Somewhere someday || L.S

By shinemyjjong

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Harry Styles é um rapaz que não acredita em muitas coisas, na verdade, há poucas coisas nas quais ele acredit... More

Prólogo
capítulo um
capítulo dois
capítulo três
capítulo quatro
capítulo cinco
capítulo seis
capítulo sete
capítulo oito
capítulo nove
capítulo dez
capítulo onze
capítulo doze
capítulo treze
capítulo quatorze
capítulo quinze
capítulo dezesseis
capítulo dezessete
capítulo dezoito
capítulo dezenove
capítulo vinte
capítulo vinte e um
capítulo vinte e dois
capítulo vinte e três
capítulo vinte e quatro
capítulo vinte e seis
capítulo vinte e sete (the end)
Epílogo
Extra
Extra 2
It was all yellow - Noah.
April's Daisy - Noah

capítulo vinte e cinco

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By shinemyjjong

Para sempre, meu coração é sempre o mesmo.
Memorize esse par de olhos, eles nunca irão mudar.
Por um tempo sem fim, pertenço a você – e a você, apenas.
Mas nos unimos apenas para nos separar.
Nos apaixonamos, então, dizemos adeus.
Mas nos conhecemos apenas para nos separar.
O amor nos mantém firme até nos encontrarmos novamente.

Harry assistiu enquanto os criados passavam apressados por ele. O castelo estava uma confusão nos últimos dias depois da batalha sangrenta, não que aquilo fosse uma novidade para eles porque dentro de um período de dois anos aquilo havia acontecido pelo menos umas três vezes. A correria era porque haveria uma coroação de última hora, Louis finalmente receberia sua coroa e se sentaria no trono como um rei digno.

O cacheado simplesmente não estava em clima de festas, coroações e o escambal. Ele continuava a sentir algo pesado em seu coração desde que acordou naquele dia, sua mente continuava a repetir memórias que ele não queria se lembrar. Harry continuava sentindo a sensação de segurar a faca contra o peito de Thomas, e o sangue de Alexander continuava pesando em suas roupas. Styles sentia que estava perdendo a cabeça um pouco de cada vez.

Após ser atropelado por diversos criados, ele acabou encontrando Noah sentado na mesa no jardim. O quarto príncipe tinha o olhar triste e perdido, e suspirava cansado a cada dois minutos. Harry se aproximou calmamente, sentando-se na cadeira ao seu lado. Os dois ficaram em silêncio por um momento, apenas apreciando a companhia um do outro.

Ele teria adorado ver Louis se tornar rei.– Noah disse. Mesmo sem Noah citar nomes, Harry sabia que o ele se referia a Alexander. O príncipe mais novo admirava Louis mais do que qualquer pessoa no mundo. Harry assentiu com a cabeça, então, o príncipe o olhou.– O que pretende fazer agora? – A pergunta deixou Harry pensativo, já que ele não tinha ideia do que seria sua vida agora.

– Eu não sei.– Respondeu de forma sincera.

– O que quer que você decida fazer, estou do seu lado.– Noah passou um braço por seus ombros e o trouxe para mais perto. Harry estava feliz que ele tinha achado no príncipe um amigo, companheiro e parceiro para tudo na vida

-x-

Já passava das dez da noite, não havia muita iluminação no quarto, apenas uma vela acesa e a luz da lua entrando pela janela. Harry estava sentado na cama, sem sono, esperando pela chegada de Louis. Não demorou muito para que a porta se abrisse, e um Louis cansado passasse por ela, retirando seus sapatos e o casaco que usava. Styles observou cada detalhe do amante, Tomlinson conseguia ser perfeito até nas mínimas coisas que fazia.

Os olhos azuis de Louis encontraram os verdes de Harry o encarando na escuridão do quarto. Styles sorriu minimamente para ele, mas Louis sabia que aquele sorriso era forçado. Sentou-se na cama ao lado do cacheado, procurou sua mão no escuro e segurou quando a encontrou, deixou seus olhos encararem o fundo dos olhos do outro.

– Harry, nós precisamos conversar sobre o que aconteceu.– O corpo de Styles ficou travado com aquelas palavras. O cacheado sabia que Louis iria querer falar sobre Thomas, e sobre como Harry deixou seus sentimentos tomarem conta de suas ações, mas ele não esperou que fosse tão cedo assim. Nem ele mesmo entendia o ódio que tinha tomado conta de si aquele dia.

