Seja um bom garoto Harry

De Etoile_Filant

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Harry não teve uma infância fácil, não teve uma família que lhe deu amor, mas ele vai aprender que família ne... Mai multe

1 - A quebra de uma alma
2 - A carta que mudou Tudo
3 - Primeira vez no beco diagonal
4 - Hogwarts
5 - Descobertas
6 - Conversas que ajudam
7 - Relações de pai e filho
8 - O espelho
9 - A pedra filosofal
10 - Tom Riddle
11 - Convivência
13 - A câmara secreta foi aberta...
14 - Severus Snape
15 - Inimigos do herdeiro, cuidado
16 - Dementadores, hipogrifos e parentes
17 - Medos
18 - Momentos
19 - Prisioneiro de Azkaban
20 - Julgamentos
21 - Conhecendo novas pessoas
22 - O cálice de fogo
23 - Tratamentos
24 - Raiva, chá e dragões
25 - Baile de inverno, nova amizade e... dicas?
26 - Lago Negro
27 - O labirinto, a marca negra e a revelação
28 - Contato
29 - Um Black
30 - Passado Presente
31 - Pena de Sangue
32 - Um bom natal e chá com biscoitos
33 - Metamorfose
34 - Sensações
35 - Ostara e o ministério
36 - Orgulho
37 - Um ponto de verdade
38 - Aceitação forçada
39 - Segredos Revelados
40 - Piquenique de aniversário
41 - Reuniões
42 - Medo e Poções
43- Inicio dos segredos do passado
44 - Paixões
45 - Primeiras cartas na mesa

12 - O diário

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De Etoile_Filant




"Tom Marvolo Riddle", esse era o nome que estava na parte de trás do diário que ganhou. Não entendia por que um diário em branco seria importante, mas já havia tentado procurar palavras e frases escondidas, não tendo sucesso nisso. Agora encarava aquele caderno com páginas amareladas e capa preta como se ele fosse a solução para seus problemas.

Aquela semana foi especialmente estressante, Colin Creevy o perseguia todo dia, insistindo por fotos e fazendo mil e uma perguntas que Harry não queria responder, Gilderoy por outro lado ouviu Colin pedindo um autógrafo e desde então está "ensinando" Harry a ser famoso, o que ele definitivamente não gostava de ser e infelizmente já era. Severus não teve muito tempo para conversar com seu filho, mas sempre tentava evitar que Lockhart se aproximasse demais do menino, assim como Draco que sempre dava uma resposta atravessada quando via o professor de DCAT enchendo seu amigo, mas ainda assim Harry era atormentado por esses dois estorvos. Além das chateações rotineiras, que era a dupla mais estranha do mundo: Rony Weasley e Hermione Granger, que ainda insistiam em forçar amizade.

Na última sessão com Penélope, ela disse que seria uma boa ideia escrever e por seus sentimentos para fora, já que ele ainda era incapaz de falar sobre o que ocorreu, talvez fosse capaz de escrever. Encarou novamente o diário e bufou. O dormitório estava vazio e ele descansava depois de um treino de Quadribol, Draco tinha ido com Pansy e Blase para o refeitório, mas Harry não tinha fome e ficou.

Encarou o caderno e com um suspiro ele cedeu. Abriu a capa negra e encarou a primeira página amarela. Pegou a pena para escrever e molhou na tinta, quando ia começar a escrever deixou uma gota cair e com grande surpresa a viu desaparecer. Impressionado e curioso o menino escreveu um "oi" que depois de alguns segundos sumiu e sua letra foi substituída por uma mais desenhada e fina escrevendo um "Olá".

"Meu nome é Harry Potter... qual o seu?"

Se achou meio idiota por isso, mas já havia escrito a as palavras sumiram. Logo sua resposta veio com a mesma letra bonita.

"- Eu sou Tom Riddle. Prazer Harry."

"Tom Riddle? O mesmo Tom que eu conheci?"

"- Acredito que sim..."

O garoto se sentiu estranho por alguns minutos, sem saber o que perguntar.

" Você é um diário mágico ou algo assim?"

" - Sou... algo parecido. Em que ano está Harry? Estuda em Hogawarts?

" Sim, estou no 2º ano" – O menino estava gostando de conversar com o diário, dava uma sensação boa.

" - Em que casa estuda?"

" Sou da Sonserina e entrei no time de quadribol como apanhador na semana passada".

Harry não soube porque estava cotando aquilo, mas sentiu vontade e escreveu.

" - Ah que grande conquista. Me conte sobre você Harry, estou curioso para saber como vim parar em sua adoráveis mãos."

