Percebi muito bem nessa viagem que ele precisa conviver com criança porque ele diz palavras como porra, caralho, peitos e pinto com uma naturalidade de fazer os cabelos do cu ficarem de pé. Se esse não é um bom motivo não consigo dizer qual seria. Mas também precisamos de uma escola com um esquema de ensino a distância para quando formos viajar. Meu filho vai pra escola conviver com crianças, fazer coisas de crianças, mas ainda vai ser arrastado para a estrada conosco. Ele só pensa que é grande, mas é apenas o meu bebezinho.

O dia de hoje promete altas doses de emoção, acordei muito cedo, quando olhei no relógio era apenas 5 da manhã e eu não tinha mais um pingo de sono. Então levantei e começou a arrumar as coisas para o dia, mochila, lancheira, os matérias que precisamos levar. Tudo.

Agora já passa das 6 e está na hora de levantar Luke e colocar para tomar café, que já preparei é claro. Deixo tudo na cozinha esfriando e sigo para as escadas. São muitos degraus, um dia se resolver engravidar de novo não faço ideia como vou me mover dentro dessa casa. Vou acabar parindo antes do tempo.

O corredor está escuro e silêncio, Luke ainda está dormindo ou já teria descido da cama e ido até meu quarto chamando "mamãe e papai" bem alto. Abro a porta do seu quarto devagar, a luz noturna em formato de nuvem ainda está ligada, apago e observo o meu pacotinho de amor enrolado na cama. A chupeta caiu da boca, ele forma um bico com os lábios vermelhos, seus cabelos finos e compridos estão cobrindo parte dos seus olhos mas ele não parece incomodado. Está vestido em um pijama azul claro, já perdeu as meias e a coberta está pendurada para fora da cama também. Da até dó de acordar, mas é preciso.

- Lukas?! - sussurro entrando se uma vez no quarto - baby? Ei, dorminhoco, precisa levantar.

Ele não responde as minhas palavras, continua em seu sono gostoso.

- Ei - penteio os cabelos para longe da sua testa - vamos acordar?

Luke suspira, resmunga, faz uma caretinha mas continua dormindo. Me curvo e beijo seu rosto, seu pescoçinho e então ele começa a despertar. Luke se espreguiça e abre os olhos apenas um pouco, o suficiente para me ver e sorrir.

- Mamain.

- Oi, meu bebezinho. Bom dia, hora de levantar.

- Peta.

- Hum, está por aqui. - procura a minha volta e encontro a chupeta entre o colchão e a cama - só mais um pouco.

- Cóio, mamain.

Ele estica seus braços para mim e mesmo que eu quisesse não seria capaz de recusar esse pedido. O pego e sento no meu colo, abraço seu corpinho quente da cama e beijo sua cabecinha acomodada em meu peito, sua mão começa a procurar uma abertura na minha blusa e rio em silêncio. O desmame deu totalmente errado por aqui, então resolvi esperar até os dois anos, falta tão pouco.

- Ainda mão, ursinho. - pego sua mão e beijo seus dedos - primeiro tem que comer pãozinho.

- Fome - ele resmunga.

- Você está sempre com fome, Luke. - levanto da cama com ele preso em meu colo - sabe o que vai acontecer de legal hoje? Você vai pra escolinha, amor.

- Caija da vovó.

- Não, escolinha. Vai ver amiguinhos e pintar com os dedos - explico mesmo sabendo que ele não entende nada.

Caminho pelo corredor até meu quarto, abro a porta e chamo Kage, ele resmunga, reclama e vira para o outro lado. Chamo mais uma vez e então Luke começa a chamar pelo pai. Kage resmunga que já vai levantar e boceja alto.

- O papai já vem. - afirmo.

Desço as escadas com Luke preso a mim igual um macaquinho, seus braços e pernas enrolados a minha volta enquanto ele beija minha bochecha uma vez seguida da outra me fazendo rir alto e apertar ele ainda mais.

Coloco Luke em uma das cadeiras, a com acento de elevação já que ele não gosta mais de ficar no cadeirão. Mesmo assim ele fica muito baixo para a mesa, mas foi sua escolha tentar salta do cadeirão e quase me fazer ter um AVC no meio da sala.

- Quem quer pãozinho levanta a mão.

- Ukas - ele fala animado - Mamain eite.

- Ah tem o leite também, que cabeça a minha - bato na testa e ele começa a rir.

Luke ri antes de pegar a colher de cima da mesa e começar a bater na madeira. O dia está oficialmente iniciado, e não podia ser sem esse barulho infernal que Luke das todas as manhã batendo a colher na mesa.

