DEGUSTAÇÃO - Meu Grande Erro...

By LilyFreitas04

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Sabe qual o problema de alguns erros? Às vezes eles beijam tão bem, que nos levam a ruína. Eu sei que errar é... More

Sinopse e informações
Apresentação de avatares e data de postagens
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Bônus

Capítulo 1

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By LilyFreitas04

Camila

If you get to hear me now

If you get to hear me now,

I know you'll get stronger,

when you get older, oh

Just don't shrug your shoulders

when you get older, oh...

Hear me now - Alok

A batida da música faz com que os resistentes ocupantes da pista de dança se remexam com gestos desconexos e embriagados. Não sei com precisão o que faz esse povo ficar em pé com tanta euforia. Fico indecisa entre o álcool com cocaína, ou o ecstasy que adoram usar. Só sei que não é normal toda essa empolgação às quatro horas da manhã.

Não entendo o motivo desses jovens, vindos das tradicionais famílias cariocas gostarem tanto de drogas. A sensação que eu tenho é de que eles não conseguem encontrar prazer na vida real, precisam de substâncias alucinógenas para sentirem alegria.

E o pior de tudo, é ter que fingir que todos estão sóbrios, mas são ócios do ofício, não sou nenhum agente de segurança para recriminar ninguém. Se os donos do evento levam de boa esse bando de idiota usando drogas as escondidas, quem sou eu para me meter?

Remexo o pescoço tentando diminuir a tensão que se formou depois de um dia providenciando todos os detalhes para que essa noite fosse perfeita. Amo o meu trabalho, não trocaria o que faço por nada desse mundo, mas é um saco ter que ficar de babá de filhinho de papai mimado.

Em todas as festas a história se repete, eles enfiam a cara em drogas e bebidas, fazendo com que fiquem dispostos além dos limites. Enquanto isso, a equipe técnica apenas deseja que eles se cansem, para que todos possam ir embora.

— Não acredito que isso acabe antes das seis.

A voz cansada do Robson tira a minha atenção de um grupo de jovens completamente embriagados.

— Sem condições de levar a festa até as seis, quanto bater cinco horas, vamos cortar o som.

— Você está falando sério?

— Claro que sim. — Respiro fundo demonstrando toda a minha exaustão. — Olha para esse povo. — Faço um gesto amplo pela pista. — Todos estão fora da realidade, não vou arriscar que um desses idiotas caia no chão com uma overdose ou em coma alcoólico.

— É... você tem razão. — Ele concorda comigo. — Hoje foi uma daquelas festas tensas.

— Faz parte do nosso trabalho.

— Não podemos ter glamour o tempo todo. — Dou de ombros e provoco um sorriso no Robson.

A próxima hora se arrasta, a cada vez que olho o relógio parece que o ponteiro está quebrado. Os meus pés começam a reclamar dos saltos e do longo tempo que estou em movimento.

Assim que o último farrista deixa o espaço do evento, eu suspiro aliviada. Acabou! Finalmente vou poder ir para casa dormir até criar raízes.

— Está tudo certo, amanhã a equipe do som vem retirar o equipamento e a da limpeza deixará tudo em ordem.

— Certo, Robson, graças a Deus acabou.

— Até a próxima, Cami. — Ele pisca e me puxa para a saída na companhia de uma das garçonetes.

O Robson é um conquistador barato, ele sempre sai com uma nova garota depois de uma exaustiva noite de trabalho. Também sendo um homem tão bonito, impossível não ter mulheres caindo ao seu redor.

Ele é o tipo de cara que chama atenção, com seu corpo forte, cabelo preto sempre bem arrumado, olhos castanhos intensos e uma pele bronzeada que me causa inveja. Não nego que ele é um charme e não condeno as mulheres que caem na sua lábia.

Caminho ao lado deles e vou para o estacionamento pegar meu carro. Tudo o que mais quero agora é um banho quente e a minha cama.

Sem dificuldades sigo pelas ruas vazias do Rio no início da manhã de domingo e chego ao eu condômino mais rápido do que o programado. Quando entro na minha rua, vejo uma quantidade de carros e motos que não é normal. Certamente algum vizinho deu uma grande festa.

Para o meu aborrecimento, a entrada da minha garagem está bloqueada, o que me impede de estacionar o meu veículo. Sinto uma pontada de dor de cabeça despontar furiosamente. Era só o que me faltava ter que enfrentar a falta de educação desses farristas logo cedo.

