Don't leave me | taekook

بواسطة Taeizzy

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[CONCLUÍDA] Quando Jeongguk descobriu que estava esperando um bebê do alfa, viu seu mundo desabar diante de s... المزيد

Not Planned
Fall
Light
Begin
Overcome
Because of you
More than Words

The story never ends

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بواسطة Taeizzy


Eu não acredito que nós chegamos oficialmente no último capítulo de don't leave me, eu estou anestesiada e a ficha não caiu ainda.

quero deixar para falar só no final pq isso aqui vai ficar gigante, então por favor, leiam com o coração cheio de amor e coloquem The story never ends do lauv para tocar, essa música dá o clima total para a fic (para quem quiser escutar com a música, sério recomendo, vou deixar um * e aí vcs já sabem que é so dar play e mandar bala

dedico esse capítulo a todas as pessoas importantes em minha vida que me apoiaram e fizeram meu coração ficar quentinho de amor; então gabriela, marsel, gabriella e letícia
vocês foram a minha motivação para não desistir dessa história

Espero que gostem! <3

Jeongguk sempre acreditou que amar de verdade era para poucos. Amar era para quem estava disposto a deixar tudo para trás, mas não se deixar em momento algum. Sabia também que Bogum havia conquistado grande parte de seus sentimentos, entretanto, o rapaz não era o amor da sua vida. Era apenas um homem que lhe encantou por alguns anos e quando se foi, levou consigo todas as borboletas e os sentimentos bons que Jeongguk um dia sentiu por si. Era passageiro, era apenas paixão.

Uma grande paixão que lhe resultou em um grande amor.

Junhyuk era a própria definição de amor puro e verdadeiro para o Jeon. A criança conseguia lhe arrancar os mais sinceros sorrisos e bom, o ômega daria sua vida para salvar seu filho. Nunca teve chance de sentir aquele tipo de amor antes e agora que estava finalmente vivendo, sabia que seria eterno. Junhyuk causava tantas sensações no pai; conseguia sentir as bochechas quentes quando o filho ria, sentia os pelinhos de seu corpo se arrepiarem quando o pequeno alfa lhe abraçava e a calmaria que Jeongguk emanava quando simplesmente observava seu rebento dormir era algo único e que fazia seu coração pulsar de forma com que sentisse suas veias bombearem cada vez mais sangue; sentia-se vivo como nunca antes.

Quando seu pequeno estava triste, um pedaço seu morria, quando seu brotinho de amor ficava doente, Jeongguk sentia apenas a necessidade avassaladora de cuidar e proteger seu bem mais precioso. Seu filho era seu mundo, e sabia que tudo valia a pena quando via aquele sorrisinho banguela voltado para si. Junhyuk era doce, era luz, e era exatamente assim que Jeongguk se sentia quando estava próximo a ele; sentia-se iluminado e amado. E isso não tinha preço.

Amar e ser amado era, no fim, a única coisa que realmente importava para Jeongguk. E era por esse motivo que faria de tudo para proteger seu filhote, porque ele era o seu maior amor, a sua fonte de luz.

— Junhyuk! — gritou assim que todo o avalanche de emoções negativas o atingiu, somado a surpresa ao ver Park Bogum ao vivo e em cores com seu filho.

Atravessou a rua em passos largos, e assim que estava próximo o suficiente para ver o falso sorrisinho vacilante que moldava os lábios do outro, o ômega apenas pegou seu pequeno dos braços alheios, tomado pelo instinto paterno e protetor que queria apenas se livrar da ameaça; o lobo de Bogum era uma ameaça para a família de Jeon.

— Olá, Jeongguk. Quanto tempo. — Bogum escondia o quão assustado e curioso estava ao ver o, até então, filho nos braços de seu antigo ômega. Passaram-se alguns anos desde que tinha visto o Jeon e nunca teve a coragem de acompanhar a gestação do moreno. Na verdade, sua vida inteira foi marcada por sua covardia, e mais uma vez, Bogum demonstrava-se covarde ao ter o filho de Jeongguk ali.

Afinal, caramba, por mais que tivesse rejeitado a criança desde seus primeiros dias, ainda era o seu filho ali. Ele já tinha idade o suficiente para conseguir ver os traços de Jeongguk e até alguns semelhantes aos seus; contudo, o garoto era a cópia do ômega e aquilo era nítido.

— Saiba que eu não senti saudades, Bogum. — Jeongguk soou completamente amargurado, enquanto Taehyung e Sohye se aproximavam de ambos com feições preocupadas e azedas. Bogum nunca seria bem visto.

— Papai, quem é ele? — Junhyuk perguntou com a voz baixinha, como se contasse um segredo ao moreno, que apenas respirou fundo e juntou as sobrancelhas enquanto mantinha a postura firme e olhava o alfa sem vacilar.

— É apenas um homem qualquer, amor. — as palavras do mais novo atingiram Bogum ao nível de fazer o olhar afiado vacilar em segundos, perdendo aquele brilho sorrateiro que sempre adornava as orbes do Park.

Ele nunca admitiria ao Jeon, mas ouvir aquilo e ver então o desenteresse do garotinho em relação a si o machucou silenciosamente.

— Jeongguk, eu...

— Não precisamos escutar mais nada. Essa conversa já está durando mais do que deveria.

— Eu só queria saber como vocês estão.

Jeon soltou um riso sem qualquer graça e então entregou o filho ao Kim, que segurou o pequeno com possessão, vendo o quão mexido Bogum ficou com aquela situação toda.

— Depois que você foi embora, eu consegui dar um jeito. Eu sempre dei um jeito, Bogum. E hoje eu estou bem, nós estamos bem e superamos você. Então obrigada por sua falsa ou tardia preocupação, mas isso aqui — apontou várias vezes de si para Bogum e de Bogum para Junhyuk — nunca mais vai acontecer. Então adeus.

Taehyung e Sohye deram as costas e Bogum pôde ver uma última vez o olhar iluminado de Junhyuk passar de si para se prender completamente ao outro alfa, que o tinha como seu verdadeiro pai. O que ficou ao lado de Jeongguk desde início e criou o alfinha como seu rebento, mesmo que não compartilhassem o mesmo sangue. E fora inevitável não sentir uma pontada de ciúmes e inveja o atingir.

Aquela poderia ser a sua vida. Ele poderia ter aquele olhar de admiração voltado somente para si. Porém, sabia reconhecer que não merecia o amor que Junhyuk tinha por Taehyung.

— Eu só queria dizer que eu sinto muito por tudo que eu fiz a vocês, Jeongguk — em quatro anos, muitas coisas mudaram. Inclusive a cabeça de Park Bogum, que vivendo todos esses anos sozinho, aprendeu a conviver com o arrependimento e a se culpar pela falta de maturidade de anos atrás. Agora já era tarde demais para querer recuperar seu posto e ter seu ômega e seu filho; eles já pertenciam a outra família e a outro alfa. E a culpa era sua por ter deixado tudo aquilo escorregar de seus dedos em um piscar de olhos. — Eu apenas posso te desejar parabéns pela família. O pequeno cresceu e sei que tem o melhor pai do mundo ao lado dele.

