Acordei naquela mesma tarde já eram 20:00 da noite e era sábado, eu tenho que sair odeio ficar em casa a noite porque sempre chamam para fazer algo em família, fiquei deitada procurando algum bar de rock, show, ou balada, qualquer coisa no GPS do celular, quando Dominck entra e diz:
-Ele chegou, e disse que é pra gente descer pro jantar- falou Dominick pegando sua roupa e entrando no banheiro.
-Diz que eu não estou com fome.- respondi já sabendo que ele falava do meu pai.
Eu não queria vê-lo, todos os encontros que aconteceram entre nós acabou em discussão, brigas, gritaria....
-Acha que já não tentei a mesma desculpa?, disseram para gente descer em meia hora.- ele falou sem muita importância.
Ele foi tomar banho pensei, depois de uns 15 minutos ele saiu com o cabelo molhado e bagunçado de um jeito fofo, só de toalha e com...opa só de toalha... com aquele corpo....o que eu to babando no meu irmão. Balancei a cabeça tentando espantar o pensamento daquele semideus no meu quarto que seria meu meio irmão.
-Que foi pirralha? nunca viu? - ele disse enquanto procurava roupas na sua mala.
-Pirralha é sua cadela, não sou pirralha seu cretino...
Ele ia falar algo mas desviei o olhar e arrastei minha pequena mala para o banheiro comigo, com o som do celular no ultimo com Perfect weapon - Black veil brides, então é claro eu não ouvi uma palavra da qual ele me disse sagrados screamos que tenho no celular *--*
Terminei meu banho me enrolei na toalha e fui para o quarto, ele já não estava mais lá então peguei minha mala maior com as roupas peguei uma calça preta rasgada nas coxas e joelhos uma camiseta regata do Pink Floyd, e uma blusa leve preta com cruz de ponta cabeça nas costas e mangas até o pulso era aberta e maior que a camiseta eu deixava ela caída nos dois braços.
Guardei minhas coisas arrumei meu cabelo e desci as escadas até a sala onde estava Dominick sentado em um sofá de frente para um homem de terno com cabelos curtos, e um topete ridículo...meu pai.
Ele se virou para ficar de frente para mim seu sorriso se transformou em uma cara seria com algumas rugas de nojo, desprezo...me olhando com uma aberração pelo olhar de Dominick o mesmo olhar tinha sido dado a ele...
-Henrique - disse eu sem olhar muito para ele.
-É pai, Ser normal é uma coisa boa sabiam- disse ele me olhando de cima abaixo.
-Não tem direito nenhum de opinar na minha vida, e aliás se quiser te compro um espelho porque... anormal de topete ridículo é voc..
-OLHA COMO FALA GARO...
-Calma amor sem brigas por favor , você também não foi muito educado dizendo essas coisas a ela, então vamos recomeçar... Emylly seu pai que estava com saudades de você, e Emylly sua filha que você não via a alguns anos...agora pronto vamos jantar como uma boa família tradicional e unida. disse Ellen tentando acalma-lo
Todos caminharam até a sala de jantar meu pai e sua esposa na frente eu e Dominick atrás ele estava com calças pretas e uma camiseta do nirvana ele parou na minha frente de surpresa ficando muito próximo de mim então sussurrou no meu ouvido:
-É Corajosa azuzinha. - ele disse dando um meio sorriso torto que logo sumiu se virou e continuamos indo para a sala de jantar.
Nos sentamos na mesa, e o jantar foi servido e meu pai tentou puxar assunto novamente.
-Não esperava te ver em casa tão cedo filho o colégio entrou de férias?- perguntou meu pai
-Não...fui expulso mesmo. - disse Dominick ainda comendo e falando normalmente.
Meu pai fez uma cara de desaprovação ia falar algo mas Ellen fez um sinal para que ele não se zangasse.
-É...e você Emylly, em quais escolas estudou? - perguntou meu pai forçando um sorriso.
-Em todas as existentes na cidade e região- disse tomando um pouco de água.
-Emylly querida isso é impossível, pare de brincadeiras e diga em quais escolas estudou? - disse meu pai achando que fiz uma piada.
Dominick foi o único a perceber que nem de longe aquilo era uma piada, respirou fundo e encarou a parede por um tempo antes de voltar a comer.
-Não foi piada, é possivel sim, quando você é expulso de uma escola a cada 2 ou 3 dias desde o jardim de infância é completamente possível. - disse dando um sorriso desafiador a ele.
-Você esta aqui porque foi expulso da escola MILITAR! e você porque ninguém mais te aguenta! ninguém mais quer você porque é um PROBLEMA! uma DESAJUSTADA! nem seu próprio avô pobretão, velho e doente que tanto defendia você, te aguentaria vocês dois são INÚTEIS NÃO FAZEM NADA SÓ ATRAPALHAM!!!- ele gritou para mim e Dominick.
