Intended

By itsbrunnalaynemiran

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A vida tem muitas surpresas que podem deixar alguns atordoados, ou felizes, ou tristes... Mas seja qual for o... More

Cap 1 -Lei da Recompensa
Cap 2 - Pista do Lobo
Cap 3 - Traçando Destino
Cap 4 - Força da Natureza
Cap 5 - Enfim, Nos Confins do Mundo
Cap 6 - Inverdades Revertidas
Cap 7 - Entre Paredes
Cap 8 - Indícios do Sentir
Cap 9 - Camomila - Parte 1
Cap 10 - Camomila - Parte 2
Cap 11 - Laços Iniciais do Último Desejo
Cap 13 - Concretizando-se um Passo
Cap 14 - Promessas Vindo à Tona
Cap 15 - Chegando no Limite do Possível
Cap 16 - Partindo-se aos Poucos
Cap 17 - Quebrados
Cap 18 - De Mal, para Muito Mal
Cap 19 - Endireitando o Curso
Cap 20 - Dois Lados de um Percurso
Cap 21 - Selando Destino
Cap 22 - Despedindo-se da Despedida de Solteiro
Cap 23 - Recepção da Fonte
Cap 24 - Um Bravo Bardo
Cap 25 - Um Bruxo Desolado
Cap 26 - Corações Cheios, Bolsos Vazios
Cap 27 - Cantos de Dor
Cap 28 - Quase Afogados
Cap 29 - Surpresas do Último Desejo
Cap 30 - Fogo Enterno Duplicado - Parte 1
Cap 31 - Fogo Enterno Duplicado - Parte 2
Cap 32 - No Coração de um Lobo
Cap 33 - Mais um no Ninho
Cap 34 - Hormônios de uma Fera
Cap 35 - Fera Desfeita
Cap 36 - Ares Novos de Kaer Mohren
Cap 37 - Epicentro Revelado
Cap 38 - Falha na Restrição
Cap 39 - Crescendo
Cap 40 - O Caos
Cap 41 - Consequências
Cap 42 - O Fim
Cap 43 - Almas Perdidas
Cap 44 - Lar
Cap 45 - Infindável
Agradecimentos
Cap 46 - (Extra) - Susto em Dobro e à Galope

Cap 12 - Goela Curada, Coração Partido

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By itsbrunnalaynemiran

Hellôuu!
Aqui estou novamente!

Vamos agora dar continuidade a essa mais uma das muitas interpéries que esses dois estão passando e vão passar (calma, prometo não ser tão má assim, mas tbm não muito boazinha...🤭)

Espero que gostem.😊✨
Let's Go peoples!😉✌️

Divirtam-se my littles!😘

Tanto ele como o bardo mais uma vez se surpreenderam ao depararem com uma cena um tanto incomum, quer dizer, não em um castelo, mas sim em um prostíbulo.

Jaskier arregalou os olhos ao ver a sua frente aquela multidão a sua frente imersa em uma orgia que parecia sobrenatural. Ele era um grande frequentador desses lugares, mas, sua diversão sempre foi com outra entre quatro paredes, no máximo duas, mas não passava disso. Não que era o que seu bolso lhe permitisse, era seu gosto. Uma diversão discreta era seu fetiche, por assim dizer.

Um fato que contradizia completamente ao que era seu jeito de sempre, tão espalhafatoso, querendo todos os olhos e a atenção para si e sua voz.

- Fique aqui.

- Gennralnnt... - gemeu em protesto quando foi jogado no meio daquela orgia enquanto o bruxo continuou seu caminho até uma dama que estava sentada lá ao fundo, vestida de preto e mascarada, a única, intocada, no meio daquela mar de prazer cego e sobrenatural.

Geralt nem sequer mudou alguma vez sua expressão diante daquilo, só ficou mais carrancudo, e o bardo percebeu isso, o que significava que tudo ali não era normal, quer dizer, uma orgia não é uma coisa conservadora, o que quer dizer é que aquilo tudo não era feito conscientemente pelas pessoas.

- Eu... - pausou por um momento ao ouvir um gemido ao seu lado de um casal, era certo que o bruxo estava isento de qualquer sentimento ou distração naquele momento por estar preocupado com o bardo, mas isso não significava que seus olhos e ouvidos estavam imunes à isso - Trouxe suco de maçã.

A bela mulher à sua frente olhou-o dos pés a cabeça.

- E também trouxe outras coisas... - deu uma pequena olhadela por cima do ombro do bruxo, na direção do bardo, que respirava com dificuldade no meio daquelas mãos lhe tocando e daquele cheiro, para ele insuportável, de lilás e groselha.

Estava sendo uma tortura para o bardo...

- Você é imune. - disse ela semicerrando os olhos, parecendo tentar entrar na cabeça do bruxo.

