Submissa - O Destino Tem Outr...

By lunavbooks

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Strix é uma escola de submissas onde mafiosos investem para terem as suas. Emma foi criada na Strix e ensinad... More

prólogo
capítulo 1
capítulo 2
capítulo 3
capítulo 4
capítulo 5
capítulo 6
capítulo 7
capítulo 8
capítulo 9
capítulo 10
capítulo 11
capítulo 12
capítulo 13
capítulo 14
capítulo 15
capítulo 16
VOLTEI
capítulo 17
capítulo 18
capítulo 19
capítulo 20
capítulo 21
capítulo 22
capítulo 24
capítulo 25
capítulo 26
capítulo 27
capítulo 28
capítulo 29
capítulo 30
* testando *
capítulo 31
capítulo 32
capítulo 33
capítulo 34
capítulo 35
capítulo 36
capítulo 37
capítulo 38
capítulo 39
capítulo 40
capítulo 41
capítulo 42

capítulo 23

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By lunavbooks

Olhava as teclas do piano faz tanto tempo que perdi a noção das horas.

As palavras de Noah e a conversa de Bella e Ella ainda estavam na minha mente.

Eu não devia estar tão interessada sobre ele. Na verdade, eu devia estar contando os dias para sair dessa casa e me ver longe dele.

De repente, os lábios que eu tanto conhecia estavam no meu pescoço, depositando beijos molhados e causando arrepios em toda minha espinha.

- No que você está pensando? - a voz rouca de Chris sussurrou no meu ouvido.

- Você voltou cedo hoje. - viro o rosto para lhe olhar.

Ele tinha tirado o terno e estava só com uma camisa branca social, as mangas levantadas até o cotovelo, lhe dando uma aparência impotente. Mas foi apenas ver aqueles cachos loiros que tudo mudou. Minha mão automaticamente vai para o seu cabelo, afastando da sua testa. Mas tiro rapidamente quando noto quão carinhoso foi esse gesto.

Chris sorri, pensando o mesmo.

- Estava com saudades. - Ele faz uma expressão de tristeza falsa e volta a depositar beijos, dessa vez mais determinado.

As palavras de Noah passam por minha mente.

- Chris... - estava começando a murmurar, mas quando ele morde um ponto no meu pescoço, eu gemo seu nome.

Empurro seu peito para poder me concentrar, e ele me olha preocupado.

- O que houve, Emma? - pergunta, sem aquele tom de diversão.

Tento sorrir.

- Nada. - Dou uma risada fraca. - Não houve nada.

Olho-o como se ele estivesse falando besteiras.

- Eu não quero brigar... - ele murmura com uma mistura de irritação e cansaço, e se afasta.

Seguro seu braço.

- Não seja idiota, é porque eu estava pensando em sair, é apenas isso.

Não é, não.

Ele me encara como se também soubesse que eu estava mentindo.

- Se você quiser, pode ir comigo.

- Principessa, eu vim aqui por você, e agora você está falando sobre um passeio de namorados e essas merdas.

Namorados?

Ele se aproximou e segura minha cintura próxima da sua para que eu pudesse sentir sua ereção. Seu rosto se aproxima do meu e vai em direção ao meu ouvido.

- Estou assim o dia inteiro. - Sussurrou me fazendo estremecer. - Vamos, principessa, eu vou te compensar, você sabe que eu vou.

Ele sempre compensa.

"Porque, querida, você vale a pena."

Aquelas palavras que são capazes de me desfazer.

Balanço minha cabeça e afasto seu peito

- Você só pensa nisso. - Reviro os olhos. - Se você não for, eu vou do mesmo jeito.

Começo a caminhar em direção a porta, mas ele segura meu braço, parando-me.

- Ok. Você vai comigo. - Ele diz, a contragosto. - Mas quando chegarmos, você me deve uma.

Sorriu convencida, porque no final ele sempre cede e esquece.

Chris e eu caminhamos em direção ao seu carro, e Leonardo arruma sua postura ficando mais ereto e tenso quando nos vê.

- Sr. Novak. - Ele comprimenta.

- Vamos sair, você cuida de tudo. - Ele olha em volta e eu faço o mesmo.