O café da manhã é tranquilo como todos os dias, sentamos os 3 na mesa, eu e KJ comendo e se revezando para alimentar Luke. Ou melhor, recolher o que ele derruba já que começou a comer sozinho, mas com ajuda.

A coisa pega mesmo na hora do banho, é um corre corre tremendo, tentamos ficar prontos rápido o suficiente e ainda arrumar o bebê, é uma loucura. Mas conseguimos vencer o desafio como todos os dias, e já estamos a caminho da escolinha.

Hoje é o primeiro dia, o dia da adaptação e vamos permanecer na escola até a hora do almoço, nos revezando para ele entender que não está sendo abandonado com estranhos.

-------

Optamos por uma escola de médio porte, segura, bem frequentada, com um ótimo plano de ensino e que não fosse frequentada pelos mais ricos e influentes do estado. Não sou boba, sei bem que minha conta bancária é confortável, mas não quero que Luke cresça cercado se mimos desnecessários e se achando melhor do que ninguém, quero que ele cresça se sentindo uma criança normal, com amigos normais, com problemas normais de toda criança.

Então a entrada está cheia de mães prontas para o trabalho, ou pais, algumas crianças maiores chegando de ônibus escolar e Luke chegando se carro com os papais. Ele fica todo animado em sua cadeirinha quando vislumbra a movimentação do lado de fora.

- Mamain neném.

- É filho, um monte de neném pra você brincar.

- Carinha, mas nada de ensinar palavras feias para as crianças. Lembra o que conversamos ontem.

- Kage, ele não lembra nem o que comeu de manhã.

- Cami, estou tentando uma educação baseada no diálogo aqui. - balanço a cabeça rindo - um pouco de apoio, por favor.

- Okay. - afasto as mãos em frente ao corpo - como quiser, amor.

Saímos do carro ao mesmo tempo, eu pego a mochila e lancheira de Luke e Kage tira o menino da cadeirinha.

- Se comporta e nada de ficar espiando a fralda das meninas. Certo?

- Ceto - o menino concorda.

Kage levanta a mão no ar e Luke bate sua mãozinha contra a do pai, depois dão um soquinho nesse cumprimento de garotos.

Seguimos nosso caminho entre as crianças, Luke me surpreende ao não pedir para sair do colo de Kage para o chão, mas entendo que para ele é muito estranho tantas crianças juntas ao seu redor. O único amigo pequeno que Luke tem é Kauri, e eles brigam um bocado, se amam, mas a brincadeira sempre acaba com um ou ambos chorando.

Enfim, olho para o relógio e vejo que já são quase 8 da manhã e estamos parados em frente a sala indicada para Luke.

- Conseguimos chegar na hora - falo para Kage e sorrio.

- É isso aí, angel. - trocamos um toque de mão rápido - agora vamos colocar o pestinha pra dentro.

- Naum - Luke grita e se agarra ao pai - Naum queio.

- Ursinho, a mamãe e o papai também vão.

- Naum.

- Sim, vamos entrar e brincar. Olha que legal.

Sempre tentamos resolver tudo na conversa, e se ele realmente começar a dar um escândalo federal, Luke não vai ficar a força na escola, isso não deve ser.uma experiência traumática para ele. Não quero meu bebê cheio de traumas desnecessários. Kage conversa mais um pouco com Luke, eu converso e depois de alguma relutância do menino e muitos apertos no pescoço de Kage, ele aceita entrar e conhecer os amiguinhos.

A sala já está cheia, bato de leve na porta e a professora nos recebe, conversa com Luke e como ele é muito dado, principalmente com as mulheres, aceita ir no chão e sentar em uma das mesas.

E durante as próximas 3 horas eu e Kage ficamos nos revezamos entre entrar e sair da sala em um processo de revezamento. Um entra o outro sai, algumas vezes saímos os dois e quando Luke percebe nossa saída um de nós volta. É cansativo, mas após o almoço quando as crianças deitam para a soneca a professora diz que é nossa hora de ir.

É estranho sair do prédio sem nosso filho, sinto meu peito sufocado como se eu nunca mais fosse ver ele na vida. É uma reação extrema e muito exagerada, eu sei.

Kage passa o braço por meus ombros e beija meu rosto, ele ri baixinho e me aperta mais forte.

- Está tudo bem, angel, as 4 PM vamos vir e buscar aquele danadinho.

- Vamos não é?!