- Você deve ser o mago. Ou, a maga.

- Yennefer de Venguerberg. - se apresentou ainda sentada ali, como uma rainha, olhando de cima.

- Chireadan não me disse essa informação...

- O que ele se esqueceu de dizer? - perguntou a feiticeira em uma voz mansa, mas Geralt sabia que sua fala era somente um tipo de manipulação para os fracos a quem ela com certeza pegou e pôs aos seus pés. Aquela orgia ao seu redor era uma prova disso.

- Nós precisamos de ajuda. - disse, direto ao ponto.

- "Nós"? - perguntou a mulher, e logo o bruxo mirou sua visão em Jaskier lá ao fundo, respondendo à feiticeira com um acenar de mão dificultoso.

Ela olhou para o bardo por uns segundos, como se o analisasse e logo descobriu que o mesmo era somente um réles humano. E se perguntou porque ele não estava afetado pelo ambiente do lugar. Era certo que ela viu seu estado, mas mesmo em um estado como ele, homens caiam em sua armadilha como moscas numa teia de aranha.

E então concentrou-se nele, em sua mente, buscando algo de interessante, buscando respostas para sua questão interior.

Até que viu algo muito importante... E muito interessante e curioso.

- É só amizade? - perguntou ao bruxo, que franziu o cenho diante de tal pergunta confusa.

"O que ela quis dizer com isso?" Pensou.

- Interessante, seu batimento cardíaco é lento. Mas as vezes, irregular. Você é... Um mutante. Um mutante com defeito?

"De que merda essa feiticeira está falando?" Perguntou-se interiormente novamente o bruxo.

- Um bruxo. Geralt de Rívia. - apresentou-se, ignorando suas questões enigmáticas.

- O famoso Lobo Branco! - disse Yennefer compassadamente enquanto se levantava, indo até o bruxo - Achei que tivesse presas, chifres, ou algo assim.

- Foram bem limados. - ironizou, fazendo a feiticeira dar um breve riso.

"O que eles estão fazendo?! Por que demora tanto? Mas que merda!" Reclamou Jaskier em sua mente, já que não conseguia mais falar, ainda estava ali no meio daquela orgia, mas em seu estado, nada se podia fazer a não ser ficar olhando.

- É a primeira vez que vejo um bruxo de perto. - rodeou-o analítica, mirando casa detalhe - Que tipo de feitiços pode lançar com as mãos? Pode chamar isso de curiosidade profissional.

Geralt, vendo toda aquela indagação da mulher que o observava como um animal, uma espécie nova sendo descoberta, não estava gostando nada disso, principalmente de sua enrolação. Cada segundo era crítico para o bardo...

- Por favor, - disse o mais educado que podia - Jaskier precisa de ajuda imediata. - se aproximou - E então, se quiser depois, posso satisfazer a sua curiosidade a noite toda. - disse baixo e grave.

Yennefer o encarou por alguns segundos.

- Não levaremos a noite toda, mas podemos achar um jeito de passar o tempo. - disse, em tom sugestivo.

Continuando e mantendo o foco em seu objetivo, Geralt continuou.

- Ele foi atacado por um djinn.

- Um djinn? - perguntou a feitceira, interessando-se.

- O que quer que esteja errado, está se espalhando. - e lhe deu um saquinho de pano, onde continha o selo da ânfora onde estava aprisionado o djinn - Dê um jeito, e eu pago. Qualquer que seja o preço.

Aquela atitude sua tinha espantado até à si mesmo. O bardo não era nada para ele, mas então porque ele estava pondo práticamente sua vida em risco? Aquela mulher poderia pedir qualquer coisa mirabolante em troca do serviço que até então, ela estava se interessando a fazer.

Depois de analisar o selo, Yennefer se virou para ele.

- Só um suco não bastará, deve saber. - disse, aquilo deixou o bruxo um tanto inquieto e quase arrependido de ter falado impulsivamente antes.

"Mas seja o que ela pedir, vou arcar com as consequências, foda-se." Pensou Geralt.

E com uma palavra antiga, ela desfez todo aquele ar sobrenatural de lúxuria. Até a luz ambiente tinha mudado, o que fez todos ali no local acordarem do transe em que se encontravam.

O bruxo tinha acertado sobre tudo aquilo não ser normal...

- Leve ele para o quarto lá em cima. - disse, passando pelo bruxo, que logo a seguiu atrás até parar onde o bardo agora estava, caído em posição fetal, sem forças para se mexer.

- Tenha um pouco mais de calma, respire devagar Jaskier. Já terá a sua ajuda. - disse o bruxo, se abaixando para pegá-lo agora em seus braços, já que nem mais andar ou se arrastar ele conseguia.

