CAMI POV
Voltamos de viagem a alguns dias e embarcamos em uma nova, mas essa em nossa própria cidade. Foi apenas uma viagem por escolas com classes para a idade de Luke. Sim, ele vai pra escola.
Percebi muito bem nessa viagem que ele precisa conviver com criança porque ele diz palavras como porra, caralho, peitos e pinto com uma naturalidade de fazer os cabelos do cu ficarem de pé. Se esse não é um bom motivo não consigo dizer qual seria. Mas também precisamos de uma escola com um esquema de ensino a distância para quando formos viajar. Meu filho vai pra escola conviver com crianças, fazer coisas de crianças, mas ainda vai ser arrastado para a estrada conosco. Ele só pensa que é grande, mas é apenas o meu bebezinho.
O dia de hoje promete altas doses de emoção, acordei muito cedo, quando olhei no relógio era apenas 5 da manhã e eu não tinha mais um pingo de sono. Então levantei e começou a arrumar as coisas para o dia, mochila, lancheira, os matérias que precisamos levar. Tudo.
Agora já passa das 6 e está na hora de levantar Luke e colocar para tomar café, que já preparei é claro. Deixo tudo na cozinha esfriando e sigo para as escadas. São muitos degraus, um dia se resolver engravidar de novo não faço ideia como vou me mover dentro dessa casa. Vou acabar parindo antes do tempo.
O corredor está escuro e silêncio, Luke ainda está dormindo ou já teria descido da cama e ido até meu quarto chamando "mamãe e papai" bem alto. Abro a porta do seu quarto devagar, a luz noturna em formato de nuvem ainda está ligada, apago e observo o meu pacotinho de amor enrolado na cama. A chupeta caiu da boca, ele forma um bico com os lábios vermelhos, seus cabelos finos e compridos estão cobrindo parte dos seus olhos mas ele não parece incomodado. Está vestido em um pijama azul claro, já perdeu as meias e a coberta está pendurada para fora da cama também. Da até dó de acordar, mas é preciso.
- Lukas?! - sussurro entrando se uma vez no quarto - baby? Ei, dorminhoco, precisa levantar.
Ele não responde as minhas palavras, continua em seu sono gostoso.
- Ei - penteio os cabelos para longe da sua testa - vamos acordar?
Luke suspira, resmunga, faz uma caretinha mas continua dormindo. Me curvo e beijo seu rosto, seu pescoçinho e então ele começa a despertar. Luke se espreguiça e abre os olhos apenas um pouco, o suficiente para me ver e sorrir.
- Mamain.
- Oi, meu bebezinho. Bom dia, hora de levantar.
- Peta.
- Hum, está por aqui. - procura a minha volta e encontro a chupeta entre o colchão e a cama - só mais um pouco.
- Cóio, mamain.
Ele estica seus braços para mim e mesmo que eu quisesse não seria capaz de recusar esse pedido. O pego e sento no meu colo, abraço seu corpinho quente da cama e beijo sua cabecinha acomodada em meu peito, sua mão começa a procurar uma abertura na minha blusa e rio em silêncio. O desmame deu totalmente errado por aqui, então resolvi esperar até os dois anos, falta tão pouco.
- Ainda mão, ursinho. - pego sua mão e beijo seus dedos - primeiro tem que comer pãozinho.
- Fome - ele resmunga.
- Você está sempre com fome, Luke. - levanto da cama com ele preso em meu colo - sabe o que vai acontecer de legal hoje? Você vai pra escolinha, amor.
- Caija da vovó.
- Não, escolinha. Vai ver amiguinhos e pintar com os dedos - explico mesmo sabendo que ele não entende nada.
Caminho pelo corredor até meu quarto, abro a porta e chamo Kage, ele resmunga, reclama e vira para o outro lado. Chamo mais uma vez e então Luke começa a chamar pelo pai. Kage resmunga que já vai levantar e boceja alto.
- O papai já vem. - afirmo.
Desço as escadas com Luke preso a mim igual um macaquinho, seus braços e pernas enrolados a minha volta enquanto ele beija minha bochecha uma vez seguida da outra me fazendo rir alto e apertar ele ainda mais.
Coloco Luke em uma das cadeiras, a com acento de elevação já que ele não gosta mais de ficar no cadeirão. Mesmo assim ele fica muito baixo para a mesa, mas foi sua escolha tentar salta do cadeirão e quase me fazer ter um AVC no meio da sala.
- Quem quer pãozinho levanta a mão.
- Ukas - ele fala animado - Mamain eite.