Jeongguk viu naquele instante o quão abalado o Park estava e soube que as palavras dele eram verdadeiras, eram sinceras e de fato o alfa estava lidando com as consequências de suas escolhas. Entretanto, aquela era a vida e nada poderia fazer, seus sentimentos quanto a ele ainda eram ruins e por mais que Bogum tenha demonstrado pela primeira em sua vida compaixão ao filho, nada poderia mudar o que anos atrás ele fez. Bogum estava colhendo o que plantou e deveria seguir em frente com sua nova vida. Junhyuk não tinha mais espaço para tê-lo na sua; pelo menos, não naquele momento.

— Eu espero com todo o meu coração que você se torne alguém melhor, Bogum. Junhyuk graças a Deus não puxou sua falta de caráter e ele tem o melhor de nós dois. Ele foi a melhor coisa que me aconteceu. — e então Jeongguk viu o olhar de Park Bogum brilhar, mas de vulnerabilidade e o ômega viu a primeira lágrima escorrer no rosto alheio, sendo seguida por outras sem fim. Então era aquilo. Aquele era o momento em que se resolvia com o fantasma de seu passado e via que tudo nessa vida tinha um preço. E estava feliz por ter escolhido o caminho certo. — Sinceramente, eu espero que você se torne um bom homem e que não faça as mesmas merdas de antes. Eu sei que você pode se tornar um homem melhor se deixar o ego para trás. 

E sem esperar qualquer resposta daquele homem que mostrava seus sentimentos mais profundos através de um pranto doloroso, Jeongguk se virou e caminhou até sua família, sabendo que sua parte estava feita.

Junhyuk não precisava saber quem era aquele alfa naquele momento, mas o ômega sabia que não poderia esconder a verdade para sempre. Tinha em mente que ele merecia saber sua história e por mais que doesse, precisava contar e deixar nas mãos de Junhyuk para que ele e apenas ele resolvesse o que pensar em relação a Bogum. E independente de sua escolha, ele e Taehyung estariam ali para ampará-lo sempre.

Pois a família era para todos os momentos. 

— Tae, você me ama de verdade?

Estavam deitados na cama de Taehyung, enquanto Junhyuk dormia profundamente no quarto do Jeon e o ômega tinha os dedos longos e finos acariciando seus cabelos, enquanto estava completamente agarrado ao corpo do mais velho. Era costume dormirem juntos e depois de tantos acontecimentos naquele dia, queriam apenas encontrar a paz um no outro.

— O quê? Que pergunta é essa? — o Kim estava confuso e sabia que aquele questionamento vinha dado o fato de Jeongguk ter os pensamentos embaralhados com os últimos acontecimentos.

— Você me ama ou está apenas apaixonado? — poderia soar a mesma coisa mas Jeongguk sabia que havia uma grande barreira que separava aquelas duas palavras e às vezes tinha medo de perder Taehyung por ele estar confundindo seus sentimentos e de repente encontrar alguém melhor.

— Eu te amo, Jeongguk. E estou apaixonado também, sempre serei. — o alfa confirmou com convicção e Jeongguk sorriu aberto, deixando um selinho nos lábios alheios. Ele também amava e estava apaixonado pelo Kim e queria viver aquilo com ele. Ele escolheu Taehyung para ser seu alfa para sempre.

— Eu também te amo. — suspirou, vendo o Kim sorrir quadrado e então ambos levantaram as mãos, mostrando os dedinhos. Eles ensinaram aquilo a Junhyuk e levariam aquele acordo a sério para a vida deles. — Vamos prometer um ao outro que independente do que acontecer, temos que ser sinceros em relação aos nossos sentimentos.

— Fechado. — uniram os dedos e então Jeongguk beijou novamente o alfa, subindo no colo alheio, enquanto Taehyung apertava e marcava a pele leitosa com seus dedos.

Os lábios se chocaram fervorosamente e Jeongguk puxou os fios negros do Kim, fazendo com que ele o apalpasse com tesão. E o ômega soube naquele momento que ele estava pronto para deixar Taehyung o amar como nunca antes.

Quando deu por si, tinha Taehyung entre suas pernas, investindo contra sua próstata incansavelmente enquanto se derramava em prazer e deu-se completamente por vencido quando circulou a cintura do alfa e viu os olhos avermelhados mirando os seus azul celeste antes de ter as presas dele na curvatura de seu pescoço, sentindo a sensação mais prazerosa de sua vida. A marca. E ambos não pouparam os gemidos enquanto o laço eterno se formava, deixando o Kim completamente exausto enquanto desabava em cima de um Jeongguk totalmente ofegante e satisfeito.

— Eu não consigo parar de dizer que te amo, Taehyung. — o ômega desabafou depois de algum tempo em silêncio, acariciando os cabelos castanhos do alfa deitado em seu peito e sentiu uma sensação de felicidade avassaladora se apossar de seu corpo. Eram os sentimentos de Taehyung através da marca recém feita.

— Eu também te amo. E estou tão feliz por ter finalmente rolado. — respondeu com um sorriso, deitando o queixo no peito de Jeongguk enquanto tinha as orbes escuras fitando-o com um brilho que nunca havia visto.

Um sol... — ele disse, completamente admirado e Taehyung franziu as sobrancelhas, não entendendo o sorriso e o olhar do Jeon em seu pescoço. — A sua marca é um sol!

O Kim passou os dedos na região marcada e então afastou a fronha do travesseiro do pescoço do Jeon, vendo o desenho de uma lua minguante marcada na pele branquinha do ômega.

— E a sua é uma lua. — sorriu apaixonado e deixou um beijo no desenho, extremamente feliz. Ele seria eternamente o alfa do Jeon e Jeongguk seria para sempre o ômega de Taehyung.

E eles não precisavam de mais nada, apenas do amor que ambos nutriam.

Alguns meses depois.

Os cabelos escuros e levemente ondulados de Junhyuk eram acariciados de forma calma e gostosa. O garotinho de apenas quatro anos assistia à um desenho que passava na televisão da sala e o ômega apenas observava seu rebento concentrado nos bichinhos coloridos que dançavam animadamente na tela mediana da tv. Não conseguia desviar os olhos ébanos do rosto belo de sua criança. Amava ver nas bochechas gordinhas o tom rosado que pintava a pele leitosa e macia como a sua. Junhyuk era muito parecido com o Jeon mais velho; a epiderme era tão clara quanto a de Jeongguk e os olhos eram igualmente negros, como os do pai. O pequeno também tinha diversas pintinhas espalhadas pelo rosto, e o ômega adorava trilhar com os dígitos cada uma delas.