O menino sorriu e começou a dar um breve resumo sobre sua vida, contou que seus pais morreram quando ele tinha um ano e por isso algumas pessoas achavam que ele tinha derrotado um Lorde das trevas quando era um bebê, contou que viveu com Trouxas, mas não aprofundou nesse assunto, contou como conheceu Sevrus e como ele conheceu Draco. Contou sobre seu primeiro ano com alegria e não notou quando dormiu, o diário sobre sua cama a pena caída no chão a tinta derramada sobre a mesa e uma machinha em suas bochechas. O dedo entre os lábios e sua serpente abraçada firmemente.

                                                              
*********

– Então finalmente está escrevendo em um diário? –  Draco estava sentado a sua frente na biblioteca, na mesa livros e pergaminhos para anotações, assim como o diário que Harry carregava para todo lugar.

– Sim... Tia Penélope acha que é uma forma de colocar meus sentimentos para fora sem precisar falar. –  respondeu concentrado na tarefa de transfiguração. 

– Entendi... quando é sua próxima sessão? – perguntou se concentrado na tarefa quase finalizada.

– Na sexta. Depois papai vai me levar no oditalmo... ofi...

– Ofitalmologista?

– Sim... ele acha que talvez eu possa não precisar usar óculos. – respondeu com um pequeno sorriso.

– Entendi.

– Meninos, vocês estão aí. – Pansy apareceu na mesa com um sorriso de lado. – Estive procurando vocês, Blaise e Theo já foram pro salão de jantar. Já terminaram?

– Já sim Pansy... dá pra largar o Harry? – Perguntou rindo ao ver o amigo tentando fugir dos dedos da menina que tentavam apertar suas bochechas.

– Não... ele é muito lindinho. – a menina riu e deixou um beijinho na bochecha do menor se afastando depois. – Vocês fizeram aquela pesquisa sobre quem expulsou os vampiros na vila de Nurgretin?

– Sim, mas...

– Harry – Hermione Granger estava ali, novamente. As vezes parecia que a menina e o Weasley sempre estavam por perto, isso deixava o Potter extremamente desconfortável. – Eu queria... falar com você. Podemos falar a sós?

– Eu... Não acho que seja uma boa ideia. – O menor respondeu com a voz tímida.

– Por favor, será só um minuto. – a menina insistiu.

– Tudo bem... Pan, Dray vejo você no salão de jantar. – disse guardando seu livros e indo com a menina para uma outra área do castelo. Draco pareceu chocado e tentado a arrastá-lo para longe dela, mas respeitou a decisão do amigo.


*******


– Você fez a pesquisa que o professor Lockhart pediu? – A nascida-trouxa começou com a voz branda.

– Não, é complicado. Theo disse que foi um homem chamado Zendh Frentuck, mas alguns livros dizem que foi Gilderoy.

– Foi Gilderoy Lockhart, porque duvida dos livros e confia em seus amigos? – perguntou quase exaltada.

– A família do Theo é composta pelos maiores historiadores do mundo bruxo, acredito que ele saiba pesquisar. – Respondeu baixinho e continuou seu caminho.

– Está bem, está bem... não é sobre isso que eu queria conversar. – ela fez um sinal de calma e respirou fundo antes de continuar – Eu queria pedir que se afastasse de Draco e daquele grupo de amigos.

– Por que eu faria isso? – perguntou curioso as mãos ficando inquietas e a respiração mais curta.

– Você viu o que ele fez... semana passada, me chamou de Sangue-ruim. Ele ofende nascidos trouxas, sua mãe era uma. Como consegue andar com pessoas como ele?

– Primeiro, Hagrid também chamou a família Malfoy de sangue-ruim naquele dia no beco diagonal, segundo, eu não conheci minha mãe, não posso me ofender por algo que eu nem mesmo sei o que significa. Terceiro, minhas amizades ou com quem ando, não lhe diz respeito. – Disse tentando controlar a respiração.

– Hagrid dizer é diferente de Draco...

– Porque? Por que Hagrid foi da Grifinória? Ou por ser da "luz"? – respondeu raivoso e a menina ficou muda por alguns segundos.

– você não pode ser amigo de pessoas como ele! – ela quase gritou e o menino se encolheu.

— Não... não posso é me afastar de pessoas que me fazem bem. — A raiva brilhou nos olhos verde-esmeralda.

— Que te fazem bem?! Draco é um idiota com todos a sua volta, menos com os sonserinos, ele destrata as pessoas, ofende, machuca com palavras e você ainda diz que ele te faz bem? Ele te usa por você ser famoso! Você é cego? Ele desfila com você como melhor amigo só pra poder dizer a todos. — a menina estava exaltada e o Sonserino se encolheu, lágrimas brilhando ainda não derramadas.