- Ah tem o leite também, que cabeça a minha - bato na testa e ele começa a rir.
Luke ri antes de pegar a colher de cima da mesa e começar a bater na madeira. O dia está oficialmente iniciado, e não podia ser sem esse barulho infernal que Luke das todas as manhã batendo a colher na mesa.
O café da manhã é tranquilo como todos os dias, sentamos os 3 na mesa, eu e KJ comendo e se revezando para alimentar Luke. Ou melhor, recolher o que ele derruba já que começou a comer sozinho, mas com ajuda.
A coisa pega mesmo na hora do banho, é um corre corre tremendo, tentamos ficar prontos rápido o suficiente e ainda arrumar o bebê, é uma loucura. Mas conseguimos vencer o desafio como todos os dias, e já estamos a caminho da escolinha.
Hoje é o primeiro dia, o dia da adaptação e vamos permanecer na escola até a hora do almoço, nos revezando para ele entender que não está sendo abandonado com estranhos.
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Optamos por uma escola de médio porte, segura, bem frequentada, com um ótimo plano de ensino e que não fosse frequentada pelos mais ricos e influentes do estado. Não sou boba, sei bem que minha conta bancária é confortável, mas não quero que Luke cresça cercado se mimos desnecessários e se achando melhor do que ninguém, quero que ele cresça se sentindo uma criança normal, com amigos normais, com problemas normais de toda criança.
Então a entrada está cheia de mães prontas para o trabalho, ou pais, algumas crianças maiores chegando de ônibus escolar e Luke chegando se carro com os papais. Ele fica todo animado em sua cadeirinha quando vislumbra a movimentação do lado de fora.
- Mamain neném.
- É filho, um monte de neném pra você brincar.
- Carinha, mas nada de ensinar palavras feias para as crianças. Lembra o que conversamos ontem.
- Kage, ele não lembra nem o que comeu de manhã.
- Cami, estou tentando uma educação baseada no diálogo aqui. - balanço a cabeça rindo - um pouco de apoio, por favor.
- Okay. - afasto as mãos em frente ao corpo - como quiser, amor.
Saímos do carro ao mesmo tempo, eu pego a mochila e lancheira de Luke e Kage tira o menino da cadeirinha.
- Se comporta e nada de ficar espiando a fralda das meninas. Certo?
- Ceto - o menino concorda.
Kage levanta a mão no ar e Luke bate sua mãozinha contra a do pai, depois dão um soquinho nesse cumprimento de garotos.
Seguimos nosso caminho entre as crianças, Luke me surpreende ao não pedir para sair do colo de Kage para o chão, mas entendo que para ele é muito estranho tantas crianças juntas ao seu redor. O único amigo pequeno que Luke tem é Kauri, e eles brigam um bocado, se amam, mas a brincadeira sempre acaba com um ou ambos chorando.
Enfim, olho para o relógio e vejo que já são quase 8 da manhã e estamos parados em frente a sala indicada para Luke.
- Conseguimos chegar na hora - falo para Kage e sorrio.
- É isso aí, angel. - trocamos um toque de mão rápido - agora vamos colocar o pestinha pra dentro.
- Naum - Luke grita e se agarra ao pai - Naum queio.
- Ursinho, a mamãe e o papai também vão.
- Naum.
- Sim, vamos entrar e brincar. Olha que legal.
Sempre tentamos resolver tudo na conversa, e se ele realmente começar a dar um escândalo federal, Luke não vai ficar a força na escola, isso não deve ser.uma experiência traumática para ele. Não quero meu bebê cheio de traumas desnecessários. Kage conversa mais um pouco com Luke, eu converso e depois de alguma relutância do menino e muitos apertos no pescoço de Kage, ele aceita entrar e conhecer os amiguinhos.
A sala já está cheia, bato de leve na porta e a professora nos recebe, conversa com Luke e como ele é muito dado, principalmente com as mulheres, aceita ir no chão e sentar em uma das mesas.
E durante as próximas 3 horas eu e Kage ficamos nos revezamos entre entrar e sair da sala em um processo de revezamento. Um entra o outro sai, algumas vezes saímos os dois e quando Luke percebe nossa saída um de nós volta. É cansativo, mas após o almoço quando as crianças deitam para a soneca a professora diz que é nossa hora de ir.
É estranho sair do prédio sem nosso filho, sinto meu peito sufocado como se eu nunca mais fosse ver ele na vida. É uma reação extrema e muito exagerada, eu sei.
Kage passa o braço por meus ombros e beija meu rosto, ele ri baixinho e me aperta mais forte.
