Como isso pode acontecer?
Como pode ser?
Não há nenhum fim
Não há paz
A escuridão está tão perto
As luzes desaparecem rapidamente
E agora está tudo acabado.
Harry se deixou cair no chão do quarto quando o guarda fechou a porta. Seus joelhos cederam automaticamente, sua cabeça latejou e as lágrimas continuaram caindo. O cacheado olhou para suas mãos e suas roupas, havia sangue em tudo que seus olhos viam. Mas não era seu sangue, nenhuma gota daquele líquido vermelho era seu.
– Eu não pude salvá-lo...– Murmurou para si mesmo, naquela escuridão do quarto.
Harry desatou a chorar, ainda ajoelhado no chão do quarto vazio. O choro era tão alto que ele tinha certeza que o castelo inteiro conseguia ouvir.
-x-
2 horas antes.
Harry sabia que era tarde demais quando a criada, Lilian, virou-se para eles e deu um sorriso de gelar a espinha.
– Nós temos que voltar agora mesmo! – Harry cutucou Noah e indicou o castelo, que estava a uma distância considerável. O príncipe não entendeu muito bem o que estava acontecendo, mas sabia que provavelmente era algo muito errado, já que o cacheado parecia extremamente desesperado.
O quarto príncipe segurou as rédeas do cavalo e o colocou para correr o mais rápido possível, Alexander veio logo atrás ainda um pouco desajeitado. Em questão de minutos eles chegaram até o castelo, e ao chegarem lá tudo parecia normal. Harry praticamente saltou do cavalo e correu para dentro, a procura de Louis, ele precisava contar tudo que sabia dessa vez.
– Você sabe onde está Louis? – O cacheado perguntou para um dos guardas que estava no corredor. O homem o olhou e negou com a cabeça, Harry começou a entrar em desespero. Estava com medo de que realmente era tarde demais.
– Harry, se acalme! – Noah tentou segurá-lo, mas ele se desvencilhou de seus braços, o empurrando.
– Eu tenho que achar Louis. Eu fiz uma besteira da última vez, eu devia ter contado a ele.– Styles continuou correndo meio sem rumo. Ele acabou indo parar na frente da sala real, e pensou que talvez Louis estivesse lá, já que ele estava ajudando Robert a controlar o reino.
Sem pensar muito sobre isso, ele simplesmente empurrou a porta da sala real, mesmo com os inúmeros protestos de Noah dizendo que ele não podia fazer isso. Quando a porta se abriu, ele teve a visão de Louis parado no meio do salão, seu coração pôde bater tranquilamente por um segundo, porém, ele notou que Louis estava com sua espada desembainhada e apontada para seu próprio irmão, Thomas, que sentava-se no trono real, com as pernas cruzadas, um sorriso vitorioso nos lábios e as sobrancelhas erguidas.
– Louis! – Styles chamou pelo amado. Noah e Alexander entraram na sala logo depois dele e ficaram chocados com a situação.
– Saíam! – Louis olhou para os três com um olhar de advertência. Harry queria correr até ele e tirá-lo dali o mais rápido possível.
– Podem ficar! Quanto mais audiência, melhor. Eu adoro um espetáculo.– O terceiro príncipe disse.
– Cadê o Robert? – Styles questionou, ainda parado no mesmo lugar e se segurando para não ir até onde os dois homens estavam.
– Harry, agora não! Eu mandei sair. Saia do castelo, vocês três, e não voltem.– Louis direcionou seu olhar para os três de novo, havia algo em seus olhos como se ele estivesse implorando.
– Vocês parecem não saber, então, deixem-me dar-lhes a notícia. Nosso querido irmão, rei Robert, acaba de falecer. É uma pena.– Thomas disse com uma falsa tristeza, mas mostrou um sorriso do final de sua fala. Alexander e Noah entraram em choque e nada saía de suas bocas.– Porém, antes do meu querido irmão morrer, ele assinou essa declaração...– Ele mostrou um papel, que possuía o selo real.– Que diz que em caso da morte do rei, o trono não será passado para Louis, como deveria ser, mas sim para mim. Acho que meu irmão me amava muito.– Thomas sorriu novamente, Noah caiu de joelhos, sem acreditar que aquilo estava realmente acontecendo.
