Eu já tive uma quedinha por Park Jimin no oitavo ano, quando nos conhecemos, mas foi uma coisa passageira. Nunca contei para ele. Achei que isso poderia estragar nossa amizade de alguma forma e eu não quero isso de jeito nenhum.
Não consegui responder na hora o que ele me contou. Falei que iríamos conversar hoje, com mais calma. E se ele ficar magoado por eu não sentir o mesmo?
A aula de inglês acabou mais rápido que o normal. Fiz tudo, menos prestar atenção. Jimin sempre me espera na frente da sala para irmos juntos para o intervalo, mas hoje ele não apareceu. Jin e J Hope vieram no lugar dele.
— Cadê o Jimin? — pergunto, enquanto andamos até o refeitório.
— Ele disse que ia chegar no final do intervalo — Jin me responde.
Está me evitando. Era justamente o que eu não queria que acontecesse!
Pego meu celular e mando uma mensagem para ele.
eu
me encontra no parquinho depois da aula
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Ele visualiza, mas não responde. Espero que não me dê um bolo.
ᴛ ᴇ x ᴛ ᴍ ᴇ
Do colégio, vou direto para o parquinho. Me sento em um dos balanços, esperando Jimin. Foi onde nos conhecemos no oitavo ano.
Era meu primeiro mês como aluna nova e estava sendo o pior dia da minha vida. No recreio, tropecei e todo almoço caiu em cima de mim, resultando em várias risadas dos meus colegas. Recebi uma nota baixa em física e, para completar, minha mãe esqueceu de me buscar na escola.
Já haviam se passado quatro anos e ela ainda sofria com o divórcio. Eu que fazia as coisas em casa.
Tive que voltar sozinha e, no caminho, parei nesse parquinho. Conheci o garoto de cabelos pretos que naquela época sofria bullying dos meninos maiores. Nós começamos a conversar e nem vimos o tempo passar. Cheguei em casa quase de noite, mas muito feliz. Foi a melhor tarde da minha vida desde que tinha me separado do meu irmão.
— H-Hyunie? — paro de encarar o chão e vejo o garoto, agora de cabelos loiros, na minha frente.
— Senta aqui — aponto para o balanço ao meu lado.
Ele faz o que pedi. Nenhum de nós dois se pronuncia. Percebo que Jimin está nervoso, pois fica puxando os dedos da mão. Ele sempre fez isso...
— Se lembra daqui, certo? — ele olha ao redor e balança a cabeça.
— Não mudou nada — sorri minimamente.
— Queria conversar sobre... ontem — falo devagar, para ver sua reação. Seus olhos evitam os meus. Ele parece bem desconfortável.
Parando para pensar agora. Será que isso foi mesmo uma boa ideia?
— Dahyun, eu sei que você não gosta de mim desse jeito... Tudo bem, n-não tem problema.
A voz dele está baixa, como se estivesse com medo de falar.
— Desculpa, Jiminie.
Ele finalmente me olha, mas desvio o olhar para o chão meio envergonhada.
— Pelo o quê? Hyunie, você não é obrigada a me corresponder — ele ri sem graça.
— Eu sei, só que...
— Quero que me prometa que nossa amizade vai continuar a mesma. Não vamos ficar estranhos um com o outro por causa disso, ok? — ele estica o dedinho na minha direção.
Fico preocupada em fazê-lo deixar os sentimentos de lado. Não é fácil parar de gostar de uma pessoa. Principalmente, se ela convive diariamente com você. Mas, é uma escolha dele, eu não posso mudar isso.
— Ok... — enlaço meu dedinho com o dele.
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olar, as próximas duas att's vão
ser duplas okei?
+ um spoiler: tem festa vindo rs