Harry Potter E Outras Históri...

By wolfIstars

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Uma coletânea de traduções de histórias fofas, lindas, inspiradoras, tristes, todas de vários personagens e c... More

Os Muitos Penteados de Sirius Orion Black [WOLFSTAR]
A Primeira Vez [JILY]
Conhecendo Os Pais do Namorado [DRARRY]
Meu Bebê [Sirius Black]
Mãe [Dorea Potter]
O Código Maroto [Marotos & Lily]
O Cachorro e os Túmulos [Sirius Black]
Bicho-Papão e Vingança [Harry & Remus]
23h08 - [BLACKINNON]
Posso Te Beijar, Por Favor? [WOLFSTAR]
A Poltrona [Charlus Potter]
Quem é o Meu Afilhado Favorito?! [Sirius & Harry & Teddy]
Matilha [Remus & Harry]
Suéteres Horríveis [Marotos & Lily & Bebê Harry]
Abandonada [Andrômeda Black Tonks]
Tonight [James Potter]
Vizinhos AU [JILY]
Revezando [Marotos & Harry]
Uma Viagem de Um Dia Para o Largo Grimmauld [Sirius & Harry]
Amizade Improvável [Sirius & Ginny]
R.A.B. [Regulus Arcturus Black]
Você Vê o Que Eu Vejo? [MAROTOS]
Bem Próximos [DRARRY]
O 'Pai Legal' [Jeddy & Família Potter e Weasley]
Está Resolvido [JILY]
Aqueles Que Procuram e Encontram [Luna/Harry]
Faz-de-Conta [WOLFSTAR]
Meu Universo [HARMIONE]
Conte a Ela [Neville/Luna]
Aquela Em Que Ron Fica Sabendo [DRARRY]
Girassóis [WOLFSTAR]
Curto-Circuito [HINNY]
A Reunião [Minerva & Sirius]
3 de Novembro [Sirius Black]
Irmão Protetor [Jily & Sirius Black]
Momento [JILY]
Harry [Jily & Bebê Harry]
Halloween [JILY]
Halloween [Sirius Black]
Ciúmes, Evans? [JILY]
A Vida É Curta [Nevillle/ Luna]
'Quando Nos Casarmos...' [HINNY]
Eu Te Acho Muito Bonita [HARMIONE]
Não, Ela Não Odiava [JILY]
Até Que Possamos Voar Outra Vez [Jily & Bebê Harry]
Todas As Coisas Infinitas [James Sirius & Harry]
Apenas o Começo [Os Fundadores de Hogwarts]
'Triângulo Amoroso em Hogwarts?' Por Rita Skeeter [Albus & Minerva & Severus]
Culpa do Sobrevivente [Remus & Harry]
Depois Da Guerra [Harry & Ron & Hermione]
A Vassoura de Brinquedo [James & Sirius & Bebê Harry]
Seleção [Regulus & Sirius]
Noite Difícil [Jily & Sirius & Harry]
Qualquer Coisa Pelo Harry [Drarry & Ron]
Dia da Formatura [Marotos & Lily]
O Bebê Sumiu [Jily + Hinny]
Corujas, Gatos e Novos Começos [DRARRY]
Peão para C3 [Ron & Lily Luna]
Um Não Poderia Existir Sem O Outro [Chapéu Seletor]
Querida Filha [Hermione & Rose]
Que Parem Os Relógios [Remus Lupin]
Padrinhos e Responsáveis Legais [Wolfstar & Harry]
Cada Tropeço e Cada Falha na Ignição [JILY]
O Começo do Fim [Marotos]
As Folhas Nas Árvores [JILY]
Renas e Testrálios [Marotos + Lily + Bebê Harry]
Quando A Mamãe Era NÃO [Jily + Bebê Harry]
O Ano Mais Longo [31 de Outubro]
Lembre-se Sempre [Hagrid/Harry]
Sempre Soube Que Ela Era Uma Aberração [Petunia/Lily]
A Fuga de Azkaban [Sirius Black]
Lar é o Lugar Para Onde Você Volta [Wolfstar + Harry]
Promessa de Cavaleiro [ROMIONE + Harry]
Quatro Chances, E Mais Uma [Regulus Black]
Rainha de Mentiras [Albus Dumbledore]
Aquele Em Que A Família Ficou Sabendo [DRARRY]
Talvez Seja o Destino [JILY]
A Estratégia de Petrov [Albus & Harry]
Família de Verdade [Sirius & Harry]
Nós Somos Iguais [Remus & Harry]
Entrega especial [HINNY & JILY]
Imune [JILY]
Esperança [Narcissa Black Malfoy]
Maçãs [DRARRY]
Nunca mexa com um Potter [Harry + Sirius + Remus]