O bardo olhou para ele com grande alívio, tentou murmurar algo, mas não conseguiu nem isso.

❃❃❃❃

- Germnralnt... - engasgou-se ofegante quando foi deitado pelo bruxo naquela cama e o mesmo se afastar dele. Temia que, já que conseguiu achar ajuda, fosse abandoná-lo ali. Seu olhar de aflição mostrava isso, e o bruxo surpreendentemente conseguiu entender.

- Fique calmo Jaskier. Não vou embora. Então se poupe de esforços inúteis. - orientou, antes de dar espaço para a feiticeira que sentou na beira da cama e começou a analisar aquela garganta altamente inchada e agora mais roxa que antes.

- Me espere lá embaixo, bruxo.

- Não vou sair até que...

- Vá. - disse a mulher, olhando firme para ele - Preciso de concentração. Se quer que seu amigo aqui tenha a ajuda requisitada, faça o que eu digo. Não disse antes, qualquer preço? Ou substima minhas capacidades? - a feitceira levantou-se e foi até o bruxo ali na porta, olhando-o intrigada.

- Só não quero que... - se aproximou como se fosse fazer alguma confissão, o que de fato era mesmo - Que o que ele ouviu de mim seja a última coisa do que se lembrar.

- Se ele estiver morto não tão terá essa preocupação. - disse a mulher, e logo bruxo lhe lançou um olhar cheio de raiva - Estou brincando. Ele vai ficar bem. Mas vá. Não quero nenhum "amigo" me atrapalhando com preocupações excessivas. - disse, mas algo no seu tom indicava uma indireta muito sugestiva.

Geralt cerrou os punhos e os dentes diante das exigências da maga. Mas não podia fazer nada. Então saiu do quarto a passos duros. Fechando a porta atrás de si da mesma maneira.

- Agora vamos cuidar de você, Jaskier não é?

- Gennralnnt... eeehh... - gemeu dolorido tentando falar. O que ele queria era dizer para o bruxo ficar, estava assustado demais, e precisava de um porto seguro. Ou pelo menos que segurasse sua mão. Temia que fosse morrer, e se chegasse a esse fim, não queria ficar sozinho com uma estranha, queria que o rosto do bruxo fosse a última coisa que pudesse ver.

- Shh... Escute o conselho de "seu" bruxo, poupe-se de falar. - disse ela em uma insinuação, que logo o bardo sacou. Não foi de primeira, mas entendeu.

O bardo arregalou os olhos.

- Não se preocupe. Sei guardar muitos segredos... Mas, vamos ver mais o que se passa nessa mente. Afinal sou uma comerciante, de certa forma. E todo bom comerciante precisa conhecer para quem ele está vendendo ou comprando... - disse.

Jaskier se encolheu na cama, como se isso fosse fazê-lo ficar mais distante.

E sem que ele esperasse, Yennefer disse uma palavra antiga e ele caiu num sono profundo. Um sono que o levou para outro lugar...

"- Dê um trocado pro seu bruxo, ó vale ambudante, ó vale ambudante. Ôôô...! - cantou ele no meio de uma multidão apôs ele ver Geralt chegando de sua caçada.

E assim como na música dizia, todos seguiram a jogar para Geralt recompensas e pequenos trocados na mesa onde Jaskier cantava juntamente de seu alaúde.

Apesar de estar todo sujo de lama, um pouco arranhado e suado em cansaço por ter abatido um lobisomem, isso não tirava o seu charme. E isso, ah, isso deixava o bardo em polvorosa. Sentia um formigamento em seu peito ao vê-lo tão heróico e sendo admirado por todos.

Mesmo que ele, o bruxo, nem sequer mudasse sua expressão carrancuda de mal humor...

Mas, ninguém sabia que esse olhar de afastar qualquer um era um dos atrativos preferidos do bardo. Aquele olhar penetrante e sério lhe causava aquele frio delicioso na barriga. Seu coração palpitava mais forte, e isso o instigava a cantar com mais paixão à todos.

- E mais um dia o bruxo Geralt de Rívia conquistando os corações alheios com sua bravura e coragem! - disse Jaskier quando o mesmo se sentou numa mesa num canto e pediu ao taberneiro que lhe trouxesse uma caneca de cerveja.

- Vá a merda, bardo. - disse muito mal humorado.

- Sua ingratidão é um ácido que corroe meus sentimentos e machuca meu pobre e único coração, Geralt. Mas deixando isso de lado, como você está? Não quero dizer fisicamente, quero saber como está se sentindo. Porque, de início você foi totalmente contra a querer caçar aquela coisa.

- Aquela coisa era uma criança ainda, Jaskier. Um jovem rapaz que nunca saberá o calor de uma mulher. Que nunca saberá o que há de bom nessa vida, mas em compensação, também não saberá a merda que é este mundo. - disse, olhando nos olhos do bardo - Isso responde a sua pergunta?