- Está tudo bem, angel, as 4 PM vamos vir e buscar aquele danadinho.
- Vamos não é?!
- Claro, deu muito trabalho criar ele por 1 ano e 8 meses. - rio com Kage que sorri de volta e me beija - aposto que ele vai deixar as professoras bem ocupadas.
- Tomara que ele não peça para ver o peito de ninguém - balanço a cabeça e Kage ri - é sério, Kage.
- Vai dar tudo certo. Mas aí, uma coisa bem estranha ... O que vamos fazer sem um filho por mais 5 horas?
- Não faço ideia. Mas, podíamos ir no cinema?! - minha afirmação sai mais parecida com uma pergunta, Kage sorri e concorda com um aceno.
- Ótima ideia. Agora somos só nós, gata.
Kage abre a porta do carro para mim e depois vai para o seu lado. O carro parece meio silencioso demais sem Luke, mas preenchemos logo esse espaço com conversar que não sejam sobre colocar um desenho ou uma música que faça o menino ficar distraído. Conversamos sobre a escolha do filme, o restaurante para almoçar e os próximos dias.
A conversa entre nós nunca precisou de esforço, sempre temos do que falar e quando não temos o silêncio é bem vindo e confortável.
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Sento na mesa indicada pela garçonete, Kage se acomoda ao meu lado, trocamos um olhar sério antes de cair na risada.
- É muito estranho estar sem uma criança pendurada? - Kage pergunta tentando parar de rir.
- Muito, parece que esqueci alguma coisa. - respondo e faço uma careta - mas é bom, não é, amor?! Só nós dois por algumas horas, tempo livre, cabeça despreocupada com escadas e com a certeza que ele está bem cuidado. Fizemos a coisa certa, não fizemos?
- Claro que sim, angel, Luke precisa conviver com crianças como todas as crianças precisam. Vai ficar tudo bem e eu quero aproveitar meu tempo sozinho com você.
- Podemos ser namorados de novo - murmuro.
Passo os braços pelo pescoço de Kage e praticamente me penduro nele, fico perto o bastante para enxergas as sardas em seu rosto e as rugas em seu nariz quando ele sorri.
- Você é bem bonito - beijo seu queixo e Kage ri - você é meio perfeitinho demais ... Operou as orelhas?
- Não, cresci em volta delas. Graças a Deus - você também não é de se jogar fora, angel. Então, o que acha de passar o tempo só comigo?
- Só com você? Isso me parece meio controlador.
- Um pouco talvez. - concordo com um aceno e Kage sorri - temos tantas coisas para fazer, Cami, tanto a aproveitar um com o outro.
- Eu sei, amor, vamos apenas viver um dia de cada vez. Okay? Sem roteiros o tempo todo.
- Só tenho um roteiro que fiz no Netflix.
- Nossa, Kage, quem escuta pensa que não temos nada para fazer mesmo.
- Seria um sonho - ele brinca - mas temos os ensaios, composições, reuniões, fotos, entrevistas e todo o resto.
- Já estou cansada.
- Tudo bem, podemos tirar um soneca a tarde sem o Luke ficar abrindo nossos olhos. - dou uma risada baixa.
Me separo de Kage, cruzo os braços em frente ao corpo e olho seria para ele.
- O que acha de aproveitar o tempo pra fazer outro bebê? - agito as sobrancelhas e Kage ri - temos bastante tempo livre.
- Que tal ficarmos só no treino e deixar a produção para daqui uns anos? - ele sugere e se inclina em minha direção - já disse e repito, quero você só para mim por um tempo.
- Calma lá, Don Juan, vai que o Luke não se adapta a escolinha.
- Aposto que vai. - Kage afirma - agora chega de papo, vamos comer antes que percamos o horário da sessão.
- Estou morta de fome mesmo.
A comida chega e nos distraímos mais uma vez, é diferente e meio reconfortante poder comer e conversar com Kage sem uma criança chamando "mamãe e papai" o tempo todo, ou deixando comida cair, ou puxando a toalha da mesa para alcançar aquilo que não é do seu interesse.
A tarde passa rápido, quase rápido demais, foi um dia leve, apenas meu e de Kage como a muito tempo não era. Claro que sempre temos nossos momentos a dois, mas sempre com a babá eletrônica ao lado e uma possível interrupção a qualquer momento.
Gastamos todas as horas almoçando e assistindo um filme, que na verdade não assistimos porque ficamos nos tentando engolir a cara do outro durante a maior parte do tempo. Agora estamos voltando para escola.
- Será que ele chorou muito, amor? - pergunto apreensiva.
