Black Amber || A Riordanverse...

By laysxntos

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Imagine acordar e descobrir que toda a sua vida foi uma mentira? Isso acontece com Clara no seu aniversario d... More

Recadinho
Capítulo 01: Car's Crash
Capítulo 02: Burns Like Hell
Capítulo 03: Amber Eyes
Capítulo 04: Ashamed
Capítulo 05: Eyes of Sky
Capítulo 06: Star Dust
Capítulo 07: Seaweed Brain
Capítulo 08: Ambar Eyes and Fleetwood's Song
Capítulo 09: Ethon and The Chains
Capítulo 10: Fire's Sword
Capítulo 11: Campfire's Night
Capítulo 12: In Underworld We Trust
Capítulo 13: Capture the Flag
Capítulo 14: Friendly Advice
Capítulo 15: Blood Effect
Capítulo 16: Dark Questions
Capítulo 17: Olimpo's Punisher
Capítulo 18: Mommy Talks
Capítulo 19: The Cabin
Capítulo 20: End Game
Capítulo 21: Queen's Rest
Capítulo 22: Universe's Balance
Capítulo 23: Alpha and Omega
Capítulo 24: Ashes (Part. I)
Capítulo 25: Ashes (Part. II)
Capítulo 26: Phoenix (Part. I)
Capítulo 27: Phoenix (Part. II)
Capítulo 28: Restarting
INTERLÚDIO: Tango In The Night
INTERLÚDIO: Doom Days
Capítulo 29: How Far We've Come (Part. I)
Capítulo 30: How Far We've Come (Part. II)
INTERLÚDIO: Snap It!
Capítulo 31: Flares
Capitulo 32: Guardian
Capítulo 34: Jury and Judge
Capítulo 35: New Era
Agradecimentos

Capítulo 33: Nature's Child

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By laysxntos

Ao final do café da manhã, os campistas começaram a se organizar. Uns ficariam arrumando os chalés, outros começariam a planejar suas bigas, enquanto um grupo menor iria realizar as tarefas diárias para não atrasar nada.

Enquanto os semideuses corriam de um lado para o outro, Clara começou a andar em silêncio pelo acampamento. Sua cabeça estava cheia de pensamentos. Queria arranjar um ligar para a construção do chalé, estava pensando no que iria fazer mais tarde, em como encararia Zeus e o julgaria, o que poderia acontecer a ela.

A menina parou ao encarar o bosque, sentindo um leve formigamento na nuca. Atrás de si, o amontoado de chalés se erguia há alguns metros de distância; à sua esquerda, a arena de combate estava vazia e silenciosa como Clara nunca vira antes; ao seu lado direito, a menina podia ouvir as ondas batendo na areia da praia, enquanto à sua frente ela ouvia o rio correr e o som dos insetos vivendo em meios as árvores.

Tudo aquilo encheu Clara com uma sensação de pertença. Ela, finalmente, sentia-se parte daquele lugar, mesmo agora sendo uma olimpiana, Clara sabia, não haveria para ela lar melhor como era o Acampamento Meio-Sangue.

A garota sentou-se e tocou o chão com a ponta dos dedos, sentindo vibrações vindas da terra. Pela primeira vez não sentiu vergonha ou raiva pela sua descendência, não sentiu nenhum medo por ser filha de Gaia, deixou o poder de toda aquela terra e de todo o bosque à sua frente preencherem seu corpo.

Ela podia sentir. Sentia porque Gaia era tão poderosa. Sentia porque a temiam tanto. A terra era poderosa! A natureza tinha uma força bruta e descomunal. Era uma questão de tempo para que o mundo sucumbisse a ela, não a Gaia, mas a uma criação dela, uma criação que se tornara viva, independente e ainda mais forte do que a própria deusa.

Clara sorriu ao sentir aquela energia enchê-la, a sensação era parecia com um abraço, como se a menina estivesse reencontrando uma velha e grande amiga.

- Meditando? – A menina ouviu a voz atrás de si.

Virou o corpo e encontrou Will Solace de pé, com uma prancheta nas mãos.

- Acho que decidi onde vou construir meu chalé. – Clara falou, batendo a terra da parte de trás do short.

- Vai precisar de ajuda? Podemos organizar alguns semideuses, começamos o trabalho amanhã mesmo...

- Obrigada Will, mas não vai precisar. Não quero jogar minhas responsabilidades em cima de vocês.

