Vendido Para o Rei - Versão J...

By Rafa_Jikookaaz

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ADAPTAÇÃO Vivendo de maneira precária junto à sua família, Park Jimin ajuda a manter o sustento de seu lar c... More

Avisos
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capitulo 7
Capítulo bônus
Capítulo 8
Capitulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 13
Capítulo 14

Capítulo 12

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By Rafa_Jikookaaz

Não falei que ia voltar kkkkk aqui esta eu 🥺 vou deixar meu zap no meu perfil, chama kakaka 👉👈


Está tudo escuro, não consigo enxergar nada. Além da minha própria respiração, a tempestade lá fora é furiosa, mas ainda assim, tento não fazer barulho. Não quero chamar atenção de ninguém. Não quero que ele saiba que estou vendo o que fazem – e tenho medo que também faça comigo.

Escondido, daqui consigo vê-lo pegar minha mãe com brutalidade, jogá-la na parede. A cabeça dela volta ao se chocar contra a parede e mamãe solta um gemido alto de dor.

Queria fazer algo para pará-lo, ele está a machucando, mas estou assustado e completamente paralisado.

Escuto-a pedir que ele não a toque, mas pelo olhar sob ela e seu sorriso maldoso, o homem parece se divertir com a situação. É de arrepiar. — Por favor. — ela pede de novo.

— Não sei por que ainda pede, por favor. — balança a cabeça. — Você sabe que eu nunca escuto.

Ele segura sua garganta, ela se debate em suas mãos.

— Gosto dessa cor no seu rosto. — ele acaricia o rosto de minha mãe corado.

Mamãe fecha os olhos, tremendo, ao sentir o seu toque e como faço o mesmo. Não quero ver o que acontece nos minutos seguintes. Escuto mamãe soltar um grito e assustado acabo caindo de lado e me batendo contra a mesa próxima de mim.

Temeroso, tento sair dali para que ele não me pegue no flagra, mas não sou tão rápido e quando saio do esconderijo, sinto uma mão pesada me puxar com brutalidade.

— Ora, ora, ora, olha o que temos aqui...

— Me solta! — debato-me ao tentar fugir do seu aperto.

— Não.

— Jimin... — escuto alguém chamar longe e fora daquele cenário horripilante em que estou mergulhado.

Debato-me em seus braços para que ele me largue. Quero que ele pare de me tocar e vá embora.

— Jimin. — sinto o solavanco forte no meu corpo e, de repente, volto a realidade ao abrir os olhos.

Encontro um par de olhos negros tensos me encarando, as mãos dele estão nos meus braços e agora percebo que foi ele quem me chamou de volta. Continuo imóvel, sem conseguir fazer algum movimento e ofegante. O pesadelo ainda está fresco em minha mente e começo a chorar desesperado, querendo esquecer tudo o que vi.

— Ei... — Jimin me chama a atenção com a voz serena. — O que houve? – nego – Jiminie, por favor, fala comigo. — ele insiste.

Aos poucos consigo parar de chorar e tento me recompor devidamente. Sento-me no colchão, mas ainda afastado dele – não quero que perceba o quão frágil estou nesse momento.

— Não aconteceu nada. — minha voz sai baixa escondendo o quanto ainda estou assustado. — Só tive um pesadelo...

— E por que estava pedindo que te soltassem? — questiona.

Abraço meu corpo, como se aquilo fosse me proteger. Eu nunca fui acorda dos pesadelos quando mais jovem, sempre via tudo de ruim que um dia já aconteceu, mas hoje eu tive alguém intervisse por mim.

Olho de relance para ele e franzo as sobrancelhas. Como ele conseguiu vir tão rápido para cá?

— Como você... — não consigo completar a frase, mas ele entende o que eu quero saber.

— Tinha acabado de entrar para ver se estava acordado e se gostaria de passear no jardim — se justifica. — Encontrei você se debatendo na cama e dizendo coisas desconexas até pedir para que ele não te tocasse.

