Stolen Life (Repost)

By CamilaGagliardi8

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Olá, primeira vez postando aqui. Originalmente escrevi essa estória e pedi que a Juliana Mantovani postasse... More

Listen
Tears and Rain
If I Believe You
Everyday Goodbyes
Kill'Em With Kindness
Lego House
I Want To Know What Love Is
Demonstrate
Malibu
Calma
Change Your Life
You've Saved My Life Again
Firework
You Da One
Beat It
Girl On Fire
Gonna Be All Right
Feeling Good
Girls Like You
Sugar
Just The Way You Ar
Just A Kiss
I See The Light
So In Love
Everything I Wanted
Pocketful Of Sunshine
Love You For A Long Time
Too Much
@kjapa
Good Luck, But Not So Much
Reborn
Lovely
Light On
Jealousy
@kjapa
Yes Or Yes
Don't Stop
Just Us
Danger
Just Peace
New Times
Férias
Home Sweet Home
Happy Birthday
Back To Home
On The Road
Go Ahead
grandmother's day
Day Off
Marriage
Honeymoon
I Came To See You
New Bed For Lukas
Questions and answers
Trip
Fun
School
Free Weekend
Beach
Back To Work
Two Years
Not Again
Hope
Restart
The Time
Four
Boy or Girl
SIX MONTHS
Finish line
The second
Lar
Confuso
Acertos
Lukas & Jasmin & Finais Felizes

Damn

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By CamilaGagliardi8

CAMI POV

Depois dos 3 primeiros dias a coisa foi melhorando com Luke, resolvi que seria bom manter sua rotina de certa forma, embora estejamos acordando e dormindo mais tarde, e apesar de todo cansaço depois de longos passeios, Kage e eu mantemos a normalidade principalmente na hora de colocar o menino para dormir. E pareceu funcionar, ele dormiu muito bem nas últimas noites.

Logo depois do nosso dia de praia tiramos um dia para visitar os antigos amigos de Kage que ainda moram por aqui e alguns membros da família. Visitamos diversos pontos turísticos, praias lindas, lugares tão incríveis que nem parecem verdade, estão mais para uma pintura.

Luke aproveitou cada segundo dos passeios conosco, ele não reclamou de ficar preso em seu carrinho ou de andar bastante, não estranhou nenhuma comida e fez amigos por onde passou. Eu estou amando cada segundo dessa viagem e as vezes dá vontade de pedir para ficar aqui para sempre, mas não podemos, nossa vida está toda na Flórida e temos que voltar.

Mas eu não devia estar deitada na cama, de olhos fechados e pensando em tudo isso, simplesmente porque o sol parece muito forte através das frestas das janelas de madeira, muito forte para Lukas ainda estar dormindo e ao contrário disso a casa toda está no mais completo silêncio, não consigo nem escutar sua respiração pela babá eletrônica. Eu sou mãe desse menino e sei que isso não pode ser verdade.

Abro os olhos devagar para não ficar cega, Kage está roncando do outro lado da cama, o lado em que está a babá eletrônica. Me debruço sobre ele e olho o pequeno monitor que está todo escuro. Tiro o aparelho do criado mudo e o levo comigo de volta para o meu lado tentando entender porque está apagado.

- O que foi? - Kage pergunta sonolento.

- O monitor descarregou, nas eu lembro de ter carregado.

- Desliguei de madrugada - ele resmunga e vira para o outro lado - Luke acordou chorando, fui lá e coloquei ele pra dormir.

- Porque desligou?

- Por causa do choro, acho que esqueci de ligar de novo.

Ligo o aparelho que está voltado para a câmera, mas o menino não está na cama, meu coração para uma batida enquanto aumento o volume e levanto da cama aos tropeços.

- O que foi?

- Ele não tá na cama, Kage. - sussurro, então escuto a risadinha infantil.

- Mas está no quarto rindo. Porque ele tá rindo?

Saio o mais rápido que posso do quarto, se ele está rindo é porque está aprontando alguma. Empurro a porta do quarto ao lado, Luke não está na cama mas posso ouvir seu riso vindo do banheiro. Vou rápido até lá rezando para o estrago ser pequeno, tomara que nenhum objeto valioso tenha ido parar dentro da privada.

- Lukas? - chamo e ele ri.

- Mamain.