— Está com fome? — o pai perguntou baixinho, tirando a franja volumosa dos olhos da criança. Os cabelos foram a única parte que o pequeno não herdou de Jeongguk, na verdade, nem Bogum tinha os fios tão espessos assim, eram negros e as pontas faziam ondas que Jeongguk passava horas admirando. Eram lindos e únicos, assim como Junhyuk.

O alfinha apenas negou, aninhando-se mais ao corpo quente e esbelto do pai. Estavam deitados no sofá a tarde toda e Jeongguk não aguentava mais ver aquele desenho, porém, o pequeno gostava e Taehyung estava no trabalho, não sabia como distrair o filho com outras atividades.

Junhyuk era calmo e nunca pedia nada para os seus pais. Não era do tipo que espalhava seus brinquedos pela sala, também não gostava de gritar quando queria algo; machucava sua garganta e sentia-se mal quando seus progenitores o olhavam tristes. Quando gostava de algum brinquedo, apenas mostrava e se seus pais não pudessem levar, colocava no lugar e logo sua cabecinha entendia que não era por mal. Seus progenitores apenas não podiam gastar com tudo que Junhyuk via.

Jeongguk suspirou e então colocou a cabeça do mais novo em seu peito, trazendo o corpo do pequeno para mais perto ainda do seu. O cheiro de maracujá que o corpo de Jeongguk exalava acalmava mais ainda o garoto, que logo já começou a sentir o sono pesar. Passara a manhã inteira desenhando na escolinha e sentia-se cansado, fora que aquele clima frio e calmo o tranquilizava demasiadamente. Queria ficar deitado no pai o resto do dia, com os braços de Jeongguk envolta de si, o protegendo, e o seu perfume o lembrando que não estava sozinho.

E Jeongguk poderia não saber, mas as batidas de seu coração eram a música predileta para o filho, que no momento deixara de prestar atenção na tv para acompanhar em silêncio as palpitações do coração do pai. Aquele som fazia o peito do rebento se aquecer como nunca, pois Jeongguk estava calmo e o filho se sentia bem; sentia-se verdadeiramente amado.

[...]

— Papai, como o tio Jimin tinha o cabelo rosa?

Os três estavam sentados no tapete felpudo da sala, enquanto Taehyung tinha uma caixa grande e pesada no colo, Jeongguk observava o álbum de fotografias junto com o filho, que estava sentado no meio de suas pernas. Os pezinhos de Junhyuk estavam cobertos por uma meia de lã branca adorável demais e Jeongguk grunhia toda vez que os dedinhos mexiam. O alfinha era fofo demais para a sanidade de Jeongguk e aqueles pequenos detalhes faziam o coração do ômega explodir.

— Eu acho que ele tinha uns dezoito anos na época, não me lembro — Jeongguk encostou a cabeça na curva do ombro do filho e pensou. Era uma foto sua com o melhor amigo em alguma festa. Não lembrava daquele dia, mas amava os cabelos rosados de Jimin. Combinaram demais com garoto e Jeongguk invejava a beleza do beta. — Todo mês ele estava com uma cor diferente, e não me pergunte o porquê, ele gostava e simplesmente fazia. Não tinha um motivo, ou pelo menos não me contava. E, ah! Ele tinha que ficar bem loiro para pintar, entende?

Junhyuk levou os dedinhos a fotografia plastificada e olhou a expressão feliz que o pai tinha. Jeongguk estava com a língua para fora e tinha um olho fechado enquanto Jimin estava em suas costas, fazendo uma careta engraçada. O pequeno não lembrava exatamente a palavra que descrevia o momento dos dois amigos, entretanto, sabia que o pai estava muito contente e parecia até mesmo... livre. Livre de qualquer problema que o rapaz sempre parecia carregar em outras fotos.

— Você estava bonito também, papai. — falou e Jeongguk sorriu, vendo Taehyung se aproximar mais deles e logo se sentou, vendo a foto que o pequeno admirava.

— Estou? — perguntou e o rebentou confirmou, virando a página e encontrando outra de Jimin com a mesma cor de cabelo. Diferente da outra, essa Jeongguk estava deitado na grama enquanto Jimin estava sentado e fazia uma pose fofa, inflando as bochechas e deixando um bico tomar-lhe os lábios fartos.

— O tio Jimin deveria pintar o cabelo de rosa novamente, parece algodão doce e deixa ele mais bonito! — o baixinho falou e os dois mais velhos sorriram com o olhar brilhante que o filho tinha. Junhyuk amava coisas coloridas e descobrir que as pessoas poderiam ter os cabelos de outra cor era incrível! Ele poderia ser diferente dos seus coleguinhas e pintar o seu cabelo com todas as cores do arco-irís se quisesse. — Eu quero pintar o cabelo também!

— Você é muito novo, filho, não pode. — O ômega explicou e o garoto abaixou o olhar, ficando triste de repente. Poxa, ele só queria pintar o seu cabelinho de rosa bebê para parecer um algodão doce também. Era fofo e muito bonito em Jimin e gostaria de ficar igual.

— O pai pode comprar algumas mechinhas coloridas se você quiser, o que acha? — Taehyung, percebendo a feição aborrecida do pequeno, logo perguntou, vendo que Junhyuk realmente tinha gostado dos cabelos de Jimin. Ele era muito novo para pintar e não poderia discordar de Jeongguk, porém, haviam outras formas que não necessitavam de descoloração e o mais novo poderia usar quando quisesse, sem causar algum dano ao cabelo.

— É sério, papai? — seu rosto se iluminou e então olhou para Taehyung, que sorriu e concordou. Uau, poderia ter várias cores no cabelo agora! — Eu quero muitão!

— Então eu compro, amor.

Junhyuk sorriu e os pais tiveram o vislumbre dos dentinhos proeminentes que o Jeon mais novo herdou do pai e os lábios vermelhinhos formaram um sorriso demasiadamente lindo aos olhos babões dos mais velhos. O rebento pulou do colo de Jeongguk para os braços de Taehyung, que o abraçou e fechou os olhos, sentindo os beijinhos molhados do pequeno em seu rosto, enquanto seus cabelos negros faziam cócegas no maxilar amorenado.

O ômega observava a cena sem conseguir piscar os olhos ébanos. Amava a felicidade que Taehyung trazia para o rebento e não conseguia parar de admirá-los. Eram adoráveis e logo sentiu seus lábios formarem um sorriso que lhe doía as bochechas de tão grande.

Estava contente e toda vez que vivia momentos como aquele ao lado dos dois, sabia que não poderia ter escolhido uma vida melhor para si. Aquele era o seu paraíso. Era a vida perfeita. Da sua maneira, mas era.

Amava o filho e amava o alfa de cabelos castanhos.