Noah e Nick sorriem quando eu encontro o olhar deles, os idiotas sorrindo para mim como se soubesse de algo que eu não sei. Red está em pé ao redor deles e dá um tapa na nuca de ambos ao mesmo tempo, os dois levam a mão em direção ao machucado e começam a gritar com Red que está de pé acenando para Chris.

- Idiotas. - sua boca formou um pequeno sorriso e ele balançou a cabeça. E completou para Leonardo: - Cuide deles.

- Sim, senhor. - Leonardo diz e me joga um olhar estranho quando Chris não me olhava.

Franzo o cenho, e ele vira o rosto para longe.

- Onde está Darrell?

- No seu posto, senhor.

Chris ri.

- Essa é nova. - Completa depois de alguns segundos: - E Cash?

- O mesmo.

Chris não fala nada e apenas se move para seu carro. Faço o mesmo e entro no veículo, vendo seu rosto impassível.

- Então... Onde vamos? - Ele me pergunta.

Onde eu ia?

Eu não pensei nisso.

O carro começa a se mover e nós somos rodeados por enormes árvores que cobriam todo percurso da estrada.

- Vamos a um parque qualquer. - Decido. - Eu sempre quis visitar na primavera, apesar de não ser ainda. Tinha um jardim ao redor da Strix e eu gostava de cuidar, às vezes eu pedia a Vanessa, a diretora, para me deixar sair, mas...

Paro quando noto que estou divagando demais e sua atenção está totalmente em mim. Ele sorri de leve.

- Você não fala muito sobre o que você gosta.

Eu não falava nada sobre mim, na verdade. E Chris também não falava nada, porque não precisávamos falar algo, nós dois éramos apenas sexo e BDSM. Não era preciso ser dito nada.

- Eu não gosto de muita coisa. - Desvio do seu olhar e encaro a estrada

Ele ri.

- Então você gosta de flores e jardins?

- Sim, sou basicamente isso. - Ironizo.

- Não, principessa, você é muito mais que isso. - ele fala com aquele tom divertido, mas que por trás também tem um ar de seriedade.

Mordo o lábio inferior para não sorrir.

- Acho que gosto de flores por causa do colar da minha mãe. - pego o cordão do meu pescoço e encaro o pingente em formato de flor, sentindo algo melancólico.

- Você conhece sua mãe?

Um pensamento vem à minha mente com a voz sarcástica de Vanessa dizendo que minha mãe não me amava, porque se amasse ela nunca me abandonaria em um lugar como aquele.

Empurro esse pensamento para longe.

- Não. Ela me deixou apenas um colar. - sussurro.

Apenas.

Não gosto de pensar muito sobre isso, porque aos poucos a voz de Vanessa preenche a minha mente com seus venenos, e eventualmente eu realmente começo a acreditar nisso.

Um silêncio constrangedor preenche o carro e me odeio por ter aberto a boca para falar de algo tão íntimo para alguém que apenas quer uma foda.

O carro se locomove mais alguns segundos e quando paramos a uma vista de um enorme parque coberto de grama verde e um lago com visão de várias árvores dispersas em volta.

Mas sem flores.

- Ainda não é época. - Chris fala atrás de mim, como se lesse meus pensamentos. - Mas daqui a um mês ou dois esse lugar vai estar rodeado delas.

Daqui um mês ou dois eu não vou estar aqui, Chris.

Mas eu não digo isso e apenas sorriu e me viro para encarar seus olhos azuis que estavam mais claros sob a luz do dia.

- Eu gostaria de ver isso.

Ele retribui o sorriso e pega a minha mão, juntos caminhamos mais adentro do lugar, sentindo a brisa bagunçar nossos cabelos, e nos sentamos próximos ao lago, ouvindo a água se movendo de leve. Olho para cima, e os pássaros voavam em direção contrária a nossa. O sol estava meio escondido, mas ainda era possível sentir o calor irradiando contra meu rosto. Sorriu com essa sensação, e Chris aperta um pouco mais a minha mão.

Vivi anos presa naquele lugar querendo ver um mundo como esse. Um mundo onde eu podia ser feliz.

Há um silêncio entre nós, que só é interrompido pelo som da água se movendo levemente pelo vento e pássaros que às vezes cruzavam o céu para outro lugar, para um novo horizonte. De repente, quis ser eles.