Batidas do Coração [Sirius & Harry]

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By wolfIstars

Oooi :)

Mais uma história sobre o Sirius e o Harry porque eu sou rendida por esse dois, sério gente :)))

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Remus Lupin entrou no pequeno chalé que dividia com seu amigo e colocou os mantimentos na mesa. Estava chovendo lá fora, e os trovões ecoavam no chão sob seus pés - o clima, ele notou, realmente refletia seu humor. Ele se sentia chateado, sozinho e com medo. Ele supôs, no entanto, que isso tinha menos a ver com o clima e mais com a morte de seus dois melhores amigos, há pouco mais de um mês.

Ele foi para a sala procurar o único amigo que restava e seu coração imediatamente se aqueceu com a imagem que viu. Espalhado no sofá estava seu melhor amigo, Sirius Black, lendo uma revista de motos antiga. No peito, dormia o único filho de seus melhores amigos falecidos: o doce e jovem Harry Potter, o menino que sobreviveu.

"Você sabe", disse Remus, assustando um pouco o amigo, que largou a revista no bebê dormindo e olhou para cima. "Ele nunca vai querer dormir na própria cama quando for mais velho, se você insistir constantemente que ele durma com você."

Sirius sorriu timidamente para o amigo e tirou a revista de cima Harry. Ele deu um tapinha delicado no cabelo preto da cabeça do bebê. "Tudo bem, Moony ... isso me ajuda mais do que ajuda ele."

Remus assentiu conscientemente e moveu-se para uma poltrona próxima para aceitar o consolo de seu único amigo remanescente e do bebê, deixado para trás por seus pais devido à destruição de uma guerra que ele nunca se lembraria.

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Sirius sentiu a cama afundar quando um pequeno peso subiu sobre seu colchão. Ele sentiu a criança de três anos rastejar sobre a cama e, o mais gentilmente que uma criança podia, subir em cima de Sirius, descansando a cabeça em seu peito.

Sirius imediatamente abraçou o pequeno corpo com segurança, fazendo o garoto rir. "Bom dia, Paddy", a voz doce cumprimentou, levantando um pouco a cabeça para olhar nos olhos cinzentos e amorosos de seu padrinho.

"Bom dia, filhote. Posso perguntar o que você está fazendo acordado tão cedo?" Sirius disse com um sorriso, passando a mão pelos cabelos do garoto.

"Eu tenho que ir para a escola hoje, Paddy, é o meu primeiro dia!" Harry disse ansiosamente, claramente antecipando encontrar novos amigos na pré-escola local.

Apesar de sua felicidade por Harry não estar nervoso com seu primeiro dia, Sirius sentiu um aperto no coração. Seu doce afilhado deixaria Remus e ele por três horas todos os dias da semana - seria a maior quantidade de tempo que eles ficariam longe um do outro desde que conseguiram a guarda de Harry.

Independentemente disso, Sirius sorriu para o menino. "Você está absolutamente certo, o que eu estava pensando? Cinco da manhã é uma hora completamente aceitável para se acordar quando você precisa estar na escola às nove! Temos que escolher sua melhor roupa e arrumar seu cabelo e preparar um café da manhã especial! Onde é que vamos encontrar tempo?" Ele terminou a dramatização cutucando os lados do garoto, causando uma erupção de risadinhas.

"Vamos lá, filhote, podemos dormir por pelo menos mais duas horas", disse ele, passando um braço pelas costas do menino e gentilmente colocando o outro em cima da cabeça, acariciando os cabelos negros.