Sabia muito bem que sentia um amor diferente pelo mais velho, o seu peito se aquecia e o seu estômago aflorava em sensações únicas, que nem Bogum havia conseguido fazer ele se sentir daquele jeito; agitado e feliz. Parecia até mesmo um adolescente de quinze anos vivendo o seu primeiro amor. O Kim lhe trazia paz. Sabia que a sua felicidade era real, não iria virar fragmentos que desapareceriam em segundos. Era concreta, era real, era quente e deliciosa. Jeongguk sentia-se vivo quando estava com o alfa, sentia-se protegido e sentia-se amado. Gostava da companhia, dos toques cuidadosos em seus cabelos, dos braços quentes e protetores do rapaz e seu corpo parecia reagir a todos os olhares de Taehyung. Estava completamente apaixonado pelo alfa e nada poderia fazer, já tinha aceitado isso de cabeça erguida.

Seu coração pertencia a Kim Taehyung e nada poderia mudar aquilo.

Tempos depois.

Jeongguk sentia-se extasiado quando via todas as coisas incríveis que aconteceram em sua vida desde que Junhyuk nascera.

Uma delas era poder ser o padrinho de casamento de seus melhores amigos e ver com os próprios olhos Park Jimin chorar de emoção com seus próprios votos.

A cerimônia foi a mais emocionante que Jeongguk já havia visto em sua vida. Foi simples, mas ver a felicidade dos noivos fez todos os convidados se emocionarem. Casaram no quintal do pequeno sítio da avó do Park, em Busan, com a luz do sol iluminando o caminho de flores até o pequeno palacete onde ficaram os noivos e quando Jimin entrou com uma coroa de flores e a barriga de sete meses a mostra, Jung Hoseok teve a maior certeza de sua vida e não pensou duas vezes quando falou o seu "sim, eu aceito" na frente de sua família e amigos, e beijou a barriga onde sua filha presenciava a formação do laço de sua família.

E foi ali que o ínicio de um novo ciclo na vida daquela família começou. Logo depois de um mês e algumas semanas, Jiwon, a garotinha deles, nasceu e a família de Jeongguk não poupou os mimos. Ela era linda e Junhyuk, agora com cinco anos, prometera para Jimin que a protegeria como um irmão mais velho, assim como fez a gestação toda, dizendo para a "florzinha" que ela não deveria temer o escuro pois logo ela veria o mundo, assim como ele.

O Senhor Dumbo me protegeu todo esse tempo quando eu tive medo o garotinho tirou o boneco da mochilinha e todos os presentes ficaram surpresos. Junhyuk caminhou até a cama hospitalar onde seu tio MinMin estava deitado com Jiwon e colocou o elefante perto dela, que o olhou fixamente com os mesmos olhinhos puxados e afiados de Jimin. E agora você precisa mais dele do que eu. Então não precisa sentir medo, Won-ah, o Senhor Dumbo vai te proteger também.

Mas Hyuk, o Dumbo é o seu boneco favorito! Jimin falou completamente chocado com aquela cena. Todos sabiam que o alfinha não desgrudava um segundo sequer da pelúcia e vê-lo dar o elefante tão querido era realmente surpreendente,

Mas a Won é mais, tio MinMIn. E eu não quero que ela se sinta sozinha. O Dumbo vai cuidar dela quando eu estiver longe.

Também tinha o divórcio de seus pais. Depois de muita correria, Sohye conseguiu um bom advogado primo de Yoongi, e conseguiram fazer Jeon Junghyun assinar a papelada e se apresentar no fórum, naquelas reuniões sérias e bom, Jeongguk teve que testemunhar e dizer que o casamento de seus pais não deveria mais existir. Depois de receber o resultado do juiz, finalmente a separação foi aprovada e agora Sohye era oficialmente uma mulher livre. Ambos decidiram vender a casa e cada um ficou com a sua parte, dessa forma, Kang Sohye conseguiu comprar seu apartamento bem longe do Jeon mais velho e agora não precisava mais se importar em visitar seu filho em segredo. E também poderia finalmente fazer seus jantares em família e levar o pequeno Junhyuk até sua casa durante a semana, quando Jeongguk estava na faculdade.

Depois de todos esses anos vivendo sempre nas sombras de seu marido, ela sabia que agora eram novos tempos e ela jurou para si mesma que jamais deixaria um homem comandar sua vida novamente.

— Mãe, me passa as cenouras que estão no gavetão, por favor. — era vinte e quatro de dezembro. O fim daquele ano cheio de acontecimentos e finalmente era natal, e bom, digamos que todos estavam ansiosos para aquela data em especial.

Porque dessa vez, eles iriam juntar todas as pessoas importantes que participaram da história deles.

— O Taehyung não para de rolar no chão com o Junhyuk, estou começando a achar que eu vou quebrar essa travessa de maionese na cabeça dele antes mesmo dos convidados chegarem. — o Jeon disse, impaciente e olhou através do balcão o Kim com um gorro de natal na cabeça enquanto rolava no chão com o filho no colo. Eram duas crianças mesmo.

— Coitado, Jeongguk. Ele decorou a casa toda com o Hyuk! — a ômega defendeu o genro, rindo com a careta do filho.

— O mínimo né. Eu fiquei com a pior parte, droga! — Jeongguk sempre ficava desesperado quando se atrasava e dessa vez havia feito três pratos diferentes para a ceia natalina e o último, uma maionese cheia de vegetais saborosos, estava atrasando-o e ainda precisava tomar banho e se arrumar para receber as visitas.

— Deixa que eu termino isso. Vá se arrumar. — Sohye tentou enxotar o filho da cozinha, que negou três vezes.

— Vovó, eu quero ajudar! — Junhyuk entrou correndo na cozinha e subiu na cadeira, olhando a mesa cheia de vasilhas com vários vegetais coloridos cortados em rodelas.

— Ótimo. Agora já tenho mais um ajudante, pode ir tomar banho agora mesmo, Jeon Jeongguk! — ela voltou a empurrar o ômega para fora da cozinha, e este se deu finalmente por vencido, deixando o avental na cadeira da cozinha.

Foi até seu quarto que dividia com Taehyung, visto que decidiram dormir oficialmente juntos a alguns meses atrás e o outro quarto pertencia apenas ao filhote. Tirou então suas roupas, ficando apenas de cueca e separou suas roupas para vestir depois.

— Junhyuk está cozinhando com sua mãe. Devo suspeitar de algo? — Taehyung entrou no quarto sem aviso e fechou a porta, vendo o ômega o olhar.

— Se ele aparecer com o cabelo cheio de raspas de cenoura, então sim. — respondeu e o alfa sorriu, se aproximando rapidamente do ômega, e abraçou a cintura delgada do Jeon, cheirando o pescoço branquinho que tinha a marca que partilhavam a algum tempo.

— A gente podia aproveitar e sabe... — sugeriu nas entrelinhas e Jeongguk riu, sentindo arrepios quando o outro passou o nariz por seu pescoço sensível.