– Isso é fraudado! – Harry esbravejou, dessa vez se aproximando, apesar dos olhares de reprovação de Louis.– Isso não pode ser usado, você o fez assinar em um momento em que ele estava doente e nem sabia o que estava fazendo.– Styles só parou quando estava diante dos dois homens.– Porque a sua namorada o envenenou por meses.– Quando o cacheado disse aquilo, todos olharam chocados. O sorriso de Thomas desapareceu e um olhar assassino apareceu em seu rosto.
Harry já até imaginava como Thomas tinha feito para que Robert assinasse aquela declaração. Ele provavelmente tinha usado o momento frágil do irmão, que estava doente, e feito com que ele assinasse sem saber exatamente o que era. Agora que Robert estava morto, ele veio para reclamar o seu trono "por direito".
A mão de Louis apertou o cabo da espada e justo quando ele estava prestes a ter uma explosão de ódio, um grupo de homens vestindo preto entraram pelas portas do salão. Louis colocou Harry atrás dele e apontou sua espada para os homens, que seguravam Noah e Alexander.
– Meus amigos chegaram! – Thomas ficou de pé e saudou seus soldados.
Styles os reconhecia, o jeito de se vestirem era igual o dos rebeldes que invadiram o castelo da última vez.
– Você...está envolvido com eles.– Harry olhou para o terceiro príncipe, enquanto várias coisas começavam a fazer sentido em sua cabeça.– Da última vez... a invasão...foi você.– O cacheado apontou para ele.
– Oh não, querido. Aquilo lá não fui eu, apesar de eu saber do plano e ter ajudado um pouquinho, mas aquilo é obra de outra pessoa. E ele deve estar chegando a qualquer minuto.– Thomas olhou em seu relógio de bolso e sorriu.– Bom, eu admito que compactuei com os rebeldes. Eles queriam meu pai fora do trono, e eu também. Eu sou o rei que eles precisam, então, fizemos um acordo.– Contou.
– E por que diabos você está contando todo o seu plano pra mim? – Harry questionou.
– É chato fazer coisas incríveis e ninguém saber que você fez. Eu disse que gosto de audiência.– Ele deu de ombros. Alguns dos homens de preto correram em sua direção e se posicionaram para defendê-lo, ele tinha seu próprio exército de rebeldes.
– Você é do tipo de vilão que eu odeio.– Harry murmurou.
– Vou fazer de tudo para tirá-lo daqui, e assim que sair, não volte mais, Harry.– Louis disse baixo.
– Você virá comigo? – Styles perguntou. Louis ficou em silêncio, e o cacheado soube a resposta pra essa pergunta. O segundo príncipe jamais fugiria como um covarde, sem olhar para trás, sem nem ter tentado lutar. Aquele lugar era a casa de Louis, e ele tinha que protegê-la, mesmo que fosse da própria família.– Então eu não vou sair.– Harry disse com firmeza, e novamente o príncipe o olhou com aquele olhar de quem o implorava para que fosse embora. Sair dali sem Louis não era uma opção, Harry jamais sairia sem ele.
Naquele momento, Noah conseguiu se soltar e atacou um dos homens que o segurava. Vendo que o irmão estava em desvantagem, Louis correu para ajudá-lo, e uma batalha começou no meio do salão. Harry viu que Alexander estava lá no meio sem saber exatamente para onde correr, então, foi até ele e o tirou de lá. Trazendo-o para um canto mais calmo do lugar.
Alexander se soltou de Harry e correu até Thomas, seus olhos estavam cheios de lágrimas e suas mãos tremiam. Ele não conseguia acreditar que sua família, as pessoas que estavam com ele desde que nasceu, estava se desfazendo daquele jeito.
– Por que você está fazendo isso? – Ele tentou chegar perto de Thomas, mas os homens de preto o seguraram e o empurravam para longe, ele acabou caindo no chão. Pela primeira vez desde que chegaram ali, Harry viu um pouco de humanidade em Thomas, a forma com a qual ele olhava para Alexander era diferente de como ele olhava para todo mundo naquela sala.– Nós somos irmãos. Nós crescemos juntos. Como você pôde fazer isso com Robert? – O garoto soluçava, ele estava ajoelhado no chão.