- Bem... As vezes nosso trabalho tem certas coisas das quais não gostamos de executar, mas, o que podemos fazer? Ele tirava a paz das pessoas daqui. Matou inocentes também. Mesmo que tenha sido por, talvez nescecidades. - e quando o taberneiro chegou com a caneca, Jaskier logo pegou a mesma da bandeja e bebericou um gole, o que fez Geralt soltar um rosnado bravo - Pode beber, está boa, como gosta. Sei que sempre reclama dessas bebidas de estalagem de quinta, e eu concordo, são péssimas mesmo, mas como eu sabia que você conseguiria matar aquele... monstro, eu tomei a liberdade de pedir para comprarem a melhor cevada dessa cidade e fazer uma bela e deliciosa cerveja para recepcionar o grande herói da noite.

Geralt, apesar de irritado com o bardo, não pode deixar de notar esse gesto. De uma certa forma, aquilo o alegrou um pouco.

- E então? - perguntou o bardo, ansioso pela resposta dele após o bruxo se render e beber um gole da caneca.

- Está menos merda.

- Hm... Isso deve ter sido um elogio. Vamos lá, amime-se Geralt! Hoje você ganhou dinheiro, uma bebida deliciosa, e quem sabe já terá alguém para esquentar sua cama em breve.

"Quem me dera se fosse eu... Sua cama não esquentaria, ela ferviria!" Pensou o bardo, deixando um sorrisinho escapar.

- O que está olhando, Jaskier? - perguntou Geralt, após entornar a caneca e perceber o bardo lhe encarando perdido.

- A-ah não é nada! É só que você tem que cuidar logo desses arranhões, têm alguns sangrando... - se levantou e foi verificar a profundidade da ferida em sua testa.

- Que merda está fazendo?!

- Não me diga que dói? Já vi você se lastimando mais que isso. Ei, fique parado! Ou vai querer beber sua cerveja com gosto de prego? Porque é isso que vai acontecer se você deixar sangue cair dentro da caneca. Lembre-se que fiz um esforço para convencer o taberneiro a fazer uma nova cerveja! - Jaskier tinha subitamente se inclinado na mesa para limpar a testa do bruxo, que escorria suor e sangue, possívelmente dele, ou quem sabe do lobisomem.

Com muito protesto, o bardo conseguiu limpar não só a testa, mas o rosto todo do bruxo, que olhava para todos lados em uma vergonha que nunca sentira.

Nunca sentira, nunca mesmo.

- Já chega bardo, está parecendo que quer me dar um banho aqui. - disse, pedindo mais uma caneca.

- Então você gostou... - comentou o bardo com um sorriso provocador.

- Não. Só quero alguma coisa pra não ficar sóbrio, e esquecer de mais uma merda que fiz nessa merda de vida.

- Deixa de ser orgulhoso. Admita que está se deliciando nessa bebida, que eu, - frizou - mandei fazer exclusivamente para você e sua chegada triunfal trazendo a paz para todos dessa vila.

Geralt arqueou uma sobrancelha, encarando o bardo.

- Está enfeitiçado?

- Não. Porque?

- Está agindo estranho. Mais do que de costume.

- Quanta grosseria! Eu? Estranho? - Jaskier pôs a mão no peito fingindo estar ofendido - Vou levar isso também como um elogio, porque as vezes ser estranho é bom, veja, sou o bardo mais famoso do Continente por compor canções sobre o grande Lobo Branco, que todos acham também estranho.

- O que você aprontou Jaskier? Andou comendo onde não devia?

- Não nesta cidade. Não tenho tido sorte últimamente... - disse sentando-se novamente e apoiando o queixo em um das mãos - Porque será? Ein? - seu olhar logo foi para o bruxo.

- Está tentando dizer que é minha culpa?

- Quem sabe? - encarou o bruxo - Eu pensando que ia conseguir mais donzelas ao seu lado, só estou conseguindo amargurados querendo meu pescoço.

- Se estou te dando má sorte, então vá embora, ou senão vai continuar sem meter esse seu...

- Mas! - interrompeu bruscamenre o bruxo - Em compensação minha fama e minhas inspirações estão em alta. Você é uma fonte inesgotável, Geralt.

Uma coisa que era irritante, mas também era uma coisa que o bruxo achava bom: a sinceridade de Jaskier. Ele já viveu o bastante para saber quando uma pessoa estava mentindo. Mas o bardo falava o que vinha em sua mente práticamente o tempo todo. Essa falta de filtro era o que o tornava menos irritante para os olhos de Geralt.

"Jaskier é uma peça estragada no meio desse mundo que dizem ser perfeito. O que faz dele ser uma coisa boa. Até o momento em que abre a boca para berrar." Pensou o bruxo, terminando sua segunda caneca.