- Mas, nós já construímos todos os outros, não seria uma novidade.

A menina sorriu, agradecida, colocando a mão no ombro do menino.

- Eu falei que não seria como os outros deuses, não é?

Os olhos de Will marejaram, seu peito se encher de algo que ele reconheceu como orgulho, sentiu uma brisa morna e verão soprar-lhe o rosto como se o beijasse. E sentiu que tudo ao redor deles, todas as árvores, o rio, o mar, o vento e a terra se curvavam à Clara! Todos os elementos a estavam reverenciando. Ele sentiu os próprios joelhos falharem um pouco.

- Tudo bem? – A menina perguntou, o olhar preocupado no rosto.

- Ah, ahn, sim... Eu só... Me distraí um pouco.

- Vai fazer parte da comissão hoje? – Ela perguntou, olhando a prancheta na mão do loiro.

- Ah, sim... Espero que eles tenham arrumado aquele chalé todo, ou vão ouvir mais tarde.

- Pega leve com eles, conselheiro chefe.

Os dois riram, encarando-se logo depois.

- Tem certeza de que não precisa de ajuda? – O semideus perguntou, um sorriso ainda estampado no rosto.

- Tenho. Caso precise, já sei a quem pedir.

A menina o abraçou, sentindo o calor confortável do outro, como se isso fosse uma característica dos filhos de Apolo. Os dois afastaram-se e ela ficou olhando até que o loiro sumisse na multidão de chalés.

Sozinha novamente, a menina olhou para o bosque. O rosto tornou-se sério. Sem saber de onde vinha aquela vontade, a menina fez uma reverência.

- Eu queria pedir permissão para construir meu chalé aqui.

Ela não pôde acredita que realmente receberia uma resposta. As árvores se dobraram em sua direção e ela viu duas figuras caminharem até ela. Uma das meninas tinha a pele levemente esverdeada, ao orelhas pontudas saiam dentre os longos cabelos ondulados e castanhos como troncos de árvores; desenhos verde-escuros decoravam a pele nua de seus braços e pernas com desenhos de folhas delicadas, flores brancas enfeitavam seus cabelos como uma coroa. A outra tinha a pele azulada quase translúcida como água, o corpo estaria nu não fosse pela água corrente, que criava um vestido vivo.

Clara pôs-se de joelhos, reverenciando as duas ninfas recém-chegadas. As criaturas soltaram risadinhas que pareciam bolhas e sininhos de vento, então se aproximaram.

- Não precisa nos reverenciar, minha senhora. – A ninfa verde falou, estendendo a mão para ajudar Clara a se levantar. – Eu sou Melisse e essa é Pegeas. Você é a primeira a falar conosco em muito tempo.

A menina olhava para a criatura, os olhos brilhando em dourado. Pegeas, a náiade, soltou alguns sons borbulhantes.

- Ela está dizendo que estamos honradas em receber seu chalé aqui, na entrada do bosque. Mas em especial, gostaríamos de dizer que está no centro do acampamento, e que isso mostra que seus poderes escolheram o lugar onde se sentem mais confortáveis... No centro de tudo, como você deveria estar desde o início.

As duas tocaram com carinho as bochechas de Clara antes de desaparecerem novamente. A menina sentia o corpo todo tremer.

Caminhou até a nascente do Zéfiro e ajoelhou-se ali. Com as mãos espalmadas, tocou a terra fresca. Concentrou-se, sentindo uma força crescente em seu abdômen, como se algo a puxasse por ali.

El sentia como se fosse um receptáculo, seus poderes lhe diziam o que ela precisava fazer e ela era apenas o meio para que eles agissem. Ela ainda não os controlava, mas sentia que eles a estavam ajudando a trabalhar.

Suas tatuagens acenderam como luzes de Natal. Os olhos ficaram totalmente azul-escuros com pontos brancos muito brilhantes como um céu estrelado.

Troncos de madeira começaram a nascer do chão, grandes e fortes. Madeira começou a formar paredes e uma varanda com escadinhas. Vários troncos mais finos começaram a brotar rapidamente dos troncos, formando a estrutura poderosa de uma casa. Ferro líquido começou a correr pela hera, solidificando-se em alguns pontos e fortalecendo mais ainda a estrutura. Uma armação triangular alta se formou sobre o grande chalé já quase completamente formado.