Atravesso o quarto vendo o estrago que já vai pelo caminho, Luke tirou tudo de dentro das gavetas, suas roupas e as de Kage que ainda estavam ali, também tirou as coisas da mochila e espalhou no chão, fraldas, lenço umidecido para todo lado, mais roupa, sapato e brinquedos. Ele está sentado no chão do banheiro, de costas para a porta e de frente para a banheira que está suja de alguma coisa, tudo que estava na nécessaire dentro da bolsa ou as que estavam na borda da banheira, está pelo chão.

Observo calada por apenas alguns segundos, criando coragem. Seu cabelo está achatado contra a cabeça e molhado de alguma coisa pegajosa.

- Lukas, o que você aprontou.

- Oh Mamain - ele gira no chão, espalhando tudo - oh.

- Meu Deus .... Kage - grito e Luke de assusta - Lukas, eu não acredito nisso.

- Mamain - o menino ameaça chorar.

- Não chora, não chora. - agacho a sua frente.

Lukas está coberto da cabeça aos pés com pomada de assadura, e não estou sendo exagerada quando disso isso, de alguma forma ele conseguiu tirar a calça do pijama, passou pomada nos pés, pernas, barriga, camiseta, braços, rosto, tudo, e pra fechar com chave de ouro passou shampoo no cabelo e no resto do corpo também, por cima de toda aquela maravilhosa pomada.

- O que foi?  - Kage grita do corredor - Cami?

- Vem ver o que o seu filho fez.

- Mamain.

- Aí Luke, você apronta demais filho, a mamãe não vai aguentar. Mas não chora tá - basta eu dizer isso pra ele começar a chorar - shiu, não precisa chorar.

- Ah merda - Kage diz e depois começa a rir - engraçado que ele só é meu filho quando apronta.

- Porque isso só pode ser coisa sua - aponto o menino - filho, não chora tá, não chora porque a mamãe não tem nem onde pegar em você.

- Mamain - ele estica os bracinhos, com um bico enorme e olhos descendo lágrimas - cóio.

- Ah vem com o papai, a única coisa que vai manchar é minha cueca mesmo. - Kage passa por mim e pega o menino no colo - opa, opa ... Você está escorregando igual uma geleia.

- Coloca ele na banheira, Kage - peço vendo Kage com dificuldade para não deixar o menino escorregar de volta para o chão - você tem já está todo melado.

- Essa foi das boas ein, carinha? Toca aqui - Kage levanta uma mão no ar e Lukas bate nela com uma risadinha em meio ao choro - agora chega de choro, a mamãe fica brava e tudo, mas você da um sorrisinho que ela perdoa.

- Papai - Luke responde segurando o rosto do pai e melecando tudo - Bigou.

- Ela brigou, cara, você fez a maior zona em tudo. Agora ... Descendo, soldado - Kage agarra o menino pelos braços e deixa ele deslizar para dentro da banheira fazendo barulho de helicóptero - tem que tirar essa roupa e lavar tudo.

- Cuidado com os olhos dele - recomendo e Kage me olha de cara feia - são sensíveis, você sabe disso.

- Sim, eu sei. - ele reclama e começa a tirar a roupa suja do menino - acho que tem que lavar isso na água quente. - diz me entregando a blusa.

- Vou jogar no lixo.

- Vai desfazer o conjunto?

- Kage, se a blusa está nesse estado a calça também, só basta saber onde ela foi parar. Bom, limpa ele que vou arrumar todo o resto.

- Sim, senhora. - Kage tira a fralda de Lukas e sua cueca e entra na banheira também - vai ter que caber nós dois aqui, cara. Cada um do seu lado ein.

- Papai, pito - Lukas grita e aponta, Kage começa a rir.

- É, meu pinto. Cadê o seu? - Kage abre a toneira e deixa a banheira começar a encher - perdeu o pinto?

- Ti oh - Luke se curva e ri - pito - fico rindo sozinha enquanto recolho as coisas do chão - Mamain pito?

- Não, cara, a mamãe não tem pinto, ela é uma menina.

- Kage, amor, ele é muito pequeno para entender essas coisas.

- Shiu, deixa que eu cuido disso. - dou um soco na coxa de Kage e ele ri - que mão pesada.

- Mamain naum. - Lukas balança a cabeça para mim e alisa a perna do pai - Naum.

- Ele mereceu. - Luke me olha de cara feia o que me faz rir muito - ok, não pode bater, é feio. Agora vai tomar banho porque eu quero tomar café da manhã. - bem nessa hora a barriga se Lukas solta um rugido - o que é isso?

