Esse Garoto é o Caos Vol.2 [C...

Da HannaBradley

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[SEGUNDO LIVRO DE ESSA GAROTA É O CAOS] Ele não consegue esquecê-la. Ela não é mais a mesma. Nunca passou pe... Altro

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Epílogo
Agradecimentos

Capítulo 13

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Da HannaBradley

CHRISTOPHER

    A atitude de Kristen me pegou de surpresa. Mas eu me sentia no céu. Montada no meu colo e devorando a minha boca como uma leoa feroz, soube a verdadeira sensação de ficar insano. Seu corpo pedia o meu com urgência, seu toque na minha nuca era inquietante e os seus lábios lembravam a mim que ela me tinha nas mãos. Esquecê-la nunca foi uma opção e no fundo eu sabia disso. Sabia que ela seria inesquecível. Seu quadril inquieto ficava se mexendo e me instigando, me fazendo delirar. Acabei me esquecendo que estávamos no meio de uma praia que apesar de privada, provavelmente haveria gente por perto. Mas que se dane. Agarrei a sua bunda com força, apertando com jeito. Ela gemeu quando fiz isso. Kristen podia ser doce, amável e intocável, mas sabia ser selvagem, imprudente e insaciável. Queria tirar aquele vestido dela, queria tirar tudo. Mas não sabia até onde ela queria avançar.

    Talvez tivesse sido uma péssima decisão me aproximar dela quando a vi sentada na areia, porque agora, meu coração está ficando esperançoso e isso não deveria acontecer. Estou sentindo culpa porque ainda almejo a vida que nós queríamos ter, mas pela minha completava imbecilidade, as chances acabaram. Joguei esses pensamentos para longe. Estava com ela em meus braços, no meu colo no meio de uma praia. Seus lábios queriam os meus. Ela me queria e isso já bastava para excitar todo o resto. Uma de suas mãos foram ardilosas e foram até o meu abdômen e o explorou com vontade.

Só que ela se afastou. Seus lábios não estavam mais domando os meus. Ela saiu de cima de mim, em uma ofegaria, assim como eu.

— Não devíamos ter feito isso. — ela passou os dedos pelo cabelo desajeitado e não me encarou mais.

— Por que não? — a questionei. Tinha sido maravilhoso beijá-la novamente. Sentir o seu sabor e o seu calor.

— Porque você está com uma pessoa, eu estou com uma pessoa. Ana parece ser uma garota maravilhosa. E Jason, não posso fazer isso com ele. — ela suspirou, com o olhar voltado para o mar  e carregados de descontentamento.

   Kristen era uma pessoa boa. Não sabia apenas pensar em si mesma. Não fazia parte da sua índole ser assim, mas ela era uma mulher fantástica e exatamente a mulher que eu gostaria que estivesse ao meu lado.

— Você tem razão. — concordei, mas não porque sentia isso, mas porque a minha parte racional sabia que era errado. Mesmo que ambos não estejam em um relacionamento sério, mas estamos caminhando para isso.

— Eu preciso ir. — rapidamente ficou de pé, sem tocar mais no assunto.

— Está tarde. Acha realmente seguro voltar sozinha? — me preocupei com o seu bem estar. Se algo a acontecesse, minha alma sofreria os danos junto á ela.

— Eu tenho. Não se preocupe. Boa noite. — falou sem dar um mínimo de intervalo entre as frases e saiu andando sem ao menos olhar para trás.

— Boa noite. — disse mesmo sabendo que ela não poderia ouvir. Mas queria dizer.

    Fiquei observando ela, com seus cabelos balançando conforme a brisa passava, até não poder mais vê-la.

    Naquela noite eu soube, claramente, que o amor que tinha entre nós dois não foi necessariamente esquecido ou morto, apenas enterrado em dilemas e traições que resolveram se mostrar mais fortes. Aquela loira ainda pertencia ao meu coração. Pertencia a minha mente e corpo. Era quase uma estupidez da minha parte admitir isso levando em conta que estou quase namorando com outra garota, mas ainda amo Kristen. Com toda as suas qualidades e defeitos, ainda a amo. Mas não seria possível tê-la de volta, isso já havia sido aceito por mim faz tempo. Seguiríamos em frente — Era o que dizia a mim mesmo. Mas no fundo, sendo sincero comigo mesmo, sabia que se tivesse uma oportunidade de voltar com ela, largaria quem quer que fosse.