– Eu não quero falar sobre isso.– Styles puxou sua mão de volta e virou o rosto, esperando que Louis entendesse isso como "Não vamos jamais falar sobre isso."

– Harry, eu quero te ajudar.– Tomlinson tentou tocá-lo de novo e Harry se esquivou.

– Não, Louis, você não quer me ajudar, você não está me ajudando. Você continua tentando me consertar, mas eu não estou quebrado! – Harry nem percebeu que tinha aumentado a voz em um ponto que até Louis ficou surpreso. Ele se deitou, cobrindo-se com o cobertor, esperando que o assunto acabasse ali. Styles não queria ser tratado como um objeto defeituoso que precisava ser levado para o conserto.– Vamos apenas dormir. A coroação é amanhã.– Sua voz saiu abafada pelo cobertor.

– Você pode pelo menos me dar um beijo? – Louis perguntou, tentando aliviar o clima estranho que se instalou no quarto. Harry retirou o cobertor e deixou um beijo rápido nos lábios de Louis, voltando a se cobrir logo em seguida.– Eu te amo, H.– Styles ouviu Tomlinson dizer com aquela voz doce de sempre.– Amanhã vou mandar alguém buscar Felix na vila. Você deve estar sentindo falta dele.– Louis deitou-se ao seu lado e abraçou o corpo do cacheado.

-x-

Harry nunca tinha visto uma coroação de verdade antes. Apenas nos diversos filmes que assistia nas noites de sábado, em que ele não tinha nada para fazer. Estava parado ao lado de Noah, escutando as explicações do príncipe sobre como a cerimônia seria conduzida.

Deus salve o rei! – Era o que as pessoas disseram quando viram Louis caminhar sobre o tapete no salão. Louis foi vestido com um manto vermelho, várias jóias e também foi lhe dado um cetro. Na visão de Harry, o homem estava aboslutamente impecável, como se tivesse nascido para fazer aquilo.

Depois de muita demora e um monte de baboseira dita, o arcebispo, que comandava a cerimônia de coroação, finalmente coloca a coroa sobre a cabeça de Louis. O público novamente entoou "Deus salve o rei!" e Tomlinson foi benzido pelo arcebispo uma segunda vez e, então, sentou-se no trono. De repente, todos se ajoelharam de frente para ele e abaixaram suas cabeças, cenas que ultimamente haviam se tornado comuns para Harry.

Aparentemente, toda a população estava em festa com a coroação. Todos eles conheciam o príncipe, agora rei, Louis, e sabiam que ele era um bom homem, apesar de sua personalidade esquisita e pouco sociável. A população sabia que Louis era um rei que não os deixaria passar fome e era desse rei que todos precisavam em um momento de crise como aquele.

Sentar naquele trono, com a coroa em sua cabeça e o cetro em sua mão era o destino de Louis. Tudo que ele tinha feito na vida, cada tragédia que tinha vivenciado e cada obstáculo que havia cruzado o trouxeram até ali. No tempo em que passou na vila, Harry teve a oportunidade de conversar com um homem que se dizia "vidente". O velho senhor disse que se lembrava exatamente do dia em que o segundo príncipe nasceu e que havia uma estrela de rei no céu quando Louis veio a esse mundo, aquele sempre fora seu destino. Nada e nem ninguém no mundo jamais poderia mudar aquilo. Harry era apenas um ponto sem importância naquela história toda, alguém que não deveria estar ali.

– A Áustria está dizendo que irá lhe apoiar se aceitar um tratado de casamento com a filha do rei.– Harry ouviu um dos conselheiros reais dizer a Louis. O de olhos azuis tentou disfarçar quando viu que Styles ouvia a conversa.

– Diga que não aceito. Conversaremos sobre isso mais tarde.– Tomlinson tentou mandar o homem embora disfarçadamente.

– Vossa majestade, essa é uma oportunidade única. Eles vão ajudar muito o nosso reino. E, com todo respeito, vossa majestade já está na idade de se casar.– Não importa como Louis tentava evitar a conversa, o homem continuava falando.

Harry olhou para o anel em sua mão, sorriu dolorosamente observando a jóia e então deixou os dois homens conversarem, sabendo que o olhar de Louis o seguia. Ele acabou encontrando Noah no corredor do castelo, encostado na parede e olhando os criados passarem.