- Vou tomar banho. - disse os dois ao mesmo tempo. Mas só Jaskier riu disso.

- Veja só, está vendo como estamos nos tornando amigos?

- Não somos amigos.

- Que seja. Mas você não pode negar que já temos algo em comum.

- Algo em comum?

- Sim. Nosso gosto por aventuras. De viajar para onde...

- Para onde têm trabalho para nós? - completou.

- Isso também. - sorriu, e olhou para o bruxo, segurando um sorriso irresistível.

- O que é agora Jaskier? - perguntou, estranhando aquele olhar do bardo sobre si novamente.

Se o bruxo imaginasse o que se passava na mente do bardo naquele momento...

- Nada Geralt. Você está muito cismado hoje. Deve estar muito cansado. - quando ele ia se levantar, sentiu um incomodo em suas calças.

Ao mirar sua visão ali, assustou-se pelo que viu.

"Oh, merda...!". Xingou em pensamento. Ver o bruxo todo suado e com marcas de sua batalha e chegar com toda sua glória, se fazendo indiferente como se o que não fora nada, aquela beleza rústica do bruxo lhe deixava muito acalentado.

- Ãn... Acho que devo estar cansado também... Boa noite Geralt. - se levantou e rápidamente se virou de costas para o bruxo e pôs seu alaúde na frente para que ninguém percebesse sua ereção repentina.

- Jaskier?

- Boa noite Geralt! Tenha uma boa bebedeira! - e saiu a passos apressados em direção ao seu quarto, onde ia aliviar-se com os pensamentos que agora preenchiam sua cabeça mesmo que se esforçasse para tirá-los de foco.

E não foi só uma vez que o satisfez..."

De repente seu sonho mudou para a uma cena onde o bardo estava na cama com uma mulher muito bonita...

"- Assim está bom? - perguntou a mulher enquanto cavalgava em cima do bardo.

- Você é a melhor, Virginia... Ah... - gemeu o bardo, fechando os olhos para sentir mais daquele prazer.

Mas em poucos minutos, a condessa de Stael se desfez, deixando o bardo ainda cheio de desejo.

- Não se preocupe... - disse ela ofegante - Vou te recompensar agora... Você merece. Meu amor... - sorriu, se abaixando para beijá-lo, e foi descendo para seu pescoço, tórax, abdômen, virilha...

- Oh... Virginia... - gemeu ao sentir os lábios macios dela em seu falo.

Apesar de aparentar ser uma nobre cheia de não me toques, mas quando a condessa via Jaskier, se entregava completamente.

Jaskier gostava dessa personalidade dela, e depois daquela explosão de Geralt lá nas redondezas de Rinde, ele ficou pensativo, ficou acordado a noite toda, até que antes do sol nascer, ele pegou suas coisas e foi embora, porque não queria que assim que o bruxo acordasse lhe desse mais daquelas frases de expulsão que mesmo tentava relevar, isso o machucava. Então resolveu de cabeça quente, seguir em frente.

Os lábios da condessa eram hábeis, e não vacilavam em lhe dar prazer...

- Porra... Isso Geralt... - gemeu, sussurrando baixinho entredentes.

E nesse mesmo instante, a condessa parou o que estava fazendo.

- Virgínia?

- Que merda você acabou de dizer?!

- O que eu falei? Como assim?

- Não se faça de idiota! Seu... - sua expressão ficou enojada e logo se afastou do bardo, que ficou ainda mais confuso com sua reação repentina.

- Virgínia, o que aconteceu?! - questionou ele saindo da cama e indo atrás da moça, que logo foi até seu guarda-roupa por um roupão.

- Não encoste em mim! - disse ela com lágrima nos olhos - Como você pôde... Você é um... UM... UMA PRAGA DELICADA! UMA ABERRAÇÃO! - esbravejou gritando enraivecida.

Jaskier ficou paralisado por alguns instantes.

O bardo sempre ouvira falar de muitas histórias de homens que gostavam de certas peculiaridades em seu momento íntimo. Existias as mais variadas e absurdas fantasias. Mas, também existia os gostos fixos, como por exemplo, aqueles que só gostassem do próximo semelhante ao de seu sexo, os tais "Aberrações". E esses eram também conhecidos "Pragas Delicadas", um jeito menos ofensivo falado pela nobreza.

E ser chamado assim por alguém... Verbalizados dessa maneira... Foi doloroso de se ouvir.

- Como pude me deixar enganar assim?! - e partiu pra cima dele, batendo em seu ombro e braços. O bardo tentava se proteger ou desviar de seus fracos socos e tapas, ainda não entendendo o que estava acontecendo.

- Virginia! Me diz o que houve?!

