Esse Garoto é o Caos Vol.2 [C...

By HannaBradley

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[SEGUNDO LIVRO DE ESSA GAROTA É O CAOS] Ele não consegue esquecê-la. Ela não é mais a mesma. Nunca passou pe... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Epílogo
Agradecimentos

Capítulo 8

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By HannaBradley

KRISTEN

Acordei com um péssimo humor. Estava sentada na poltrona da minha sacada, vestindo o meu robe de cor creme e uma xícara de café na mão. Normalmente estaria admirando a beleza do dia, mas os meus olhos apenas se fixaram no mar que estava bem a minha frente. O som das ondas se quebrando nem estavam sendo apreciadas como acostumava ser todos os dias pela manhã.

O meu humor ruim era culpa de Christopher. Sempre ele. Odiava a forma como tinha me afrontado e insinuado que eu ainda sentia algo por ele. Como se isso fosse possível. Jamais voltaria a ficar apaixonada por ele, isso eu posso dizer de trás para frente com toda a certeza. Muito pelo contrário, o detestava. Novamente comecei a sentir aquele sentimento contrariado e isso me deixava possessa. Parecia que mentia para mim mesma. E eu, era justamente a pessoa que deveria ser mais honesta na vida.

— Não assassine a xícara de café. — Noah surgiu na minha sacada com o seu robe vermelho e uma xícara com chantilly até o o topo. Depois de assimilar a sua frase, percebi que segurava a alça da xícara com uma força desnecessária e até bruta. O loiro caminhou até mim e se sentou na poltrona dele. Sim. Ele tinha uma poltrona exclusivamente dele na minha sacada. — Sabe, seu mau humor lhe cai bem. Se visse como está com uma cara sexy assim... — brincou.

Não me contive e acabei rindo, não resistia as piadinhas descontraídas dele.

— Isso tem haver com Christopher? — perguntou de repente. Não me lembro de ter contando a ele sobre a minha conversa com Christopher.

— Como sabe? — o fitei atentamente, estranhado essa telepatia tão rápida.

— Bom — cruzou as pernas de maneira desleixada e suspirou. — , digamos que ontem eu vi quando ele seguiu em rumo ao seu escritório. Coloquei os olhos nele assim que ele e Jason começaram a conversar, a conversa parecia ser bem tranquila. Depois que notei que ele estava conversando com Alyssa, comecei a ficar indignado, mas ela saiu aborrecida. Christopher largou a taça e saiu correndo até o corredor que só poderia levar...

— Ao meu escritório. — completei rapidamente. — Ele e eu tivemos uma conversa que não foi agradável em nenhum aspecto. Pelo contrário, me irritou profundamente.

— Me conte, quero saber de tudo. Odeio ficar apenas olhando e não conseguir fazer leitura labial. Daria de tudo para saber o que ele e Jason haviam conversado. — o loiro reclamou audaciosamente.

   Então, contei à ele tudo sobre a conversa impetuosa que tivemos e também, da maneira que ficamos próximos. Talvez eu estivesse de mau humor porque... Não, não ia admitir isso. Era demais até para mim.

— Ficaram tão próximos assim? — um sorriso pentelho surgiu nos lábios do cobiçado Noah Keller, o qual eu vulgo melhor amigo e ainda não sei o motivo.

— De tudo o que falei foi só isso que ouviu? — o fulminei com o olhar em um tom brincalhão.

— Não, mas você sabe que eu gosto das partes mais picantes. — brincou de novo. — Brincadeira. — cessou as risadas. — Sabe... Acho que ele ainda é a fim de você. Por qual outro motivo ficaria nessa insistência?

Algo dentro de mim fraquejou em apenas sonhar em pensar nessa possibilidade.

— Para o bem dele é melhor já ter superado. Eu e Christopher não vamos voltar a ficar juntos nunca mais. — mantive firmeza na voz.

— Nisso eu te compreendo. Mas uma coisa eu queria falar com você... — Noah se ajeitou na poltrona e sua expressão manteve mais seriedade.

— O que foi? — o observei, estranhando a sua postura repentina.

— Não deveria fazer isso com Alyssa. A garota não obrigou Christopher a nada. Isso não é você. Você não é cruel assim. — o olhar dele baixou e em seguida retomou aos meus — Não deixe a sua essência se afundar nessa bagunça toda, tá legal?

