Impossivel Amar Você

By Aracy_Mg

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Com uma vida bastante agitada do que ja é, descobrindo assim com 12 anos que é um metamorfo e não tendo ningu... More

Prólogo
Elenco
Capítulo 1
Nota
Capítulo 2
Capitulo 3
Capítulo 4
Capitulo 5
Capitulo 6
Capitulo 7
Capitulo 8

Capitulo 9

5 0 0
By Aracy_Mg

22:16

Eu estava sentada de pernas cruzadas, com os olhos presos no oceano. Nunca na minha vida sabia o que era esse monte de água, via crianças, adultos, andando de lá para cá e isso era estranho pra mim. Outros se jogando na água o que me deixava um pouco mais chocada, em toda a minha vida, não sabia que me surpreenderia com uma cidade pacata como essa. Mas muito pacata mesmo.

Não podia fazer nada sem ser olhar para essa vista e escutar o som que me embala, era tudo muito peculiar! Não sabia o que era isso!

Eu me levantei e fui andando enquanto  os meus pés tocavam a substância húmida, e eu pude sentir no meio dos dedos dos pés. Sentia-me estranhamente bem por estar aqui, tão bem que estava a milhas de pensamentos que não percebi que havia pessoas a volta do fogo sentadas de pernas cruzadas, enquanto eu me aproximava cada vez mais até escutar as suas vozes.

- Não é mito, é uma história que vem sido contada todos os anos.

- Mas como podemos saber se é verdadeira??

Tinha crianças, e adolescentes de faixa etária dos 8 até os 16 anos. E uma mulher que estava contando a história, e eu permeci quieta escutando tudo por interesse, mas não sabia.

- Cabe a vocês decidirem isso! Não posso colocar palavras em vossas cabeças, vocês mesmo é que decidem se é verdadeiro ou não.

- Quero a história

Apenas olhava com os cabelos ao vento! Quando a história começou a desenrolar.

- Bom, começou em várias décadas atrás, uma mulher que tinha muito talento, era a única que tinha o controle de tudo, tinha o poder de conquistar o mundo pra ela, era considerada como a rainha do mundo, tinha um coração nobre, e se preocupava com tudo e todos, mas em um dia...ela conheceu alguém que mudou a vida dela, um homem, ela havia se apaixonado e era louca de amor por ele. Quando os olhos do homem se prenderam nela, soube logo que havia algo entre eles. E ele foi logo guiado pelo coração, eles ficaram juntos mesmo sendo algo proibido.

- Porque proibido? - a mulher sorri para o menino que fez a pergunta.

- Porque Arthur...eles eram de mundos diferentes. A mulher era quase uma rainha, era quase considerada um anjo por ser uma bruxa, tinha o total controle de tudo, da terra, dos mares, dos animais, absolutamente tudo, e em vez de destruir tudo e causar o medo, ela fez totalmente o oposto. Ela ajudava, cuidava, protegia e amava tudo e todos...já o homem, era filho da Guarda alta, era um demônio, por assim dizer pq era um lúpus. Bruxas e Lúpus, não pertenciam no mesmo mundo e não podiam se misturar - as chamas do fogo davam um outro ar a história - os lúpus eram uma raça diferente dos lobisomens, os lúpus simplesmente eram como os lobos comuns mas a única coisa que mudava era o seu tamanho. Chegavam até um metro e sessenta de altura, e eles eram perigosos, matavam tudo o que viam pela frente. E por sua vez, não se podiam cruzar com criaturas de outras espécies. Mas essa lei havia sido violada, e os dois tiveram um filho que era o fruto proibido.

As crianças estavam tão atentas com a história, e eu ficava cada vez mais atenta a cada detalhe da história.