No instante que piso no meu quintal, eu fico estática, sem acreditar no que vejo. Algumas pessoas estão jogadas pela minha varanda, enquanto outras estão ao redor da piscina seminuas e um cara boia no meu colchão inflável completamente nu.

Meus pés parecem pregados no chão, pois não consigo dar um passo a frente. Acho que estou em estado de choque.

— Quer tomar banho comigo, chuchu? — O cara nu me faz esse convite e, só neste momento, que saio do meu estado inerte.

— Quero você fora da minha casa — digo furiosa. — Todos saiam daqui, a festa acabou.

Começo a caminhar para a entrada da casa berrando histérica e ordenando que todos se retirem. Eles me olham ainda embriagados e com um sorriso brincalhão no rosto, mas quando puxo uma cadeira jogando uma garota embriagada que está sentada nela no chão e a arremesso até a piscina, eles percebem que estou falando sério e começam a ir embora.

Assim que vejo meu jardim vazio, me preparo para entrar em casa. Se no quintal estava esse pardieiro, não quero imaginar como ficou a minha casa.

Eu mato a minha irmã!

Assim como esperei tudo está uma zona. Um som relativamente alto para o horário toca na sala, corpos estão jogados sobre meu tapete caríssimo e o meu sofá prefiro nem comentar o estado que se encontra.

Saio pelo corredor atrás da minha irmã, se ela arrumou essa confusão, vai ter que colocar todos esses bêbados para fora. Estou exausta do trabalho e não quero lidar com esse monte de gente que não conheço.

— Carla, que porra é... — minha pergunta morre quando abro a porta do quarto dela e a encontro cavalgando o namorado. — Porra! — Tampo os olhos tentando apagar a visão infernal de ver a minha irmã trepando. — Quero a minha casa vazia, desce desse pau agora e tira esse monte de desocupado da minha casa. Vou tomar um banho, quando eu acabar, quero que todos estejam longe daqui.

Fecho a porta e tiro a mão dos olhos. Maldita hora que deixei Carla morar comigo, fui uma tola em cair na sua conversa fiada que queria estudar e que aqui seria mais perto da faculdade.

Ela não tem nenhuma responsabilidade, já trancou três matrículas e não sabe o que quer. O sonho dela é casar com um homem rico e ser modelo. Não sei onde a minha mãe errou na criação dela, talvez mimá-la demais por ser a caçula tenha ajudado a transformá-la em uma irresponsável.

Abro a porta do meu quarto louca para ir ao banheiro e tirar esses malditos saltos que estão me matando. Preciso desesperadamente colocar as pernas para cima, só assim alivio a dor de passar a noite em pé.

— O que é isso? — pergunto incrédula quando vejo um cara deitado na minha cama acompanhado de duas mulheres. — Acordem! — grito completamente descontrolada. Hoje não é o meu dia. — Quero todos fora, saiam do meu quarto.

Vou até a cortina que está semiaberta e termino de abrir com força extrema. Assim que tudo se acalmar, vou expulsar a minha irmã de casa.

Porra, ela deixou que invadissem o meu quarto.

— Acorda garota. — Puxo o travesseiro onde a infeliz está dormindo e ela abre os olhos parecendo ainda embriagada. — Sai da minha cama, vai! — Rodeio a cama e puxo o pé da outra vadia.

— Ai, você tá louca? — Uma delas resmunga.

— Louca vou ficar se você não sair da minha cama. Acorda esse merda, quero os três fora daqui.

— Esse merda está acordado. — Aprumo o corpo quando ouço uma voz rouca e sexy.

O cara passa a mão pelo cabelo loiro e senta na cama, fazendo com meus olhos deslizem para seu peitoral trabalhado, coberto por tatuagens imensas que seguem do seu tórax até os seus braços. Ele ergue os olhos até os meus, causando um estranho arrepio pelo meu corpo. Confesso que não esperava encontrar um homem tão sensual na minha cama, uma pena que ele está acompanhado por duas mulheres.

— Então se está acordado já percebeu que está no meu quarto. Saiam daqui. — As meninas pulam da cama nuas e começam a pegar suas roupas. — Vistam-se lá fora.

— Não podemos sair nuas pela casa. — Uma delas tenta argumentar comigo.

— Fodam-se, não mandei invadirem meu quarto.

— Mas foi ele que nos trouxe aqui. — A menina aponta o abusado que ainda está sentado na minha cama sorrindo.

— Então aprendam a não seguir qualquer vagabundo. Agora saiam! — Abro a porta. — E você também pode sair — digo ao descarado que não para de me olhar.

