Capítulo 3 - Aprenda a me suportar

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Gabi on:

Fora a universidade, mal tive tempo para contar para a Juh como foi na casa da Marília, mas amanhã posso explicar tudo a ela, porque eu sei que ela não vai me deixar em paz até saber tudo.

[...]

No dia seguinte...

Acordei no meu horário de sempre, com um sentimento diferente, estava determinada a dar o meu melhor trabalhando e ajudando o Felipe para que ele possa recuperar os movimentos e possa voltar a andar. Com essa determinação, me troco e desço para ir tomar o café da manhã com os meus pais.

Gabi:Oi mãe, bom dia — lhe dou um beijo no rosto assim que chego na cozinha, e estranho não ver meu pai ali — onde está o meu pai?

Ana:Infelizmente teve de sair maia cedo, reunião da empresa.

Gabi:Ah sim, entendo.

Meu pai é um arquiteto bem conhecido na nossa região, e acabam sempre precisando dele em reuniões de novas construções, já que ele é um dos encarregados mais confiáveis da sua empresa.

Ana:E como foi o primeiro dia na casa da Marília?

Gabi:Foi bom mãe... — não quis entrar muito nos detalhes do meu dia com Felipe, e ainda tentei convencer a minha mente que era apenas o nervoso do primeiro dia, dele e meu.

Ana:Tem certeza de que foi tudo bem? Você chegou em casa ontem com uma carinha, até me deixou preocupada.

Gabi:Eu só estava cansada mãe, correu tudo bem lá — termino de tomar meu café rapidamente —me desculpa sair assim tão depressa, mas é que eu já estou atrasada para passar na casa da Júlia, até mais.

Corro para buscar a minha mochila no quarto, me despeço de minha mãe com um beijo em seu rosto e entro no meu carro para ir até a casa da Júlia buscá-la. Ao chegar em sua casa, a chamo mas não obtenho uma resposta.

Gabi:Juh... Júlia! — a chamo outra vez e apenas ouço o silêncio, então tive de buzinar alto para que ela pudesse me ouvir.

Juh:Já vai... ai! — ouço um barulho de queda depois de ouvir o grito da Júlia — porque essa mesa 'tá bem no centro do corredor, mãe?!  — rio das suas reclamações com minha tia e logo a vejo saindo de casa — bom dia, Gabi — ela vem apressadamente até mim e entra no carro — me desculpa a demora, hoje eu não ouvi mesmo o despertador tocar.

Gabi:Dá próxima vez, eu não espero você — falo com uma falsa seriedade e quase rio com a expressão de Júlia.

Juh:Não Gabi, por favor. Sem você eu vou chegar atrasada todos os... — começo a rir dela e a mesma me encara brava — você é muito besta, Gabi — recebo um tapa no meu ombro enquanto dirijo.

Gabi:E você sempre cai em tudo com muita facilidade — ela faz língua pra mim e eu apenas rio.

Chegamos na universidade quase que na hora do início das nossas aulas, e quando saímos do carro e íamos em direção aos nossos prédios, Júlia me puxou pelo braço e me parou.

Juh:Hoje, quando formos almoçar, eu quero saber sobre as novidades do seu novo emprego. Pode ser?

Gabi:Mais uma rodada de camarão no Timoneiro?

Juh:Você me conhece tão bem — nós rimos e cada foi para o seu lado do campus.

[...]

Já havíamos pedido uma porção de camarão no Timoneiro e comíamos enquanto conversávamos sobre coisas fúteis, até que o assunto chegou no meu tão comentado trabalho, ao menos pela Júlia.

Vencendo Barreiras [DEGUSTAÇÃO]Where stories live. Discover now