Gabi on:
Eu iria cair com tudo, se o Felipe não tivesse sido rápido e me segurado antes que eu caísse. O problema é que cai sentada no colo dele, ficando com o meu rosto bem próximo ao dele.
Gabi:Me desculpa — eu me levantei do colo dele rapidamente e voltei a sentar na borda da piscina, me sentindo completamente envergonhada.
Felipe:Você está bem? — mesmo com esse constrangedor incidente, ele estava preocupado comigo.
Que fofo.
Gabi:Sim, e... obrigada — eu sorri timidamente para ele.
Peguei todos os restos de bexigas que estavam no chão enquanto o Felipe puxava toda a água com um rodo, mesmo com uma certeza dificuldade. Conseguimos terminar todo o serviço antes do sol começar a se pôr.
Eu ainda estava sem graça com o que havia acontecido, tanto que eu tentei focar minha atenção em outra coisa para esquecer o meu constrangimento.
Felipe:Você parece meio distante Gabi — Felipe diz e eu volto a realidade, sorrindo um pouco sem graça ainda.
Gabi:Não é nada, estou bem — desviei meu olhar e encarei o pôr-do-sol na praia, uma vista muito bonita e que me dava uma sensação de paz.
Felipe:Não é o que está parecendo — ele se aproxima de mim e olha para a mesma direção que eu — que incrível.
Gabi:Ver o sol se pondo é lindo, não é?
Felipe:É mesmo, mas acho que você é mais linda ainda — Felipe agora me encarava com um sorriso e aquilo me deixou corada e desconcertada.
Gabi:Felipe, não brinque com isso — falei tentando esconder o meu rosto ainda vermelho.
Felipe:Gabi, olha pra mim — ele se aproximou de mim e segurou meu rosto, me fazendo encará-lo — eu não estou brincando — sua voz saiu tão grave que me fez estremecer por dentro.
A medida que ele se aproximava de mim, eu sentia o meu coração acelerar e as famosas borboletas no meu estômago, então fechei meus olhos, já esperando o que ele pretendia fazer. Mas o momento foi interrompido com um barulho de queda, foi quando abri os meus olhos e vi o Felipe caído na minha frente.
Gabi:Felipe! — me agacho e o ajudo a se sentar na sua cadeira de rodas novamente — você 'tá bem? Se machucou?
Felipe:Não, eu estou bem. Não precisa se preocupar.
Gabi:Não tem como eu não me preocupar com você — pouso minha mão em seu colo e ele a encara, assim como eu.
Felipe:Então você se preocupa comigo?
Gabi:Claro, você é o meu paciente esqueceu? — ele se aproxima de mim novamente enquanto se apoiava na sua cadeira, me fazendo engolir seco — F-felipe, você vai cair de novo.
Felipe:Depende, você vai me deixar cair? — ele se solta e eu rapidamente me aproximo e o seguro, ficando muito próxima de Felipe, o que o fez rir.
Gabi:Nunca mais faça isso — falo irritada e corada.
Felipe:Você fica fofa corada, sabia? — ela passa a mão em meu rosto, me fazendo um carinho.
Novamente nos encaramos e desta vez estou próxima o suficiente para que ele não tenha que fazer nenhum esforço e subitamente, venha a cair. Eu já tinha ciência das intenções dele e eu não conseguia nem queria recuar. Havia algo que me atraia nele, e muito.
Marília:Pelo visto a tarde foi muito boa enquanto eu estive fora — Marília diz e nós nos assustamos e nos afastamos rapidamente.
Gabi:Marília... desculpe, e-eu, quero dizer...
Marília:Não se preocupe, eu não vi nada — ela acena para nós e vai embora, nos deixando ali sem graça.
Felipe:Você 'tá bem?
Gabi:Sim, sim... bom, a sua mãe chegou, então eu já vou indo — quando eu me levanto para ir embora, mas Felipe me para ao segurar o meu ombro.
Felipe:Gabi, espera — ele segurava o meu pulso e me fez sentar novamente, me encarando sério e, aparentemente, um pouco nervoso — você está livre amanhã?
Gabi:Estou sim, por quê?
Felipe:Você gostaria de ir ao cinema comigo?
Gabi:Cinema? Hum... as provas são no mês que vem e eu já estou sofrendo por antecipação... eu aceito sim — eu disse e vi o Felipe sorrindo para mim.
Felipe:Mesmo?
Gabi:Mesmo, acho que preciso de mais uma tarde de anti-estresse com você — sorri com o rosto vermelho de vergonha — que horas?
Felipe:Pode me buscar às 14h, as sessões menos cheias são neste horário.