— Eu não vou. — concentrei o meu olhar na xícara que estava segurando e no café que esfriava. — Eu sei que não devia ter feito aquilo, mas é só que... — suspirei — Eu me lembro exatamente de quando ela entrou na sala de Christopher dizendo "chefinho" e "cafezinho". Nunca consegui pegar tanto ódio por palavras diminutivas.

— Eu te entendo. Na verdade, não posso dizer que não teria feito o mesmo se estivesse no seu lugar. As vezes a raiva e o rancor acabam nos domando. — compreendeu — Quando estamos com as rédeas nas mãos, a sensação de poder pode fazer com que tomemos atitudes que nem imaginávamos tomar.

— É, sei bem como é isso. — admiti. No fundo sabia que não deveria ceder à tentação de punir Alyssa por ser a amante de Christopher. Eu não podia. Na verdade, podia, mas não deveria. — Sabe, eu sei que Christopher é quem me devia lealdade, mas... Não consegui me conter quando vi Alyssa bem ali, fácil de... Enfim. Não quero voltar a fazer aquilo, não quero me tornar tudo o que sempre odiei.

— Eu sabia que iria reconhecer, conheço você, Kristen. Esse lance de vingança não faz o seu tipo. — o loiro sorriu para mim, satisfeito por estar certo mais uma vez. Noah sempre estava certo sobre mim. Se um dia ele me dissesse que estava sendo um ser humano horrível, acreditaria.

— Não faz. Christopher é passado e Alyssa... Ela trabalha para a pessoa que ela considerava insuficiente para Christopher. — coloquei a xícara em cima da mesinha.

— É a lei do retorno se provando fiel. — bebericou a bebida que estava na sua xícara, coberta por puro chantilly.

— Você tem razão. Não tive nem que colocar as mãos. O destino fez tudo sozinho. — sorri. Noah sempre conseguia me devolver de volta à mim mesma e eu o amava ainda mais por isso.

— Eu sempre tenho razão. — fez uma cara de superior e acabou falhando ao rir.

— Ah meu Deus! Que ego é esse? — gargalhei. As vezes fico pensando: Sou incapaz de viver em um mundo que não exista Noah Keller. Ele simplesmente torna o meu mundo melhor.

— Só estou sendo sincero. — bebeu um pouco seja lá o que esteja na xícara.

     Olhei as horas no celular e vi que já estava bem tarde. Noah e eu acordamos tarde hoje. Não posso esquecer do meu compromisso.

— Tenho que me arrumar. — disse enquanto me levantava da poltrona e ajeitava o robe.

— Vai para onde? — a curiosidade dele nem fez cerimônia.

— Ontem a noite, Jason me chamou para almoçar com ele hoje. — contei. Apreciava bastante a companhia de Jason e para ser honesta, gostava dele, gostava de verdade.

— Algum plano que inclua um motel? — Noah riu maliciosamente. Seus comentários inconvenientes nem me surpreendem mais.

— Não, estamos indo devagar. Vou fazer dar certo dessa vez. — falei com sinceridade. Por mais estranho que seja, acho que Jason e eu podemos ter uma relação bacana, pelo menos é assim que as coisas estão encaminhando.

— Eu escolho o look, o penteado e o sapato. — o loiro deu um salto da poltrona, bastante empolgado. Ele adorava fazer isso.

— Não quer me dar um banho também? — brinquei.

— Se você fosse um homem gostoso, sarado e com um brinquedo bem grande, te daria um banho que não esqueceria para o resto da vida. — riu ao responder a minha pergunta brincalhona. Noah e eu tínhamos uma intimidade extremamente grande para brincar com qualquer tipo de assunto.

— Talvez Ethan queira experimentar esse banho que você propagandeia. — caminhei para dentro do quarto e Noah seguia logo atrás de mim, ainda com a xícara na mão.

— Ele já experimentou e gostou. Você sabe que adoro sacanagens no banheiro. Parece que ficar pelado embaixo de uma água escaldante já surge um clima afrodisíaco, tudo endurece. — largou a xícara em cima da mesinha que havia perto da minha cama e correu direto para o meu closet, ele é louco por moda.