– Vou embora.– Harry disse. Noah o olhou confuso, com um ponto de interrogação escrito em seu rosto.– Você me perguntou o que eu pretendia fazer agora...Vou embora, vou deixar o castelo e ir pra qualquer lugar.– Os olhos do quarto príncipe se arregalaram na hora e ele quase saltou do lugar.

– Você não pode fazer isso.– Noah segurou Harry pelos ombros e o sacudiu.

– Você disse que me apoiaria em qualquer decisão.– Harry falou, lembrando-se da conversa que eles tiveram no jardim outro dia.– Além disso, Louis é um rei agora, ele não pode se envolver em escândalos desse tipo. Ele precisa de uma rainha e eu não quero ser amante de ninguém.– O príncipe podia ouvir a tristeza na voz do cacheado. Não demorou muito para ele poder ver as lágrimas começarem a cair sem parar dos olhos de Harry e seu coração se apertou por vê-lo assim.

– Oh, Harry...– Noah o abraçou, sem se importar se estavam no meio do dia, no meio do corredor, onde um monte de criados e guardas andavam de um lado para o outro. O príncipe deixou Harry recostar a cabeça em seu ombro e chorar até suas lágrimas secarem.

– Eu o amo tanto, Noah. Eu quero tanto ficar com ele. O que eu fiz pra merecer isso? Eu o amo com todas as batidas do meu coração.– A voz de Styles saiu abafada, enquanto ele soluçava por causa do choro. Todos que passavam por ali se perguntavam o que estava acontecendo.– Por que o destino teve que ser tão cruel com a gente? – Continuou murmurando coisas sem sentido até se cansar.

Noah acabou o pegando no colo e o levando para o quarto, colocando-o na cama e saindo do quarto logo em seguida.

O coração de Harry estava absolutamente quebrado por pensar no que ele teria que fazer em breve.

-x-

O dia havia começado como qualquer outro, o sol brilhava lá fora e todos realizavam seus afazeres do dia. Louis estava absolutamente ocupado naquele dia, revisando muitos documentos do reino e tentando achar um jeito para trazer glória a nação, que não fosse se casando com alguma princesa de outro reino, porém, o quanto mais ele procurava por saídas daquele problema, mais problemas ele encontrava.

– O rei da Áustria não vai manter a proposta por muito tempo. Eu preciso da sua resposta para hoje, Vossa majestade.– O conselheiro, que vinha lhe incomodando com aquele assunto, disse mais uma vez naquele dia. Louis sabia que precisava fazer algo, mas estava absolutamente perdido.– É a única saída.– Tomlinson não queria que aquela fosse a única saída, não podia ser.

Ele continuou ignorando o conselheiro. Sua cabeça doía por tentar achar respostas onde claramente não havia. Louis estava acostumado a ser um guerreiro, estar em campo de batalha e treinar com sua espada. Ninguém havia lhe ensinado como era ser rei e, além disso, a população confiava nele e Louis sabia que não podia decepciona-los.

De repente, a porta da sala real se abriu, Harry passou por ela e de alguma forma ele parecia diferente. Havia olheiras debaixo de seus olhos, seu rosto estava pálido e ele tremia.

– Louis, podemos conversar? – Styles questionou. Louis assentiu e, então, o cacheado olhou para o conselheiro, Tomlinson entendeu o recado e mandou que o homem se retirasse. O conselheiro olhou para Harry com desgosto enquanto caminhava para saída, é claro que ele tinha uma ideia do tipo de relacionamento que o rei e o garoto de cachos tinham, e ele não gostava nada disso. O homem sabia que era por causa daquele garoto que o rei estava relutando tanto em aceitar a proposta de casamento de outro reino.

– Você está bem, Harry? – Tomlinson perguntou, vendo que o cacheado não estava nas suas melhores condições.

– Louis...– Styles começou, mas não conseguiu achar as palavras certas para continuar. Seus olhos encheram de lágrimas ao ver o rosto cheio de expectativa do homem que amava. Juntando toda a coragem que tinha, ele continuou: – Eu quero ir embora. Quero deixar o palácio, e gostaria que você me concedesse esse pedido.– De repente, o mundo todo de Louis pareceu parar, aquelas palavras ecoaram em sua cabeça e quebraram seu coração.– Eu gostaria de voltar para casa agora.

Se nós não tivéssemos nos conhecido, eu não iria ansiar por ele.

– Não estou entendendo...– Louis parecia desnorteado, como se acabasse de levar um golpe no campo de batalha.