E se fosse verdade? Se Draco e Sevrus só cuidassem dele por ele ser famoso? E se... correu dali com as lágrimas e a dúvida o corroendo. Não soube para onde correu, só sabe que foi pra longe na esperança de fugir das palavras afiadas da menina, de suas dúvidas, da fama irritante, das pessoas falsas... de tudo.

Correu até achar um espaço vazio, sentou no chão frio e se encolheu chorando. As lágrimas continuaram por tantas minutos que ele nem teve noção do tempo. Olhou o diário jogado ali ao seu lado, pegou a pena em sua mochila e começou a escrever.

"Por que as pessoas são tão cruéis?"

" - Isso depende"

"Você sabe o que o termo sangue-ruim significa?" — perguntou querendo saber mais.

" - um tema um tanto complexo para um garotinho de 12 anos"

" por favor me fala Tom."

" - Está bem... Todos os bruxos descendem dos primeiros a possuir magia, no princípio acreditava-se que se manter o sangue-puro era um meio de sobreviver, o que de fato o era. Mas ainda assim existiam os abortos, pessoas bruxas que não possuíam magia, eles eram desprezados e jogados no mundo Trouxa sem amparo. Eles casavam, tinham filhos e gerações depois um de seus descendentes poderia apresentar magia. Teoricamente todos descendem de sangue-puros, mas chamar alguma de sangue ruim é dizer: você descende de um aborto por isso seu sangue pode gerar outro aborto futuro. Era uma forma que os puristas usavam para achar pessoas perfeitas para se casarem com seus filhos. O termo foi tido como ofensivo séculos depois, quando a história se perdeu e pessoas mais novas simplesmente achavam que você nascer de trouxas e ser bruxo era algo condenável. Tudo piorou quando houve as mortes de milhares de bruxos por culpa dos nascidos-trouxas que não conseguiam esquecer a vida no mundo antigo deles e voltavam, eram achados, torturados e revelam a localização de vilas bruxas. Piorou mais ainda quando os nascidos-trouxas passaram a ignorar nossas tradições e quebra-las, enfraquecendo a magia."

Harry leu tudo com grande curiosidade, Tom explicava super bem, daria um ótimo professor.

"Entendi, então chamar alguém de sangue-ruim e dizer que sua descendência não é... a mais adequada."

" - Exatamente Harry. Mas me diga por que esta chorando?"

" Eu... não estou chorando"

" - Então as gostas nas minhas páginas são de chuva? Pode confiar em mim Harry"

" Hermione... ela... ela me disse para me afastar de Draco por que ele só me usa para ser famoso... isso me fez pensar se ele e Sevrus estão apenas me usando."

" - Pelo que você me contou Sevrus é carinhoso com você e cuida de você, Draco é seu amigo e te protege, em nenhum momento mostrou ser falso ou duas caras, eles estão sempre com você. Por que as palavras dessa menina te fazem duvidar? Ela é importante ou algo assim?"

" Não ela... ela só tenta ser minha amiga... e insiste muito." — o menino pensou sobre isso, ela e Ron só foram gentis quando souberam seu nome e sobrenome.

" - Talvez a que esteja sendo falsa seja ela." – a resposta de Tom veio junto com as desconfianças do menino e ele finalmente se acalmou o suficiente para pensar objetivamente.

" Aquela... nascida-trouxa irritante. O que ela ganharia me separando de Draco?"

" - Sua amizade e conseguiria te manipular mais fácil".

"Tom... você teve amigos de verdade na época de Hogwarts?"

"De verdade apenas um, acho que ele ainda está por aí. Quer conhecê-lo?"

"Eu adoraria!"

Tom lhe deu uma série de instruções para seguir que o levavam até o banheiro do 3º andar do lado direito. Riddle lhe mandou ficar perto de uma das pias e murmurar em Parseltongue para que se abrisse. Ele o fez e a passagem se abriu. "Peça por escadas", ele o fez e as escadas surgiram em caracol. "Desça", e ele o fez com a curiosidade pipocado.

O lugar era escuro, sombrio e estranho. Andou até uma porta esquisita. Era redonda, sete cobras a cortavam horizontalmente e quando pediu para a porta abrir as cobras se retraíam e a passagem se abriu. O corredor era escuro, decorado por estátuas de serpentes depois de um corredor de água escura. Mais à frente estava a estátua de um homem de cabelos longos de boca aberta e abaixo dela o que parecia uma serpente gigante, enrolada e dormindo.