— Eu acho uma péssima ideia. — disse e então se afastou, indo até a suíte, sem se importar em fechar a porta.

Sabia que Taehyung o seguiria mesmo.

Jeongguk ligou o chuveiro e sentiu a água molhar seus cabelos negros. Taehyung entrou, como esperado e ficou o olhando através do box transparente.

Isto é, até ele começar a tirar a própria roupa.

— O quê você está fazendo? — Jeongguk estava confuso e Taehyung apenas sorriu maroto enquanto passava a calça jeans pelo tornozelo, já sem qualquer roupa cobrindo seu torso.

— Vou tomar banho, oras. — ele respondeu como quem não queria nada e Jeongguk viu o alfa se livrar da última peça, entrando no box sem ligar para a feição incrédula do ômega.

Jeongguk tentou ignorar o alfa e ficou de costas, enquanto jogava o shampoo na cabeça e massageava o couro cabeludo. Ele ficou assim, até sentir o peito do Kim se chocar contra as suas costas e bom, o pênis quase duro de Taehyung ficou bem entre suas nádegas, completamente esmagado.

— O-O quê...

— Shh — Taehyung sugou o lóbulo da orelha cheia de piercings do ômega e subiu os dedos lentamente pela coluna do mais novo, sentindo Jeongguk se arrepiar completamente enquanto se empinava.

— A gente tem que descer, seu louco! — Jeongguk não queria admitir, mas estava ficando excitado visto que o pênis grande do Kim estava endurecendo e pulsando justamente entre suas nádegas, perto de sua entrada.

— Então seja rápido.

E Taehyung não esperou uma resposta, apenas girou o Jeon para ficar de frente para si e grudou as costas fortes do ômega no azulejo do banheiro, enquanto grudava seus lábios nos avermelhados e macios do ômega.

Taehyung chupou o lábio inferior do menor e passou sua língua quente, sentindo o mais novo fraquejar em seus braços. Jeongguk decidiu juntar os músculos e puxou os cabelos castanhos de Taehyung, fazendo ele se aproximar ainda mais e um beijo desesperado deu-se início, enquanto o Kim apertava a bunda do Jeon com um mão, fazendo o ômega levantar uma perna e a outra usava para apertar a cintura delineada, deixando suspiros saírem por entre os lábios do ômega.

Eles tinham pouco tempo até seus amigos chegarem e por isso, Jeongguk não pensou duas vezes em interromper aquele beijo, deixando a cabeça pender para trás quando Taehyung puxou seu cabelo e mordeu a pele fininha de seu pescoço, brincando com a marca linda que ali adornava. Jeon por sua vez, descia as mãos pelo corpo forte e esbelto do alfa, apertando os braços e arranhando os mamilos amarronzados do maior, fazendo o pau de Taehyung pulsar na barriga de Jeongguk.

E o mais novo já estava excitado e sentia sua entrada começar a pulsar, querendo o seu alfa dentro de si o mais rápido possível.

Jeongguk afastou o Kim de seu pescoço e desceu os lábios pelo corpo do mais velho, começando a morder o maxilar simétrico do mais velho e fez uma trilha de beijos até o mamilo esquerdo, onde viu o botãozinho completamente duro e decidiu passar a língua, vendo o Kim gemer rouco e fechar os olhos.

Era exatamente o que Jeongguk queria ouvir.

O ômega passou a língua por toda aréola, enquanto suas unhas curtas arranhavam a barriga e desciam até a virilha, arranhando o perfeito V que Taehyung tinha logo abaixo do umbigo.

— Jeon, não brinca se sabe que não vai aguentar depois — Taehyung avisou, já com os olhos vermelhos beirando ao escarlate e Jeongguk deixou um sorriso sacana, mordiscando enquanto puxava o biquinho e seus cabelos foram puxados com violência, deixando uma dor horrenda.

Mas ele gostava, então repetiu enquanto olhava o Kim o xingar.

Mais uma vez se afastou e voltou a beijar a pele bronzeada, dessa vez indo até a virilha, sentindo o Kim se arrepiar de forma com que seu corpo tremesse e assim que chegou no caminho do paraíso, Jeongguk riu baixo e deixou um selar lento, arranhando a parte interna das coxas levemente grossas de Taehyung.

— Não faz assim... — o alfa choramingou, diante daquela tortura prazerosa. Queria apenas gozar logo e sabia que com Jeongguk ele deveria esperar até o de fios escuros decidir que era a hora.

— Você quem pediu, agora aguenta. — Jeongguk respondeu e finalmente ficou próximo do pênis completamente duro e cheio de veias, vendo os testículos pesados completamente sensíveis.

Jeongguk segurou as laterais da bunda do Kim e sem se importar com o que o mais velho queria, chupou sem aviso uma das bolas, sentindo imediatamente as pernas do mais velho se fecharem por puro reflexo e gostou da sensação de saber que estava dando prazer ao mais velho, por isso começou a alisar a glande, fechando o punho em volta da cabecinha e chupou mais os testículos, fazendo com que seu nariz roçasse na parte interna da coxa de outrem e Taehyung se contorceu com a sensibilidade daquela região.

Com o pré gozo se espalhando pela destra mais a ajuda da água que caía do chuveiro, Jeongguk finalmente se afastou das bolas do Kim e olhou para cima enquanto o masturbava da cabeça até o fim da base, sentindo o quão grande e grosso ele era. E Taehyung tinha uma expressão raivosa enquanto o olhava de cima, completamente possesso.

Jeongguk mais uma vez deu um de seus sorrisos e chupou a cabecinha ainda mantendo o contato visual. Sentia sua íris ardendo e sabia que o tom azul celeste estava tomando conta de seus olhos, e aquilo fez Taehyung gemer alto e seu pau pulsou na boca do Jeon, que se engasgou e afastou a boca com a saliva escorrendo por entre seus lábios avermelhados e inchados.

Taehyung achou aquela cena a mais linda de sua vida.

— Engole tudo, vai — puxou os cabelos negros do Jeon e colocou praticamente todo o seu pênis na boca do Jeon, vendo o mais novo lacrimejar pois seu pênis tocando a garganta do ômega e Jeongguk precisou respirar antes de relaxar a garganta e voltar a fazer o "vai e vem" com a cabeça enquanto masturba o que não consegue engolir. — Jeongguk, seu fodido...

O mais novo gemeu e as vibrações passaram para o pau do Kim, que gemeu em resposta e começou a estocar a boca alheia, escutando o barulho obsceno do Jeon engasgando enquanto a saliva escorria e suas bolas batiam no queixo alheio.

— Merda, eu vou gozar, vem — mesmo contra gosto, Jeongguk deu uma última chupada, deixando o barulho erótico da sucção ecoar pelo box e se levantou, recebendo um beijo faminto do alfa, que não teve vergonha alguma enquanto massageava o pênis de Jeongguk e sentia o Jeon completamente perdido em sensações.