O rosto da menina se virou em direção a praia, um vento poderosíssimo trouxe areia para o topo do chalé, os olhos de Clara tornaram completamente vermelhos como lava, fazendo com que a areia se queimasse. Água da nascente começou a espirrar, resfriando a mistura e transformando em um telhado de vidro resistente.

A menina sentiu o corpo desfalecer, a força sendo completamente drenada de toda a energia que sentira antes.

~~~

Clara acordou com Tobias e Quíron encarando-a. A luz do sol entregava que o almoço já tinha passado e que os dois deviam ter ido procurar por ela.

- O que aconteceu? – Ela perguntou.

Os dois respiraram aliviados, o menino ajudando-a a levantar com calma.

- Bem criança, você construiu seu chalé. – Quíron falou, indicando, surpreso, a construção a sua frente.

A menina encarou o maior chalé do acampamento. As paredes eram feitas de uma madeira escura, quase preta, hera subia pelas paredes. A varanda era decorada com folhagens e flores-de-âmbar. A porta era dupla, de madeira escura, com entalhes dourados desenhando uma enorme balança. Acima dela, o símbolo de uma estrela em chamas brilhava como se realmente estivesse acesa.

- Eu fiz tudo isso? – Ela perguntou, descrente.

- Aparentemente sim... Imaginamos que demandou de uma força que você ainda não estivesse acostumada, então desmaiou. – Tobias falou, apoiando o peso da menina sobre o ombro.

O menino ajudou Clara a se equilibrar de pé, a garota logo conseguindo se manter sozinha. Ela sorriu, agradecendo, mas sua expressão logo tornou-se séria novamente.

Com passos lentos, a menina subiu as escadas do chalé e abriu a porta com delicadeza.

O lado de dentro estava completamente vazio. Era grande como uma casa. Janelas se espalhavam pelas paredes, mas o que realmente fazia a luz entrar era o teto de vidro transparente. Ao fundo do chalé, a menina podia ver a única coisa que estava pronta: uma pequena lareira, com brasas queimando. Ela sorriu.

Passos atrás de si, indicavam que os outros dois a haviam seguido. Tobias soltou o ar pela boca, estupefato.

- Uau! – Ele deixou escapar.

- Está conectado a tudo. – A menina falou, finalmente entendendo todos os pontos. – Toda a minha essência construiu esse chalé, e estou conectada tanto à terra, quanto ao céu.

Clara caminhou até a lareira e abaixou-se de frente para ela.

- Eu lhe ofereço esse chalé como homenagem, Héstia.

As brasas pareceram queimar um pouco mais vívidas antes de finalmente voltarem ao normal. Os olhos da menina se voltaram para os dois.

- Quero que seja uma casa para os legados. – Ela falou, decidida.

- Os "o-que"? – Tobias falou, o rosto confuso, o olhar pulando da menina para Quíron.

- Legados. Filhos de semideuses com semideuses.

- Como sabe que eles existem criança? – Quíron perguntou, a mão passando pela barba espessa e bem aparada.

- Meus pais ficaram vivos por muito tempo... E poderiam ter tido filhos que seriam tão poderosos quanto eles, se não mais... E eles não podem escolher um chalé pra ficar. Eu os aceito como residentes desse chalé.

O rosto de Quíron pareceu se iluminar, um pequeno sorriso se abrindo em meio a barba.

- Muito benevolente de sua parte. E seus filhos? – O centauro perguntou com voz doce.

- Vão dividir o chalé com eles... Não pretendo ter muitos semideuses meus. – Ela falou, sentindo o rosto corar um pouco.

- Muito bem. Se essa é sua decisão, que assim seja. – O homem falou, deixando o lugar em silêncio, mas com o rosto suave.

A menina levantou-se e andou em direção a Tobias, abraçando-o.

- O que achou?

- É lindo! Lindo de verdade! – Ele falou, ainda olhando os detalhes do lugar.

- Vou precisar de ajuda para decorar... Colocar beliches, deixar ele pronto para os legados e os nossos semideuses. – A menina falou, o olhar percorrendo o espaço vazio.

- Nossos? – Tobias falou, finalmente a encarando com um sorriso nos lábios.

- Achou que eu queria ter filhos com quem? – Ela perguntou, com um sorriso sarcástico no rosto.

Ele a beijou demorada e lentamente, então a olhou nos olhos.

- Assim que estiver pronta, é só me avisar. – Ele falou.

- Mas é claro.

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