Tocou com medo e calma e a serpente se desenrolou lentamente, levantou a cabeça e encarou o menino encolhido e baixinho perto de si.

Oh mais um? Como se chama criança? – o monstro falava em linguagem de serpentes e Harry sorriu, abraçou o basilisco e sentou no chão, cruzando as perninhas.

Me chamo Harry Potter... e você?

Sou Nielzorth, é um prazer criança. – o monstro se aproximou do menino encarando os olhinhos de esmeralda e sentindo seu cheiro doce.

Você foi amigo do Tom? Ele me disse que você foi o único amigo de verdade dele na época da escola.

Ah sim... ele costumava vir aqui, conversávamos por horas... mas uma sangue-ruim morreu e tivemos que nos separar.

Por que? Você a matou? – Perguntou curioso e abraçou o diário com mais força.

Sim... meu mestre original queria expurgar a escola desses nojentos nascidos de trouxas, eu fui acordado pelo jovem Tom e iria cumprir minha missão, mas ele me pediu para não fazer. Me disse que nascidos-trouxas também são bruxos, mesmo que eu não goste deles e ainda queira mata-los.

Por quê, Niel? – perguntou curioso e ouviu o que pareceu um riso de cobra vindo da criatura pelo apelido.

Salazar era... um homem diferente, isolado dos demais. Ele era excêntrico, mas muito justo. Ele e os outros discordavam sobre os nascidos trouxas: Rowena, Helga e Gordric queriam ensiná-los, mas não viam o que eles faziam com a magia. Salazar não queria ensiná-los e foi isolado dos demais por isso, tentou fazer com que eles vissem a verdade e quando estava sem opções me usou... fui detido, meu mestre se foi e seu herdeiro me achou anos depois.

Niel você gosta de cobras? – perguntou baixinho.

São como primas para mim, gosto bastante delas por quê?

Eu tenho uma filhote adoraria que a conhecesse.

Seria uma honra pequeno. Traga ela da próxima vez... isso é... virá uma próxima vez, não é?

Se deixar virei muitas vezes. Você é legal. – disse com um sorriso meigo e o basilisco retribuiu. – Niel... como Tom era? No tempo que vinha aqui?

No mesmo instante o diário sobre seu colo pareceu tremer em negação sobre aquele assunto.

– Tom... ele reclamava muito, gostava de estar aqui. Ele vivia dizendo que seria grande e poderoso, ele queria uma mudança grande no mundo bruxo, não posso dizer que não concordo. Ele odeia trouxas... de verdade... podia sentir o ódio dele cada vez que o assunto trouxa surgia.

– Não o culpo por não gostar de trouxas... eu também não gosto. – o menino disse baixinho.

– Pode me dizer o porquê? – a "serpente" perguntou com curiosidade.

– Eles... me fizeram mal... muito mal. Também fizeram mal ao papai, não sei o que fizeram com ele, mas papai fica triste quando toca no assunto. Se também fizeram mal ao Tom eles merecem sofrer. – a vozinha doce não combinava muito com a ameaça velada que aquela frase significava, mas Niel apenas concordou e percebeu que o menino talvez fosse como Tom, Harry deveria poder ser cruel quando irritado.

– Entendo você criança... mas afinal por que cheirava a lágrimas quando chegou aqui?

– Uma menina me disse algo ruim e eu pensei que talvez fosse verdade.

– O que ela disse?

– Que meu melhor amigo só me usava para ser famoso, fiquei em dúvida. E se ele e e papai só me ajudavam por ser famoso? Mas Tom me disse que talvez quem estivesse tentando me usar fosse ela.

– Entendo... não devia dar ouvidos a pessoas não importantes.

– Obrigada Niel – Harry tinha um lindo sorriso.

– De nada criança.

Ahhh... Niel você gosta de ficar aqui? – perguntou com a vozinha meiga depois de algum tempo e o monstro se aproximou mais se aconchegando perto do garoto.

Não... mas não posso sair ou vou caçar nascidos-trouxas... a não ser que me deixe passear e deseje a limpeza da escola desse sangue nojento.

Eu não tenho nada contra nascidos-trouxas – Harry disse baixando o olhar e o diário vibrou e se abriu na frente dele, em uma das páginas amarelas apareceu a letra bem desenhada de Tom.

"- Deixe que ele saia... apenas para caçar pelo túneis, ele não machucará ninguém até essa pessoa te machucar, ordene claramente." – o menino mordeu o lábio e suspirou.