- Claro, deu muito trabalho criar ele por 1 ano e 8 meses. - rio com Kage que sorri de volta e me beija - aposto que ele vai deixar as professoras bem ocupadas.

- Tomara que ele não peça para ver o peito de ninguém - balanço a cabeça e Kage ri - é sério, Kage.

- Vai dar tudo certo. Mas aí, uma coisa bem estranha ... O que vamos fazer sem um filho por mais 5 horas?

- Não faço ideia. Mas, podíamos ir no cinema?! - minha afirmação sai mais parecida com uma pergunta, Kage sorri e concorda com um aceno.

- Ótima ideia. Agora somos só nós, gata.

Kage abre a porta do carro para mim e depois vai para o seu lado. O carro parece meio silencioso demais sem Luke, mas preenchemos logo esse espaço com conversar que não sejam sobre colocar um desenho ou uma música que faça o menino ficar distraído. Conversamos sobre a escolha do filme, o restaurante para almoçar e os próximos dias.

A conversa entre nós nunca precisou de esforço, sempre temos do que falar e quando não temos o silêncio é bem vindo e confortável.

-------

Sento na mesa indicada pela garçonete, Kage se acomoda ao meu lado, trocamos um olhar sério antes de cair na risada.

- É muito estranho estar sem uma criança pendurada? - Kage pergunta tentando parar de rir.

- Muito, parece que esqueci alguma coisa. - respondo e faço uma careta - mas é bom, não é, amor?! Só nós dois por algumas horas, tempo livre, cabeça despreocupada com escadas e com a certeza que ele está bem cuidado. Fizemos a coisa certa, não fizemos?

- Claro que sim, angel, Luke precisa conviver com crianças como todas as crianças precisam. Vai ficar tudo bem e eu quero aproveitar meu tempo sozinho com você.

- Podemos ser namorados de novo - murmuro.

Passo os braços pelo pescoço de Kage e praticamente me penduro nele, fico perto o bastante para enxergas as sardas em seu rosto e as rugas em seu nariz quando ele sorri.

- Você é bem bonito - beijo seu queixo e Kage ri - você é meio perfeitinho demais ... Operou as orelhas?

- Não, cresci em volta delas. Graças a Deus - você também não é de se jogar fora, angel. Então, o que acha de passar o tempo só comigo?

- Só com você? Isso me parece meio controlador.

- Um pouco talvez. - concordo com um aceno e Kage sorri - temos tantas coisas para fazer, Cami, tanto a aproveitar um com o outro.

- Eu sei, amor, vamos apenas viver um dia de cada vez. Okay? Sem roteiros o tempo todo.

- Só tenho um roteiro que fiz no Netflix.

- Nossa, Kage, quem escuta pensa que não temos nada para fazer mesmo.

- Seria um sonho - ele brinca - mas temos os ensaios, composições, reuniões, fotos, entrevistas e todo o resto.

- Já estou cansada.

- Tudo bem, podemos tirar um soneca a tarde sem o Luke ficar abrindo nossos olhos. - dou uma risada baixa.

Me separo de Kage,  cruzo os braços em frente ao corpo e olho seria para ele.

- O que acha de aproveitar o tempo pra fazer outro bebê? - agito as sobrancelhas e Kage ri - temos bastante tempo livre.

- Que tal ficarmos só no treino e deixar a produção para daqui uns anos? - ele sugere e se inclina em minha direção - já disse e repito, quero você só para mim por um tempo.

- Calma lá, Don Juan, vai que o Luke não se adapta a escolinha.

- Aposto que vai. - Kage afirma - agora chega de papo, vamos comer antes que percamos o horário da sessão.

- Estou morta de fome mesmo.

A comida chega e nos distraímos mais uma vez, é diferente e meio reconfortante poder comer e conversar com Kage sem uma criança chamando "mamãe e papai" o tempo todo, ou deixando comida cair, ou puxando a toalha da mesa para alcançar aquilo que não é do seu interesse.

A tarde passa rápido, quase rápido demais, foi um dia leve, apenas meu e de Kage como a muito tempo não era. Claro que sempre temos nossos momentos a dois, mas sempre com a babá eletrônica ao lado e uma possível interrupção a qualquer momento.

Gastamos todas as horas almoçando e assistindo um filme, que na verdade não assistimos porque ficamos nos tentando engolir a cara do outro durante a maior parte do tempo. Agora estamos voltando para escola.

- Será que ele chorou muito, amor? - pergunto apreensiva.

- Tomara que não o suficiente para ser expulso ou considerado imaturo demais para frequentar a escola.