Jungkook se aproxima e alisa meu rosto com carinho. Fecho os olhos e controlo a vontade de chorar presa na garganta.

— Com quem você estava sonhando?

— Não era ninguém.

— Ji...

— Eu quero dormir, Jungkook — viro o rosto e desvio o olhar dele.

— Fale comigo — insiste novamente.

Contraio a mandíbula e murmuro:

— Saia, por favor.

— Não vou sair — o peso da cama muda e vejo quando ele se deitar ao meu lado. — Irei ficar aqui com você.

— Por que está insistindo tanto nisso, Jeon? — falo furioso. — Há um dia você jogou na minha cara que o nosso nível social é diferente, o que te faz agora querer ficar perto?

— Eu errei e vim aqui para me redimir, droga — murmura sério. — Agora se deita, está tarde.

Continuo sentado, fitando-o, confuso. Ele é maluco, mas pelo menos se desculpou por ontem.

— Park Jimin.

Escorrego pelo colchão e deito de lado. Ele faz o mesmo e por algum tempo ficamos nos encarando em silêncio.

— Não irá me contar sobre o que se tratava o sonho? — pergunta.

Nego, vendo-o revirar os olhos. Sorrio de leve e resmungo baixo: — Você é muito insistente e irritante.

— É ótimo saber o que você acha sobre mim — diz sarcástico.

Apoio o braço debaixo da cabeça e suspiro, começando a ficar sonolento.

— Por que estava aqui?

— Vim aqui te ver!

— Não acredito nisso.

— Tudo bem — suspira ficando de lado. — Você pode achar estranho, mas às vezes, gosto de observá-lo dormindo. Faz-me sentir...

— Sentir o quê?

Ele balança a cabeça.

— É um tanto quanto confuso tudo isso, Jimin e eu não deveria me sentir assim, mas... – confessa. – É como se Akira nunca tivesse existido para mim ou estou me descobrindo ser outra pessoa.

Aquilo não deveria doer tanto quanto doeu.

— Então, qual o motivo pelo qual estou aqui no palácio e por que faz tanta questão que conviva com você?

— Eu... — ele se interrompe, balançando a cabeça e puxa o ar com força para os pulmões. — Só quero ter a sua companhia.

Sem conseguir me conter, coloco a mão no seu rosto, acariciando bochecha e em troca recebo seu olhar intenso.

— Não sei o que está acontecendo entre nós e não sei até onde isso nos levará, mas, ainda assim, quero a sua companhia tanto quanto você quer a minha.

— Você é incrível.

— Sei disso — brinco, querendo dissipar a nuvem de tensão entre nós.

Sinto a sua mão na curva da minha cintura e não me sinto mais incomodado com o seu toque como antes. Até posso sentir um pouco de segurança perto dele.

— Posso passar a noite aqui?

— Já que está deitado mesmo! – dou de ombros. – Depois de acomodado é chato ter que levantar.

— Sempre tem uma resposta na ponta da língua, hein?

Sorrio de lado: – Quase sempre.

Aconchego-me mais nos lençóis e fecho os olhos. Até posso sentir o sono querer me levar mais uma vez, mas o medo do pesadelo voltar me deixa em alerta.

— Não vai me dizer mesmo o que sonhou? — abro os olhos e bufo.

— Vamos dormir, está tarde.

— Sei que esconde algo — não desiste.

Reviro os olhos e por dentro fico receoso.

— Todos escondem algo.

— E eu esperarei o dia que você me dirá sem que eu precise insistir tanto.

— Um dia, quem sabe. — balbucio.

Solto um pequeno sorriso e decido tentar dormir para finalizar logo essa conversa desagradável.

— Boa noite. — murmuro.

— Boa noite.

— Estarei aqui se precisar.

Essas foram às últimas palavras que ouço antes de adormecer.

E a noite vai ter mais att bjs

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