"Eu posso ouvir as batidas do seu coração, Paddy", Harry disse calmamente, aconchegando-se no abraço de seu padrinho.

"Você pode mesmo? Tem algo interessante a dizer?" Sirius perguntou, começando a cochilar novamente. Harry riu de novo, mais calmo desta vez, e se permitiu adormecer pelo ritmo constante do coração de seu padrinho.

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Remus assistia alegremente da varanda da frente do chalé, enquanto Sirius perseguia Harry na vassoura de brinquedo que ele havia ganhado naquela manhã no Natal.

O garoto havia completado cinco anos naquele ano e havia ser um verdadeiro deleite - com o senso de humor de James e o bom coração de Lily, ele iluminava os mundos de Remus e Sirius. Ele também herdara o talento de quadribol de James, se seus movimentos na vassoura fosse alguma indicação; Harry estava desviando e circulando em torno de Sirius como se ele tivesse nascido em uma vassoura.

Remus olhou para o bracelete roxo que o menino de cinco anos lhe dera naquela manhã de presente e sorriu. Havia três amuletos de papel pendurados, cada um desenhado por Harry. Um era um lobo, um era um cervo e o outro era um cachorro, e cada um deles tinha um grande sorriso.

Quando Sirius e Remus contaram a Harry histórias dos Marotos, eles deixaram Peter de lado, sabendo que Harry ficaria curioso sobre o terceiro amigo de seu pai. Claro, eles contariam algum dia, provavelmente quando recebesse sua carta de Hogwarts; mas, por enquanto, a pequena família estava feliz sem reconhecer o rato. A vida era boa e fácil, e Remus esperava que continuasse assim.

Remus os observou até o sol começar a se pôr e decidiu que era hora do jantar de Natal. "Harry, Padfoot, vamos voltar para dentro!"

"Awh, Moony!" Sirius e Harry gritaram de volta e Remus riu. Sirius podia ser tão criança quanto Harry às vezes, mas Remus não podia negar o quão bom era para Harry - ele adorava brincar com seu padrinho, e Sirius sempre se fazia disponível para passar um tempo com ele.

Agora que Harry estava na escola primária e Sirius e Remus trabalhavam, ficou mais difícil encontrar tempo para a família, mas os três ainda conseguiam fazê-lo e esse tempo se tornou um dos momentos mais preciosos de Remus.

Sirius pegou a vassoura de brinquedo de Harry e disse "corrida," antes de correr para casa, Harry atrás dele. Quando chegaram a Remus, Sirius estava rindo e Harry estava completamente sem fôlego.

"Pronto para comer, filhote?" Remus perguntou, dando um tapinha no ombro de Harry enquanto eles voltavam para dentro. Harry assentiu vigorosamente e os dois homens sorriram

"Vamos, filhote, vamos nos lavar enquanto Remus termina de arrumar a mesa." Sirius disse, pegando a mão do menino e levando-o pelo corredor.

Quando voltaram, contentaram-se com um pequeno banquete de carne de cordeiro, purê de batatas e a torta favorita de Harry. Sirius continuou olhando para o bracelete de Remus que Harry o havia presenteado, e Remus franziu o cenho.

Harry adorava seu padrinho, então era muito estranho que Harry tivesse escolhido dar apenas um presente de Natal a Remus este ano. Embora Sirius não tivesse reclamado, Remus garantiu a ele naquela manhã que Harry provavelmente teria uma surpresa para ele mais tarde. No entanto, quanto mais perto chegava da hora de dormir, os dois estavam começando a ter dúvidas sobre um presente de seu afilhado.

Depois do jantar, os três foram para a sala, onde Remus se sentou em sua poltrona favorita e Sirius se esparramou no sofá. Sirius olhou com expectativa para o afilhado, esperando que ele subisse sobre seu peito como costumava fazer. Quando Harry não fez nenhum movimento para se juntar a ele, ele ficou preocupado.

"O que há de errado, filhote? Você quer jogar um jogo ou algo assim?" Sirius perguntou, sentando-se.