- Kage, parece que quer se livrar do Lukas.

- Só por algumas horas. - Kage ri e aperta mina coxa - foi bom ficar um pouco sem choro e mãos grudentas. Aliás, porque crianças estão sempre com as mãos grudentas?

- Acho que porque estão sempre enfiando as mãos em coisas nojentas. - respondo rindo - espero que ele tenha se divertido muito.

A frente da escola está ainda mais agitada agora que de manhã, as crianças estão correndo para fora eufóricas e as mães sorridentes a espera. Mas o meu pequeno não tem idade para sair sozinho ainda, seguro a mão quente do meu marido e sigo para dentro.

Ao chegar em frente a sala que está com a porta aberta, diferente de mais cedo, alguns pais na estão carregando os seus próprios dedinhos grudentos para fora, espio para dentro e Luke está sentado no tatame no meio da sala, com os olhos um pouco inchados e meio tristonho, mas não está chorando.

- Olá - a professora muito simpática cumprimenta.

- Oi, como foi o dia? - pergunto parecendo muito ansiosa.

- Mamain - Luke grita assim que escuta minha voz - mamain ... Papaie.

Começo a rir quando ele fica de pé do seu jeito atrapalhado fodo de bebê e corre até nos, Kage se abaixa para receber o menino enquanto eu converso com a professora.

- Foi tudo bem, ele chorou várias vezes o que é normal para o primeiro dia mas se distraiu fácil e participou de quase todas as atividades, menos da última onde ele ficou emburrado e falando que queria ir pra casa.

- Mamain - sinto ele se jogar nas minhas pernas - pa caija.

- Já vamos, ursinho. - me abaixo e o pego no colo - gostou dos amiguinhos?

- Naum ... Pa caija.

A professora ri e me assegura que está tudo bem, que Luke fez amizades com as outras crianças, comeu bem, tirou uma soneca curta e se comportou.

Respiro aliviada e feliz ao colocar ele em sua cadeirinha no carro e prender o cinto de segurança. Beijo seu rostinho e Luke agarra meus cabelos em seu ensaio de carinho.

- Mamain queio pêto. - ele fala todo manhoso - pêto Mamain.

Ah sim, agora ele não fala mais tetê, porque Alex achou que seria mais maduro ensinar meu filho a falar peito.

- Tava demorando - Kage resmunga segurando o riso - passa pra frente, angel.

- Papai ... Queio pêto - Lukas fala colocando as palmas das mãos para cima - pêto meu.

- Nosso - Kage contesta.

Ele está apenas distraindo o menino, aproveito para correr para o meu lugar e sentar rapidamente. Mas meus peitos já estão bombeando e enchendo com força total.

- Nosso peito, um seu e um meu - Kage fala olhando o menino pelo retrovisor - pode ser?

- Naum ... Meu.

- Você é muito egoísta, viu. - ele completa e da partida no carro - agora vamos na casa da vovó Marisol.

- Oba - Luke grita e bate pernas e braços na cadeira - tio Coe, Tio Dyan, Dada. - ele vai anunciando as pessoas - Tia Babi, tia Lili.

- Muito bem - parabenizo e bato palmas - você é muito inteligente, ursinho. Gostou da escolinha?

- Naum.

- Gostou sim - Kage contesta - tinha um monte de criança legal, você brincou e fez amiguinhos.

- Sossola - Luke aponta o dedinho para cima.

- O que? - Kage pergunta para mim.

- Professora - rolo os olhos.

- Ah sim. Esqueci a tecla sap desligada. - Kage bate na testa - o que mais, carinha?

Luke engata uma conversa onde várias palavras não fazem nenhum sentido, a maioria não tem nada a ver com a escola e apenas a menor parte diz respeito ao que fez. Mas tudo bem, o importante é que ele está feliz e não traumatizado com as horas que passou longe. Parece que ele vai lidar muito bem com a escola.

Serve para distrair também, mas agora que estamos na rua da casa dos meus pais Luke não tem mais paciência para esperar e já começou a berrar e tentar se soltar do acento.

- A terceira guerra acaba de começar - Kage brinca, aperto seu joelho.

- Estaciona esse carro logo ou meus tímpanos vão explodir. 

Kage para o carro na entrada da garagem e desço antes do carro estar desligado. Abro a porta traseira com rapidez e fico seria.

- Luke, chega, se continuar berrando não vai ter peito nem nada.

- Xolta. - ele berra e puxa o cinto - Xolta eu.

- Para de gritar, que coisa feia - falo firme - chega, Luke.