Para a minha alegria as meninas passam por mim carregando suas roupas enquanto me xingam. É uma piada. Elas estão invadindo a minha casa e ainda tenho que ouvir palavrões.

Vão se foder suas putas!

— Estou esperando você sair da minha cama — digo segurando a maçaneta da porta.

— Sua cama é ótima, tive uma noite incrível. — Sinto meu queixo despencar com a incredulidade do que acabo de ouvir. — Mas se você estivesse nela, tenho certeza que seria melhor.

Ele me cantou? Esse idiota me cantou?

Antes que eu responda, ele coloca uma perna para fora da cama e vejo o quanto é musculosa. Ele tem outra tatuagem que cobre toda a parte baixa da perna.

Sem que eu controle os meus olhos, eles sobem pelos seus joelhos, passam pela coxa grossa coberta de veias salientes, percorrem lentamente sua barriga trincada, seguem pelos seus ombros largos, até que fito seus olhos azuis. Eles são lindos, é como se eu estivesse olhando para o mar do Caribe.

O olhar satisfeito dele me irrita, ele sabe que estou amando o que vejo. Que egocentrista desgraçado.

— Por que não vamos tomar um banho juntos? Depois podemos voltar pra cama. — Ele pisca para mim sem nenhuma vergonha e ergue-se completamente nu.

Meus olhos caem para o meio das suas pernas e o meu corpo esquenta com a visão do seu pau grande e grosso ostentando uma ereção matinal.

Puta que pariu! O que é isso senhor? Que calor!

Se eu o encontrasse em outro contexto, não me importaria em passar uma noite ao seu lado experimentando esse corpo fabuloso, só que neste momento, estou puta da vida por ele ainda estar na minha cama, lindo e gostoso, me tirando o juízo.

— Você me deu uma ótima ideia. — Sorrio quando vejo ele me encarar feliz por admirar sua nudez. — Vou tomar um banho, mas será sozinha. Quando eu sair do banheiro, quero você bem longe daqui, caso contrário, vou chamar a polícia.

Não espero que ele me responda, entro no banheiro e tranco a porta. Não posso confiar em deixá-la aberta, esse desgraçado pode tentar entrar aqui. E com o fogo que está me consumindo, também não confio em mim mesma.

Tiro a roupa e entro embaixo da ducha tentando aplacar o inusitado tesão que me dominou. Sei que é vergonhoso ficar excitada por um canalha que sequer conheço, mas porra, com uma coxa daquela, um peitoral de catálogo de moda e um pau digno de ator pornô, é impossível ficar imune a tanta gostosura.

Sou uma mulher que não resiste a um homem exalando testosterona, principalmente quando ele é delicioso.

Passo os próximos vinte minutos trancada no banheiro tentando me recuperar da excitação que pareceu me consumir. Quando acabo de pentear meu cabelo, o enrolo em uma toalha e fecho o meu roupão.

Abro a porta pronta para trocar o lençol da minha cama e dormir um pouco, mas paraliso quando encontro o abusado parado na frente da janela, sem camisa e com uma xícara na mão.

— Trouxe um pouco de café pra você. — Ele vira-se e aponta para uma bandeja cheia de frutas, biscoito, pão, manteiga e o café. — A Carla disse que ia te acalmar comer algo antes de dormir.

Prendo a minha atenção nele e fico sem acreditar no quanto é sem noção. Será que ele tem algum problema de cabeça?

— Você não entendeu quando eu disse que te queria fora do meu quarto? — Ele sorri e corre a mão pelo cabelo fazendo uma bagunça sexy.

Acompanho o seu gesto e vejo que seu cabelo é bem curto e com um tom de loiro que indica que ele gosta de ir a praia.

— Entendi perfeitamente, mas queria me desculpar por invadir o seu quarto te trazendo um café.

Ouw isso foi fofo!

— A melhor maneira de se desculpar é indo embora. — Tento fingir indiferença.

— Foi mal, eu vi o quarto vazio e trouxe as meninas pra cá, ninguém avisou que não poderia entrar. — Ele sorri, mostrando lindas covinhas, e me faz admirar com mais cuidado sua aparência.

Seu rosto tem formato de pera, olhos puxados e um nariz que parece ter sido milimetricamente desenhando. Pode parecer loucura, mas suas feições me lembram um legítimo felino.

Tá... ele é lindo, não posso negar, só que não o quero por perto, ainda que ele esteja sendo um fofo.