- Tempo depois, quando a criança havia nascido, os pais não conseguiam entrar em um consenso, ela por ser uma bruxa teve que sair da cidade com a criança já que o pai, tentava convencer todos da sua tribo e até seu pai, que sim os dois mundos poderiam se misturar. Mas ele não sabia que ao fazer isso, seria o seu fim e acabou sendo morto. Quando essa informação chegou até a rainha, ela teve que fazer tudo sozinha, principalmente cuidar da criança que havia trago ao mundo, tentar proteger não só a filha mas a ela também, pois estava a ser caçada para ser morta. Ela ensinou tudo que tinha para a filha, até que o amor podia existir em vários mundos e que não era errado ela se apaixonar por quem quisesse, até quando chegou na fase adulta. Sua mãe foi morta, e levada pela dor, ela despertou em si todas as forças que tinha herdado de sua mãe e seu pai. Ela era a fusão dos dois, o que chamamos de híbridos, e ela era a primeira de sua raça há existir. Cruzamento de lúpus e uma bruxa! Sua vida estava sendo arruinada pela raiva e o remorso e não teve pena em destruir tudo, até que se apaixou por alguém que não devia, pois sim aquele era rei, era o dono e o principal, o mais forte e imortal dos lúpus. Ele não havia se apaixonado, mas usou ela apenas para poder pro-criar e fazer de seu filho a maior máquina de destruição. Ele mesmo havia matado a moça depois que conseguio o que queria, mas não demorou muito até todos os mundos ficarem contra si e então fugiu, deixando a criança para traz! Ele simplesmente havia sumido, até que ouviram falar dele pouco tempo depois, apenas porque seu corpo tinha sido encontrado sem vida. E com a história de que havia feito um filho, com uma mulher que era nada mais que uma....humana. Mas o seu sangue clamou tão alto que fez o seu filho puxar mais o seu sangue que o da mãe! Décadas se passaram, e esses dois filhos, nunca se encontraram. Mas diz a lenda, que em uma noite de Lua vermelha os dois clamaram, e se encontraram! E será comprido a profecia de que, ambos teriam o seu direito...Só que, o primogênito, era mais poderoso e tinha mais direito que o seu irmão mais novo. Mas os dois se uniriam, para mudar tudo e trazer a união. Não só para os seus mundos, mas para o mundo dos humanos também.

- Nossa! Eu to todo arrepiado, olha só - eu ri quando um dos meninos esticou os bracinhos para mostrar seus braços.

- Mona... - não tinha reparado na garota que estava toda encolhida atrás dos meninos - ....tem uma parte que não foi contada.

- Ah sim?! - minha atenção ficou presa na garotinha - Conta pra gente qual é!

A garotinha havia se encolhido um pouco, visivelmente com medo e colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha começou: - o primogênito, para ser protegido, ele voltou para o ventre, mas de uma humana para poder sobreviver.

Ela fez uma pausa - o mesmo foi com o outro! Só que fazendo parecer que as mulheres que escolheram, fossem as mães verdadeiras, mas não são! A história tem duas versões, a que a Mona contou, e... - Ela engoliu a saliva - ....a versão que estou contando.

- Como assim Elisa??

- A história é verdadeira, mas nunca ninguém entendeu a história porque os filhos estavam desaparecidos. Por isso tem duas versões, a que foi contada e a que não foi.

O silêncio começou a pairar no ar e a única coisa que se conseguia ouvir era o som do mar e da fogo ardendo. Mas a história...é sóbria! Todos estavam em silêncio quando a garota olhou pra mim é abrio ligeiramente a boca, e seguindo o olhar dela, os outros também olharam e eu tinha a atenção de todos agora. A garotinha de repente começou a falar sem tirar os olhos de mim:

- O primogênito quando veio ao mundo, depois de 4 anos não tinha mais as suas memórias, pois havia as perdido em uma tragédia. O que ninguém sabe nessa história é que havia um assassino, ele ficou conhecido por matar todas as espécies de híbridos que existiam.

Então eu apertei os meus lábios e continuei a andar de novo. Sem prestar mais atenção a história, eu ando e vou subindo até algumas rochas e sentando na colina de areia, aceitando o vento acariciar meu rosto e meus cabelos sendo levados até as costas.

Por um momento me esqueci de tudo até sentir que não estava mais sozinha, tinha a meia lua como companhia.