— Eu quero de costas. — o Jeon avisou. — E seja rápido.

— Você quem manda. — Taehyung respondeu e fez Jeongguk se virar, grudando o rosto no azulejo, completamente empinado para si.

Ele poderia gozar só com a imagem de Jeongguk pulsando enquanto estava com a bunda arrebitada só esperando para recebê-lo.

Abriu as nádegas e viu a entrada do Jeon aberta, assim como o líquido pré seminal começando a escorrer lentamente. Jeongguk estava completamente molhado para si e ele não mediria esforços em satisfazê-lo.

Pincelou a entrada com a cabeça do pênis e escutou Jeongguk arfar, e ele também não pôde conter o revirar de olhos com o prazer que era sentir a entrada quente do Jeon querer o engolir de uma vez.

Penetrou somente a cabecinha e sentiu as paredes do mais novo o apertar, fazendo ambos gemerem manhosamente.

— E-Eu falei para ir rápido, Kim. — Jeongguk provocou em um fio de voz e Taehyung perdeu completamente a paciência, puxando os fios negros do Jeon, fazendo com que a cabeça dele pendesse para trás e escutou o menor gemer manhoso enquanto tinha os olhos fechados e Taehyung deslizando para dentro de si com lentidão.

— Porra — o Kim xingou quando entrou completamente e sentiu as paredes internas do Jeon o espremerem a ponto de doer, mas ele gostava e por isso saiu completamente e repetiu o movimento pelo menos três vezes, antes de começar a estocar lentamente.

— Ah... Vai mais rápido, por favor — Jeongguk pediu em meio a gemidos e Taehyung não pensou duas vezes antes de começar a acelerar os movimentos, vendo seus testículos baterem na bunda do Jeon enquanto surrava a entrada alheia, vendo o mais novo espalmar as palmas na parede e empinar ainda mais.

Taehyung puxou o torso do menor e grudou as costas de Jeongguk em seu peito, abraçando a cintura antes que o Jeon caísse, mantendo-o completamente próximo, de forma com que penetrou completamente  o Jeon

— Me beija... — Jeongguk pediu e Taehyung virou o rosto dele, juntando os lábios em uma confusão de sensações. O beijo era um caos, sem sincronia, visto que não conseguiam manter o controle quando Taehyung metia forte em Jeongguk e não conseguiam parar de gemer um segundo sequer.

Jeongguk pegou as duas mãos do Kim que seguravam sua cintura e as levou até seus mamilos, e Taehyung entendeu quando começou a estimular os dois botãozinhos escuros enquanto investia em sua bunda.

— Mais, mais, mais — o ômega gemeu de olhos fechados e Taehyung ondulou o quadril fazendo o corpo de Jeongguk seguir o movimento, e o mais novo revirou os olhos, e o aperto no bico de seus peitos continuaram, fazendo seu pênis tremer.

— Eu vou gozar, Gguk — Taehyung avisou e Jeongguk pendeu o pescoço para o lado, deixando a marca exposta para que o mais velho cheirasse sua pele, completamente necessitado de seu ômega, e mordeu o desenho, fazendo os olhos azuis do Jeon revirarem com a onda de prazer que sentiu assim que Taehyung atingiu sua próstata e mordeu a marca, fazendo não só o seu prazer, mas o de Taehyung virem em sensações avassaladoras e o ômega gozou antes mesmo do alfa, sujando o azulejo com seu esperma.

— Caralho, T-Taehyung... — Jeongguk xingou, sentindo o Kim lamber a marca e com o aperto das paredes internas do Jeon em seu pênis após o orgasmo, o Kim não aguentou e colou a boca na orelha do mais novo, gemendo rouco enquanto agarrava a cintura do Jeon e gozou em jatos longos e quentes, sentindo o nó se formar e espremer seu pênis antes de finalmente escorregar para fora e apoiar a testa na curvatura do ombro do mais novo, exausto e com os sentidos bagunçados pelo recém orgasmo.

Ficaram um minuto em silêncio, respirando e então Taehyung deixou mais alguns beijos na pele do ômega, pegando o sabonete e finalmente lavando o corpo alheio, que era o intuito inicial.

— Espero que eles não tenham chego já. — Jeongguk disse e se virou, vendo Taehyung concentrado em massagear os músculos do mais novo. Deixou um selinho nos lábios do alfa e passou o shampoo no cabelo do maior, massageando o couro cabeludo enquanto Taehyung tinha os olhos fechados e um sorriso singelo moldado nos lábios.

Ele não poderia se sentir mais apaixonado pelo ômega.

— Somos um casal, eles vão entender. — Taehyung respondeu, finalmente abrindo os olhos amendoados e Jeongguk riu, fazendo uma barbinha de espuma no de fios castanhos, tirando um riso do mais velho.

— Fofo, parece o papai Noel agora — Jeongguk disse e colocou Taehyung embaixo do chuveiro, fazendo a espuma escorrer com a água.

— Papai Noel passou mais cedo para você, então — Taehyung disse e Jeongguk nada falou, constrangido.

— Bobo.

Se arrumaram, não conseguindo disfarçar os sorrisos apaixonados e vestiram suéteres, assim como Taehyung colocou o gorro natalino de antes, já que seu filho estava com um igual.

— Vou descer, não esquece de fechar a porta...

— Gguk, espera — Taehyung passou as mãos nervosamente pela calça, vendo o ômega se afastar da porta e pigarreou, tendo a atenção do Jeon em si.

— Algum problema? — Jeongguk estava confuso, por isso se aproximou e viu o Kim corar, com os olhos amendoados arregalados e as mãos para trás.

— E-Eu tenho uma coisa para você, um presente.

Um presente? O que mais ele poderia me dar se já salvou meu mundo? Jeongguk pensou.

Taehyung tirou da bolsa da calça então um pacotinho embrulhado e entregou ao mais novo, que o olhou curioso e então desembrulhou com pressa, abrindo a caixinha e então viu um par de correntes prateadas, cada uma com um pingente diferente.

Um sol e uma lua.

— Tae... Eles são lindos... — Jeongguk estava com os olhos marejados e Taehyung sorriu verdadeiramente feliz. Ele sabia que era algo clichê, mas não se importava. Ele não poderia deixar de comprar aqueles colares assim que bateu os olhos na vitrine da loja de jóias.

— Você fica com esse, para se lembrar de mim — pegou o colar com o pingente de sol e Jeongguk ficou de costas, deixando Taehyung passar a corrente em seu pescoço.

— E você, meu sol, vai se lembrar sempre de mim quando olhar essa lua — o ômega colocou o colar no alfa e deixou um selar demorado nos lábios rosados do maior, depois sorrindo até que seus olhos sumissem e as ruguinhas aparecessem.

Perfeito, era a palavra que Taehyung usaria para descrever Jeongguk.

— Agora temos que ir ou Jimin aparece aqui para nos arrastar.