— Dá próxima vez procure um lugar apropriado para suas aventuras. — Como não resisto a um café, me aproximo da bandeja e pego a bebida.

— Vou manter isso em mente.

O gosto do café se espalha pela minha boca, e me faz fechar os olhos com a sensação reconfortante que me trás. Agora estou me sentindo humana novamente, sem cafeína não sou ninguém.

— De qualquer maneira, foi um enorme prazer invadir o seu quarto.

Praticamente pulo quando ouço a sua voz tão perto. Viro meu corpo e por milímetros não esbarro em seu peitoral. Ele está quase grudado em mim, o que me faz dar um passo atrás e esbarrar no criado mudo.

Ergo a cabeça para encarar seu rosto, certamente ele é mais alto uns vinte centímetros. Quando tento fazer o meu cérebro voltar a funcionar, sou surpreendida com ele segurando a minha nuca e baixando o rosto até o meu sem deixar de fitar os meus olhos.

É... definitivamente ele tem belos olhos azuis.

Esse é o último pensamento lógico que tenho antes de sentir seus lábios macios sobre os meus. A surpresa do seu gesto me faz ofegar, dando a oportunidade dele aprofundar o beijo e invadir a minha boca com a língua.

O meu cérebro entra em pane e apenas acompanho o movimento da sua língua me perdendo no beijo. E que beijo. Esse é um homem que sabe beijar como poucos que já tive a oportunidade de conhecer.

Como nunca fui mulher de perder as oportunidades da vida, ergo a mão livre e corro pela maciez da sua pele, sentindo a massa firme dos seus músculos. Ele parece ferro sob a minha mão, o que me faz pensar em como deve ser incrível tocar determinada parte avantajada da sua anatomia.

Neste momento sequer me lembro que queria ele fora do meu quarto, agora só desejo tirar sua calça e conferir de perto seu membro dos sonhos.

— Me perdoa por entrar no seu quarto sem permissão e por... — Ele fala sorrindo quando interrompe o beijo. —...beijar você. — Agora ele desliza o polegar pelos meus lábios. — Mas se eu não te beijasse, não conseguiria ter paz.

Fico parada apenas olhando a mudança nos seus lindos olhos. Agora o tom azul sumiu, e apenas vejo duas bolas negras me encarando tomadas de desejo.

— Foi um prazer te conhecer. — Sua voz é um sussurro sexy quando me diz isso.

Ele se afasta e caminha calmamente até a porta com a xícara de café na mão, me deixando para trás sem saber onde estou.

Fico parada observando a porta se fechando tentando entender o que aconteceu. Mas me sinto incapaz de ter um pensamento lógico. Tudo foi tão estranho, que não dá para tentar entender nada.

— Mas que droga! — digo quando finalmente encontro a voz. — Isso foi um erro dos grandes, Camila. Como você deixa um cara desconhecido te beijar, quando deveria apenas estar furiosa com ele? Você está maluca menina?

Faço essas perguntas em voz alta e me sinto uma louca. O cara além de tomar posse da minha cama durante a noite, ainda tem a audácia de me beijar. E o pior é que eu gostei da merda do beijo, isso é o fim do mundo.

Furiosa comigo mesma, descarto a xícara de café e começo a tirar os lençóis da cama. Perdi completamente o apetite, preciso apenas dormir. Vai que eu acorde e tudo não passe de um sonho?

Com esse pensamento, começo a ajeitar minha cama, ansiosa para poder finalmente descansar. 

Brandon já chegou chegando, mostrando não só seu ego grande, como também sua determinação. O que o pobre não sabe é que Camila não é qualquer mulher e não vai cair fácil na sua lábia de conquistador barato. 

Meninas espero que vocês tenha gostado desse primeiro capítulo, esse livro é muito fofo, os dois protagonistas são extremamente carismáticos. Estou ansiosa para saber o que acharam. 

Nossos encontros serão sempre as terças e sextas, como hoje é o capítulo de estreia, eu postei com exclusividade no sábado. Como já havia avisado o livro será postado completo aqui, mesmo indo para a Amazon. Só não permanecerá completo na plataforma quando estiver concluído. Então mantenham sempre a leitura em dia para no final não se enrolarem. 

Não esqueçam de votar, comentar e divulgar para as amigas a história. Vocês são as melhores divulgadoras que tenho, conto sempre com a indicação de todas para que a história chegue a novos leitores. 

Um beijo grande no coração de vocês, bom fim de semana e nos encontramos terça. 

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