CHRISTOPHER

     Minha cabeça estava doendo, uma ressaca infernal. Ontem, depois de brigar com Kristen, acabei indo parar em um bar e pelo que parece, bebi exageradamente. O que foi uma péssima ideia, já que tenho que me encontrar com a representante de uma empresa que está montando uma parceria com a minha. Não posso chegar em um estado deplorável, prezo por uma aparência apresentável em qualquer coisa que desrespeito ao trabalho.

    Saí do banheiro com uma toalha amarrada na cintura e com o cabelo molhado. Pensei que o banho ajudaria a resolver a ressaca e até que funcionou um pouco. Caminhei até o closet e procurei por algum terno que fosse apropriado a ocasião. Após ficar em dúvida entre alguns, escolhi o terno slim bege. Era uma boa escolha.

   Depois de uma boa escolha de terno e gravata, cabelo penteado e perfume, nem parecia que tinha passado a noite inteira bebendo. Não demorei até chegar à garagem e entrar no meu carro. Os seguranças cuidaram para que o portão principal fosse aberto, então, em pouco tempo, estava na estrada. Marquei de encontrá-la em um restaurante. Nada melhor do que um almoço de negócios para tornar as coisas mais... descontraídas.

   O manobrista se encarregou de estacionar o meu carro enquanto entrava para o restaurante. O restaurante Dommno's é o único granfino que eu gosto, foi aberto a pouco tempo. A comida não é cheia de frescura e é até saborosa, por isso tomei a inciativa de escolher ele. Foi quando me deparei com várias mesas que me toquei que não sabia o nome da representante. Tirei o celular do bolso e antes que pudesse ligar, uma mulher apareceu. Eu conhecia aquela mulher. Era a Ana. Ana Kinsey.

— Olá. — ela me cumprimentou com um sorriso. Sua beleza era algo realmente destacável.

— Olá. — fiquei satisfeito em revê-la.

— Bom, eu sou a representante da empresa Sires, a empresa que está montando parceria com a empresa Harvey, a sua empresa. — se identificou. O destino era mesmo irônico, amo isso.

— Hã... Que coincidência maravilhosa. — foi inevitável não sorrir. Então seria com essa mulher magnífica que iria almoçar? Estava pensando nas típicas diplomatas de sempre.

— Sou nova em Los Angeles e não sabia da empresa Harvey. Quando comecei a trabalhar e o meu chefe disse que montaria parceria com a empresa de Christopher Harvey, imediatamente lembrei de você. Ele estava falando sobre essa parceria faz algum tempo, mas somente me disse o nome ontem à tarde. — ela também apreciava a ironia. Ana parecia fazer o tipo de mulher que é muito mais do que aparenta ser.

— Não sabe como fico aliviado de saber que pelo menos o almoço será com uma mulher interessante como você. — não resisti em fazer esse comentário. Não vi nenhuma aliança no dedo dela, era uma pequena indicativa de que estava solteira ou talvez não.

— Obrigada, mas não sei se sou tão interessante assim, muito menos quando se trata de trabalho. — respondeu um pouco sem jeito.

— Acredito que falar sobre trabalho nunca seja interessante. — mantive a expressão descontraída e interessada.

— Vamos nos sentar? O senhor Sires foi bem descritivo nas cláusulas. Vai ser um pouco cansativo. — sugeriu.

— Mas é claro.

    A acompanhei até uma mesa que ficava perto de uma enorme janela, a qual considerei uma ótima escolha. Gostava de lugares arejados. Antes de pedir qualquer coisa, Ana falou um pouco sobre o que o senhor Sires a instruiu, concordava com tudo, pelo menos por enquanto.

   Ana era bem competente e profissional. A sua postura se tornou outra quando começou a falar sobre o contrato, era um grande negócio. Ela falava seriamente e se mostrava meramente responsável. Resolvemos fazer o pedido, eu pedi o número mais simples do cardápio, gostava do simples e isso não mudou. Ela pediu um prato que era bem... vegetariano.

— Você está de acordo com tudo isso? — perguntou, querendo ter certeza de que tudo prosseguia bem.

— Estou sim. O senhor Sires ficou bem ciente de que tenho a parte majoritária desse projeto, então, por mim tudo bem. — concordei.

— Quer acrescentar alguma coisa ou exigir algo? — suas mãos estavam unidas em um gesto bem formal.