          O meu quarto estava claro, com o sol passando pela cortina que não fora totalmente fechada ontem à noite. Dificilmente me lembrava de fechá-las. Me sentei na beirada da cama e encarei o relógio marcando oito horas em ponto. Mas meus pensamentos passaram e repassaram a cena do meu beijo com Kristen. Precisava de uma chuveirada para ver se minha sanidade voltava ao normal.

   A água estava ótima, mas não sei se foi uma grande ajuda para tirá-la da minha cabeça. Sempre tendo a fantasiar quando estou no banho e a cada vez que fechos os olhos é o rosto dela que está na minha mente. O aperto no meu peito era uma tortura. Muitas pessoas falam que as duas palavras "E se..." podem parecer simples, mas basta colocá-las na frente de alguma dúvida e o impacto sempre será perturbador para o resto da vida. Agora consigo compreender. Sempre me pego pensando se teria sido diferente se tivesse aguentado firme e sem fraquejar, se Kristen ainda me amaria e almejaria um futuro comigo. São dúvidas nas quais eu nunca vou ter a chance de obter respostas.

    Vestido com uma blusa azul e calça jeans, estava me olhando em frente ao espelho. Enquanto ajeitava o cabelo, dizia a mim mesmo que eu precisava seguir em frente, só que dessa vez de verdade mesmo. Que não poderia magoar a Ana. Ela era uma mulher linda e fantástica. Extraordinária. O único problema era que... Ela não era Kristen. Droga! — fechei os olhos e suspirei. — Superar essa mulher não era tão fácil quanto parece. Kristen não sai da minha cabeça, não sai de mim.

    Me recompus e terminei de me arrumar. Combinei de sair com Ana hoje e ela iria me distrair disso tudo.  Ela era um amor de pessoa e não era imprevisível, ao contrário de Kristen. Mas outro fator é que eu amo imprevisibilidade, mas aprenderia a gostar do previsível.

KRISTEN

— Sabe, eu não sei se grito com você por ter saído a noite sozinha ou se pego um sorvete para você me contar com mais detalhes sobre o beijo com Christopher. — Noah estava de pé, em seu pijama engomado, de braços cruzados e me dando uma bronca.

   Sentada no sofá, vestindo um vestido de cor creme e usando um salto alto, contemplei a cena. Noah era simplesmente inacreditável e eu o amava tanto...

— Quer saber, a bronca eu posso dar depois. Quero detalhes do beijo! — ele se rendeu a curiosidade e pulou ao meu lado no sofá.

— Eu poderia te dizer que foi apenas um beijo, mas não foi. Aquele beijo foi... carinhoso, fogoso e com as chamas enaltecidas. — contei a ele com emoção, com expressividade.

— Sabe, quando você me contou do seu beijo com Jason, foi empolgante. Mas quando você fala do Christopher, sei lá... Eu vejo os seus olhinhos brilharem, sabia disso? — ressaltou as suas observações.

    Ele tinha razão. Beijar Jason não era a mesma coisa que beijar Christopher. Com Christopher tem sentimentos que foram cultivados, que tiveram uma longa jornada até se tornarem o que é.

— Talvez tenha a ver com o conforto. Jason e eu não temos intimidade da mesma forma que tenho com Christopher. — mostrei uma hipótese para a observação dele.

— Não acho que seja isso. Acho que é porque você ainda o ama. — seus olhos encaravam o meu sem piscar. — Seja sincera consigo mesma. Admita isso.

— Eu não posso... — baixei o olhar para o tapete da sala que ficavam embaixo da mesinha de centro.

— Por que não? — Noah insistiu, esperando que respondesse com sinceridade.

— Porque admitir que ainda o amo é como admitir que todo esse tempo eu fracassei no que mais tentei dar o meu melhor para acontecer. Esquecer ele. Seguir em frente. — me abri, sendo o mais honesta possível. Com Noah eu podia. Eu devia.

Você seguiu em frente. — afirmou, certeiro de suas palavras. — Você só não imaginava que ele estaria lá na frente também.

— Não vou voltar com ele, Noah. — levantei o olhar, convicta do que dizia.

— Não estou dizendo que faça isso. Mas o quanto antes for sincera consigo mesma, mais fácil as coisas vão ficar. — aconselhou. Um sábio conselho.

— É, você tem razão.