– Olhe para você, é um rei agora. Precisa de um bom acordo para fortalecer seu reino, e eu jamais poderia lhe dar isso.– Styles tentou explicar da melhor maneira que pôde, mas sua voz chorosa tornava isso difícil.

– Harry, nós podemos resolver isso. Eu não me casarei. Ficarei com você pelo resto da vida.– Louis começou a caminhar na direção do cacheado, porém, o garoto ergueu uma mão mandando que ele parasse. Tomlinson ficou estático no lugar, havia pelo menos uns dez passos entre eles.

– Por favor, fique aí. Eu não vou conseguir fazer isso se você se aproximar.– Murmurou mais para si mesmo do que para Louis.

Se eu não tivesse o conhecido, eu não pensaria tanto nele.

– Harry, eu preciso que você me escute. Por que está fazendo isso? – Louis questionou, sua voz naquele momento também parecia chorosa.

– Eu estou indo embora antes que você tenha que me jogar fora.– O cacheado não gostava daquelas palavras "jogar fora", mas ele sabia que era isso que aconteceria consigo depois que Louis encontrasse a sua rainha. Ele seria abandonado, deixado de lado e lembrado apenas como um passatempo do rei.

Se eu não tivesse o amado, nós não teríamos que jogar um ao outro fora.

– Eu jamais iria jogá-lo fora, H.– Havia um traço de indignação na voz de Louis.– Eu te amo e você sabe disso. Não importa o que aconteça, vou ficar com você.

– E decepcionar seu povo? Eles precisam de você.– No momento em que o cacheado disse aquilo, Louis se calou.– Eu realmente queria ser egoísta o suficiente para te pedir para ficar comigo e esquecê-los. Pela primeira vez na minha vida, eu quis ser um bastardo egoísta para não me preocupar com outros. Mas eu não posso, eles precisam de você mais do que eu.– Styles simplesmente não conseguia mais conter as lágrimas, eram tantas que agora até o seu pescoço estava molhado.– Eu tenho que desaparecer agora, L.

Se nós não tivéssemos ficado juntos, eu não teria que desaparecer.

– Eu...– Louis simplesmente caiu de joelhos no chão perto do trono, soluçando igual uma criança. Harry quis correr e abraça-lo, mas sabia que se fizesse isso, jamais conseguiria deixá-lo ir. De repente, diversas memórias começaram a invadir sua mente, desde a primeira vez que se viram na noite em que chegou naquele século, a primeira vez que se falaram até o primeiro beijo. Todas as suas memórias eram suas, eram tudo que ele teria de Louis para o resto da vida, e se contentaria apenas com isso.

Se eu não o apreciasse tanto, eu não teria tantas memórias.

– Nós nunca deveríamos ter ficado juntos. Eu sinto muito, é minha culpa. Originalmente, nós nunca teríamos nos conhecido.– Foi a vez de Harry cair de joelhos. Louis já nem conseguia mais entender as palavras que saíam da boca de Harry, parecia um monte de coisas sem sentido para ele.– Mas você precisa me deixar ir...Você precisa deixar eu te deixar ir. Amá-lo é algo tão doloroso.

Se nós não tivéssemos ficado cara a cara, nós nunca teríamos ficado juntos.

– Eu não consigo...Eu não posso...– Louis olhou para Harry, estavam ajoelhados um de frente para o outro, com pelo menos dez passos os separando, mas mesmo assim eles pareciam tão distantes. Havia um abismo de dois séculos entre ele, um abismo que nenhum dos dois jamais conseguiria cruzar.

Louis apenas observou o cacheado se levantar, com as pernas tremendo, e caminhar para fora da sala real.

Talvez...se eu nem mesmo tivesse te conhecido...

-x-

Harry arrumou tudo que pôde em uma pequena trouxa. Ele olhou para o quarto em que tinha ficado durante todo o seu tempo ali, tentando guardar tudo aquilo em sua memória. E, então, ele sentiu algo cutucar seu pé e ao olhar para o chão lá estava Felix, a bolinha branca que Styles mais amava. O cacheado o ergueu em seus braços e olhou direto na carinha do animal.

– Noah vai cuidar de você. Vou sentir sua falta.– Styles beijou o animal e depois o pôs de volta no chão. Pegando todas as suas coisas e saindo do quarto logo em seguida.

Ele encontrou com o quarto príncipe na entrada principal do castelo, Noah tinha os olhos vermelhos e tentava não chorar em sua frente, mas Harry via que estava sendo difícil para o rapaz.