Niel... você pode sair e caçar pelos túneis. Mas tente não machucar ninguém ta bom? Não quero que você seja caçado. – disse baixinho e o basilisco pareceu extremamente feliz com a possibilidade de poder finalmente sair da caverna monótona.

Posso mestre? – perguntou quase infantil e se agitou alegremente o menino riu e pensou que se Niel fosse menor seria como Liz.

Sim... mas cuidado. – pediu o menino e encarou o diário que voltava a escrever.

" – Para a segurança dele deixe o basilisco longe de galos ou ele pode morrer, também precisa deixar um aviso. Vai ser divertido ver Hogwarts com medo novamente, não vai?

Não sabia se queria isso, mas a dúvida cresceu em seu peito. Os nascidos-trouxas teriam mesmo direito de serem ensinados magia? Sendo que desrespeitavam as leis, as tradições e própria magia... teriam eles que pagar por sua própria ignorância? Uma parte de si gritava sim, outra dizia não... a dúvida o corroía.

Criança para que eu possa sair você precisa fazer um ritual, um pouco de sangue será necessário – O basilisco disse se enrolando em volta de Harry, quase em um abraço.

Onde posso arranjar?

Tem que ser o meu sangue pequeno mestre. Pegue sua varinha, faça um corte em minha pele e colete sangue o suficiente para escrever uma frase. – Niel tinha uma voz animada agora.

Onde posso conseguir um recipiente para isso? – O basilisco encarou os olhos esmeralda e entortou a cabeça para o lado direito.

–  Terá que levar com magia... consegue? –  o menino acenou afirmativamente –  Bom... vamos, o toque de recolher já deve ter soado.

*********

Harry fez como instruído e com o sangue gelado escreveu em uma das paredes do castelo: "A câmara secreta foi aberta, inimigos do herdeiro... cuidado". Perguntou o que significava a frase ao diário e Tom lhe respondeu que foi a frase escolhida por ele quando tinha 15 anos como parte das chaves dos túneis pelos quais o basilisco andava. Escrever a frase era libertar o monstro pelos esgotos antes fechados.

Harry ficou com aquilo na cabeça, mas Niel parecia divertido, ele causaria algum mal?

O Sonserino foi até seu dormitório, afinal já passara do toque de recolher. Mal abriu a porta de seu corpo miúdo foi abraçado com força por um adulto.

– Harry... por Merlim... onde você estava? Estava muito preocupado com você mocinho! Tentei te localizar e não consegui... pensei que... – Severus o abraçava com força e dizia tudo com a voz embargada. Draco atrás dele tinha os braços cruzados.

– Onde você estava Harry? Ficamos preocupados, pensei que Granger tinha feito alguma coisa... – Draco disse com a voz séria e Harry só pôde morder o lábio, afinal seu pai não o soltava.

– Eu... ela me disse umas coisas e eu fiquei pensando... me encolhi em um cantinho e fiquei... desculpe te preocupar papai e a você também Dray. – disse baixinho e os Sonserinos mais velhos suspiraram.

– Não me preocupe assim pequeno por favor. Me avise quando for fazer algo assim ou eu me preocupo. – Snape o soltou e deixou um beijo nos cachinhos castanhos de seu menino.

– Ta bom papai. – disse sorrindo pelo carinho.

– O que a sangue-ruim te disse para que ficasse tanto tempo pensando? – Draco perguntou com um suspiro e sentando em sua cama.

– Ela... me disse para me afastar de você, que você só andava comigo por sou famoso e me usava. – A voz do Harry demorou a vir e veio um tom mais baixo que o normal. – Eu fiquei com medo de ser verdade e chorei um pouco... mas... depois vi que não fazia sentido. Desculpe demorar tanto.

– Oh meu filho – Sevrus voltou a o apertar e Draco parecia surpreso, depois enfurecido. – Não acredite nela.

– Como aquela nojenta tem coragem de dizer algo assim? Aquela... Harry... você é meu melhor amigo e eu jamais usaria você. – Draco reforçou, mas a raiva brilhava nitidamente nos olhos azuis.

– Certamente ela queria você afastado de Draco para que pudesse se aproximar mais de você. Ainda bem que não acreditou nela meu menino. Agora já está tarde, vá dormir e tenha bons sonhos.

Snape viu quando seu pequeno vestiu o pijama, assim como Draco. Deitou Harry na cama e deixou um beijo em sua testa, ganhando um sorriso iluminado e aproveitou deixando um beijo nos fios claros de seu afilhado.

Mal ele sabia que aquele noite preocupante iria só começar, afinal misteriosamente uma mensagem escrita em sangue apareceu e os problemas só iriam começar.

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