Harry parecia um pouco preocupado, mas balançou a cabeça. Ele estava segurando algo nas mãos atrás das costas e lentamente se aproximou do padrinho, o lábio inferior tremendo.
Sirius franziu a testa e pegou o garoto para sentar em seu colo. "O que há de errado? A torta estava tão ruim? Eu admito que não sou o melhor chefe do mundo", disse ele, cutucando Harry levemente na barriga.

Isso fez com que um pequeno sorriso se formasse no rosto do garoto, mas não durou muito. Finalmente, o garoto respirou fundo e entregou uma imagem emoldurada a Sirius. "Eu-eu fiz para você, Paddy. Eu tenho trabalhado nisso na escola todos os dias, mas eu-eu não tinha certeza se você gostaria. A senhora Williams me ajudou a emoldurar. Você gostou?"

O desenho era muito grande, colorido e detalhado para uma criança de cinco anos - era um desenho de Sirius e Harry em frente ao chalé dos Marotos (como Remus e Sirius haviam nomeado carinhosamente sua casa). Harry chegou a desenhar a motocicleta voadora de Sirius no quintal e a coruja da família no telhado. A imagem tinha uma pequena legenda na parte inferior, que Sirius supôs que a professora de Harry o havia ajudado a escrever. Estava escrito "PADFOOT e FILHOTE".

Sirius sorriu para seu afilhado nervoso e o puxou para um grande abraço. "Eu amei, Harry, obrigado."

"Você tem certeza?" Uma voz baixa e abafada perguntou através do abraço.
Sirius assentiu e beijou o topo da cabeça do garoto.

"É um dos melhores presentes que já recebi."

Remus observou quando Sirius colocou a foto na mesa em frente a eles, depois se reajustou para ficar deitado no sofá e Harry estava aconchegado em cima dele, a cabeça apoiada no peito do padrinho. Ele sorriu para os dois, depois voltou sua atenção para o filme de Natal na televisão trouxa que eles haviam comprado alguns anos atrás, sentindo-se muito contente.

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"O apanhador mais jovem do século, uma detenção na Floresta Proibida, recebeu a capa de invisibilidade de seu pai e salvou a Pedra Filosofal. Por mais aterrorizante que tenha sido a última ocorrência, estou tão orgulhoso de você filhote ... mas vamos tentar um ano mais tranquilo no próximo, certo? Eu praticamente tive um ataque cardíaco quando Dumbledore me contou exatamente o que aconteceu!" Sirius exclamou, colocando a mala no chão do quarto de Harry.

Harry sorriu timidamente para o padrinho. "Desculpe, Padfoot ... mas eu estou bem agora!" Como se para provar isso, Harry correu e pulou em cima de sua cama com sua colcha da Grifinória (que ele possuía desde os seis anos, apesar de não conhecer sua casa de Hogwarts até o ano passado) e começou a pular de um lado para o outro.

Sirius sorriu e sentou na beira da cama, agarrando um dos tornozelos de Harry enquanto fazia isso, fazendo o garoto cair ao lado dele. "Você ouviu Madame Pomfrey, precisa relaxar por algumas semanas."

Harry fez beicinho para seu padrinho. "Desde quando você ficou tão chato? Eu me pergunto se Moony está se sentindo bem, talvez ele queira se divertir."

Sirius fingiu estar magoado. "Chato? Seu padrinho jovem, bonito e talentoso não é chato. No entanto ..." Sirius tinha um sorriso travesso no rosto quando pulou para frente e prendeu o afilhado. "Você claramente não está em condições de fazer algo enérgico. Olhe para você, não pode nem se soltar e me prender." Ele disse com alegria enquanto Harry lutava para sair do seu alcance.

Harry fez beicinho novamente, embora seus olhos estivessem cheios de riso. "Isso não é justo, você é maior que eu."

Sirius sorriu e bagunçou os cabelos de seu afilhado antes de soltá-lo e se sentar na beira da cama. "E vai continuar assim por um tempo. Então, vendo que seu padrinho inteligente provou que você está errado, eu digo que nós dois merecemos uma soneca ... então talvez possamos voar antes que Moony faça o jantar. O que você acha?"