Apesar do terceiro príncipe tratar todos ali como se fossem insignificantes, Harry sabia que o coração dele, envolto de uma grossa camada de gelo, se derretia ao avistar o irmão mais novo.
– Alexander...– Ele tentou dizer algo, a voz baixa, quase como se estivesse envergonhado. Mas naquele momento a porta do salão se abriu e um homem que Harry reconhecia muito bem passou por ela. Era ninguém menos que Simon Watson. Styles finalmente entendeu o que Thomas quis dizer quando falou que a invasão no castelo era obra de outra pessoa. Simon Watson sempre detestou Troy Tomlinson, e não era surpresa que ele estava junto com os rebeldes e havia os mandado para matar o rei.
O choro de Alexander ficou ainda mais alto, o garoto estava absolutamente quebrado. Sua família era tudo que tinha, ele achou que seus irmãos iam protegê-lo para sempre, que ele sempre seria a pessoa que mantinha seus irmãos unidos. Tudo estava se desfazendo bem na frente de seus olhos e ele não podia fazer nada para parar aquilo. Styles se ajoelhou ao seu lado e abraçou o mais novo, tentando dizer que ia tudo ficar bem, mas a verdade era que nem ele mesmo sabia se tudo ia ficar bem.
Simon Watson caminhou calmamente até eles, parando ao lado do trono, junto de Thomas. Seu olhar foi direto para Harry, ele sorriu e acenou.
– Vocês dois me fazem querer vomitar tudo que eu comi nas últimas três semanas.– Harry ajudou Alexander a se levantar e o deixou do seu lado.– Você é um invejoso. Sempre invejou tudo que seus irmãos tinham. Não importa o quanto você tinha, você sempre queria mais. Queria mostrar pra sua namoradinha que você também podia ser poderoso.– Apontou para Thomas, que mostrava uma expressão de ódio toda vez que Harry mencionada Lilian.– E você é um bastardo filho da puta. Não tenho nem o que falar sobre você.– Desdenhou de Simon, que apenas sorriu, não se importando muito com o que o cacheado tinha a dizer.
Atrás deles, Noah e Louis ainda davam o melhor deles na batalha.
– Eu poderia matá-lo aqui mesmo.– Harry disse, olhando diretamente para os olhos de Thomas.
– Mas você não vai porque é um garoto bonzinho. Essa é a diferença entre eu e você, querido. Eu estou disposto a fazer de tudo, você não.– Thomas falou, ele cruzou os braços na frente do peito e fez pouco caso daquilo.– Estou cansado de você. Matem-o.– Ele deu a ordem para os homens que estavam em sua frente.
Mesmo no meio da batalha, Louis foi capaz de ouvir o que Thomas disse e seu coração errou uma batida. Ele começou a lutar com toda a fúria que tinha, para poder correr até Harry, mas começou a entrar em desespero quando viu que não conseguiria sair dali tão cedo. Ele tinha que salvar o cacheado.
Um homem de preto se aproximou de Harry e o cacheado ergueu a cabeça, sorrindo na direção de Thomas, tentando mostrar que não estava com medo. Ele esperou toda a sua vida passar bem em frente aos seus olhos, todos os seus momentos felizes, tudo que ele tinha realizado naquela vida, esperou o sorriso de Louis aparecer em sua mente para que essa fosse a última imagem que visse antes de partir, mas nada veio. Foi em questão de segundos e tudo que ele sentiu foi um corpo caindo em cima do seu, ele foi ao chão com o peso. Tudo que ele viu foi o olhar chocado de Thomas, que levantou-se rapidamente em choque.
Styles não queria olhar para o corpo em cima do seu e constatar que talvez o que ele estava pensando fosse correto, mas ele foi obrigado a olhar, quando a pessoa começou a gemer de dor. Alexander parecia tão pálido, o sangue escorria de seu abdômen e manchava todo o chão e a roupa de Harry, havia uma poça de sangue ao redor deles. Styles sentou-se rapidamente e trouxe o príncipe mais novo para os seus braços.
– Harry...– Ele tentou dizer, mas sua voz estava tão fraca que quase não se conseguia ouvir nada.
– Alexander, por favor, não fala nada. Tá tudo bem. Você está bem.– Harry começou a entrar em desespero enquanto abraçava o corpo menor. Ele começou olhar ao redor, em busca de alguém que pudesse ajudá-lo.