- Tomara que não o suficiente para ser expulso ou considerado imaturo demais para frequentar a escola.
- Kage, parece que quer se livrar do Lukas.
- Só por algumas horas. - Kage ri e aperta mina coxa - foi bom ficar um pouco sem choro e mãos grudentas. Aliás, porque crianças estão sempre com as mãos grudentas?
- Acho que porque estão sempre enfiando as mãos em coisas nojentas. - respondo rindo - espero que ele tenha se divertido muito.
A frente da escola está ainda mais agitada agora que de manhã, as crianças estão correndo para fora eufóricas e as mães sorridentes a espera. Mas o meu pequeno não tem idade para sair sozinho ainda, seguro a mão quente do meu marido e sigo para dentro.
Ao chegar em frente a sala que está com a porta aberta, diferente de mais cedo, alguns pais na estão carregando os seus próprios dedinhos grudentos para fora, espio para dentro e Luke está sentado no tatame no meio da sala, com os olhos um pouco inchados e meio tristonho, mas não está chorando.
- Olá - a professora muito simpática cumprimenta.
- Oi, como foi o dia? - pergunto parecendo muito ansiosa.
- Mamain - Luke grita assim que escuta minha voz - mamain ... Papaie.
Começo a rir quando ele fica de pé do seu jeito atrapalhado fodo de bebê e corre até nos, Kage se abaixa para receber o menino enquanto eu converso com a professora.
- Foi tudo bem, ele chorou várias vezes o que é normal para o primeiro dia mas se distraiu fácil e participou de quase todas as atividades, menos da última onde ele ficou emburrado e falando que queria ir pra casa.
- Mamain - sinto ele se jogar nas minhas pernas - pa caija.
- Já vamos, ursinho. - me abaixo e o pego no colo - gostou dos amiguinhos?
- Naum ... Pa caija.
A professora ri e me assegura que está tudo bem, que Luke fez amizades com as outras crianças, comeu bem, tirou uma soneca curta e se comportou.
Respiro aliviada e feliz ao colocar ele em sua cadeirinha no carro e prender o cinto de segurança. Beijo seu rostinho e Luke agarra meus cabelos em seu ensaio de carinho.
- Mamain queio pêto. - ele fala todo manhoso - pêto Mamain.
Ah sim, agora ele não fala mais tetê, porque Alex achou que seria mais maduro ensinar meu filho a falar peito.
- Tava demorando - Kage resmunga segurando o riso - passa pra frente, angel.
- Papai ... Queio pêto - Lukas fala colocando as palmas das mãos para cima - pêto meu.
- Nosso - Kage contesta.
Ele está apenas distraindo o menino, aproveito para correr para o meu lugar e sentar rapidamente. Mas meus peitos já estão bombeando e enchendo com força total.
- Nosso peito, um seu e um meu - Kage fala olhando o menino pelo retrovisor - pode ser?
- Naum ... Meu.
- Você é muito egoísta, viu. - ele completa e da partida no carro - agora vamos na casa da vovó Marisol.
- Oba - Luke grita e bate pernas e braços na cadeira - tio Coe, Tio Dyan, Dada. - ele vai anunciando as pessoas - Tia Babi, tia Lili.
- Muito bem - parabenizo e bato palmas - você é muito inteligente, ursinho. Gostou da escolinha?
- Naum.
- Gostou sim - Kage contesta - tinha um monte de criança legal, você brincou e fez amiguinhos.
- Sossola - Luke aponta o dedinho para cima.
- O que? - Kage pergunta para mim.
- Professora - rolo os olhos.
- Ah sim. Esqueci a tecla sap desligada. - Kage bate na testa - o que mais, carinha?
Luke engata uma conversa onde várias palavras não fazem nenhum sentido, a maioria não tem nada a ver com a escola e apenas a menor parte diz respeito ao que fez. Mas tudo bem, o importante é que ele está feliz e não traumatizado com as horas que passou longe. Parece que ele vai lidar muito bem com a escola.
Serve para distrair também, mas agora que estamos na rua da casa dos meus pais Luke não tem mais paciência para esperar e já começou a berrar e tentar se soltar do acento.
- A terceira guerra acaba de começar - Kage brinca, aperto seu joelho.
- Estaciona esse carro logo ou meus tímpanos vão explodir.
Kage para o carro na entrada da garagem e desço antes do carro estar desligado. Abro a porta traseira com rapidez e fico seria.
- Luke, chega, se continuar berrando não vai ter peito nem nada.
- Xolta. - ele berra e puxa o cinto - Xolta eu.