Harry revirou os olhos, mas assentiu e caiu de volta na cama. Sirius deitou ao lado dele e estendeu a mão para puxar Harry para mais perto, mas Harry sorriu e deu um tapa na mão dele. "Padfoot, tenho onze, quase doze. O que meus colegas de Quadribol pensariam se me vissem abraçado ao meu padrinho?"

Sirius ignorou a reclamação de Harry e o puxou para mais perto de qualquer maneira. Harry não resistiu pela segunda vez e colocou o lado da cabeça no peito do padrinho. "Não finja que não ama o velho Padfoot. Além disso, você dorme assim desde que nasceu, por que isso deveria parar só porque você está se transformando em um adolescente rebelde?"

Harry deu um tapa leve em Sirius novamente, mas não fez nenhum movimento para deixar o abraço protetor. Ele caiu em um sono tranquilo, as lembranças de seu primeiro ano em Hogwarts desaparecendo no fundo de sua mente enquanto ouvia as batidas do coração de seu padrinho.

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"Então, Peter Pettigrew escapou completamente?" Dumbledore perguntou a Sirius novamente, franzindo a testa.

Sirius assentiu, cerrando os punhos com raiva. "Eu sabia que sua forma era um rato, mas não posso acreditar que não tenha visto melhor o Scabbers nos últimos dois anos. Tantas vezes Ron visitou Harry em nossa casa. Eu fui imprudente."

Dumbledore balançou a cabeça. "Você não deve se culpar Sirius, Harry está vivo e bem e é isso que importa. O que mais me preocupa é o que levou Pettigrew a atacar Harry. Pelo que vimos, ele teve dois anos para fazê-lo ... por que agora?"

Dumbledore parecia sério e Sirius sabia exatamente com o que ele estava preocupado. "Você teme que ... que Voldemort esteja voltando, não é?"

Dumbledore assentiu. "Pelo que sabemos, Pettigrew é covarde - não é da natureza dele tentar machucar Harry sem algum incentivo, e eu temo que, ao deixá-lo escapar, demos a Voldemort um novo capanga."

Sirius suspirou e enterrou o rosto nas mãos. "Eu o odeio", disse ele depois de um momento de tentativa de controlar sua raiva. "Se eu o ver novamente, eu vou matá-lo."

Dumbledore olhou para Sirius solenemente. "Eu confio nisso, mas por enquanto, o jovem Harry precisa de você. Vou mantê-lo informado sobre qualquer coisa que eu ouvir sobre o assunto, e eu liberei Harry do resto de seus exames neste período. Você pode levá-lo para casa assim que Madame Pomfrey concordar em deixá-lo ir."

Sirius assentiu, agradeceu Dumbledore e saiu do escritório dele. Quando chegou à ala hospitalar, viu Remus sentado ao lado da cama de Harry, lendo um livro. Harry estava acordado e brincava com o velho pomo de ouro do pai, soltando e o pegando novamente, da mesma maneira que James costumava fazer - Sirius sentiu seu coração dar uma sacudida de nostalgia. Ele caminhou até a cama e sentou na beira dela, arrancando o pomo do alcance do afilhado.

"Ei! Padfoot", Harry disse rindo, estendendo a mão para pegar o pomo da mão de seu padrinho novamente.

Sirius colocou a mão no ombro de Harry e o empurrou de volta para a cama. "Olha, você não quer que eu diga a Pomfrey que você não está descansando, não é? Tenho certeza que ela ficaria feliz em lhe dar uma semana extra aqui."

Harry parecia indignado. "Você não faria isso!"

Sirius deu a Harry um sorriso malicioso antes de colocar o pomo no bolso. Harry bufou e olhou para o colo, parecendo muito chateado com alguma coisa. Sirius compartilhou um olhar com Remus, que agora havia abandonado sua leitura, e depois falou. "O que você está pensando, filhote?"

"Aquele homem ... aquele era Peter Pettigrew?" Harry perguntou, apesar de ter ouvido a resposta várias vezes. "É quem ... é por isso ..." Ele apontou para a cicatriz, como se não pudesse expressar seus verdadeiros pensamentos.