- Nossa, o bicho da sua barriga tá bravo, Luke - Kage brinca e se abaixa para tocar a barriga se Lukas - vamos tomar banho logo pra alimentar o bicho. Vamos.

- O que será que esse bicho quer comer ein?! Kage, limpa a sujeira quando sair.

- Mamãe mandona. - ele fala mas para o menino.

Luke ri e senta na banheira, eu termino de recolher as coisas do chão e saio, deixo os dois brincando na água, vou até o quarto, recolho tudo que está jogado incluindo a calça do pijama que como eu esperava está toda suja de pomada, enfio as roupas que estão limpas na gaveta de qualquer jeito e saio. Meu estômago está furioso de fome, dobrar roupas pode esperar até qualquer momento que eu esteja disposta.

Vou para a cozinha e começo a preparar algumas coisas, hoje é um bom dia para panquecas e sanduíches de queijo quente. Coloco uma música no celular, prendo o cabelo que está longo demais na minha opinião, e começo a tirar os ingredientes dos armários. Está uma manhã linda e com toda certeza o nosso passeio até a vila Whakarewarewa que é um dos lugares que ainda conserva a cultura maori, Kage está louco para levar Luke ate lá e mostrar todas as coisas que ele não vai lembrar amanhã. Eu também estou curiosa para conhecer um pouco mais dessa cultura, de ver as coisas que Kage e Tupai dizem que são lindas.

Estou terminando de fritar as panquecas ao som de Lady Gaga quando a música pra de repente.

- Ei. - reclamo.

- Já estamos prontos. - Kage anuncia.

- Cadê o Lukas? - pergunto vendo ele sozinho a minha frente.

- Ele estava bem aqui. Luke?

- Oi - Luke responde.

- Não é pra sair não, pode voltar aqui. - escuto uma risadinha bem conhecida.

- Mamain.

- Estou bem aqui. - desligo o fogo bem a tempo de ouvir seus passinhos corridos - o que foi?

- Mamain tetê. - Luke aparece do lado do balcão - cóio.

- Primeiro você vai comer panqueca. 

- Naum.

- Cami, angel, essa luta é perdida. - eu sei disso mas mesmo assim faço uma careta para Kage.

- Se o senhor parar de comer, vai ficar sem tetê pra sempre. - aponto para Lukas que faz sua melhor cara de anjo - tem certeza que ele não entende tudo que a gente fala?

- Tenho certeza que entende sim. - Kage ri - vai lá, eu termino tudo aqui e coloco na mesa.

- Eu te amo. - me aproximo e o beijo antes de abaixar e pegar meu bebê - um tetê saindo. Quem quer tetê levanta a mão.

- Ukas - ele grita e levanta as mãozinhas no ar - Mamain.

- Já sei, já sei.

Caminho com Lukas no colo e sua mão impaciente entrando pelo decote do meu pijama e encontrando meu seio, tiro sua mão de dentro da minha roupa quando ele começa a beliscar meu mamilo com seus dedinhos pequenos mas fortes. Sento em uma das cadeiras em volta da mesa, na mais próxima a janela, Lukas nem precisa mais de ajuda ele mesmo começa a se posicionar sentado em minha coxa e com impaciência puxa minha roupa. Rio do seu desespero infantil, levanto meu pijama e deixo que ele comece a mamar. Kage olha de longe com um sorriso, mexendo ao redor da cozinha e começa a trazer os pratos para a mesa.

- Luke, você quer panqueca? - ele pergunta para o menino que abana a cabeça concordando - então larga o tetê - então o menino nega com um aceno breve e risadinhas - vai comer a panqueca enquanto mama? - Luke mais uma vez concorda e depois se agarra a mim - não vou te pegar.

- Que bom, porque da última vez ele me mordeu. Então, shiu. - acuso.

- Ok.

Kage coloca nossa comida na mesa, prepara meu café com leite e também coloca a minha frente. Começo a comer já que Lukas não precisa mais das minhas mãos para segura-lo, só as vezes. Começamos a comer e conversar sobre nosso passei que bem pela frente, Luke levanta sua mão e rouba a panqueca que estou comendo. Malandrinho.

Depois desse tempo tranquilo tenho que me arrumar para sair e Kage fica dando o café para o bebê, os dois já estão prontos e só falta eu.

Em menos de uma hora estamos no carro prontos para o passeio do dia que promete muitas coisas incríveis.