– Vá chamar o médico! Agora! – Depois que o choque finalmente passou, Thomas ordenou um de seus homens, que saiu em passos rápidos a procura do médico. O terceiro príncipe saiu do trono e caminhou na direção em que os dois estavam, ele queria ver seu irmão.
– Não chegue perto! Não se aproxime! – Styles gritou quando Thomas tentou tocar o irmão.
– Harry...– Ele tentou falar novamente.– Eu fiz bem, certo? – Tentou mostrar um sorriso, mas estava tão fraco que quebrou o coração de Harry em um milhão de pedaços.
Lá atrás, Noah caiu de joelhos quando viu a cena. Ele havia desistido de lutar.
– Você está bem. Você vai ficar bem.– Era tudo que Harry conseguia repetir, eram as únicas palavras que passavam pela sua cabeça. Ele estava em estado de choque.
– Quando...nos conhecemos... você...me salvou...– Alexander disse, meio falhado, um pouco de cada vez.– Eu quis...retribuir o favor...– Ele sorriu.
– Você vai ficar bem.– Disse mais uma vez, tentando trazer o corpo de Alexander para ainda mais próximo do seu, se é que aquilo era possível.
– Você foi...meu melhor amigo... Harry.– O príncipe mais novo tentou erguer sua mão para tocar o rosto do cacheado, mas não tinha forças.– Estou com sono....– Ele disse.
– Não! Não! Não feche os olhos. Você vai ficar bem.– Harry tentou sacudi-lo para mantê-lo acordado, mas os olhos do garoto foram se fechando aos poucos até que Styles não conseguisse mais ver a imensidão azul. O cacheado sabia que ele tinha partido naquele momento, mas foi muito difícil aceitar. Thomas tentou novamente se aproximar, mas foi empurrado por um Harry raivoso e super protetor.– Eu disse pra não se aproximar! – Esbravejou.– Ele está bem. Ele vai ficar bem. Vai tudo ficar bem.– Styles trouxe o rosto de Alexander para perto deixou um beijo em sua bochecha.
Styles finalmente entendeu porque Alexander estava brilhante naquele dia, porque era a última vez que Harry o veria com vida. O príncipe mais novo tinha sido o primeiro rosto que o cacheado tinha visto quando chegou ali.
O médico passou pela porta correndo e se dirigiu na direção de Harry. O cacheado permitiu que o médico o tocasse, pensando que talvez tivesse alguma coisa que ainda podia ser feita, mas o médico negou e disse que o garoto já estava morto. Ele tentou tirar Alexander os braços de Harry, mas o cacheado o empurrou.
– Ele está morto. Deixe-me levá-lo.– O homem disse, mas Styles continuou se segurando ao corpo. Thomas fez um sinal para que os homens de preto segurassem o cacheado, enquanto o médico levava o corpo de Alexander para longe.
Thomas deu uma última olhada no corpo do irmão mais novo, uma lágrima solitária escorrendo em seu rosto.
– Não! Não! Me deixe ficar com ele! Eu não posso deixá-lo partir sozinho! Ele deve estar com medo. Eu tenho que segurá-lo.– Styles começou a se debater enquanto os homens o seguravam. Parecia que ele tinha virado um louco. Seus olhos se dirigiram para Thomas.– Eu vou te matar! Você é um homem morto! – Harry tentou correr na direção do príncipe, mas foi segurado ainda mais forte.
– Matem-o.– Thomas disse novamente. O olhar que ele dirigiu ao cacheado naquele instante foi de puro ódio.
Louis, que observou a cena em choque, quando a batalha havia finalmente terminado, correu até eles e se ajoelhou no chão em frente ao irmão.
– Não o mate. Eu vou fazer tudo que você quiser. Eu vou trabalhar pra você, ajudá-lo a controlar o exército. Tudo! – Era a primeira vez que Harry tinha visto Louis em uma posição tão humilhante. Ele estava praticamente implorando pela vida de Harry, e o cacheado odiou aquilo.
– Louis, não! Deixe ele me matar. Eu não vou viver pra ser usado como forma desse monstro te controlar.– Harry disse.