- Para de gritar, que coisa feia - falo firme - chega, Luke.
- Mamain - ele choraminga e estica as mãozinhas para mim - mamain cóio.
- Vou pegar, mas chega de grito ein.
Claro que os berros serviram de anúncio e mal terminei de tirar Luke da cadeirinha quando mamãe aparece rindo na porta de casa.
- Qual a graça? - pergunto irritada.
- Estou sendo vingada. - ela debocha.
- Eu não era chorona.
- Era pirracenta e tinha um gênio de cão, gritava e puxava os cabelos até me fazer ceder.
Mostro a língua para ela e enganchou Luke na cintura, ele está pesado demais para ser carregado de outro jeito por mim.
Mamãe nem tenta pegar o neto, isso porque Luke só diz uma palavra o tempo todo e toca meu rosto com seus dedinhos úmidos. Me acomodo no sofá da sala e levanto a blusa, pronto, silêncio completo.
- Mas é um safadinho - mamãe brinca.
- Deixa ele aproveitar enquanto pode, logo o tetê vai acabar - anúncio e Luke arregala os olhos para mim - o que foi?
Ele levanta a mão no ar, o dedo indicador em riste para cima e balança em sinal de negativa. Começo a rir seguida pela minha mãe. O aperto bastante e beijo onde posso alcançar. Luke fica colocado em mim e se recusa a sair do peito por um longo tempo, até mesmo quando lhe é oferecido bolo de banana.
Não tem problema, ele está crescendo rápido e logo essa fase vai passar, por enquanto vou aproveitar mais um pouco. Kage sumiu para cima com Cole e só posso ouvir as vozes sem saber o que falam .
- Cheguei - Dyaln grita e depois bate a porta - olha só quem está aqui.
- Oi, Dylan - cumprimento.
- Não estou falando se você.
Luke se anima todo, só porque Dylan tem dinossauros no quarto, e mesmo contra a vontade acaba saindo do meu colo. Ele aceita ir com o tio, mas para no meio do caminho e olha para mim.
- Mamain não bóia.
- A mamãe não vai embora, pode ir com o tio Dylan.
- Papai não bóia.
- Papai também não vai embora, está lá em cima com o Tio Cole. Tá bom?
- Boum. - ele afirma balançando os cabelos.
- Dylan não demora muito porque tem bolo com sorvete, se o KJ e o Cole chegarem antes você fica sem.
- Okay, mamãe, já volto.
Meu irmão some de vista com Luke e eu começo a rir.
- Quando esses dois vão crescer? - questiono e minha mãe rir.
- Só o dia que eu morrer.
- Credo, mãe.
- Relaxa, só pretendo morrer depois que o Luke se formar.
- Que bom. - abraço ela e beijo seu rosto - não quero perder ninguém.
- Faz parte da vida, Cami, mas ainda não chegou a hora.
Ficamos jogando papo fora até os garotos descerem parecendo uma cavalaria. Mamãe senta Luke no colo e serve bolo e sorvete ao menino, depois fica abando e ouvindo suas frases sem sentido e rindo se tudo. Será que ela sempre foi assim? Tenho certeza que não, mas que bom que agora ela pode só ser avó e não a mãe doida com 3 crianças brigando e gritando o tempo todo.
- O que foi, Cami? - ela pergunta me olhando com um sorriso.
- Você é muito foda, mãe, porque Luke sozinho quer me deixar louca e você criou nós 3 sem cometer nenhum crime.
- Não tinha escolha. - ela brinca - Mas o meu gatinho não tira a paciência da vovó.
- Babona. Esse menino vai dar na sua cara, mãe - Cole provoca.
- Shiu, cala a boca - ela briga e depois olha para Luke - ele é meu príncipe. Olha Luke, o titio está com ciúmes da vovó.
- Ah vovó meu. - Luke agarra minha mãe e beija seu rosto - meu.
As brincadeiras continuam até começar a ficar escuro lá fora, é a deixa para irmos embora. O dia de amanhã promete ser bem agitado também, e só espero que Luke seja ainda mais feliz que hoje assim como eu e Kage.
marisolcmendes meu príncipe, você está crescendo tão rápido, meu amor, nem parece que chegou ontem e trouxe tanta alegria. Você é um pequeno milagre, Luke, nunca se esqueça disso, mas também não se sinta privilegiado demais por isso. Nós só te amamos muito.
colecmendes melhor começar a preparar mais netos ou o Luke vai mandar na casa toda.
lilireinhart tô fora
dylanmendes estou fora mais ainda
barbarapalvin como é, dylanmendes?