- Me usando... É isso o que sou pra você? Um objeto de prazer que te serve para você ficar pensando em outra pessoa... Em... Outro... - ela passou as mãos no rosto - Deuses, em nem consigo olhar mais pra sua cara! Chamou o nome de um homem... Quem é esse maldito?!

- Eu realmente não sei do que está falando Virginia...

- Da porra do nome que gemeu! - dei-lhe mais uma sessão de tapas - Quem é esse Geralt!?! - exigiu ainda o estapeado.

E todo o corpo de Jaskier congelou.

Foi um ato falho. Um ato falho terrível, grande e grosseiro, com fios brancos e espadas assustadoras.... Um ato falho insuperável!

- Virginia! Não é nada disso que você deve estar pensando... E-eu devo pensado em algum negócio envolvendo essa tal pessoa...

- Você?! Pensando em negócios no meio disso?! Você é um bardo! Não um comerciante! Seu... Saia da minha frente! Desapareça antes que eu mande queimá-lo vivo!

- Por favor Virginia, me escute... - não conseguiu completar sua fala, pois logo recebeu um grande tapão que o fez cambalear para trás..."

E de repente, com aquela sensação ruim no rosto, Jaskier acordou assutado.

A primeira coisa que sentiu foi um grande alívio em seu pescoço, respirava com facilidade, e não havia mais gosto de sangue em sua boca. A segunda coisa foi sentir abaixo de si uma superfície macia e confortável, mas aquilo só o fez ficar preocupado, como se... O seu pesadelo tivesse tomado forma.

- Onde estou...? - pôs uma mão nas vistas por sentir um pequeno incomodo em suas pupilas, por causa da luz do sol lá fora.

Mas assim que sua visão tomou foco, tomou mais um susto ao ver uma mulher nua na parte superior, sentada na beira da cama à sua frente.

- Certo. Ótimo. - murmurou - Hã... - olhou para os lados, verificando tudo ao redor em busca de provas se ele... - Não quero ser desagradável nem nada mas nós... Você sabe... Fizemos...? - gesticulou para a mulher mistériosa, que se mantia sentada como se estivesse em transe, e aquilo estava o assustando.

Mas assim que ela se virou, reconheceu quem era.

- Minha nossa! - logo inquietou-se na cama tentando fugir quando a mesma começou a ir em sua direção - Não! Eu certamente não molhei o biscoito aí! - e saltou da cama para longe daquela feiticeira, que parecia um demônio lhe perseguindo lentamente.

- Olhe, sinto muito mas, me lembrei que deixei meu... gato, no... Fogão! E-então... Devo ir! - correu para suas coisas e se pôs a vestí-las o mais rápido que podia.

- Fale seus desejos mais profundos e seguirá seu caminho. - disse Yennefer, ignorando o discurso do bardo.

- Meus desejos mais profundos já estão satisfeitos muito o-obrigado!

- Tem certeza disso? Eu penso que não.

O bardo olhou para ela com mais inquietação e temor.

- Seja o que você tenha visto, nada é real! - disse, mas a única reação que a feiticeira teve foi sorri com pena. Ergueu uma mão e o empurrou para a parede com um feitiço invisível.

- E a garganta? Porque não tenta cantar? - sugeriu ameaçadoramente enquanto ia para sua direção carregando na outra mão um punhal que reluzia com a pouca luz o fazendo mais assustador e afiado.

Se vendo encurralado e amedrontado, a única canção que lhe veio em mente, como era de se esperar, afinal sua mente era preenchida em maior parte pelo bruxo, o restante era bobagens alheias e suas composições, então começou a cantarolar uma de suas composições:

- Dê um trocado pro seu bruxo... Ó vale... Do pênis! - soltou um grasnado ao sentir suas partes serem pegas de modo nada delicado por aquela feiticeira, que também lhe ameaçava com aquele punhal ali - Oh minha nossa!

- Se quiser manter o que tem, faça um maldito pedido. - exigiu a mulher de pupilas lilás - Tem a oportunidade de pedir o que quiser agora. Porque não pede o que tanto deseja, essa é a hora, flor.

Jaskier quis um buraco para sumir da face da terra. Tantos anos escondendo esse fato, tantas dificuldades... E só foi aparecer uma feiticeira para ler sua mente e tomar conhecimento de seus mais secretos segredos, os quais ele esconde ávidamente do bruxo pelo medo de ter seu pesadelo concretizado: ser rejeitado e rechaçado pelo bruxo de seu coração.

- Pode tê-lo se quiser. Não é isso o que quer? Faça logo o pedido!

- Não! - disse, tomando coragem do nada.

Yennefer se irritou, e o lançou para longe, fazendo o bardo cair no chão com força. Mas mesmo assim Jaskier se manteve firme.