Sirius e Remus assentiram, entendendo a linha de pensamento de Harry. "Está tudo bem. Nós vamos encontrá-lo e ele não vai machucá-lo novamente." Remus disse, agarrando a mão de Harry. Harry assentiu e recostou-se nos travesseiros.

"Você quer tirar uma soneca antes de ir para casa?" Sirius perguntou gentilmente, acariciando a franja de Harry. Ele assentiu e agarrou a mão de Sirius, puxando-o para deitar na cama.
"Ei, eu não disse que queria tirar uma soneca." Sirius disse brincando, colocando um braço em volta dos ombros de Harry e puxando-o para perto.

Harry não respondeu, mas deitou a cabeça no peito do padrinho e fechou os olhos, desejando que o sono viesse para que ele pudesse sonhar com os anos antes de ir a Hogwarts; quando ele era pequeno e seu maior problema era o quão tarde ele podia voar de vassoura à noite no chalé dos Marotos.

**************************************

"Harry! Vamos, filhote, acorde!" Sirius disse, sacudindo freneticamente os ombros do afilhado. Harry gemeu e levantou da cama em Grimmauld Place número 12, respirando rápido e procurando uma fonte de conforto.

Depois de um momento, seus olhos registraram seu padrinho preocupado sentado à sua frente. "Ei," Harry disse baixinho, corando ao perceber que foi alto o suficiente para acordar Sirius.

Sirius sorriu e bagunçou o cabelo preto de seu afilhado de 15 anos. "Não fique envergonhado. O que foi? As cabeças dos elfos empalhados lhe deram pesadelos?"

Harry riu e balançou a cabeça. "Uma visão de Vol ... de Voldemort outra vez."

Sirius assentiu. "Você quer falar sobre isso? É diferente da última?"

Harry balançou a cabeça. "Não, ainda é a mesma. No mesmo lugar em que vi o Sr. Weasley machucado." Ele engasgou com a última parte, ainda se sentindo culpado por essa visão em particular.

"Ei, vamos lá, nós conversamos sobre isso. O que você viu não foi sua culpa, você não está se tornando uma pessoa má. Certo?" Sirius perguntou gentilmente, colocando a mão no ombro de Harry. Harry assentiu, embora ainda parecesse inseguro.

"Você quer voltar a dormir?" Sirius perguntou. "Eu posso ficar com você, se você precisar."

Harry se virou para olhar para Ron, que estava dormindo na cama em frente à dele. Ele não tinha acordado com o pesadelo de Harry. Sirius seguiu sua linha de visão e sorriu. "Envergonhado pelo seu velho padrinho?"

Harry suspirou e balançou a cabeça. "Não, acho que não. Quero que você fique ... mas se Ron acordar amanhã e perguntar, você estava com muito sono e achou que este era o seu quarto."

Sirius soltou uma gargalhada e empurrou Harry de brincadeira. "Eu acho que vai depender de qual de nós dois vai acordar primeiro para contar a história, não é? Vamos."

Sirius deitou ao lado de Harry e colocou um braço em volta dos ombros dele, puxando-o para perto. Harry sentiu seu próprio pulso acalmar enquanto ouvia as batidas do coração de seu padrinho, uma das únicas coisas que o acalmavam em qualquer situação.

**************************************

Harry gritou e chorou. Ele chutou os pilares da cama e socou as paredes. Ele queria sair de Hogwarts, fugir, nunca mais voltar. Como ele podia voltar quando sua principal fonte de força, esperança e felicidade se foi?

Ele caiu em sua cama, desejando desesperadamente que Sirius estivesse ao seu lado, pronto para puxá-lo contra seu peito para que ele pudesse ouvir as batidas de seu coração; mas ele nunca mais ouviria aquele padrão rítmico familiar novamente. Sirius se foi, caiu pelo véu, deixando Harry, para sempre.