— Vamos.

Saíram do quarto de mãos dadas e por sorte, somente Yoongi havia chego e estava sentado com Junhyuk no chão, enquanto o filhote mostrava ao Min sua coleção de mangás.

— Yoon! — Jeongguk abraçou o ômega e viu Yoongi sorrir sem mostrar os dentes, entregando um pacote grande para o Jeon.

— Feliz natal, Jeon. E eu trouxe um Pernil com batatas, se não se importar.

— Aigoo, obrigado hyung!! — abraçou o Min e viu pela primeira vez na noite o de fios verdes sorrir gengival.

— E aí, Taehyung.

— Obrigado por ter vindo, cara. — Taehyung disse do canto da sala e então Sohye apareceu na sala já sem o avental.

— Vocês demoraram. Junhyuk quase me fez queimar o Peru de tanto que me fez perguntas!

— Eu e Taehyung estávamos conversando e acabamos perdendo a noção do tempo. — Jeongguk respondeu rapidamente e Taehyung sorriu amarelo, concordando com a mentirinha do mais novo.

— Meu Deus, é sério que vocês trepam até no Natal? — Yoongi cochichou e Jeongguk deu uma cotovelada no Min, olhando desesperadamente para a progenitora, que já estava distraída com o neto e seus brinquedos.

— Isso não importa. Agora olha só o que ele me deu! — Jeongguk mostrou animadamente o colar e Yoongi enrugou o nariz em uma careta.

— E eu achando que essa parada de usar suéter combinando já era boiolagem demais. Vocês ultrapassaram todos os níveis possíveis.

— O suéter foi ideia do Hyuk. E nós somos fofos, é diferente. — explicou e Yoongi revirou os olhos.

— Se você acha.

***

A campainha tocou e Hyuk saiu correndo até a porta, encontrando seus padrinhos e Jiwon.

— Won! — beijou a testa da garotinha e viu a bebêzinha sorrir banguela, puxando as bochechas de Junhyuk como um gesto de amor.

— Que bom que vocês vieram! E eu espero que o Hoseok esteja pronto para uma revanche no Uno! — Jeongguk abraçou os amigos e pegou Jiwon no colo, vendo a garotinha vestida com um macacãozinho amarelo com o capuz que tinha orelhas de coelho e um pomponzinho branco na parte de trás.

Jiwon era a maior fofura do mundo.

A campainha então voltou a soar e dessa vez quem abriu foi Taehyung, arregalando os olhos assim que viu sua irmã, Sunmi e seu pai.

— Sun... Pai...

Taehyung os abraçou de uma vez e sentiu seu coração dar piruetas. Desde que se mudou de Daegu para Seul, não passara mais nenhum natal em casa. E vê-los ali, sabendo que seu pai provavelmente não lembraria mais uma vez dele por conta da doença o fez ficar surpreso, pois não achou que Sunmi aceitaria levá-lo para fora de Daegu.

Mas ele estava tão feliz que não conseguiu conter o sorriso quadrado igual ao de sua irmã, assim como as lágrimas que insistiam em querer cair por suas bochechas.

— Feliz Natal, maninho.

Nunca pensou que poderia encontrá-los ali. Fazia nove anos que seu pai tinha tido AVC e não se lembrava mais dele, e sabia que Sunmi não gostava de levar seu pai para Seul porque temia que Taehyung se sentisse mal com o olhar perdido de seu pai sobre quem ele era, contudo, nos últimos anos o Kim mais novo havia aprendido a ter que lidar com aquilo. Não poderia se afastar sua família e era por isso que sua irmã havia concordado com o pedido de Jeongguk para que passassem o natal com a família toda reunida, mesmo sabendo que Dong não lembraria de Taehyung.

E mesmo assim, o alfa não poderia estar mais feliz por tê-los ali.

— Nós trouxéssemos seu bolo favorito de pêssego e chantilly e uma garrafa de vinho...

Sunmi parou de falar assim que viu seu pai se aproximar de Taehyung com um sorriso enrugado enquanto tocava seu rosto todo como se descobrisse um joia rara; passando os dedos pelos olhos amendoados, depois o nariz, as bochechas e a boca com formato de coração. Taehyung o olhava com os olhos esbugalhados e apenas deixava o homem o tocar como quisesse.

— E-Eu sei quem você é... — Dong tocou os cabelos e seus olhos amendoados como os do filho fixaram-se no alfa jovem, que o olhava surpreso. E então o homem sorriu mais uma vez, abraçando Taehyung de supetão. — Você é Kim T-Taehyung. O meu filho.

— Pai... — o alfa mais novo sussurrou e apertou os olhos, abraçando o homem com força enquanto Sunmi sorria completamente emocionada.

Aquele era o melhor presente que a família Kim poderia receber.

— Jeongguk, vem cá! — Taehyung, assim que seu pai se afastou de si, chamou o ômega com um sorriso e o Jeon foi correndo, verdadeiramente feliz por saber que Sunmi aceitou convite dele.

Sabia que tinha feito a coisa certa apenas por ver o Kim sorrir como nunca enquanto segurava a cintura dele e o apresentava agora oficialmente como seu namorado, e não apenas como amigo.

Era um momento importante para Taehyung e aquele Natal em família seria eternamente memorável. Seja pela presença de seus amigos queridos que o apoiaram quando todos viraram as costas e  agora tinha a linda Jiwon que já era o brilho da casa. Tinha a companhia da sogra que finalmente havia se libertado e demonstra ser uma companhia que apreciava, assim como Yoongi, que apoiou Jeongguk na faculdade e fez o ômega erguer a cabeça e não desistir dos sonhos, alegrando as manhãs dele na universidade. Também tinha sua família, Sunmi e Dong e jamais poderia medir tamanha felicidade que sentia enquanto conversavam e mesmo que seu pai esquece muitas coisas e ficasse mais distante do mundo deles, ainda assim não conseguia parar de sorrir por vê-lo ali e bem, apesar dos apesares. Sua mãe ficaria orgulhosa em ver sua família reunida e Taehyung rezava para que onde ela estiver, que esteja feliz. E também tinha os seus maiores amores do mundo, o ômega que não escondia os sorrisos apaixonados e sempre acariciava a mão do Kim, dizendo que sim, ele estava ali e eles iriam viver cada momento de uma vez, juntos e no fim, daria tudo certo. Porque eles se amavam e nada mais importava. E por fim, seu filho, o amor e a razão de sua vida, seu Junhyuk de apenas cinco anos mas que já fazia o alfa se orgulhar como um verdadeiro pai babão.

Ele não ligava para as pessoas que não escondiam em dizer que o Kim não era pai de Junhyuk por ter o sangue de outro. Ele era sim o seu filho. Ele o amou desde o primeiro momento e Junhyuk ter o sangue de outro homem nunca o fez se sentir menos pai do que se tivesse o mesmo dna. Junhyuk coloria sua vida e arrancava os sorrisos mais lindos do alfa apenas por dar seu sorrisinho banguela cheio de inocência. Ele era puro amor e o Kim jamais deixaria de amá-lo, porque ele era o mundo do alfa.