- Mamain - ele choraminga e estica as mãozinhas para mim - mamain cóio.

- Vou pegar, mas chega de grito ein.

Claro que os berros serviram de anúncio e mal terminei de tirar Luke da cadeirinha quando mamãe aparece rindo na porta de casa.

- Qual a graça? - pergunto irritada.

- Estou sendo vingada. - ela debocha.

- Eu não era chorona.

- Era pirracenta e tinha um gênio de cão, gritava e puxava os cabelos até me fazer ceder.

Mostro a língua para ela e enganchou Luke na cintura, ele está pesado demais para ser carregado de outro jeito por mim.

Mamãe nem tenta pegar o neto, isso porque Luke só diz uma palavra o tempo todo e toca meu rosto com seus dedinhos úmidos. Me acomodo no sofá da sala e levanto a blusa, pronto, silêncio completo.

- Mas é um safadinho - mamãe brinca.

- Deixa ele aproveitar enquanto pode, logo o tetê vai acabar - anúncio e Luke arregala os olhos para mim - o que foi?

Ele levanta a mão no ar, o dedo indicador em riste para cima e balança em sinal de negativa. Começo a rir seguida pela minha mãe. O aperto bastante e beijo onde posso alcançar. Luke fica colocado em mim e se recusa a sair do peito por um longo tempo, até mesmo quando lhe é oferecido bolo de banana.

Não tem problema, ele está crescendo rápido e logo essa fase vai passar, por enquanto vou aproveitar mais um pouco. Kage sumiu para cima com Cole e só posso ouvir as vozes sem saber o que falam .

- Cheguei - Dyaln grita e depois bate a porta - olha só quem está aqui.

- Oi, Dylan - cumprimento.

- Não estou falando se você.

Luke se anima todo, só porque Dylan tem dinossauros no quarto, e mesmo contra a vontade acaba saindo do meu colo. Ele aceita ir com o tio, mas para no meio do caminho e olha para mim.

- Mamain não bóia.

- A mamãe não vai embora, pode ir com o tio Dylan.

- Papai não bóia.

- Papai também não vai embora, está lá em cima com o Tio Cole. Tá bom?

- Boum. - ele afirma balançando os cabelos.

- Dylan não demora muito porque tem bolo com sorvete, se o KJ e o Cole chegarem antes você fica sem.

- Okay, mamãe, já volto.

Meu irmão some de vista com Luke e eu começo a rir.

- Quando esses dois vão crescer? - questiono e minha mãe rir.

- Só o dia que eu morrer.

- Credo, mãe.

- Relaxa, só pretendo morrer depois que o Luke se formar.

- Que bom. - abraço ela e beijo seu rosto - não quero perder ninguém.

- Faz parte da vida, Cami, mas ainda não chegou a hora.

Ficamos jogando papo fora até os garotos descerem parecendo uma cavalaria. Mamãe senta Luke no colo e serve bolo e sorvete ao menino, depois fica abando e ouvindo suas frases sem sentido e rindo se tudo. Será que ela sempre foi assim? Tenho certeza que não, mas que bom que agora ela pode só ser avó e não a mãe doida com 3 crianças brigando e gritando o tempo todo.

- O que foi, Cami? - ela pergunta me olhando com um sorriso.

- Você é muito foda, mãe, porque Luke sozinho quer me deixar louca e você criou nós 3 sem cometer nenhum crime.

- Não tinha escolha. - ela brinca - Mas o meu gatinho não tira a paciência da vovó.

- Babona. Esse menino vai dar na sua cara, mãe - Cole provoca.

- Shiu, cala a boca - ela briga e depois olha para Luke - ele é meu príncipe. Olha Luke, o titio está com ciúmes da vovó.

- Ah vovó meu. - Luke agarra minha mãe e beija seu rosto - meu.

As brincadeiras continuam até começar a ficar escuro lá fora, é a deixa para irmos embora. O dia de amanhã promete ser bem agitado também, e só espero que Luke seja ainda mais feliz que hoje assim como eu e Kage.

marisolcmendes meu príncipe, você está crescendo tão rápido, meu amor, nem parece que chegou ontem e trouxe tanta alegria. Você é um pequeno milagre, Luke, nunca se esqueça disso, mas também não se sinta privilegiado demais por isso. Nós só te amamos muito.
colecmendes melhor começar a preparar mais netos ou o Luke vai mandar na casa toda.
lilireinhart tô fora
dylanmendes estou fora mais ainda
barbarapalvin como é, dylanmendes?

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