– Proposta tentadora.– O terceiro príncipe disse. Ele sorria abertamente ao ver o irmão ajoelhado bem em sua frente.– Eu adoraria usá-lo como meu cão de guarda.– Ele suspirou e fez um sinal para que os homens vestidos de preto.– Levem-no para qualquer quarto e o tranquem lá. Eu tenho que ter uma conversa com o meu irmãozinho.
Os homens seguraram Harry pelos braços e começaram a arrastá-lo para fora. Louis olhou aquela cena de coração partido. Styles começou a gritar que Thomas ia se arrepender de não tê-lo matado quando teve a chance.
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Styles não se lembra por quanto tempo dormiu, tudo que ele sabia era que já era outro dia, o sol já tinha nascido lá fora. Ele tinha dormido no chão mesmo, tinha chorado até desmaiar provavelmente. Ainda estava com as mesmas roupas do dia anterior, banhadas de sangue.
Ele sentou-se no chão e seus olhos se encheram de lágrimas quando ele olhou para suas mãos cheias de sangue seco. Harry ainda conseguia sentir a sensação de Alexander em seus braços.
A porta se abriu e a "criada maldita", a qual Harry tinha apelidado carinhosamente, entrou por ela. Lilian carregava uma bandeija em suas mãos, com algumas comidas e água.
– Coma! – Ela ordenou.
– Por que? Vai me envevenar também? – Ele questionou, olhando direto nos olhos dela, e ela sorriu.
– Não. Precisamos de você vivo, para que o seu...seja lá o que vocês são... faça todas as nossas vontades. Ele consegue ser bem obediente quando quer.
– Pois, diga ao seu...seja lá o que vocês são...que eu não vou comer, eu vou ficar com fome até morrer. Se ele não vai me matar, eu vou morrer sozinho.– Harry disse e chutou a bandeija que estava em sua frente, fazendo com que tudo que estava nela fosse espalhado pelo quarto.
Lilian saiu do quarto pisando forte e batendo a porta, porém, minutos depois a porta se abriu de novo, e Harry estava pronto para batê-la na cabeça da mulher, mas foi Louis quem entrou no quarto. O coração de Styles se apertou ao ver o estado em que o príncipe se encontrava, mas ele virou a cara mesmo assim.
– Harry, não faça isso...Você precisa comer.– Tomlinson falou, olhando para o cacheado sentado no chão.
– Por que você se ofereceu? Você não é o cachorro deles, Louis. Eu não quero viver se isso significa que você terá que obedece-los.– Styles se levantou, suas pernas estavam fracas e ele quase caiu, mas se apoiou na parede.
– E o que você queria que eu fizesse? – Louis questionou, ele parecia bravo, sua expressão não era uma das melhores.
– Você deveria ter me deixado morrer.– Styles disse, e de repente Louis o segurou pelos ombros com força, quase o sacudindo.
– Harry, eu posso fazer de tudo para salvá-lo, de tudo.– Louis falou, seus olhos estavam vermelhos, Harry só não sabia se eram lágrimas ou se era raiva.
– Eu não pedi pra você fazer.– Aquelas palavras atingiram o príncipe em cheio.
– Então, você esperava que eu sentasse e assistisse? Quando eu sabia que podia te salvar? Quando eu sabia que você não ia desaparecer bem em frente aos meus olhos? Você esperava que eu ficasse quieto? Se eu tiver que morrer para salvá-lo, eu vou morrer.– Tomlinson tentou abraça-lo, mas Styles começou a se debater. As lembranças de Alexander morrendo bem em frente aos seus olhos apareceram em sua cabeça. Ele temia que Louis fizesse o mesmo.
– Saía! – Styles disse, desvencilhando-se dos braços do homem que amava e o empurrando para longe de si.
– Harry, não faça isso...– Ele parecia magoado com a frieza com a qual o cacheado o mandou embora.
– Eu disse pra sair! – O cacheado apontou direto para a porta e começou a empurrá-lo para fora. Tomlinson o olhou incrédulo enquanto era expulso do quarto.
Harry não podia arriscar a vida de Louis, por mais que o amasse mais do que qualquer coisa. Tomlinson estava vivendo apenas para protegê-lo, e não era assim que as coisas deveriam ser. Styles tinha que afastá-lo de si o mais rápido possível, ele não podia ter outra pessoa pulando na frente de uma espada por si. Ele não suportaria ver o corpo sem vida de Louis caído em cima do seu.