— Não, por mim está perfeito. — coloquei as mãos sobre a mesa.

— Então, acho que resolvemos tudo mais cedo do que o esperado. — sua expressão séria ficou mais solta e sorridente.

— É, resolvemos. O que não quer dizer que o assunto deva morrer. — aproveitei a chance — Você é de onde, Ana Kinsey? — deixei claro as minhas pretensões. Não tinha interesse de dar em cima de uma mulher comprometida.

   Ela sorriu docemente, um pouco sem jeito. Ela não era tão direta como as outras costumavam ser.

— Sou de Nova York. Nasci e cresci lá, foi difícil deixar a outra empresa em que trabalhava, mas tive uma proposta melhor na empresa do senhor Sires. — seus dedos afastaram alguns fios castanhos do rosto.

— O que está achando de Los Angeles? Com certeza existe uma diferença enorme entre os dois lugares. — me mostrei interessado.

— Gostei. Por enquanto está sendo tranquilo, nada de tão impactante, além da beleza do lugar. Não tive nenhuma aventura legal. Só trabalho. Sem visitas pelos pontos turísticos. — comentou com um certo desânimo, mas tinha humor na sua fala.

— Já faz tempos que não visito os pontos turísticos daqui. Para quem mora aqui, nada é novidade. Mas quem sabe, se você permitir, posso te apresentá-los. — ofereci. Seria uma tolice não fazer isso.

— Seria legal. — sorriu, bem meiga.

— Seus pais continuaram em Nova York? — queria conhecê-la ainda melhor. Queria que soubesse que tinha outras intenções em mente.

— Bom, morava com a minha mãe. O meu pai tem uma outra família, pelo que sei está viajando para o Havaí. A minha mãe ainda está em Nova York, com o meu padrasto. — os dedos de suas mãos se entrelaçaram. — Estamos falando muito de mim, que tal falarmos de você?

  Isso era um bom sinal.

— O quer saber sobre mim? — estava disposto a responder qualquer coisa.

— Faz muito tempo que assumiu o controle da empresa? — foi o que perguntou. Teria que ir dando espaço para que ela aprofundasse mais nas perguntas, que elas se tornassem mais íntimas.

— Bom, faz aproximadamente... — as palavras sumiram. Sumiram. A minha atenção que se dedicava pretensiosamente a Ana, foi mandada para longe. Tudo o que os meus olhos conseguiam enxergar era Kristen entrando no restaurante. A loira vestia um vestido verde, curto e justo ao seu corpo com curvas maravilhosas. O que mais me encantou foi o seu sorriso, ela estava rindo de alguma coisa. Foi quando notei que Jason se encontrava ao seu lado, ele também ria. Os dois pareciam um casal bem feliz. Algo dentro de mim parecia ter sido massacrado, despedaçado. Odiava vê-los juntos. Odiava ter a sensação de que outro estava sendo o motivo daquele sorriso, que outro tocava os lábios que eu provei inúmeras vezes.

   Os dois seguiram até uma mesa que ficava perto da janela do outro canto. Não importava o quanto a imagem de Kristen mostrasse uma garota fina, refinada e com pose de madame, pelas suas expressões risonhas e o jeito espontâneo que ela fazia gesto com as mãos, ainda conseguia enxergar a Kristen que usava blusas de rock e que tinha anéis por todos os dedos. Ela ainda estava ali, em algum lugar.

   Ela se sentia a vontade com Jason e só eu sabia o quanto tinha que ser qualificado para ela agir tão espontânea com alguém. Amava quando sorria daquela maneira, geralmente era quando eu falava algo engraçado.

   Kristen passou a mão pelo cabelo dele e os dois riram mais ainda. Uma aflição conseguiu me invadir. Lembrava bem quando ela baixava a guarda e mostrava o seu lado meigo, quando simplesmente era ela mesma. Do seu toque carinhoso, do seu olhar interessado e pretensioso, da sua forma totalmente "romântica" de dizer que me amava. Aquilo me pertenceu um dia, mas agora, Jason parece está conquistando isso. Uma coisa tinha que admitir, sortudo era o cara que conseguisse ser o motivo do sorriso dela.

— Christopher? Você está legal? — Ana me perguntava, um pouco preocupada.

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