E por sorte a feiticeira se afastou dele ao sentir uma ventania começar, então se afastou do bardo e foi para sua armadilha de djinn.

- Faça seu pedido! Agora!

- Eu... Eu não sei!! Eu... - o bardo ficou tentado a fazer o pedido que lhe enchia o coração, mas sua mente lhe reforçava que isso era errado.

Se fosse somente desta maneira que ele poderia ter o que mais queria... Então ele preferiria não ter.

- Certo! Que eu saia daqui para sempre! - disse.

No segundo em que ele fez o pedido, a feiticeira começou a pronunciar uma língua antiga que ele não conseguiu entender, mas mesmo que entendesse, seu foco era sair dali e livrar seu traseiro de ser fatiado por aquela maluca!

Tudo começou a ventar mais forte ali dentro, o chão, as paredes e o teto tremiam, como se estivesse acontecendo e começando um terremoto devastador.

Jaskier se pôs a correr pelo castelo, lembrando-se, mesmo em momento de desespero, o caminho para a saída.

Quando seus pulmões respiraram o ar livre, a primeira pessoa que vira foi o bruxo, fazendo ele pensar que pudesse ter feito algum outro pedido, porque era exatamente nele quem ele estava pensando em buscar.

- Geralt, ainda bem! Estou vivo para viver outro dia! Devemos ir. - disse passando pelo bruxo que logo o seguiu. Mas à frente, parado no portal estava o elfo, Chireadan, que tinha tratado dele antes.

- Jaskier, você está bem. - constatou o bruxo, vendo o estado inquieto do bardo.

- Bom saber que você se importa.

"Claro, ele nunca iria admitir..." pensou Jaskier.

- Não tire conclusões precipitadas. Mas, o que aconteceu?

- Eu estava sonhando, mas depois se transformou em pesadelo. Mulheres nuas nos dois. A primeira era amorosa e generosa de início. A segunda, muito assustadora...

- Me fale da segunda. - pediu o bruxo.

- Bem, cabelos pretos, olhos demôniacos, pintando uma ânfora na barriga... O de sempre. - ao relatar isso, Geralt parou de andar.

- Ela quer ser a hospedeira...

- Conhece essa mulher? - perguntou em um tom irritado - Que dizer, é claro que conhece... - corrigiu-se, tentando disfarçar sua dor de cotovelo.

- Ela quer ficar mais poderosa... Mas morrerá.

- Bem, rezaremos por ela quando sairmos da cidade. - disse, ficando incomodado pela preocupação repetina do bruxo - Oh não... Merda... - correu até ele quando viu o mesmo indo na direção da entrada do castelo - Falta um parafuso na sua cabeça?! - disse, se pondo à frente dele.

- Você tem que entrar lá, não? - questionou o elfo em uma indireta - Reconheço o olhar, sei como se sente. - o coração do bardo ficou pequeno de tão apertado que ficou ao ouvir a insinuação do elfo.

"Então... Ele... Está... Ele... Se apaixonou por aquela feiticeira? Isso... Não pode ser...". Lamentou Jaskier interiormente.

- Estão me deixando desconfortável. - e passou pelo elfo e o bardo.

- Ah... Não, não, não, não... Não me diga que agora resolveu se importar com alguém que não seja você mesmo? - Jaskier se pôs em sua frente de novo - Geralt! Deixe a bruxa sensual e louca morrer! Ela procurou isso!

- Não seja ingrato! Ela salvou sua vida, não posso deixá-la morrer. - disse Geralt, olhando-o muito sério.

Jaskier até acreditaria nesse argumento se não tivesse ouvido da boca do elfo a insinuação, ou melhor, a confirmação de que o bruxo foi laçado por aquela feiticeira.

De repente o céu ali fora começou a se fechar, nuvens cinzentas se acumulavam ao redor do castelo, a ventania aumentou e, um homem velho saiu de lá às pressas, ainda se vestindo.

Era o prefeito!

- Senhor, o que está havendo na sua casa, o que está acontecendo lá dentro?

- Minha casa... Não faço idéia!

E foi então que parte do castelo começou a rachar com alguma força sobrenatural que a rodeou. Jaskier, Chireadan e o prefeito se distanciaram ao ver os vidros das janelas se estilhaçarem.

A vontade do bardo era de entrar lá e arrancar o bruxo de lá dentro, mas ele sabia que não podia fazer nada, não tinha forças, não sabia fazer magia e muito menos tinha habilidades de esgrima como Geralt tinha. Ou seja, ele era um inútil naquele momento.

E listar isso em sua mente o fez se sentir culpado.