Afinal, sempre seriam eles três contra o mundo.

11 anos depois.

— Eu estou tão nervoso, pai. Sinto que posso ter uma síncope a qualquer momento.

Junhyuk se olhava no espelho, observando o terno com o pequeno adorno de rosas que estava pendurado no peito direito do alfa. Era o baile de formatura do ensino médio e Jeongguk não poderia estar mais orgulhoso.

— Não se preocupe, menino! Você já tem dezessete anos, vai arrasar o coração de todas as garotas do baile. — Jeongguk ajeitou os cabelos rebeldes do filho e sentiu-se verdadeiramente admirado por ver que seu pequeno Junhyuk agora era um rapaz que tinha a sua altura e o rosto de um quase adulto.

— Eu só quero uma, você sabe disso.

— É, eu sei. — o Jeon revirou os olhos com um sorriso e passou a mão pelo braço do filho, segurando a destra dele. — Seja você mesmo e vai dar tudo certo.

— Obrigado, pai. — o mais novo abraçou o Jeon e Jeongguk suspirou. Seu filho agora era um adolescente e precisava cada vez menos da ajuda do ômega. E bom, ele sentia falta da época quando Junhyuk caía de bicicleta e tinha que sair correndo para dar um beijinho no joelho ralado do garotinho. Também sentia falta de ver Dumbo com o filho. Certo, Junhyuk nunca parou de apreciar o elefante, mas agora ele não assistia mais o filme no colo de Jeongguk e ele sentia falta daquele tempo. Assim como sentia falta de pegar Junhyuk na escola e ele contar com um sorriso banguela o quão divertido tinha sido descobrir que a Coréia era um país e que agora conseguia contar até trinta de cabeça.

Mas, é, Junhyuk cresceu e agora ele precisava de Jeongguk para outras coisas.

Para ajudar com suas lições e dar broncas quando se distraía dos exames. Porém, Jeongguk havia descoberto que ser pai de um adolescente era ter que ser um ombro amigo quando ele queria contar sobre suas paixonites e também sobre suas conquistas como jogador do time de lacrosse da escola. Também tinha que ter aquela famosa conversa em família sobre sexo e nunca achou que seria o cara que fala sobre aquilo e vê o filho horrorizado. Ele era o filho horrorizado e agora não era mais.

E agora ele estava aprendendo mais uma lição.

Junhyuk iria fazer faculdade em outro estado e em poucos meses estaria deixando oficialmente de ser o filhinho do papai para ser um homem e aquilo assustava Jeongguk como nunca. Entretanto, ele tinha tanto orgulho por ver que seu filho era o mesmo garotinho bondoso e cheio de sonhos, que mesmo com dezessete anos, ainda procurava o colo dos pais quando estava triste.

Junhyuk era tudo isso e mais.

— Ela chegou! — Taehyung avisou da sala e Jeongguk deu um beijo na bochecha do filho, sentindo a tensão do alfa.

— Relaxa, vai dar tudo certo.

Saíram do quarto do garoto e foram até a sala. E então Junhyuk a viu, com seus lindos cabelos louros presos em um penteado com a mesma flor que usava em seu terno e o vestido azul bebê a deixava ainda mais linda. E ele achava que poderia surtar assim que viu a garota sorrindo para si.

— Hyuk!

— Oi, Yuna. — estava completamente vermelho e sentia que seu coração poderia saltar a qualquer momento. — Você está linda.

Jeongguk sorriu para Taehyung e soube que estava tudo bem. Seu filho saberia o que fazer pois já era um quase adulto. E ele deveria andar com suas próprias pernas sem a ajuda dos pais.

E estava tudo bem em crescer e não depender mais dele.

— Vocês vão se atrasar e eu não permito que percam um minuto desse baile incrível! — Jeongguk disse e então pegou a câmera. — Vamos, quero uma foto e então vazem! Vamos, vamos!

Yuna riu e puxou a mão de Junhyuk, que teve um surto por dentro e então fizeram uma pose engraçada do anime que gostavam de assistir juntos, imitando os personagens. Depois ele tirou uma foto com seus pais e Jeongguk soube que faria um retrato daquela foto mesmo que Junhyuk negasse.

Ah, faria sim.

— O que ainda estão fazendo aqui? Saiam! — Jeongguk empurrou ambos até a entrada e Junhyuk deu um abraço nos pais, assim como Yuna, que recebeu um beijo na testa de Jeongguk. — Você está linda. Não deixe de aproveitar esse baile, ouviu? Puxe Junhyuk para dançar mesmo que ele negue, no fundo ele só está se fazendo de durão, ok?

— Tudo bem! Obrigado tio Gguk e tio Tae.

— Tirem muitas fotos mas não deixem de aproveitar! Amo vocês!

E Junhyuk entrou no táxi de mãos dadas com Yuna. Jeongguk sorriu.

— Eles crescem tão rápido.

— Agora somos só nós dois. É melhor se acostumar só com a minha presença a partir de agora. — Taehyung segurou os ombros do mais novo e viu Jeongguk revirar os olhos mas logo sorriu.

— Sorte a sua que eu te amo e não vou reclamar.

— Eu também te amo, Jeongguk. E é por isso que acho que nós deveríamos sair também. Um encontro como nos velhos tempos.

— Então vamos ter que procurar uma senhora vendendo churros no meio de um parque de noite.

— Desde que você me beije depois, então eu aceito o desafio.

— Vamos logo, Kim.

E enquanto Taehyung ia para o quarto se arrumar, Jeongguk viu a foto que acabara de tirar e mais uma vez naquela noite, sorriu.

No fim das contas, sempre seria ele, Taehyung e Junhyuk contra o mundo.

Fim.

bom, eu só queria agradecer de verdade a todos vocês que me apoiaram com mensagens lindas e comentários dizendo que gostaram dos capítulos. sério, vcs me tiraram cada sorriso e eu sou muita grata por isso
Eu vou sentir muita falta de vcs surtando nos comentários, sério :(

Agora começamos oficialmente a nova jornada em 'Quando a neve cai, você vem até mim', minha nova abo taekook ja postada! Então se você quiser acompanhar a história é só ir no meu perfil e chorar com a gente!!

quem quiser me seguir no twitter, eu vou ficar felizona pq sou mega flopada hehe https://twitter.com/taeizzy_
e bom, tem meu curious cat mais morto que outra coisa, então se quiser me deixar mimos ou me pegar na porrada, já sabe https://curiouscat.me/taeizzy_
Coloquei os links no meu perfil tbm

obrigada novamente a todos vocês e a todas as minhas amigas que me aguentaram choramingando no pv, vcs são 10!!

adeus <3

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