Gabi:Beleza, mas qual filme vamos ver?
Felipe:Isso vai ser surpresa.
Gabi:Eu vou ficar ansiosa, é isso mesmo? — tento manter uma pose séria, mas acabamos rindo — só espero que não se atrase, eu costumo ser pontual.
Felipe:Tudo bem.
[...]
Em casa...
Gabi:Boa noite mãe, pai — entro e sou recebida com um abraço dos meus pais.
Ana:Você demorou hoje filha.
Rô:Aconteceu alguma coisa? E por quê você está com o cabelo molhado?
Gabi:Longa história, e eu demorei por causa do trânsito, se não fosse assim, não seria Vila Velha pai — digo enquanto retiro meu tênis e deixo ao lado da porta.
Ana:Tem um pouco de macarronada pra você na geladeira, é só esquentar.
Gabi:Obrigada mãe.
Depois de comer e tomar um banho, fiquei na sala com meus pais assistindo TV, mas logo me lembrei que teria de avisar sobre o encontro com eles.
Gabi:Mãe, pai — os chamo e os dois parar de encarar a televisão e olham para mi — eu queria dizer que eu vou sair amanhã. Tenho um encontro.
Ana:É com o Felipe por acaso? — minha mãe pergunta e eu a encaro atônita.
Gabi:Como a senhora sabe?
Ana:Intuição de mãe — minha mãe diz sorrindo e eu permaneço estática.
Rô:Aonde vocês vão?
Gabi:Ao cinema, provavelmente no Shopping Praia da Costa.
Ana:O Shopping Vila Velha não é mais perto daqui?
Gabi:Sim, mas o Shopping Praia da Costa tem elevador então fica mais fácil transitar com o Felipe lá dentro.
Rô:Isso é verdade.
Gabi:Bom, eu vou pro meu quarto agora, tive um dia corrido e preciso estar descansada para amanhã — dou um beijo no rosto dos dois e subo para o meu quarto.
Enquanto terminava de revisar algumas matérias para a prova antes de ir dormir, ouço algumas batidas na porta do meu quarto e largo o livro em cima da cama.
Gabi:Está aberta — minha mãe entra em meu quarto — já estou indo deitar mãe, só estou colocando a matéria em dia.
Ana:Estudiosa como sempre, mas eu vim falar de outra coisa — ela se aproxima de mim e se senta a minha frente na minha cama.
Gabi:Pode falar.
Ana:Gostei de saber que você e o Felipe vão sair, esses últimos dois meses fizeram bem a vocês dois — minha mãe disse sorrindo.
Gabi:Fizeram mesmo mãe, nem parece que nós dois nos desentendíamos no começo — sorrio ao me lembrar do dia de hoje, até que uma guerra de bexigas não foi tão ruim assim.
Ana:Eu bem que estava achando você muito diferente desde que o conheceu — minha mãe diz e eu a encaro confusa — está apaixonada, minha filha — de confusa, minha expressão se converteu em surpresa.
Gabi:Eu deixei tão óbvio assim? — pergunto e minha mãe assente.
Ana:Você sempre sorri quando pensa nele, sempre volta feliz do apartamento dele e ama conversar sobre como são as suas tardes com ele. Se isso não é estar apaixonada, eu não sei mais o que é.
Gabi:É, acho que não tenho mais pra onde fugir, não é mesmo?
Ana:Você sabe se ele sente o mesmo por você?
Gabi:Isso eu ainda não sei, mas pode ser que sim, se não eu acho que ele não me chamaria para sair.
Ana:Eu só quero que você seja feliz, e torço pela sua felicidade... se ele não for como o Marco Túlio.
Gabi:Ele não é, e já que tocou no assunto do Marco Túlio... — contei a minha mãe tudo o que havia acontecido, desde a volta do Túlio à sensação dele estar me perseguindo em todo o lugar que eu vá.
Ela me confortou, dizendo que ele tentasse qualquer coisa contra mim, ela não pensaria duas vezes antes de denunciá-lo na delegacia. No fim, nos abraçamos e ela saiu do meu quarto para me deixar descansar para o meu encontro.
Oi gente, tudo bem? Eu estou aqui com mais um capítulo para vocês.
Esse momento... esse casal... esse pedido de encontro... sinto muitas emoções chegando nos próximos capítulos... e ele é um fofo, queria fazer o Felipe existir na vida real, mas... não posso, é uma pena... pelo menos curtimos ele por aqui...
Espero que estejam gostando, que votem e me deem apoio para trazer mais capítulos de Vencendo Barreiras.
Beijos e até a próxima😘