As nuvens ficaram mais densas e cizentas, o teto da casa começou a ruir. Para o desespero do bardo, que pensava mil maneiras de como ajudar, mas o tempo estava acabando. E quando mal esperava que podia piorar, piorou. Uma fumaça negra e disforme saiu como um furacão pelo telhado que se despedaçou inteiro fazendo todo aquele cômodo para onde Geralt tinha ido. O céu cizento desapareceu, dando novamente lugar a um bonito e ensolarado.

- Não... - um nó na garganta do bardo apareceu - Não pode ser verdade... Não pode ser verdade...

- Ela não pode ter sobrevivido... - lamentou o elfo.

- Porque Geralt entrou? Não faz sentido... A não ser que...

"A não ser que seu amor por essa mulher era tanto que ele não era capaz de suportar viver sem ela... Assim como vou ter que achar uma maneira de suportar, uma vida sem ele...".

Jaskier estava desolado, sem chão.

- Tudo para salvar uma bruxa louca... Porque?

- Porque ela era magnífica. - respondeu o elfo.

Suas pernas ficaram bambas ao ficar imaginando como seria dali para frente...

Caiu ficando de joelhos ali em frente ao castelo.

Passou por tantas coisas... Para terminar dessa maneira?

Talvez... O destino o puniu por querer desafiá-la. Ele tinha tudo, trabalho bem remunerado, uma fama, amigos, mulheres aos seus pés... Mas ele trocou tudo isso para viver ao lado de um bruxo que vivia mal humorado e volta e outra o mandava embora. E de vez em quando passando necessidades juntamente de Geralt, que as vezes ficava sem trabalho e sem economias até para comprar bebidas.

- O que devo fazer agora? Não era para ser assim...

- Você... e ele...? - o elfo virou para o bardo e o encarou em interrogação.

- Oh, não. Não. Não... Só éramos amigos. O que pensas que sou? Eu sou um homem e isso é uma coisa muito errada de se pensar de mim, oras, sou famoso por todos os lugares que passo, não fique inventando coisas de mim assim, porque...

- Uma coisa que aprendi vivendo entre os humanos é a sua incapacidade de esconder certos desejos. E acho que convivo demais entre vocês... Entreguei meu coração à bela de iris violetas, assim como você entregou ao...

- Escreverei a melhor das músicas... - Jaskier interrompeu, não querendo ouvir mais aquele assunto do elfo, que logo entendeu e lhe deu espaço para assimilar sua dor - Para que se lembrem de quem você era, o que vivemos e tudo o que vimos. E eu a cantarei, pelo resto da vida, Geralt... - abriu um pequeno sorriso em meio a sua tristeza - Você sempre dizia que minha voz era maravilhosa...

É lógico que nem em um momento como aquele ele diria a verdade sobre o que o bruxo achava de seu canto.

Na melhor das hipóteses, Jaskier gostava de acreditar que o bruxo era orgulhoso demais para adimitir que sua voz o encantava.

- Eles estão vivos! - disse o elfo voltando para ele de repente.

- Hm? Mentira. - disse totalmente descrente, mas escutar isso do elfo e ver o seu sorriso fez seu peito mergulhar num oceano de alívio e felicidade.

O bardo se levantou rapidamente do chão, suas forças e vivacidade tinham retornado para si como uma chama queimando um papel.

- Geralt? - o chamou, até parar em uma janela de onde se ouvia sons abafados, alguns mais altos e que logo o fizeram entender do que se tratava.

- Estão vivos... - seus olhos grudaram na cena a sua frente - Estão vivos mesmo... - houve uma grande confusão em seu peito.

Era de alívio verdadeiro, alegria. Mas também era de inquietação muito incômoda, pois ver quem ele gostava de entregando a um outro alguém, e ainda mais esse alguém sendo aquela feiticeira, era como se estivessem furando sua pele como dezenas de agulhas. Mas, também havia uma certa curiosidade e excitação, pois nunca vira a "performance" do bruxo, mas ouvir, ah, isso ele já tinha feito centenas de vezes.

- Não, espera! Quero ouvir! Me solte. - o bardo acabou sendo arrastado por Chireadan, que não suportou mais ficar vendo sua amada ali nos braços de outro.

Bem, ele teve agora certeza de que, mesmo com um coração quebrado, ainda sim era mais forte do que o do elfo em suportar ver quem amava nos braços de outra.

Goxxxtaram?

Ah, Jaskier... O bruxo nem sabe, mas ele está em duas aventuras ao mesmo tempo: uma é quando está com Geralt, e a outra é pelo coração do mesmo. Kkk (entenderam?😁😅)

Espero que tenham gostado desse meu presente à todos vocês, e espero que tenham se divertido um pouco mais nesse domingo.😇

Um grande abraço apertado e beijitos à todos!😘😘😘
Inté domingo que vem my littles.👋😊 #peaceandlovealways✌️❤️✌️❤️✌️❤️✌️❤️✌️❤️

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