– Eu vou com você, Harry.– O príncipe chegou a dizer.

– Você precisa ficar. Você é a única família que Louis tem...– Então, ele olhou para o castelo atrás de si e suspirou.– Tenho medo de que ele vai ficar solitário e voltar a ser ranzinza como era antes.

– O que pretende fazer agora? – O príncipe questionou os planos do cacheado.

– Não sei, talvez conseguir algum trabalho na vila, morar por lá e virar um camponês.– Harry sorriu para Noah, tentando lhe passar confiança.– Antes disso, acho que irei visitá-lo...– Styles referia-se a Alexander, que em uma conversa com Noah acabou descobrindo que o túmulo do garoto não estava no cemitério da realeza, e sim no campo de vagalumes que o príncipe mais novo adorava.– Acho que estou finalmente pronto para vê-lo.

Harry abraçou Noah o mais forte que pôde, sabendo que sentiria falta do amigo. Logo depois, ele começou a caminhar, desaparecendo no horizonte.

– Não me diga que você se apaixonou pelo amante do seu irmão?–  Ethan, o soldado que era amigo de Louis, disse enquanto saía de trás de uma árvore próximo de onde Noah estava parado, observando Harry desaparecer, com lágrimas em seus olhos. Ao ouvir aquelas palavras, as lágrimas começaram a fluir ainda mais dos olhos do quarto príncipe.– Ah, eu estava só brincando, mas parece que você realmente se apaixonou...

Noah limpou as lágrimas, sabendo que jamais seria capaz de dizer a Harry que o amava. Durante o tempo que passaram juntos, ele aprendeu a admirar o cacheado nos mínimos detalhes e a amá-lo profundamente. Mas sabia que o garoto jamais teria olhos para si, a única pessoa que existia no coração dele era Louis.

-x-

A noite já havia caído quando Harry chegou até o campo de vagalumes, e havia vários deles voando sobre sua cabeça. A primeira coisa que ele notou quando chegou no local, foi a pequena lápide bem no meio. Aproximando-se dela, ele pôde ler as palavras "Alexander Levy Tomlinson. Espero que esteja caçando vagalumes por toda a eternidade."

– Oi, sou eu.– Styles disse, meio envergonhado, encarando a lápide.– Eu sei que demorei muito para vir visitá-lo. Aconteceu um monte de coisa, sabe? É uma longa história. Me desculpe por ter demorado tanto, eu realmente sinto muito. Eu senti sua falta todos os dias e tem sido muito difícil lidar com isso. Você foi a primeira pessoa que eu conheci quando cheguei aqui, eu era um desconhecido, estava perdido, e você me abrigou. Você foi meu melhor amigo também. O melhor de todos.– Harry sentou-se na grama e a tocou, como se fazendo isso pudesse o aproximar mais de Alexander.– Você amava esse lugar. Espero que você realmente esteja caçando vagalumes para sempre.– Dizendo isso, o cacheado simplesmente não conseguiu evitar as lágrimas.

Eu ainda não consigo entender porque você está partindo.
Eu ainda não consigo entender porque estou esperando.

– Eu deveria te deixar ir agora. Estou finalmente pronto para deixá-lo ir. Me perdoe por tudo, e se nos encontrarmos em outra vida, espero poder recompensá-lo. Vamos definitivamente nos encontrar novamente.– Styles tocou a lápide e passou o dedo pelas palavras escritas nela. Alguns vagalumes pousaram na lápide, perto de seus dedos, e o cacheado sorriu ainda com lágrimas nos olhos.

Harry não era uma pessoa que acreditava em muitas coisas, mas ele decidiu interpretar aquilo como um sinal de que Alexander estava dizendo que está tudo bem, que ele não está perdido em algum lugar escuro para sempre, que havia encontrado paz e estava sorrindo por aí.

O cacheado se levantou do chão e caminhou para longe do campo de vagalumes. Olhou para trás apenas uma vez, sabendo que provavelmente jamais voltaria ali.

E, então, algo extraordinário aconteceu. Estava acontecendo um eclipse no céu naquela noite, igual na noite em que veio parar naquele século. A linda mulher, a de vermelho, que Harry tinha visto naquela mesma noite antes de cair na água, surgiu em sua frente.

– Você precisa retornar para casa.– Ela falou e, então, estalou os dedos.

– Espe...

O cacheado tentou dizer, porém, antes que terminasse sua sentença, ele sentiu como se estivesse afogando.

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