Pego Chris me olhando e ele sorri, mas não é algo sincero. Talvez, novamente, ele estivesse lendo meus pensamentos.

Ele se aproxima de mim, e afasta uma mecha de cabelo do meu rosto. O toque delicado demais, carinhoso demais.

O que ele está fazendo?

- Você gostou? - sua pergunta sai baixa. Ele analisa meu rosto, e eu desvio o olhar, nervosa pela proximidade.

Invés disso olho para seus cachos loiros que brilhavam em um amarelo vivo com a luz do sol sob eles.

- Sim. - respondo. - Eu gostei muito.

Ele me encara mais um pouco e então volta a olhar o lago à nossa frente, sentindo a brisa fria contra nós.

Senti algo leve naquele momento, algo próximo de paz, ou talvez seja porque eu vivia com tensão diariamente na minha vida que apenas um momento de calmaria, uma pausa, seria sinônimo de paz para mim.

- Você pode vir aqui outras vezes. - Chris fala ao meu lado. - Enquanto a primavera não chega.

- Não é a mesma coisa. - As palavras saem de mim antes que eu possa impedir.

- Por que não, Emma? - Eu sentia seu olhar pesar sobre mim.

Porque esse lugar é onde eu quero ir quando quiser está em paz, e eu nunca estarei em paz sendo presa a você.

- Não terá flores. - Uso como desculpa. - Um lugar como esse precisa de flores. De todas as cores. Fortes ao solo. As outras que estiveram aqui já estão fracas, mas as novas têm a chance de crescerem fortes. - Olho para seu rosto, encarando suas íris azuis. - Elas vão crescer fortes.

Outros pássaros voam e nós olhamos para o céu, agradecendo ao calor e a brisa tocando em nosso rosto.

- Eu descobri esse lugar logo quando me mudei para Londres.

Viro meu rosto para Chris, que olhava para o lago na sua frente, perdido em pensamentos.

- Eu tinha 15 anos e era um moleque que gostava de chamar atenção. - Ele sorri fraco.

- Ainda é. - Completo, e ele dá uma gargalhada.

Sorriu, admirando a visão do sol iluminando Chris enquanto ele ria balançando a cabeça negativamente e seus cachos balançando com o movimento. Ele vira o rosto para mim, e quando seus olhos me encaram, sinto algo aquecer no meu peito.

- Sim, eu ainda sou. Mas acredite, eu era muito pior.

- Eu acredito.

Ele joga um último sorriso para mim, e volta a olhar o lago.

- Eu nasci e cresci na Itália e queria ir para Londres. Porque era algo que todos os garotos com quem eu convivia queria. É algo idiota. - Ele balança a cabeça. - E isso era algo impossível para mim. Eu era o primogênito...

Ele se interrompe.

- Mas no final eu consegui. - Ele sorri, mas não chega aos seus olhos. - E onde eu moro agora foi onde eu cresci. Cash e Red foram meus primeiros seguranças. - Seu olhar para o horizonte era distante, parecendo lembrar da época como se fosse algo séculos atrás.

- Cash devia ter uns 20 anos. Ele fazia eu fazer muitas coisas estúpidas. - Balança a cabeça negativamente, mas depois seu olhar suavizou quando ele diz: - Red era o mais responsável entre nós. Ele adorava nos dar aqueles tapas que você viu ele dar hoje em Nick e Noah.

Ele se vira, para me lançar um sorriso divertido e depois volta a encarar o lago.

- Mas às vezes eu gostava de enlouquecer eles. Então eu fugia para longe e me escondia, porque era divertido. - Ele dá de ombros. - Fugir de tudo às vezes é divertido.

Olho para o céu e sinto o sol começar a se afastar.

- Então, um dia eu fugi. Só que dessa vez eu realmente fugi, e eu nem sabia mais como voltar para casa. Passei a manhã inteira tentando voltar e de tarde, quando eu já tinha desistido de tudo, esse lugar me achou.

Uma brisa delicada vem e afasta seus cachos do rosto por um momento, como o toque amoroso de uma mãe deve ser.

- E eu não sei se você se sentiu assim também, mas...

- Sim. - Interrompo, sabendo o que ele queria dizer, mesmo antes de ouvir. - Eu também me senti assim.