Harry ficou com raiva de novo, batendo contra as cobertas da cama, com a quietude agourenta que o cercava em seu dormitório. Ele queria desesperadamente ficar sozinho, mas, ao mesmo tempo, precisava da companhia de alguém, alguém.

Como se fosse uma sugestão, Remus correu pela porta do dormitório e viu Harry imediatamente. "Oh, Harry", ele disse calmamente, caminhando até a cama.

"Me deixa sozinho", Harry resmungou, agarrando o cachorro de pelúcia que seu padrinho havia lhe dado quando ele era pequeno; com esse lembrete de Sirius, ele jogou o cachorro de pelúcia do outro lado da sala com raiva e colocou a cabeça no travesseiro.

"Você não quer ficar sozinho", disse Remus, encostando-se ao dossel de Harry. Verdade seja dita, Remus se sentia querendo se comportar da mesma maneira que Harry; no entanto, Harry precisava dele agora, então sua própria autopiedade teria que esperar.

"Sim, eu quero ... eu mereço", Harry finalmente disse, sentindo como se um fardo estivesse sendo tirado de seu peito com a confissão. "Eu sou a razão pela qual ele se foi! Se eu tivesse aprendido Oclumência, ele ainda estaria aqui ... eu não estaria sozinho!"

"Harry", Remus disse gentilmente, tomando a confissão de Harry como uma pequena forma de aceitação e sentando-se ao lado dele. "Você não está sozinho e certamente não é sua culpa." Ele puxou Harry para um abraço apertado e começou a balançá-lo. "Além do mais," Remus começou de novo depois de um momento para acalmar Harry. "Você se lembra do que Sirius costumava dizer, não é? Sempre que você ficava chateado, sentindo falta da sua mãe e do seu pai? Aqueles que nos amam nunca nos deixam de verdade. Ele te amava muito, e ele está bem aqui, no seu coração." Remus colocou a mão no peito de Harry e Harry sentiu-se sufocar outro soluço.

Ele não podia continuar falando sobre Sirius agora, ele sentia como se estivesse sufocando. Ele passou os braços em volta do pescoço de Remus e enterrou o rosto em seu peito, procurando sons de batidas de coração. Quando encontrou, sentiu-se começar a acalmar lentamente. Não eram as batidas do coração de seu padrinho, mas sim do seu tio Moony, e isso ajudaria Harry a continuar, até que ele se sentisse capaz de avançar por sua própria vontade - até que pudesse ouvir o nome de seu padrinho novamente sem ter seu próprio coração quebrado em um milhão de pedaços.

**************************************

"James Sirius Potter", Harry disse, abraçando o bebê recém-nascido no peito e pedindo ao afilhado Teddy Lupin para se aproximar. "Este é seu irmão, Teddy."

O menino de cabelos loiros arenosos sorriu e depois tentou mudar suas feições para imitar as de Harry. Harry sorriu para o garoto de seis anos e o levantou no colo enquanto equilibrava o filho no outro braço. Teddy se apoiou no peito de Harry e olhou para o bebê pequeno.

"Ele é pequeno", o garoto disse em tom de conversa. "Por que você o nomeou assim?"

"James era meu pai que faleceu quando eu era bebê. Sirius foi meu padrinho que me criou com seu pai. Eu conversei com você sobre eles ... eu sinto muita falta dos dois." Harry disse, puxando as duas crianças para mais perto dele.
Teddy assentiu e encostou-se a Harry por um tempo, contente em observar o pequeno recém-nascido.

Depois de alguns minutos sentados em silêncio, Teddy bocejou e pressionou a cabeça no peito de Harry. "Eu posso ouvir as batidas do seu coração", murmurou Teddy, fechando os olhos e aconchegando-se nos braços de seu padrinho. Harry sentiu seu coração apertar com as palavras de seu afilhado.

Após um momento para se recompor, ele sorriu para o garoto adormecido em seus braços. "Voce pode mesmo?" Ele sussurrou gentilmente, sentindo lágrimas arderem nos olhos. "Tem algo interessante a dizer?"

**************************************

Ai gente eu amo esses dois demais entendeu ELES MERECIAM SER FELIZES :((((

Ok parei

Até a próxima :)

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