--------------

A paisagem já vale a viagem, mas a vila é alto completamente incrível, as casas, as pessoas, a cultura viva, o povo, tudo é de encher os olhos. Nossa primeira parada foi para o almoço onde comemos um delicioso prato típico da região que é cozido no calor termal do vulcão mais próximo, em tese porque não sei se o restaurante faz mesmo isso, mas vou me deixar crer que sim.

Depois fomos a dois maraes que pelo que entendi são como centro culturais do bairro. Tinha tanta coisa linda para ver, sai de lá cheia de conhecimento e de calor humano. No segundo marae pude ver várias apresentações de dança, de todos os tipos, as mais belas canções de amor e lendas maori  e até danças de guerra, a haka, que é um pouco assustadora.  Luke ficou vidrado em tudo, acho que a cor o deixou encantado e lá pelo fim das apresentações já estava querendo dançar também.

Agora estamos indo até um estúdio de tatuagens, mas não qualquer tatuagem e sim um estúdio onde faz apenas Ta Moko que para eles é muito importante, foi a primeira tatuagem de Kage com apenas 16 anos e a mais importante já que é única e o identifica perante todos os maoris. Ele diz que Luke também terá uma dessa quando crescer e eu não me oponho, Kage tem direito de manter viva sua cultura através do filho, isso importa muito para ele e é uma coisa que não quero que se perca com o passar dos anos.

Mas bem, vamos logo ver o que o Tohunga tem a dizer para mim, ou a mostrar no caso do desenho.

- Cami, vai ser um desenho lindo.

- Eu sei, amor, mas não estou disposta a deixar ninguém enfiar uma agulha na minha pele.

- Ah a sua é agulha, a minha foi feita a moda antiga. - olho para ele confusa enquanto empurro carrinho com um bebê sonolento nele - bom, o Tohunga montava um "aparelho" - faz aspas com os dedos - rudimentar digamos assim, com ferro e madeira como manda o figurino e ia fazendo parte por parte da tatuagem. Doía horrores te garanto, mas temos que fazer assim porque faz parte da tradição.

- Ah agora estou muito mais tranquila.

- Relaxa, ele nunca te obrigaria a fazer algo assim - Kage me abraça e beija minha testa - e eu não deixaria também, essa pele tão delicada e macia sendo torturada por uma garra de ferro forjada a mão.

- Isso não infeccionada não?

- Não, mas demora mais tempo pra cicatrizar.

- Bom, tradição é tradição né. Mas aí, quem segurava sua mão?

- Meu papai. - Kage fala em tom de brincadeira - e ele também ficava falando "aguenta KJ, você é um homem agora" e eu, magrelo e que tinha decidido tatuar o ombro, ficava deitado ali me segurando para não mijar nas calças.

- Aí, Kage. - começo a rir.

- Mas no fim eu venci e virei um homem forte - ele fala orgulhoso.

- Sem dor, sem ganho - imito uma voz grossa o fazendo rir - coitadinho, se eu estivesse aqui ia cuidar do seu dodói.

- Shiu, angel - ele olha em volta - assim você queima meu filme.

- Se toca, Kage - bato em seu peito - aí minha mão.

- Estou forte, querida.

- Pare de besteira.

- Chegamos.

- Você parece muito animado para me ver sofrer. Devo me preocupar com isso?! - brinco, uma brincadeira que não achava possível fazer antes.

- Só gosto de te ver sofrer na cama, enquanto implora por mais - ele sussurra e sacode as sobrancelhas.

- Ah se eu bem me lembro quem sempre implora por mais não sou eu. - Kage abre a boca para responder e o calo - shiu, vamos entrar.

Somos recebidos por um garoto mais novo, muito novo, que nos oferece algumas coisas antes de começar a explicar todo o processo que será feito. O Tohunga está terminando te atender uma pessoa e precisamos esperar um pouco, enquanto esperamos decido colocar Luke para mamar e dormir já que ele está sonolento e resmungando com tudo e todos que chegam perto. Ele se satisfaz logo, pede a chupeta e começa a pegar no sono em seguida.

- Bom, se chorar o Lukas não vai ver. - Kage me provoca

- Cala a boca, amor.

Não demora muito para que um homem grande, não, enorme venha nos receber. Apesar do tamanho assustador de início ele é muito calmo e definitivamente não é um ogro, seu toque é quase suave e calmante conforme ele me cumprimenta do já familiar jeito maori, ele faz o cumprimento até mesmo com Luke que dorme no meu colo. Em seguida ele nos oferece um chá e começamos a conversar, enquanto conto minha história ele vai rabiscando em um pedaço de papel, e no fim esse rabisco se mostra um lindo desenho cheio de espirais e traços marcantes, é lindo de uma forma totalmente única.