Está tudo tão calmo, então eu fechei os olhos e comecei a chorar até me encolher abraçando meus joelhos sobre o meu peito deitada sobre a areia até pegar no sono!

Sonho/ lembrança

Eu me via de novo na época da escola, quando acenava para a Amy e seguia com os olhos o carro indo embora. Era o último ano do ensino médio e eu me sentia aliviada por me livrar desse colégio e das pessoas daqui. A medida que eu subia as escadas o sinal já havia tocado, entrei junto com a professora e sentei -me no meio, embora que ela esteja apenas sentada sem dar aulas, não estava encomodada. Tirei um caderno e o lápis. Eu tentava concentrar-me no desenho que estava a fazer, mas os cochichos dos garotos impediam-me. E eu estava a ficar mais encomodada e levantei o braço para pedir permissão para a professora se podia ir ao banheiro.

Quando me levantei e me dirigia em direção a porta, ouvi assobios e sentia os olhares queimando em minhas costas.

Pessimo dia para colocar jeans e uma blusa branca simples. Roupa que colava no corpo e o cabelo caindo em meus ombros!

Andava nos corredores, com os olhos presos no chão, de vez em quando olhava para as paredes. Andava tranquilamente até que parei de andar e olhei para os meus braços! Tentava manter a calma quando vi minhas veias sobressairem, ficando grossas como quase saindo do meu corpo. Então voltei a andar e cheguei no banheiro, ligando a torneira enchendo as mãos de água molhando assim o meu rosto e molhando a seguir os braços. Me tranquei na cabine e sentei -me na privada enquanto lidava com o silêncio até ouvir a porta a se abrir.

- Porra! Que raiva - Eu só prestava atenção aos sons a minha volta enquanto ficava em silêncio, até a torneira a abrir -se e depois fechar-se seguido pelo cheiro de ferro.

....sangue....

Depois disso, nada, apenas um absurdo silêncio. Juntei coragem e sai da cabine ignorando a moça que estava me olhando através do espelho, ou simplesmente tentando, mas ela estava a sangrar, me aproximei e deixei um pequeno frasco de álcool em cima da pia.

- Um pouco de álcool, deve ajudar - e me retirei do banheiro sem nem ouvir um "obrigada".

Eu não sou assim tão má, mas as pessoas ficaram com uma imagem errada de mim ao longo dos anos. E eu não me importava, pelo menos deixavam-me em paz e não me incomodavam com perguntas.

Andava a passos largos até chegar a sala, mas estava muito longe e quando passei ao lado de uma porta fui empurrada contra a parede e uma mão foi pressionando minha boca me impedindo que gritasse. Mas ao ver o Ricardo eu queria gritar ainda mais e fiquei nervosa e comecei a me debater.

- Shi Shi shi, se ficar quieta acabamos isso rápido

Eu estava com medo e nervosa e quando senti sua mão entrando em minha calça eu mordo sua mão e comecei a correr e a gritar. Eu corria para afastar-me dele mas era inútil, ele era mais rápido que eu, e era eu que estava em desvantagem. Comecei a correr mais rápido e quando estava perto de me trancar em uma sala eu sou puxada pelo braço.

- Me solta - eu persistia em me defender - o que eu fiz pra você?

- A questão não é essa, e sim, o que você não fez!

- Porque não me deixa em paz?

- Porque você tem algo que eu quero...a muito tempo.

- Me SOLTA - eu o tentava empurrar e gritava até que o eco das portas se abrindo ecoavam no ar!

Quanto mais eu tentava lutar e me debatia, mais eu não tinha percebido que estava chegando até a escada e eu estava com medo. Ainda mais quando as vozes dos professores e alunos chegavam em meus ouvidos. Mas continuando, estávamos nos aproximando das escadas e eu não estava em meus sentidos quando eu pressionei o meu joelho com tudo no meio de suas pernas e eu comecei e antes de eu ter tempo para correr, dei de cara no chão quando fui puxada pelo tornozelo. Nada estava bem. Eu não sabia o que fazer pois o Ricardo sempre conseguia o que queria da maneira dele. Ele se arrastava no chão ficando por cima de mim e a puxar o meu cabelo.