-Você nunca mais abra a boca para falar do meu avô, ele te criou com educação mais você NÃO A USA! NUNCA MAIS FALE ALGO SOBRE ELE, NUNCA MAIS, escuta bem não importa quem você seja, para mim não é nada mas não ouse falar dele porque enquanto você e minha mãe discutiam, ele me criava me dava a educação que vocês não tinham. se eu o ouvir falar mal de meu avô de novo ou desrespeitar sua memória você sabe bem que posso ir pra onde quiser e vocês morrerem procurando imagina o escândalo, a filinha do tão famoso jhon mostrando pro mundo o tipo de pessoa que ele é longe de câmeras...- disse gritando e esbravejando todas as palavras que foram a minha mente com toda a raiva e mágoa que tinha de meus pais.
Corri para o meu quarto sentindo as lagrimas escorrerem por todo o meu rosto com as lembranças da unica pessoa que posso chamar de família...meu avô. Antes de subir percebi que não fui a unica, Dominick discutiu com seu pai também, ouvi os gritos do meu pai "idiota...estupido...Você não vai ser um musico com aquela...sua bandinha...eu o proibido... eu mesmo paguei para cancelarem aquele show ridículo que iriam fazer " depois os de Dominick " Você não vai me deixar aqui...Não me peça...respeito...Não...nunca teve..." depois não ouvi mais nada já estava perto do meu quarto no último andar, Corri até meu quarto
-não...chora...você não pode...ser fraca...de novo...desculpa vô....- disse em sussurros a mim mesmo.
Dominick entrou batendo a porta com força, a luz estava acesa (tenho um pouco medo de ficar no escuro sozinha) eu me virei para que ele não visse que eu estava chorando, acho que não deu muito certo porque ele perguntou sem jeito :
-Érr...Você...está bem? - ele perguntou se aproximando da cama
-Sim- me forcei a falar tentando fazer minha voz parecer normal, mas se sucesso minha voz vacilou quando o respondi e deixei escapar um soluço.
Ouvi passos se afastando Dominick estava de costas limpando algo de seu rosto, poderia jurar que ouvi um soluço vindo de Dominick então levantei com o rosto um pouco melhor depois de enxugar minhas lágrimas e me aproximei dele eu fui para tocar seu ombro para falar com ele, mas ele se afastou e disse:
-Sai pirralha! - e foi para a cama.
Eu fiquei parada feito idiota onde ele estava, eu só queria ajudar alguém deixar de ser inútil como dizem...mas não custava me dizer que não queria ajuda de uma forma educada.
Olhei no relógio eram 21:30, e Sábado eu não ficaria aqui eu odeio essa casa, depois da minha tristeza vem minha raiva, ódio...peguei minha mala de roupa e maquiagens, e fui para o banheiro.
Tomei banho coloquei minha calça preta rasgada nas coxas com tachinhas espinhos,(eu sei, eu sei, são muitas calças que tenho mas eu amo de mais minhas calças pretas ) fiz uma maquiagem com delineador, e lápis deixando destacando apenas o azul naturalmente escuro dos meus olhos meu allstar preto e cinza, e minha camiseta do Falling in reverse.
Sai do banheiro não tinha ninguém no quarto peguei meu celular meus fones coloque minhas malas maiores embaixo da cama, antes abri uma das malas tinha a minha pequena meletinha que eu havia ganhado do meu avô... eu não vou ser fraca essa noite em memória a meu avô eu vou ser forte "seja forte cada vez que desonrem minha memória seja forte sempre que alguém tentar te deixar triste sorria mais, então continue sendo forte..." foram algumas das palavras de força que meu avô me deu...
Escondi a pequena meletinha no fundo de um armário no banheiro quebrei o fundo do armário de madeira e coloquei a meletinha no fundo depois coloquei a madeira de volta a madeira parecia que nem se quer foi tocada. voltei ao quarto peguei meu celular já estava caminhando para a varanda quando dominick já no quarto diz:
-Onde você vai? vai sair estando em um lugar que não conhece ninguém...- ele disse e estava arrumado também parecia que ia sair.
-E você disse que não morava aqui, deve conhecer menos pessoas do que eu... disse abrindo a porta.
-Disse não conhecer o lugar pessoas eu conheço. ele sorriu e parou perto da porta também.
-Que se dane essa casa já encheu. -falei abrindo a porta e descendo as escadas.
Dominick atras de mim ainda sem dizer nada, sabe o que é bom nas casas ricas daqui? eles sempre fazem uma cerca daquelas que não chegam a altura da sua canela? então passei a cerca sem esforço algum Dominick fez o mesmo.
-Onde vai? não há nada a não ser vizinhos chatos a no mínimo 200 metros daqui, tem que chamar um táxi- ele disse parando meus passos.
-Ahh...Eu chamo.- disse pegando o celular.
-Já chamei se quiser pode vim comigo to indo em uma balada encontrar alguns amigos, se quiser vem só não faz besteira...isso é melhor do que ficar aqui parada porque você chegou hoje não tem numero de táxi algum no celular dessa cidade. - ele disse rindo em um tom de deboche.
ignorei essa atitude e disse:
-Sim eu quero- disse a ele.
O táxi chegou e fomos rumo a balada que tinha nome de "Hell"...