E eu? Bom, aceito fazer a tatuagem contanto que dá forma moderna. Ele ri mas aceita, assim como aceita fazer uma nova tatuagem em Kage em representação ao nosso casamento e ao nosso filho, e também aceita pintar a pele de Kage do jeito moderno, apesar de tirar um pouco de sarro desse último.

Horas depois saímos de lá com a conta de 3 tatuagens, uma para mim, duas para Kage e Lukas ganha só um pirulito e uma pulseira que o garoto da recepção dez na hora para ele o já está de bom tamanho. E falando nele, está meio cansado e mal humorado enquanto anda a nossa frente, nem está acenando para todo mundo que passa.

- Estou exausta. - resmungando enquanto andamos para o carro - pena que perdemos o passeio de waka.

- Não tem problema, angel, podemos voltar outro dia para fazer só isso.

- É, mas depende do mar e do tempo e de não sei mais o que.

- Angel, sempre tem esse passeio. Relaxa.

- Fiquei tão animada para entrar naquele barco lindo. - Luke correndo desvia minha atenção - ei, garoto.

Corro até Luke que já correu uma boa distância para alguém com pernas tão curtas, pego ele no pulo e levanto no ar, seu riso me faz rir também e beijo sua bochecha.

- Você não estava cansado? - falo em seu ouvido e ele ri ainda mais - chega de passeios, vamos embora.

Kage já está no carro guardando o carrinho e bolsas, vou até ele e Lukas se anima com o carro, abro a porta do passageiro e coloco o bebê no banco.

- Cao - ele grita e ri - bibi.

- Deixa eu tirar fotos dessa coisa linda - me animo.

- Chega de fotos por hoje - Kage grita.

- Não é de você, amor. É do meu amorzinho mais lindo. - Luke faz sua carinha de dengo com sorrisinho e direito a cabecinha de lado e tudo - aí não faz assim que a mamãe quer morder. Lukas, manda beijo.

Luke faz seu bico de beijo que é o mais lindo do mundo, ele para e repete quando peço, mas depois se nega a fazer de novo e começa a tirar os sapatos. Acho que está mais que cansado. Tiro seus sapatos e meias, o pego e prendo na cadeirinha antes de voltar para o meu lugar no passageiro.

- Todos prontos? - Kage pergunta tomando seu lugar - eu estou muito cansado e com uma baita dor nas costas.

- Estou pronta, você está pronto pra ir pra casa, Luke? - não tem nenhuma resposta então me viro para ver o bebê - Luke?

- Mamain - ele resmunga e aponta para a tela a sua frente.

- Coloca um desenho aí, Kage, acho que ele não está muito animado para acenos hoje.

- Okay. Baby shark?

- Ah não - tampo meus ouvidos - vou morrer.

- Baby shark. - Kage fala alto e Luke se anima - isso aí.

Kage liga o vídeo mais chato da face da terra, Luke ama é claro, mas não está mais para papo, o garoto só coloca a chupeta na boca e fica balançando a cabeça enquanto assiste o vídeo.

- Tomara que ele não durma - Kage murmura e depois boceja.

- Acorda, amor, mais 200 metros e o Lukas vai estar desmaiado - olho pela janela do carro e me admiro mais uma vez com a vista - está escurecendo rápido.

- Vai chover. - Kage responde - melhor acelerar.

- Eu gosto de chuva.

- Desde quando?

- Desde que ela da mais tempo para ficarmos juntos no sofá, nós 3 juntinhos.

- Acho que hoje seremos só 2.

- Está bom pra mim - sorrio para Kage - dois também é bom quando se trata de nós.

- Hum, concordo - Kage se curva em minha direção e me beija - é bom para descansarmos para o jogo de rugby de amanhã.

- Me agrada - respondo - mas hoje eu quero mesmo descansar, amor.

- Veremos - Kage pisca para mim.

Lukas dorme como previsto, a chuva começa a bater contra o parabrisa, uma música diferente se baby shark começa a tocar e eu sou a próxima a dormir. A noite não acabou, longe disso, mas com certeza o dia terminou da melhor forma.


camimendes um beijo, outro beijo. Ah só mais um beijo, outro ... Não, chega Mamain.
marisolcmendes  chega de viagem, quero meu bebê de volta.
markmendes nunca mais vão levar meu neto para lugar nenhum.

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