    Nossa conversa foi interrompida com a entrada educada da emprega Elia na sala. Ela carregava nas mãos, um enorme buquê de rosas vermelhas. Um buquê bem cheio.

— O que é isso? — o loiro sorriu, curioso.

— Foi deixada no portão. É para a senhorita. — Elia caminhou até mim no sofá. — Seu nome está no cartão.

   Peguei o buquê de sua mão, bem chocada com tamanha extravagância. Lógico, um buquê de rosas é lindo, mas aquilo era um extra gigante. Tudo que era abusado na dose ficava estranho. Agradeci Elia e ela voltou aos seus afazeres.

— De quem é? — Noah se ajeitou no sofá, já em postura para ser o próximo a ler o cartão.

— Não faço ideia.

     Peguei o cartão e cuidadosamente o abri:

Não se afaste, meu anjo.
Temos uma história para terminar.
Não adianta se esconder. O nosso próximo encontro está perto. Não fique com medo, princesa. Prometo ser carinhoso.
        Do seu eterno amado,
                            Troy.

   O sangue havia fugido das minhas veias. Não era por medo ou coisa assim, mas só de saber que ele tinha a intenção de me procurar, aquilo me enojava. Odiava tanto aquele homem que nem sei.

— Kristen, de quem é? — Noah olhava para mim, preocupado e tenso. Ele tinha me analisando muito bem.

— Leia você mesmo e diga que eu estou lendo errado. — lhe entreguei o cartão, e ele quase levou a minha mão junto ao pegá-lo alvoroçado.

    Seus olhos seguiam linha por linha, sua expressão de nojo foi ficando visível. Não tinha lido errado. O desgraçado estava de volta e na sua melhor forma.

— Esse filho da mãe não vai encostar um dedo em você. Se ele ao menos cogitar essa ideia, ele já pode se considerar um homem morto. Porque eu o mato. Mato com minhas próprias mãos. Vou fazer questão de sorrir ao ver minhas mãos vermelhas com o sangue dele. — Noah ficou eufórico. As veias subiram no seu pescoço. Do nada ele surtou e saiu de cima do sofá, com as mãos na cintura e pensando em algo. A morte de Troy talvez.

— Não fala isso. Esse desgraçado não merece ser morto por você. É uma morte digna demais. Além do mais, você não vai se prejudicar por minha causa. Isso é bagunça minha. — fiquei de pé, tentado acalmá-lo.

— Você não tem culpa. Ele é que tem. E pode acreditar quando eu digo que ele vai me ver quando estiver abrindo ele vivo com um facão. — jogou o cartão em cima do sofá. — Sabe, lembra que eu te disse que sempre tem os interesseiros quando se trata do meu dinheiro? Eu posso comprar a polícia, posso comprar qualquer um para não revelar como e quem foi que matou essa porcaria que se auto denomina ser humano.

— Troy não vai se meter de cara. Ele sabe com que está lidando. Está apenas querendo ameaçar. Deve estar querendo dinheiro. — andei de um lado para o outro, um pouco tensa.

— Hoje a tarde eu tenho um encontro com o meu detetive. — revelou para mim, com uma das mãos na cintura e a outra na testa.

— O quê? Um detetive? — arregalei os olhos, sem entender aquilo. Ele não me colocou a par disso.

— É. Não te falei nada para não te preocupar, mas coloquei um detetive para investigar o passado desse traste. Talvez se soubermos por onde ele andou esse tempo todo, talvez possamos saber o que ele quer. — o loiro me explicou a sua tomada de decisão. Noah sempre estava um passo à frente de tudo. Embora ele não parece um estrategista friamente calculado, ele possui esse lado.

— Você está sempre um passo à frente, não é? — ri pelo canto dos lábios. Noah preocupado comigo. Ele era uma gracinha.

— Sempre. — deu alguns passos até mim. — Ainda mais quando se trata da sua segurança. Você é tudo o que eu tenho de mais precioso na vida. Se eu perder você, não me resta nada.

— Você não vai me perder. Você sabe que vai sempre me ter não importa o que aconteça. — segurei em suas duas mãos.

— Eu sei. — sorriu para mim. Um sorriso fraternal. Um sorriso de proteção.

Olá meus amores!
Como vocês estão?
O que estão achando da história?
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(EM BREVE A FELICIDADE VAI PELO RALO. PREPAREM O CORAÇÃO )
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