- Uma cadela como você deveria aprender a ficar quieta - ele diz com os dentes cerrados e eu cuspi nele por raiva

- Cadela são as suas putas que arranjas para comer em um dia e no outro as dispensas as trocando por outras piores.
E quem me garante que não trais a Nathasha com uma dessas?

- CALA A BOCA

- ME SOLTA

Em uma fração de segundos eu sou levantada do chão pelos cabelos e sacudida como um saco de batatas. E no segundo seguinte sinto meu corpo a bater em cada degrau da escada e o minha visão sendo apagada quando minha cabeça bate com força no chão. Antes de ver tudo embaçado, levo minhas mãos até minha cabeça vendo tudo girar, quando fecho os meus olhos não consigo sentir mais nada.

[...]

Escuto barulho de uma máquina a apitar ao redor, eu não consigo mover-me nem abrir os olhos, mas consigo ouvir atentamente tudo a minha volta.

- Eu não sei o que aconteceu...

- A pancada foi muito forte quando acertou com a cabeça, não só nas escadas mas também no chão. Acredito ter sido um acidente.

- E se não for doutor?

- Acredita que alguém possa ter causado isso e fazer parecer um acidente proposital?

Apenas silêncio, percebo que é a tia Amy que está aqui! Mas o doutor continua: - A pancada foi muito forte, e receio que com isso, ela terá destroços de sua vida apagada em algum momento.

- Desculpe....?

- Senhora, não sou um doutor normal....Não é a primeira vez que sua filha leva com uma dor dessas na cabeça.

- Eu não entendo doutor, onde quer chegar...?!

- Eu preciso que me diga você! Eu sei que ela não é sua filha, não é a primeira vez que ela é marcada na cabeça! Eu preciso de informações!

- Tem razão! Ela não é minha filha, mas não é permitido que o doutor tenha informações pessoais sobre a vida de seus pacientes ou estou errada?

- Não, não está. Mas se a senhora se importa tanto quanto diz, então sabe o que tem de fazer. Ou isso afetará permanentemente a vida dessa jovem e a culpa será sua, e não minha. E você sabe disso.

Suspiro - Eu a encontrei sozinha na rua em uma terça ou sexta-feira, eu não me lembro mais, mas nesse dia estava a chover e ela tinha apenas uns 4 anos! Eu cuido dela desde então. Eu só não entendo o porquê e como ela está aqui.

- Está a esconder-me informações. Eu repito, isso só afetará a vida dela se não me contar tudo. Se não, não poderei fazer nada! E a culpa será sua.

- Doutor, eu soube que os pais...tiveram um acidente de carro, apenas isso. Não soube se ela estava ou não com eles.

- E quando estava com ela na rua não reparou em nada no corpo dela? Nenhum arranhão?

- Eu....não, não reparei!

- Ela estava lá!

- Como?!

- Ela estava, de acordo com algumas radiografias e alguns processos de análise em seu cérebro, ela estava, ela tem uma grande perda de memória! Com a pancada isso pode gerar destroços dessas memórias e pode vir a descobrir cada detalhe de sua vida, se não se tomar o devido cuidado...eu não poderei fazer nada à não ser pedir demissão.

- Espera! O que o seu cargo tem haver com minha filha?

- Acontece que eu à conheço! Ela, e toda a sua vida. Como eu disse, eu não sou um doutor qualquer, e ela não é uma pessoa qualquer. O que é melhor para ela é ficar longe, de tudo e de todos. Por segurança, a senhora não sabe o que acontece ou a razão de tudo isto acontecer.

- Doutor eu

- Tenha uma boa noite!

[....]

Acordo toda suada e a respiração acelerada. Como? Penso, porque o episódio da conversa não estava em minha memória, nada disso estava à não ser o acidente! Fora isso, o que aconteceu no hospital não estava na minha memória. Eu tenho a memória apagada é isso?

Me sento sob a luz do sol brilhando levando minhas mãos em meu cabelo e pensando sobre tudo.

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