Ele sorri fraco para mim, mas novamente não é algo sincero porque ele sabe que mesmo nos sentimos do mesmo jeito, a causa da nossa preocupação era algo diferente.

- Os idiotas conseguiriam me achar depois. Red me deu uma surra, e eu prometi nunca mais fugir. Não por causa de Red, mesmo ele tendo ajudado um pouco... - Ele riu, divertido. - Não fugi mais porque já tinha encontrado esse lugar. E eu entendi que não precisava mais fugir.

Era algo íntimo.

Ele estava compartilhando algo íntimo comigo porque eu tinha compartilhado algo íntimo sobre mim. Ele estava me dando uma parte dele porque eu tinha dado uma parte minha, também.

"Não faça isso!", minha mente gritava.

"Não ouse criar um laço entre vocês dois!"

Invés de ouvir essa voz, me aproximo dele, seguro sua nuca delicadamente e deposito um beijo delicado, saboreando a sensação dos seus lábios contra os meus, a sensação do seu calor me aquecendo.

Chris analisa meu rosto, tocando-o com a mão, e me lançando um olhar tão suave que sinto uma pontada de dor em todo meu corpo, me gerando arrepios . Ele me beija novamente, calmo e paciente, e subo minha mão até seus cachos, enquanto me deito e carinhosamente puxo-o para cima de mim.

Sinto a grama macia contra minhas costas e os beijos molhados que Chris deposita no meu pescoço me fazendo fechar os olhos. Ele afasta meu cabelo e inspira profundamente a extensão do meu pescoço .

- Eu amo seu cheiro. - Sussurra contra meu ouvido.

Aperto mais sua cabeça contra minha, para sentir seus cachos próximos do meu nariz. Inspiro igual a ele.

- E eu amo o seu. - Sussurro como se fosse um segredo.

Ele me beija com carinho e passa a mão até a barra da minha calça, desabotoando-a. Eu faço o mesmo com a sua. Nossos movimentos sem pressa, tudo tão calmo quanto tudo naquele lugar é.

Quando ele afasta a peça e se posiciona na minha entrada, eu olho nos seus olhos acima de mim, em contraste com o azul do céu logo acima dele.

- Me fode devagar, Chris. - Sussurro.

Ele afasta meu cabelo do rosto e põe minhas mechas atrás da orelha. Sua expressão cuidadosa, protetora.

- Está tudo bem, principessa. - Diz baixinho contra meu pescoço e entrelaça nossas mãos, deixando-as acima de mim.

Chris esgorrega devagar na minha entrada molhada, e ergo as costas, abrindo mais as pernas sentindo a sensação de todo seu pau dentro de mim. Ele continua estocando em uma vai e vem delicioso e calmo, fazendo eu estremecer e gemer a cada toque, a cada respiração. Arqueio meu pescoço e seus lábios tomam-o com beijos leves. Sua mão desce para meu clitóris e faz movimentos circulares tão lentos, causando uma tortura deliciosa.

Tudo que vejo acima de mim são nuvens se dispersando, abrindo a visão para um um céu azul lindo e vibrante. Juntando o som suave da água se movendo e a maciez dos cachos de Chris na minha mão com seu cheiro me inebriando, todas essas coisas juntas se tornando algo que faz me sentir em quase uma sensação de paz, algo que suaviza toda tensão existente em mim.

Quando chego ao orgasmo, tremo contra seu corpo e entrelaço mais as nossas mãos, apertando e curvando para sentir o seu cheiro e minha boca encontrar a de Chris em um beijo calmo, mas necessitado. Tudo isso sendo a sensação mais libertadora que eu já senti

Seu corpo se deita ao meu lado ofegante. Olhando para as nuvens brancas e o céu azul eu sinto vontade de descansar e dormir naquele lugar. Acordar e saber que não é um sonho.






















Capítulo novo semana que vem, ainda não sei a data, mas será antes do dia 30 e 31.

Como presente de natal, tudo que peço a vocês é uma estrelinha aqui(e nos outros capítulos, se ainda não tiver dado) e indicarem o livro algum amigo que goste desse gênero ou possam gostar do livro, me ajudem aqui porque papai noel não vai dar! KKKKKK 🙏🏻

Obrigada pelos 220K e pelo apoio!! feliz natal a todos!!! ️❤️

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